DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ANTENOR M. DE CASTRO – MACEIÓ-AL

Caro Editor:

Veja o Presidente Bolsonaro sendo recebido hoje aqui na nossa terra.

13 de Março, dia de Nossa Senhora de Fátima.

Aconteceram essas gritarias: “Mito, Mito”, “Viva Bolsonaro” e “Fora Renan”.

Publique aí na nossa gazeta por favor.

Muito obrigado.

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

NESTA AUSÊNCIA – Gilka Machado

Nesta ausência que me excita,
tenho-te, à minha vontade,
numa vontade infinita…
Distância, sejas bendita!
Bendita sejas, saudade!

Teu nome lindo…Ao dizê-lo
queimo os lábios, meu amor!
– O teu nome é um setestrelo
na noite da minha dor.

Nunca digas com firmeza
que a mágoa apenas crucia:
a saudade é uma tristeza,
que nos dá tanta alegria!

Passo horas calada e queda,
a rever, a relembrar
as duas asas de seda
do teu langoroso olhar.

Se a mágoa nos não conforta,
por que é que a felicidade
tem mais sabor quando morta,
depois que se faz saudade?

Gilka da Costa de Melo Machado, Rio de Janeiro-RJ (1893-1980)

DEU NO X

A PALAVRA DO EDITOR

É MUITA CHUVA

De ontem pra hoje, choveu a madrugada inteira aqui na região metropolitana do Recife.

Amanheceu o dia chovendo forte. Acordei com a zuada do aguaceiro.

E a chuva continua.

Neste momento, 3 horas da tarde, é água que só a peste.

Cada pingo do tamanho de um caroço de jaca!

Tem até cachorro bebendo água em pé.

Não dá outra coisa no noticiário local: é só alagamento em tudo quanto é canto.

E segundo a previsão do serviço meteorológico, as comportas dos céus vão continuar abertas nas próximas 24 horas.

Botei o calção pra descer e tomar banho de chuva aqui no térreo do meu edifício. Pra matar as saudades dos tempos de criança lá em Palmares.

Mas Aline me proibiu e ainda me deu um esporro.

Obedeci na hora que num sou besta: um tabefe no pé do ouvido aumenta mais ainda o barulho das águas.

DEU NO X

J.R. GUZZO

REFORMA ADMINISTRATIVA

Não há brasileiro que trabalhe na iniciativa privada e que, ao mesmo tempo, esteja satisfeito com os serviços que recebe em troca dos seus impostos – e com o tratamento que os funcionários públicos recebem hoje do Estado. É tudo ruim: dos salários acima de qualquer comparação com o mercado, até às aposentadorias cheias e à infinidade de privilégios que, para piorar a desgraça, são cada vez maiores e mais abusivos à medida que o sujeito vai para os galhos mais altos da árvore burocrática. Nem os próprios funcionários, na verdade, estão satisfeitos; a maioria deles, por sinal, é vítima de flagrante desigualdade diante do paraíso que é oferecido aos marajás e os trocados que se paga, por exemplo, à uma professora do ensino básico.

Nos últimos 30 anos, especialmente depois que a Constituição de 1988 desenhou uma República ideal para quem trabalha “no governo”, o Brasil foi submetido a um regime de castas, como nos lugares mais atrasados do mundo. Transformou-se a sociedade brasileira, desde então, num vasto depósito de mão de obra que trabalha a vida inteira para tornar possível o bem-estar dos altos funcionários do Estado, em todos os seus níveis, e os peixes gordos das empresas estatais.

Durante os 13 anos e meio de governo do PT aquilo que já era um desastre virou uma calamidade. Nunca foram criados tantos privilégios para os funcionários que estão no topo da escala; ao mesmo tempo, nunca se socou tanta gente nas folhas de pagamento do serviço público – sobretudo “companheiros” do PT e dos seus partidos satélites. Foi o imortal “aparelhamento” de que tanto se fala – e que vai continuar sugando impostos da população pelo resto da vida. Conseguiu-se, aí, um duplo desastre. Aumentaram o tamanho da máquina como nunca antes e, ao mesmo tempo, agravaram ao máximo as injustiças e as desigualdades já existentes dentro do próprio funcionalismo – dando cada vez mais aos que já ganham mais, e mantendo no abandono os que ganham menos.

O governo, há dois anos, se esforça para fazer alguma coisa a respeito. É a “reforma administrativa” ora em debate, um extremo de classe mundial em matéria de moderação. Propõem-se mudanças, mas com a delicadeza de um curso para noviças. Para começar, e mais importante que qualquer outra consideração: nenhuma das mudanças propostas, mas nenhuma mesmo, vai afetar os atuais funcionários. É tudo para o futuro. O projeto propõe, por exemplo, que os servidores contratados daqui para diante comecem com salários menores e possam receber aumentos maiores de acordo com o seu mérito, e não pela passagem do tempo.

Para ganhar mais, terão de demonstrar nos cargos que exercem um desempenho profissional de qualidade, julgado pelo atingimento de metas e outros sistemas de avaliação. É o oposto do que acontece hoje, quando qualquer zé-mané que passa em concurso é contratado com salário extravagante, mais garantias que nenhum outro brasileiro tem – e a partir daí pode encostar o burro na sombra, pois a lei proíbe que seja cobrado pelo que faz. Demitido, então, nem pensar.

Mais serviços seriam digitalizados, para maior comodidade do público e para economia do erário – a ideia é fazer mais com menos gente. A estabilidade no emprego, como os aumentos salariais, passaria a depender do mérito individual do funcionário; seria um prêmio a ser conquistado pelos que trabalham bem, e não um presente automático para todos, como é hoje. E por aí se vai, dentro da lógica mais elementar.

O PT e os partidos de “esquerda” são furiosamente contra isso tudo. Estão esperando voltar ao governo nas eleições presidenciais de 2022, e querem recomeçar o mais cedo possível o massacre contra o erário que tiveram de interromper com a deposição de Dilma Rousseff. É um “top de linha”, realmente, dentro do seu projeto de atuação sistemática contra o interesse da maioria.

COMENTÁRIO DO LEITOR

UMA ILHA PRESÍDIO

Comentário sobre a postagem FLAMENGO, HAVAN E A INTOLERÂNCIA DOS “DEMOCRATAS

Roque Nunes:

Será que esse moleque da segunda idade já foi a Cuba?

Eu já.

Já cortei cana nas fazendas presídios do assassino que hoje está no colo do capeta e que atendia pelo nome de Fidel Castro.

Mas isso numa época em que eu tinha mais cabelo e menos cérebro.

Saúde é de ponta? Pode ser gratuita em tese.

Mostre uma tomografia computadorizada para um médico cubano e ele vai achar que se trata de uma foto da constelação de Vega.

Se você for internado em um hospital cubano e não levar um agrado para o médico, para os enfermeiros, muito provável você morrer, sem ter sequer sua temperatura medida pelo reto, usando um termômetro para elefante.

E, de fato, há muita segurança, pois todos têm medo dos dedo duros que, para garantir um pedaço pequeno de carne de porco para passar um mês – na ilha-prisão é proibido o abate de gado vaccum -, que o cachorro desse moleque temporão comeria em apenas uma refeição.

Não sei o que esse moleque tem na cabeça além das tintas do cabelo, mas ele deveria ter, ao menos, um pouco de compaixão com 11 milhões de prisioneiros da ilha caribenha que sofrem nas mãos dos genocidas castristas.

DEU NO X

UM SENADOR SÉRIO E ÉTICO: NADA DE VAGABUNDO

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO