RODRIGO CONSTANTINO

EX-DIRETOR DO FBI QUER ELIMINAR TRUMP

O ex-diretor do FBI, James Comey, publicou no Instagram uma imagem com os números “8647” escritos na areia com conchas. Todos sabem que, nos Estados Unidos, “86” quer dizer “eliminar”, “se livrar”, “acabar”, enquanto “47” é, obviamente, Donald Trump, o quadragésimo sétimo presidente do país.

A postagem teve enorme repercussão. Donald Trump Jr., filho do presidente, reproduziu–a, afirmando que o ex-diretor do FBI quer seu pai morto. O senador Ted Cruz foi na mesma linha, como vários outros políticos e influenciadores da direita. Todos ficaram chocados com um ex-diretor do FBI pedindo abertamente pelo assassinato de Trump.

Vivek Ramaswamy fez um paralelo: “Considere se o diretor do FBI de Trump tivesse publicado a mesma coisa sobre um democrata proeminente e pergunte-se o que a mídia mainstream estaria dizendo sobre isso. Sim, ele apagou o post — mas o duplo padrão é o aspecto mais gritante.”

Após a enorme repercussão negativa, Comey apagou a mensagem com uma desculpa esfarrapada, alegando que era uma “mensagem política” e que não se deu conta de que algumas pessoas associariam aqueles números com violência. E concluiu: “Nunca me passou pela cabeça, mas eu me oponho à violência de qualquer tipo, então retirei o post”. Lembrando: ele foi diretor do FBI!

Se você perguntar ao Grok, ele responde: “Em inglês americano, ’86’ é um termo de gíria que significa se livrar, cancelar ou remover algo ou alguém, frequentemente usado em restaurantes para indicar que um item não está mais disponível (por exemplo, ’86 a sopa’). Também pode significar rejeitar ou expulsar, como expulsar alguém de um bar”. Fingir ignorância não cola!

Eis o nível dos burocratas que aparelharam as instituições republicanas durante os governos democratas. Eis o duplo padrão da velha imprensa, que faz vista grossa a esse tipo de mensagem absurda, pois o alvo é Trump — e, contra um “fascista”, deve ser legítimo clamar por violência para retirá-lo à força. É muito perigoso quando a oposição vai por esse caminho, até porque não custa lembrar que Trump sofreu ao menos dois atentados contra sua vida!

A esquerda tenta monopolizar as virtudes e cria, assim, o conceito de “violência do bem”, justificando meios totalmente condenáveis porque seus fins seriam nobres. É por isso que todo debate sério e maduro deve ser sobre os meios. Se isso acontecer, como deveria numa democracia séria, aí a esquerda fica desamparada e sem argumentos. Afinal, sua mensagem se resume basicamente a isto: Trump é mau e é preciso eliminá-lo, custe o que custar.

RODRIGO CONSTANTINO

JANJA ACHA QUE A CHINA CENSURA É POUCO!

Lula participa de jantar com Putin em Moscou

Lula chega ao jantar oferecido por Putin acompanhado de Janja

O constrangimento a que Janja submeteu o governo Lula na China revela como o PT é autoritário. No fundo, a primeira-dama disse que o Partido Comunista Chinês censura é pouco, e que deveria se esforçar mais para controlar o conteúdo da rede social Tik Tok. Lula tentou sair em defesa de sua mulher, mas a emenda ficou pior do que o soneto. E ficou aquele climão no governo e também com seus apoiadores na mídia.

Até mesmo o esquerdista André Trigueiro, da Globo News, ficou perplexo: “Não faz o menor sentido trazer alguém da China para regulamentar rede social, pela razão de que a China não permite liberdade de expressão, as redes sociais na China são todas controladas. Algumas redes sociais simplesmente não podem funcionar. E qual seria o aconselhamento que um representante do governo Xi Jiping poderia nos dar nesse sentido? Se for para fazer aqui o que se faz lá, haverá, digamos, a ditadura dos conteúdos compartilhados pelas redes sociais ao gosto do governante de ocasião. Não acho que seja um bom aconselhamento”.

Ou seja, até mesmo a turma da velha imprensa que aplaude o PL da Censura, de relatoria do comunista Orlando Silva, que pede mais controle (censura) nas redes sociais ao Congresso e que aplaude a perseguição suprema aos conservadores, até essa gente acha que Janja foi longe demais ao pedir ajuda aos chineses para controlar nossas redes sociais!

Não obstante, e como todo líder autoritário tem um séquito de bajuladores, a AGU do “Bessias” deu 24 horas para a Meta e o Tik Tok apagarem posts sobre a Janja. O que a AGU tem com isso ninguém sabe, ninguém entendeu. O jurista André Marsiglia comentou: “Independente do conteúdo das postagens, a AGU não tem legitimidade neste caso para questionar plataformas. A AGU serve para apoio jurídico do Estado, não do governo, e muito menos da Janja, que sequer possui cargo eletivo; A AGU mobilizar o Estado em favor dos interesses do governo ou de uma pessoa física, a meu ver, fere o princípio da impessoalidade (art.37 da CF) e pode responsabilizar os agentes públicos envolvidos; A AGU fez uma notificação extrajudicial. Tem o mesmo valor que enviar a alguém uma carta, não é uma ordem judicial. O prazo de 24 horas de uma notificação, bem como seus pedidos, não obrigam ou vinculam ninguém a nada”.

Ou seja, tudo fora das quatro linhas e para inglês ver – ou melhor, para Lula apreciar o empenho em proteger sua constrangedora esposa. Janja segue uma fábrica de gafes e de gastos exorbitantes. Mas Lula gosta, claro, e ninguém pode dizer que a primeira-dama destoa do próprio marido, ele mesmo o maior produtor de “deslizes” que existe.

O sonho de Lula era ser um ditador todo-poderoso que pudesse usar seu poder para destruir quem quer que ouse criticá-lo, ou sua mulher. Até o Globo escreveu um editorial dizendo: “Apreço de Lula pela democracia flutua segundo conveniência”. Para o jornal, o presidente “posa de democrata”, mas não teve constrangimento em ir a Moscou participar de desfile ao lado de ditadores.

Ora bolas! Como nada disso é novidade, como Lula bajula os piores tiranos há 40 anos, só podemos concluir que o Globo fingiu acreditar na pose de Lula, pois qualquer pessoa atenta já sabia desse seu apreço por ditaduras assassinas. O papelão da mídia é constrangedor. Quase tanto quanto as gafes da Janja…

RODRIGO CONSTANTINO

TRUMP E O AJUSTE DE ROTA DO OCIDENTE

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o ditador da China, Xi Jinping: países chegaram a acordo temporário em guerra comercial

Boa parte da mídia insiste em ver Donald Trump apenas como um fanfarrão, um populista ou um maluco. Sua guerra tarifária assustou os mercados, economistas liberais e os defensores da “ordem mundial” pós-guerra. O que muitos falham em notar é que Trump veio mesmo chacoalhar essa “ordem”, pois ela precisava de uma grande reforma. Trump é disruptivo para poder reequilibrar as forças geopolíticas e sanar problemas insustentáveis da economia americana.

Um ótimo resumo disso foi publicado pela conta The Long View no X, com o título “The Great Rebalancing: Why Everything Feels Like It’s Breaking – and Why Thats the Point”. Ele começa com uma frase de Ayn Rand na epígrafe: “Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade”. O modelo pós-guerra tinha muitas inconsistências, e Trump simboliza uma correção de rumo, não o colapso desse sistema.

De forma simplificada, esse modelo foi calcado em mão de obra barata, crédito ilimitado, todos delegando aos americanos os investimentos em defesa, e transferência das indústrias para a Ásia. Esse modelo não é sustentável e isso ficou ainda mais claro na pandemia. Não quer dizer que é preciso abolir a globalização, as cadeias globais produtivas interligadas, tampouco cada país buscar sua autossuficiência em tudo, mas, sim, corrigir excessos, que é o que Trump propõe.

A queda da indústria, as dívidas crescentes (e impagáveis), o descaso militar, a dependência energética de países hostis, a imigração desenfreada, a fragmentação doméstica e a enorme dependência de adversários geopolíticos colocaram Estados Unidos e Europa numa rota de colapso. Se nada for feito, aí sim poderemos ter uma decadência sem precedentes.

Muitos liberais ignoraram esses efeitos por focar apenas no aspecto econômico: China mandando produtos baratos para a Amazon, enquanto se fortalecia com uma política externa agressiva e os americanos acumulavam dívidas de dezenas de trilhões. Alguns democratas tinham esperança de que permitir a China na OMC faria com que a abertura política se seguisse da econômica, mas a China segue uma perigosa ditadura comunista, e ignora as regras da OMC. É um engodo! O autor argumenta:

O Grande Reequilíbrio não é um retorno ao nacionalismo ou o fim da globalização. É a sua maturação — um esforço para alinhar valores com resiliência e estratégia com sustentabilidade. O que vem a seguir pode ser mais confuso e lento, mas será mais honesto. E pode, com o tempo, provar ser mais estável.

O Ocidente precisa se lembrar do custo de sua relativa segurança, do preço da liberdade. Ajustes, como os feitos por Trump, são sempre tensos, ainda que necessários. Esses países terão de investir mais em energia “suja”, ofendendo uma elite que colocou o ambientalismo como novo Deus, um luxo de mimados; terão de controlar melhor suas fronteiras, pois a resposta inevitável do povo a esta invasão islâmica (não há outro termo) será votar mais e mais na direita nacionalista; terão de fazer reformas para conter a hipertrofia estatal; terão de usar parte dos recursos escassos para investir em sua defesa, sem depender totalmente dos americanos.

Se esse for o resultado das estratégias de Trump, teremos um mundo melhor, mais seguro e sustentável à frente. Resta saber se a Europa vai conseguir reverter seu atual curso de colapso a tempo de evitar o pior.

RODRIGO CONSTANTINO

BOLSONARISMO SEM BOLSONARO?

Bolsonaro anistia brasília caminhada ato, manifestação

O sonho da “direita limpinha” é manter o eleitor bolsonarista enquanto se livra de Jair Bolsonaro e seus “brucutus”. Numa mistura que vai de liberais a socialdemocratas, o que essa gente tem em comum é o desprezo pelo estilo bolsonarista. Sem compreender que estamos numa guerra contra comunistas e corruptos, essa elite “refinada”, que “usa talher”, quer uma postura mais tolerante para com a esquerda. Porque, no fundo, não se trata de direita…

Alguns governadores já tinham iniciado um movimento de olho em 2016, para ocupar o espaço no caso de Jair Bolsonaro continuar inelegível. Um deles, porém, chegou a elogiar o STF e rechaçar a ideia de que vivemos um estado de exceção! Ora, como levar a sério uma direita que rejeita a premissa mais relevante da política nacional dos dias de hoje?

O recém movimento de Michel Temer soa oportunista para surfar nessa onda dos governadores, que por sua vez já soa oportunista – e ignora que Jair Bolsonaro pode indicar sua mulher Michelle Bolsonaro como candidata, em vez de Tarcísio de Freitas ou alguém ainda mais tucano. O Estadão tucano ficou animado: “O movimento de Temer pode consolidar o que se espera de uma direita adequada aos novos tempos: democrática, republicana, moderada, qualificada e liberal – tudo o que o bolsonarismo não é”.

O nojinho que o Estadão sente por Bolsonaro turva sua razão, sua capacidade de análise minimamente imparcial. Temer foi o vice de Dilma Rousseff, do PT. Foi ele quem indicou Alexandre de Moraes para o STF, o caçador de conservadores. Se isso é um ícone da direita “democrática e republicana”, então melhor nem ter inimigos ideológicos! O Estadão quer uma “direita” que, na prática, não tem nada de direita.

Mas o que esperar de um jornal que chamou de “infame” a festa dos ditadores liderada por Putin, em que Lula se sentia em casa (e ponto de falar em usinas nucleares e ter a transmissão cortada)? Infame é o esforço do Estadão em fingir que isso não era esperado. Coisa de sonso. Devemos fazer um minuto de silêncio para tucanos “descobrindo” quem é o Lula, depois de décadas bajulando os piores tiranos do mundo. Só por que eles ajudaram a recolocar o ladrão autoritário na cena do crime…

Em suma, o sonho dos caciques do sistema e dos tucanos em geral é manter o rótulo “direita” enquanto elimina do jogo político a direita, i.e., a volta do teatro das tesouras. Essa gente é capaz de tentar vender Eduardo Leite como representante da direita! Como disse Fabio Wajngarten sobre o esforço de Temer, é pura “palhaçada”. E não vai colar. O eleitor está atento e não cai mais nesse truque barato. O conservador quer um conservador o representando. Aquele que o Estadão chama de “radical”…

RODRIGO CONSTANTINO

HABEMUS PAPAM!

Nesta quinta-feira, dia 8 de maio, o Vaticano soltou a fumaça branca: Habemus Papam! Logo depois foi anunciado que Robert Francis Prevost, Agostiniano de Chicago, tornava-se o 267º papa da Igreja de Pedro, adotando o nome Leão XIV. O primeiro papa americano!

Imediatamente nas redes sociais começaram debates – ou opiniões fortes e contundentes – sobre o lado político do novo papa Leão XIV. Tudo se resume a isso hoje em dia, não é mesmo? Apoiou Kamala ou Trump? Condenou a deportação de imigrantes? É “mais um” papa comunista?

Cada um vai ter sua conclusão, seu veredicto. Vou apenas mencionar algumas questões. Em primeiro lugar, o nome, inspirado em Leão XIII, gerou suas próprias dúvidas. O papa Leão XIII foi criador da “doutrina social” na Igreja, autor da encíclica Rerum Novarum no final do século 19. Li a encíclica, ou trechos dela, quando era um “objetivista” seguidor de Ayn Rand, uma ateísta libertária. Ela, desnecessário dizer, odiava tal encíclica. Mas se forçar a barra dá para enxergar socialismo até em alguns encíclicas do papa João Paulo II, nosso herói anticomunista!

A Igreja, afinal, sempre vai condenar o dinheiro como novo deus, o “bezerro de ouro”, e foco prioritário na vida. Vai, também, condenar transformação de tudo em mercado, com produto a ser vendido ou comprado. Caridade não está à venda, não tem preço. Chamar a atenção para os excessos capitalistas não é o mesmo que defender o socialismo!

Vejamos se pode ser mesmo um socialista quem escreve tais linhas: “Os socialistas, para curar este mal [o mal das condições precárias dos trabalhadores], instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida”. Isto, declarou a Igreja, “é sumamente injusto” e “o remédio proposto está em oposição flagrante com a justiça, porque a propriedade particular e pessoal é, para o homem, de direito natural”.

Ele continua: “O erro capital na questão presente é crer que as duas classes são inimigas natas uma da outra, como se a natureza tivesse armado os ricos e os pobres para se combaterem mutuamente num duelo obstinado. Isto é uma aberração tal que é necessário colocar a verdade numa doutrina contrariamente oposta”.

Alguém que como o papa Leão XIV se considera agostiniano, que teve sua tese de doutorado sobre Tomás de Aquino, e o simples fato de ser americano, num país em que católicos em geral aprendem a defender bem seus dogmas em meio às hostilidades protestantes, normalmente não será um revolucionário socialista. Acho bem pouco provável que esse seja seu legado. Aliás, observando os pequenos símbolos, o novo papa se apresentou com o anel e os cordões dourados que seu antecessor, um jesuíta, se recusou a usar. 

Sim, o papa Leão XIV já teceu comentários mais “progressistas” sobre imigração, ou já abraçou os sínodos que alguns mais conservadores condenam. É um missionário, atuou com os pobres peruanos por dois anos. Mas o que parece ser mesmo sua característica é sua moderação, seu desejo de servir como ponte entre os opostos, ou seja, um conciliador moderado. E talvez a Igreja precise exatamente disso nesse momento!

É cedo para avaliar qual será a marca de seu papado, mas seu rosto exala bondade genuína, e isso é bom sinal. E é preciso lembrar, inclusive a meus colegas conservadores, que nem tudo se resume à disputa política atual. Ou seja, o legado do papado de Leão XIV não pode ser antecipado perguntando se ele votou em Trump ou Kamala! A César o que é de César, mas Cristo veio trazer as boas novas do Reino de outro mundo. De quando em quando parece que muito católico esquece disso, querendo ver a Igreja como uma extensão do seu partido. E esse não é definitivamente seu papel. 

A missão do papa não é atuar para favorecer Trump na luta contra a China, mas sim evangelizar, atrair mais ovelhas para a Igreja de Pedro, solidificar seus pilares. Jesus queria salvar a alma de cada indivíduo. Não vamos esquecer essa nobre missão, que não deve ser confundida com campanha política para nosso partido preferido…

RODRIGO CONSTANTINO

LULA: MÃE DE BANQUEIROS E MADRASTA MÁ DOS POBRES

Lula reforma ministerial

O “garoto do Lula” à frente do Banco Central já é o responsável pelo maior patamar de taxa de juros em quase duas décadas! O que Gleisi Hoffmnann tem a dizer sobre Gabriel Galipolo agora? Devemos resgatar as mesmas falas direcionadas a Roberto Campos Neto num passado recente? Galípolo, o homem do Lula no comando do BC, faz parte de uma conspiração de banqueiros contra os pobres?

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou nesta quarta-feira (7) a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual, de 14,25%para 14,75% ao ano, maior patamar em 19 anos. A decisão foi por unanimidade e marca a sexta alta consecutiva da Selic.

O comitê sinalizou que irá avaliar o cenário para definir se haverá um novo aperto na próxima reunião devido ao “cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados”. A taxa só havia atingido esse patamar antes com Henrique Meirelles, também indicado por Lula!

Em seu editorial de hoje, publicado aqui no JBF, a Gazeta do Povo chama de “crônica de uma alta anunciada” a subida dos juros. O jornal aponta corretamente o grande responsável por isso: “A aposta de Lula em estímulos populistas para injetar mais dinheiro na economia – serão cerca de R$ 150 bilhões a mais na economia até 2026 – e mantê-la aquecida impulsiona a alta de preços ao consumidor e atrapalha o efeito das altas de juros aplicadas pelo Copom”.

Inflação é sempre e em todo lugar um fenômeno monetário, como sabia Milton Friedman. A taxa de juros não tem como ser manipulada por “vontade política”, ao menos não sem graves consequências. A cúpula do PT, no fundo, sabe disso, mas sempre atacou o BC como bode expiatório, pois é mais fácil condenar o termômetro do que explicar e tratar das causas da febre. Se o PT fosse um partido sério, diria que a gastança do governo é o maior inimigo do país. Mas aí o que seria do PT, um partido que só existe para pregar mais gastos públicos em nome da “justiça social”?

Na prática, Lula é uma grande mãe para os banqueiros graúdos, cujos bancões batem recorde de lucros. Por isso o estranho fenômeno de banqueiro petista no país, onde o setor segue cartelizado e lucrando muito. Já para os pobres Lula é como a madrasta má da Cinderella. Com inveja do pobre trabalhador humilde e honesto, Lula vai lá e esfola seu couro, explora o coitado, promete chuva de picanha e entrega jureba recorde na veia!

Ainda existir pobre que vota no PT é a prova de como a alienação persiste e como para alguns não há experiência suficiente para o aprendizado de lições importantes…

RODRIGO CONSTANTINO

O ESCÂNDALO DO INSS

Carlos Lupi Lula INSS

O presidente Lula e o ministro da Previdência, Carlos Lupi

O escândalo do INSS sacode um governo que já vinha em clara decomposição e que jamais teve qualquer âncora moral. Afinal, é comandado pelo ladrão que voltou à cena do crime, como diria seu próprio vice. O PT faz de tudo para se afastar do escândalo, mas isso é impossível. O povo não é trouxa a este ponto e consegue notar como voltamos a ter corrupção desenfreada em vários lugares, depois de quatro anos sem qualquer escândalo durante Jair Bolsonaro.

Em seu editorial de hoje, publicado aqui no JBF, a Gazeta do Povo mostra como está fadada ao fracasso a tática petista de transferir responsabilidades sobre o escândalo no INSS. A demora de Carlos Lupi em agir, ciente dos problemas, apenas complica a situação do governo em geral. O jornal conclui:

Ainda que a investigação conclua pela inexistência de responsabilidade criminal direta de Lupi, é inegável que a fraude no INSS só foi possível graças à incompetência administrativa e à má gestão do instituto e do Ministério da Previdência. Discursos inflamados, bodes expiatórios e nem mesmo as artes marqueteiras de Sidônio Palmeira serão capazes de varrer para debaixo do tapete lulista — já encardido pela corrupção e pelos malfeitos — mais este episódio vergonhoso, que ainda está longe de ser encerrado. A população, em especial os milhares de aposentados lesados pelo esquema criminoso atuante no INSS, não pode ficar sem resposta.

O deputado Marcel van Hattem apresentou durante sua fala nesta terça ao Ministro da Previdência, Carlos Lupi, a Dona Ezimar: doente, aposentada do INSS, roubada pelo governo Lula. Ela recebia quase oitenta reais mensais a menos em sua aposentadoria, descontados sem sua concordância. Mais uma vítima da corrupção petista. A senhora, com lágrimas nos olhos, disse que esse dinheiro fazia falta para a compra dos seus remédios!

A maior derrota que as máfias sindicais sofreram no Brasil foi o fim do imposto sindical, que Lula sempre quis trazer de volta. Escrevi sobre isso em 2023. Os pelegos precisam explorar os trabalhadores, pois se depender de serviços voluntários, os trabalhadores jamais vão julgar como vantajosa a sindicalização. Eis a triste realidade: o sindicalismo é todo calcado numa premissa falsa marxista, na mentira de que o trabalhador precisa ser protegido por sindicatos contra patrões terríveis e exploradores. Na prática, a verdadeira luta de classes se dá entre trabalhadores e empresários contra o Estado inchado e sindicatos, ou seja, a liberdade versus o fascismo. Assim concluo o texto anterior e o atual:

Foi essa ideologia que inspirou a nossa CLT varguista, no período em que o Brasil mais flertou com tal regime. Não por acaso Vargas é o ditador adorado pela nossa esquerda. Ironicamente, é essa mesma esquerda, de volta ao poder, que acusa todo adversário de “fascista”…

Pensar que, se o trabalho prestado por sindicatos for tido como positivo por quem supostamente é beneficiado por ele, então o próprio trabalhador vai desejar se sindicalizar e contribuir voluntariamente com esse tipo de serviço prestado é algo que foge à imaginação dos autoritários.

O trabalhador seria burro demais para entender o quão maravilhoso é o sindicato para ele, por isso deve ser obrigado a deixar uma parte de seu suado salário na mão desses pelegos do PT. Mas com muito amor, claro!

RODRIGO CONSTANTINO

CAMISA VERMELHA

Imagem criada com IA exemplifica como nova camisa da seleção brasileira na cor vermelha poderá ser

O assunto mais debatido nas redes sociais nesta segunda foi a possível mudança da cor de nossa segunda camisa da seleção de futebol para a Copa de 2026. A cor seria trocada do azul para o vermelho. Sim, o Brasil jogando com a camisa vermelha! Faltou só colocar uma estrela ou logo o PT nela…

A esquerda petista logo saiu em defesa da ideia como algo um tanto natural, puxando da cartola o pau brasil e sua cor, e lembrando que os colonizadores falavam “bersil”, que quer dizer brasa. Ou seja, nada estranho aqui, e quem reclama só pode ser um bolsonarista paranoico que enxerga comunismo em todo lugar.

A CNN Brasil colocou esta manchete: “Bolsonaristas criticam possível camisa vermelha da Seleção Brasileira”. A lista de “bolsonaristas” aumentou bem da noite para dia. Guga Chacha, da GloboNews, desabafou: “Meu Deus, o que vermelho e preto tem a ver com a seleção brasileira????? Para que mudar o uniforme número 2? O azul sempre foi lindo”. Oi, Guga, você é bolsonarista na Austrália…

Assim como Galvão Bueno, que estava revoltado com a possibilidade de uma camisa vermelha para a seleção: “O que tem isso a ver com a história? Isso é uma ofensa sem tamanho à história do futebol brasileiro. Estou muitíssimo na bronca”. Ele joga para Falcão comentar, e esse resume: “Um horror”. Em seguida é a vez de Casagrande, e até mesmo o comentarista de esquerda reclama da mudança, alegando não haver qualquer razão para tirar o azul tradicional que está na nossa bandeira.

Somos todos bolsonaristas agora, pelo visto. Os caras metem na cara dura uma camisa vermelha para nossa seleção, que representa uma nação cuja bandeira é verde, amarela e azul. Você aponta a clara ideologia comunista por trás, e nem mesmo se trata de um caso isolado. E tem gente que te acusa de paranoico! O que mais é preciso?!? Tem gente que merece viver sob um ditador como Maduro mesmo…

No mesmo dia, o comunista do STF, assim celebrado pelo próprio Lula que o indicou, decide relativizar a propriedade privada. Flávio Dino autorizou desapropriação de terras em caso de incêndio ou desmatamento ilegal por parte do proprietário. Mas se você apontar para o precedente histórico disso, como enorme perigo, você é chamado de paranoico por muito tucano bobão…

Lembram quando dona Marisa colocou uma estrela vermelha no jardim da casa oficial? O PT sempre confundiu partido com governo e governo com Estado. Estamos vivendo um pesadelo sem fim, uma distopia. Gritávamos que nossa bandeira jamais seria vermelha, mas eis que nossa camisa já virou. É um acinte, um esforço para destruir de vez a moral dos patriotas. Já vejo muita gente afirmando que será impossível torcer para nossa seleção assim. O petismo é uma praga que destrói a nação. E vale lembrar que comunistas, em momento algum da história, abandonaram voluntária ou democraticamente o poder. Só à força saíram.

RODRIGO CONSTANTINO

VERGONHA BRASILEIRA NO FUNERAL DO PAPA

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Velório de Sua Santidade o Papa Francisco

A comitiva brasileira na despedida do papa Francisco foi uma vergonha mundial em todos os aspectos. O primeiro deles, que mais chamou a atenção, foi seu próprio tamanho: vinte pessoas! Mais do que o dobro da Argentina, país de origem do papa. Coisa jeca, cafona, de terceiro mundo. E bem na linha do que tem sido a postura de Lula e Janja, o casal que parece promover um tour mundo afora com o dinheiro dos outros.

Janja aparece, mais de uma vez, sorridente, como se estivesse num evento social agradável, e não no funeral do maior líder religioso do planeta. Aliás, Dilma resolveu matar as saudades de quem ao menos curtia suas gafes e disse que o papa era uma pessoa “religiosa”. Imagina só se não fosse!

Só para colocar as coisas em perspectiva, nos Estados Unidos a imprensa pegou muito no pé de Donald Trump por ele ter usado um terno azul, em vez de preto. Tudo bem que havia mais líderes de azul; isso não importou para uma mídia obcecada em achar “falhas” no comportamento do presidente. Imagina se Trump fosse realmente sem noção a ponto de levar um séquito para o funeral do papa Francisco…

O repórter Renato Souza ainda deu um jeito de “passar pano”, numa postagem com mais de oito mil curtidas: “O Brasil tem a maior população católica do mundo (mais de 100 milhões). Ir no velório do Papa, líder máximo da Igreja Católica, não é só um direito dos representantes brasileiros, é um dever junto aos eleitores. O presidente brasileiro ainda representou a América Latina inteira”.

Ora, primeiro resta entender por que o Brasil representaria a América Latina inteira. Em segundo lugar, os Estados Unidos possuem cerca de 70 milhões de católicos. A ordem de grandeza é similar, e em hipótese alguma justifica a gritante diferença numérica. A maior potência do planeta enviou apenas seu presidente e sua esposa, a primeira-dama, absolutamente discreta.

Por fim, uma nota sobre a “canonização” do papa pela esquerda. Vários petistas estão enchendo Francisco de elogio, como um “papa inclusivo” e tudo mais. Francisco foi um papa que focou mais na caridade, e em política sempre teve visão mais “progressista”. Mas é necessário lembrar que, em termos dogmáticos, era obviamente um católico. Ou seja, alguém para quem aborto é monstruosidade e homossexualidade é pecado.

“As mulheres têm direito à vida, à sua vida e à vida dos seus filhos. No entanto, aborto é assassinato, se mata um ser humano e os médicos que fazem isso são, me permitam a palavra, sicários. E não se pode discutir sobre isso”, afirmou o papa Francisco. Morto, ele não pode repetir mais essas coisas, que deixou registradas inúmeras vezes. Seus novos fãs, hipócritas, fingem que ele era praticamente um abortista agora, para disfarçar que, no fundo, o comunismo continua incompatível com o catolicismo.

RODRIGO CONSTANTINO

O PODEROSO CHEFÃO

Don Corleone acordou irritado. Lera no jornal que aquele mesmo jornalista o criticava novamente. O sujeito tinha até criado um apelido depreciativo para Corleone! O capo chamou em seu gabinete um dos capangas e ordenou: “Pega logo esse jornalista!”.

Sem saber como fazê-lo, o capanga conversou com seu comparsa: “Quando o chefe cisma… e agora? Não encontrei absolutamente nada contra o jornalista”. Seu colega, que conhecia bem os métodos do chefe, principalmente quando cismado, disse: “Ora, use a criatividade! E capricha no trabalho, para montar uma narrativa comprometedora desse jornalista”.

Mas não adiantou. O jornalista tinha coragem e “costas quentes”. Ele conseguiu asilo num país sério, e se Corleone mandasse seus jagunços para pegá-lo na marra, poderia gerar um incidente diplomático internacional e afetar seus negócios.

Não que Corleone ligasse tanto para isso. Certa vez, ele peitou até o rei da Espanha! E sobre o presidente americano, ele disse, com soberba: “Que mande um porta-aviões me buscar se for homem!”. Acostumado a se cercar de súditos bajuladores, que disputavam para ver quem dava mais beijos em sua mão, o capo não tinha qualquer paciência com desafetos.

Coisa rara na máfia, em especial na organização comandada por Corleone, um capanga resolveu se rebelar ao ser preso por outro crime que cometera, sem ligação ao grupo, de caráter passional. Essa prisão, por si só, já irritara bastante Don Corleone: “Que tipo de imbecil não consegue se controlar e tenta dar um tiro na própria mulher, em vez de planejar com calma e frieza seu assassinato sem deixar rastros?”.

Mas a raiva de Corleone chegaria ao ápice quando o capanga, ao que tudo indica, entregou seu telefone com seis gigabites de conversas entre os capangas. A vontade de Corleone era eliminar o traidor ali mesmo, mas era preciso ser cuidadoso, não se expor. Havia muito em jogo, o império construído pelo capo. 

O capanga, porém, sabia que tinha mexido com a turma errada, conhecia bem o modus operandi do chefe. “Se eu falar algo, ele me mata”, desabafou numa mensagem com sua nova esposa. “Minha vontade é chutar o pau da barraca, jogar tudo para o alto”, confessou. Mas o capanga sabia o que isso significava: buscar um programa de proteção a testemunhas e viver eternamente com medo, olhando para trás, desconfiando inclusive da polícia. E tinha ainda que pensar nas meninas, nas filhas. “Parece que a vida é boa para quem é ruim”, concluiu soturno.

Quando leu essa troca de mensagens pela imprensa, Corleone não foi capaz de controlar um sorriso mefistofélico. Ele ainda estava com raiva do ex-capanga, claro, e no dia certo ajustaria as contas com ele. Mas o reconhecimento de que a vida é boa para quem é ruim deu satisfação ao capo. Ele pensou em tudo que tinha, nos esquemas que montava incluindo a própria esposa, no controle que exercia sobre boa parte da mídia, os policiais que tinha na coleira, o medo que despertava em muitos, e essa sensação de poder era melhor do que qualquer droga ou riqueza. Corleone se olhou no espelho, lustrou sua careca brilhante, e partiu para mais um dia de trabalho. Havia uma fila de covardes interesseiros prontos para iniciar o processo de beija-mão já tão tradicional…