FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

DESCOMPLICAÇÕES URGENTES

Nesta época de muitas turbulências nos quatro cantos do mundo, facilmente se encontra seres humanos, inclusive graduados e pós-graduados dos mais variados segmentos sociais, com mentes idênticas aos que foram gerados em pé numa rede, num alpendre de praia em dia de muia ventania. Em pernambuquês, tais pessoas são denominadas de abiloladas, ababacadas, amundiçadas, estropiadas e ininhadas. Nunca pensam corretamente, vivem se portando com grosserias, são mal agradecidas aos que tentaram consertá-las cogntivamente, sempre imaginando que o que vale mais é o que está embaixo da linha de cintura do corpo, jamais o situado acima do pescoço, chamado campo intelectivo.

Outro dia, a amiga Leda Rivas explicitou pelas redes sociais um pensamento do notável Oscar Niemeyer, cuja inexistência bem poderia ser uma das causas primordiais do atual coletivo EMA – Efeito Manada Alucinada: “Toda escola superior deveria oferecer aulas de filosofia e história. Assim fugiríamos da figura do especialista e ganharíamos profissionais capacitados a conversar sobre a vida.” Se tívessemos, no Brasil, uma Educação Fundamental Pensante Libertadora, poderíamos assimilar concretamente a reflexão feita pela Marie Curie (1867-1934), uma cientista polonesa aplaudida, notabilizada pela suas contribuições pioneiras na área da radioatividade: “Na vida não há nada a temer, apenas compreender. É hora de compreender mais e temer menos.”

Em Minas Gerais, o Pastor Leonardo Soares de Matos, da Igreja Batista Central de Belo Horizonte ratifica o pensar dos notáveis Niemeyer e Curie: “Tenho aconselhado pessoas ansiosas e complicadas, que se sente pressionada a alcançar o sucesso a qualquer preço, que acredita nas lentes das redes sociais como sendo o filtro de uma vida ideal e que acaba vivendo debaixo da pressão de um padrão praticamente inalcançável de felicidade. Uma geração que transformou Deus em uma energia e que criou suas próprias teorias a respeito de como se achegar a Ele. Uma geração tão egocêntrica que acaba por transgredir a saúde e a beleza dos relacionamentos. O resultado? Complicado. Aquilo que era para ser simples se torna complexo.”

Convive-se, hoje, em nosso amado Brasil, com uma Elite do Atraso, usando a expressão felicíssima do pesquisador Jessé Souza, PhD em Sociologia pela Universidade de Heidelberg, ex-presidente do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Como reverter tal realidade? Creio que algumas iniciativas pioneiras poderiam ser executadas, a partir da implantação da sugestão feita acima pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Em seguinda, a partir de 2026, com a eleição de um novo Presidente e de um Congresso Nacional que aprovasse históricas reformas sociais não populistas nem procrastinadoras, fortalecendo um PoderJudiciário amparado num novo Código de Processo Penal que reduzisse a idade mínima criminal para 15 anos, com pena de castração integral para os que estupram e assassinam mulheres e crianças, cumprindo penas de prisão em tregme fechado, sem saidinhas nem reduções penais cretinas, como acontecem nos tempos judiciais acocorocados de agora.

Acredito que um novo Sistema Educacional Brasileiro, embasado nos modelos japoneses, chineses e coreanos ensejaria sementeiros balizamentos cognitivos numa sociedade que atualmente vive de eventostas e telenovelostas (o terminal osta é indicativo de bosta), com excelentes bibliotecas, inclusive online, com e-books que potencializassem uma CL – Cidadania Libertadora, que favorecessem todos aqueles que buscam eticamente ter uma vida plena, feliz e abundante, solidária, fraternal e, beneficiada por ampla redistribuição de renda.

Sem esperanças concretizadas, tudo resultará num caos integral, nível apocalíptico, onde ricos e famintos estarão na mais insólita rua da amargura fatal.

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SOBRE POLÍTICA, SEM POLITIQUICES

Confesso sempre que detesto discutir com quem não pensa, só rumina, critica e lamenta, sem uma mínima criatividade analítica. Todos eles me fazendo lembrar vagalumes que só acendem pela parte de trás, como se o fiofó tivesse algum QI.

Mas ler sobre política por gente que analisa e reflete, faz um bem danado de bom. E um dos pensantes que mais admiro, infelizmente já se encontra na eternidade, inspirando um montão de outros irmão desencarnados. E o nome dele é Rubem Alves (1933-2014), de nome completo Rubem Azevedo Alves, filósofo, teólogo, psicanalista e professor consagrado da Universidade de Campinas, São Paulo, mineiro de muita BS – Binoculização Social.

Com excepcional senso de oportunidade, a Companhia Editora Nacional lançou, em 2020, uma primorosa seleção de crônicas de Rubem Alves, algumas delas publicadas nos jornais Folha de São Paulo e Correio Popular, num livro intitulado CONVERSAS SOBRE POLÍTICA PARA TODOS OS TEMPOS. Com uma reflexão excelente na contracapa, feita pela sua filha Raquel Alves, atual presidente do Instituto Rubem Alves. Duas pequenas amostras: “Falar sobre política é um jeito de falar sobre nós mesmos. Falar dos nossos sonhos, do nosso estilo de vida e, principalmente, falar sobre o mundo que queremos e que construímos para nós e para aqueles que virão depois de nós.” A segunda amostra:

“Não há tempo certo para ler e pensar sobre as questões que Rubem Alves nos traz. Todo tempo é tempo de sonhar e construir. Sempre foi e sempre será. Seja passado, presente ou futuro, este livro será sempre fundamental e atual.”

No Prefácio, o aplaudido jornalista Jamil Chade revela que Rubem Alves, em seu texto, explicita que a insurreição, no Brasil, só se efetivará através da educação. E ressalta um pensar do teólogo mineiro: “Para que todo ambiente se democratize é preciso que o povo saiba pensar. Se o povo não souber pensar, votos e eleições não produzirão democracia.”
Do livro, lido e rabiscado por mim várias vezes, explicito abaixo algumas reflexões do notável Rubem Alves, por muitos amados e por alguns outros vistos com olhos enviesados, dada sua coragem gigantesca de opinar sem papas na língua, embora sempre muito caridosamente lúcida. Com licença do Luiz Berto, apresento algumas neste fubânico jornal:

“O crime não começa com o dedo que puxa o gatilho. Ele começa naquele que fabrica a arma.”

“A presença dos ratos na vida brasileira é evidência de que o nosso povo não sabe pensar, não sabe identificar os ratos.”

“Um povo se faz com ideais, com esperanças partilhadas. Estava certo o poeta Tagore quando dizia que o povo pedia canções. Como o Guimarães Rosa, vivo na esperança da ressurreição dos mortos.”

“Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade.”

“A essência da representatividade é a igualdade entre o representado e o representante. Uma raposa não pode representar as galinhas. O dono da fábrica não pode representar os operários, nem um heterossexual pode representar os gays.”

“Não acredito que o conformismo dos homens se deva ao fato de que eles não dão importância ao próprio governo. Deve-se, ao contrário, ao fato de haverem perdido as esperanças. Sabem que seus esforços são inúteis.”

Que os leitores se cidadanizem mais, pensando mais racionalmente, com coragem e binoculização. Caso contrário, tudo vai dar mel…

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REFLEXÕES QUASE FUBÂNICAS

Aproveitei o feriado Primeiro de Maio para fuçar alguns papéis antigos, contendo algumas anotações, então direcionadas a pessoas de várias situações sociais, inclusive residentes no exterior. E encontrei muitas delas com uma incrível contemporaneidade XXI, que reproduzo abaixo, aproveitando o espaço que me concede o Luiz Berto, esse escritor de Palmares muito arretado de ótimo. Eis as mais XXI:

– Por que boi é homem gordo, e vaca é puta?

– O Camões era um danado de ótimo na intuição: “Coisas impossíveis, é melhor esquecê-las que desejá-las.”

– Em época de crise, toda pequena ajuda é infinitamente melhor que muita pena.

– A conclusão idiótica de um ex-presidente agora portador de tornozeleira eletrônica: “Eu sou fácil de lidar. Desde que as pessoas aprendam como me venerar.”

– Para o eleitorado brasileiro atual: “Tenha sempre noção de realidade, embora esteja muito distanciado da atual.”

– Alerta amigo, depois de um pronunciamento presidencial em 1º. de maio: “Quando a lua está cheia, ela começa a minguar”.

– Uma questão para o MEC: “Se esta é a idade da informação, por que uma grande maioria sabe quase nada?”

– Para toda a Esplanada dos Ministérios, do economista John Kenneth Galbraith: “A tendência da burocracia é achar objetivo em qualquer coisa que se esteja fazendo.”

– Para o ministro Carlos Lupi, um recado do cientista Carl Sagan: “A ausência de evidência não significa evidência da ausência.”

– Para os alucinados de todas as agremiações partidárias, uma definição de Winston Churchill, um político que entendia bem de crise: “Fanático é o sujeito que não muda de ideia e não pode mudar de assunto.”

– Para um graduado do atual ensino superior brasileiro, uma advertência do Barão de Itararé: “O diploma não encurta a orelha de ninguém.” E Miguel de Unamuno sempre exclamava, quando testemunhava um boçal graduado dizendo asneira: “Todo pedante é um estúpido adulterado pelo estudo.”

– O Fernando Pessoa, poeta notável que detestava os passivos e acomodados: “Tudo é ousado para quem nada se atreve.”

– Pouco adianta ter um bom QI se não possui um bom farol para bem caminhar existencialmente.

– Para o eleitorado de 2026: “O conhecimento não pode nos fazer a todos líderes, mas pode ajudar a decidir que líder seguir”

– Um recado do ex-presidente Bill Clinton para o presidente Lula, que teima em manter no seu ministério enrolocratas visíveis: “Você pode colocar asas em um porco, mas não pode fazer dele uma águia.”

– Recomendação para os parlamentares de todos os plenários brasileiros: “Não discuta com idiotas, os outros podem não diferenciar”.

– Quando vejo uma atleta beijar uma bola antes de arremessá-la de volta ao jogo, sempre me lembro do escrito num para-choque de caminhão nordestino: “Se ferradura chamasse sorte, burro não puxava carroça.”

E sempre devemos seguir adiante, de narizes arrebitados, percebendo-se metamorfoses ambulantes evolucionárias sem jamais esquecer que “um idiota pobre é um idiota, um idiota rico é um rico.”

No mais, torcer para a megaoperação fiscalizatória do INSS não se transforme numa merdaoperação, que redundará apenas num penico cheio.

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UMA LIÇÃO INESQUECÍVEL

Com a eternização do Papa Francico e as proximidades da escolha de um novo líder religioso para a Igreja Romana, seria por demais oportuno que todos os votantes do Conclave pudessem ter nas mãos um alerta feito pelo notável logoterapeuta Viktor Frankl aos que assistiam suas aulas e palestras. Explicito-o, abaixo, na certeza de ser lido pelos leitores pensantes deste jornal arretado de ótimo, desejando também ter alcançado os que honestamente labutam no dia-a-dia do INSS, distanciados das maracutaias criminosas que vitimaram muitos, maculando em definitivo as já precárias condiçõs de sobrevivência eleitoral no cargo do atual presidente da República, em 2026:

“Não procurem sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem num ato, mais vocês vão errar. Por que o sucesso , como a felicidade, não pode ser perseguido; ele deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma dedicação pessoal a uma causa maior do que a pessoa, ou como subproduto da rendição pessoal a outro ser. A felicidade deve acontecer naturalmente e o mesmo acontece com o sucesso; vocês precisam deixá-lo acontecer não se preocupando com ele. Quero que vocês escutem o que sua consciência diz que devem fazer e coloquem-no em prática da melhor maneira possível. E então vocês verão que a longo prazo – estou dizendo: a longo prazo – o sucesso vai persegui-los, precisamente porque vocês esqueceram de pensar nele.”

Uma lição que merece ser relembrada cotidianamente por todos aqueles que são responsáveis por milhões de seres humanos que buscam auxílios financeiros mensais ao final de suas caminhadas terrestres na previdência, não merecendo serem assaltados por meganhas galos-enfeitados que estão nas suas atuais funções por simples escolhas eleitoreiras de decisores que só pensam ganhar mais, pouco se lixando para justiçamentos futuros.

Lamentavelmente a Justiça Brasileira não foi instituída para punir exemplarmente todos, os de , pés descalços, os de macacão, os de paletó, os de batina, os fardados e os graduados. Competirá à sociedade brasileir, através de suas zonas eleitorais, favorecer a consolidação de poderes constitucionais efefivamente éticos, elegendo, de todas as agremiações partidárias, parlamentares de posturas competentes humanas, dialogais, democráticas e solidárias, defenestrando os marginais metidos a representantes populares. E aprimorando as instituições sindicais, desestrurando nelas banditagens e sacanagens financeiras que apenas alimentam contas bancárias pessoas de apaniguados e pelegos.

Por onde começar? Pelo interior de cada um de nós, refreando intenções oportunistas, rejeitando pretensões espúrias de subordinados, sabendo assessorar-se de dignos e competentes auxiliares, sabendo identificar a hora de deixar seus comandos para outros mais bem dotados de uma contemporaneidade empreendedora que saiba diferenciar populismos e ditos cretinos de diretrizes e atitudes que alavaquem o desenvolvimento pátrio, mesmo a custa de sangue, suor e lágrimas, como proclamava um líder de verdade chamado Winston Churchill, uma liderança heroica nunca esquecida.

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PARA OS AMANHÃS BRASILEIROS

Na atual conjuntura mundial, com Donald Trump relinchando com ações tarifárias, com seus assessores principais ruminando e só batendo palmas, ansiosos por novos tipos de coices do maioral, mesmo que prejudicando o resto do mundo, torna-se inadiável uma ampla reformulação do atual modelo educacional brasileiro, há muito necessitando de uma sistemática DDD – Desmediocrização Docente-Discente em todos os seus níveis, excetuadas algumas exceções merecedoras de aplausos.

Urge, no Ensino Médio, o retorno da disciplina Filosofia Viva, que proporcione alicerces existenciais básicos para uma juventude hoje majoritariamente celulártica, induzindo debates edificantes e balizamentos éticos, favorecendo uma consciência comunitária que assimile as questões de um todo mundial, hoje vitimado por uma ausência efetiva de solidariedade humana, com uma ampla percentagem populacional vivendo muito sofrivelmente.

Com o desenvolvimento acelerado da IA – Inteligência Artificial, mister se torna a defenestração de inúmeras outras “inteligências”: a da manada, a assassina, a irracional, a populista, a demagógica, a oportunista, a aética, a bundálica exibicionista e a fingidamente religiosa, que visa apenas o fortalecimento de suas contas bancárias pastorais. Como também a eliminação das loterias tipo BET que, usando para sorteio todos os CPFs da Receita Federal, quase nunca premiam os que efetivamente jogaram.

Urge também uma gigantesca Revalorização da Vida, embasada numa reflexão notável do teólogo inglês James D. G. Dunn (1939-2020): “No pensamento judaico a figura da Sabedoria é feminina, porque os judeus desde o começo se davam conta que o divino não podia limitar-se a um único gênero.”

Para início de conversa, recomendaria a todos os pensantes brasileiros, militantes de todas as vertentes eticamente comprometidas com os amanhãs nacionais, a leitura de umas páginas que seguramente muito agigantarão mentes e corações. Um livro escrito por um jornalista, filho de um ex-professor da Fundação Getúlio Vargas, Dumerval Trigueiro (1927-1987, educador humanista ouro de lei. O livro: SABEDORIA NO DIA A DIA, André Trigueiro, Catanduva SP, Editora InterVidas, 2024, 240 p. Para os leitores do JBF, explicito, abaixo, a título de petisco, uma reflexão do autor do livro: “A cada dia temos novas oportunidades de realizar algo, por menor que seja, que guarde relação com um caminho espiritual. Se a perfeição não é desse mundo, e se estamos aqui justamente para descobrir as verdades essenciais da existência, convém não ser um juiz implacável de si mesmo e, com serenidade e confiança, dar o passo do tamanho da perna.”

As reflexões do André Trigueiro estão embasadas em escritos de um outro notável jornalista, Carlos Torres Pastorino (1910-1980), que detestava os que apenas criticam, fuxicam, enxovalham, anestesiam, mutilam e aviltam, sem oferecerem um tostão de alternativas concretas edificantes, sempre favorecendo o continuísmo da esculhambação geral, tudo ficando como dantes, no quartel de Abrantes, sem eira bem beira.

Saibamos, batalhando por uma efetiva Reforma do Sistema Educacional, favorecer, nos alunos dos primeiros níveis de ensino, um PCES – Pensar Cidadão Empreendedor Solidário capaz de fomentar um comunitarismo sem sectarismos racistas, nem posturas extremistas que muito buscam denigrir as consciências de mais da metade da nossa população.

Que a Educação Brasileira se agigante, saia das suas legislações dinossáuricas, abandone seus oportunismos eleitoreiros e lucrativos, e busque potencializar uma Profissionalidade Solidária Empreendedora capaz de inserir o todo pátrio no rol das nações mais desenvolvidas do planeta. Antes que tudo vire mel…

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PARA UMA SEMANA SANTA MEDITATIVA

Nesta semana, o mundo cristão pensante relembra o flagelo e a crucificação do Homão da Galileia, nosso amado Irmão Libertador. Seguramente com menos cerimônias e mais reflexões conclusivas sobre os ensinamentos transmitidos por quem só semeou amor, caridade e solidariedade nos caminhos percorridos.

Entretanto, desde a época do seu assassinato na cruz pela dominação romana, muitas falácias cretinas e análises inconsistentes foram escritas, tencionando ocultar as verdadeiras intenções de uma liderança que não instituiu religião alguma para seus seguidores, sempre prestigindo as mulheres e nunca manifestando belicosidade para ninguém.

Nesta Semana Santa, diante dos inúmeros feitos e fatos que enodoaram a sua Mensagem, ao longo dos séculos, recomendaria aos espiritualistas e espiritistas, agnósticos e descrentes, a reserva de algumas horas para cinco leituras que muito reestruturariam / fortaleceriam convicções, preparando-os para uma vida após vida sempre evolucionária, voltada para amanhãs cada vez mais perfeitos. A ordem de leitura poderá ser estabelecida por cada um, muito embora a sequência abaixo sugerida seja, na minha opinião, a que melhores resultados proporcionaria. Ei-la:

1. PARA ESTUDAR A BÍBLIA: ABORDAGENS E MÉTODOS, João Leonel e Marcelo Carneiro (org.), São Paulo, Editora Recriar, 2021, 340 p. Os organizadores são exegetas brasileiros, ambos com pós-dourados em temas bíblicos.

2. PALAVRAS DESCONHECIDAS DE JESUS, Joachim Jeremias, São Paulo, Editora Academia Cristã, 2020, 224 p. O autor (1900-1979), muito conhecido no Brasil, explicita uma análise interessante e muito competente, sempre com muito atenção pela autenticidade dos Quatro Evangelhos.

3. O EVANGELHO DE TOMÉ, O ELO PERDIDO. José Lázaro Barbosa, 3ª. edição, Santa Luzia MG, Editora Cristo Consolador, 2011, 288 p. Um livro escrito para os que possuem uma vontade férrea de mudar, favorecendo seu livre-arbítrio, consolidando-o a partir da ótica agnóstica do Evangelho de Tomé. Conheça os legítimos ensinamentos emitidos por Jesus, em sua militância terrestre.

4. JESUS E A LOGOTERAPIA: O MINISTÉRIO DE JESUS INTERPRETADO À LUZ DA PSICOTERAPIA DE VICTOR FRANKL, Robert C. Leslie, 2ª. edição, São Paulo, Editora Paulus, 2023, 158 p. O autor (1917-2006) foi um Pastor Metodista e professor de Psicologia Pastoral na Universidade de Berkeley, na California, USA. Páginas que orientam como recuperar a dignidade humana.

5. NOVO TESTAMENTO PARA TODOS, N. T. Wright, Rio de Janeiro, Editora Thomas Nelson Brasil, 2024, 640 p. Um modo contemporâneo de ler os livros componentes do Novo Testamento de um modo narrativo, embora nunca distanciado dos cânones estabelecidos. O autor é anglicano e foi bispo na Inglaterra. Uma leitura que sempre incentiva o leitor a só parar na última linha. Uma leitura de muita valia para uma meditativa programação.

Uma Semana Santa arretada de muito abençoada para todos nós, filhos amados de um Criador que sempre esteve dentro dos nossos interiores. Feliz Páscoa para todos!!

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UMA CAPACITAÇÃO INTERUNIVERSITÁRIA

Sempre almejei contemplar um Pernambuco bem pensante, criativo, empreendedodor e multiplicador de iniciativas humanistas e tecnológicas ajustadas aos desafiadores amanhãs regionais. Por isso, imaginei, outro dia, um CEPCC – Curso de Especialização em Pedagogia Crítico-Construtiva, de responsabilidade compartilhada pelas universidades pernambucanas, com três anos de duração, com QI mínimo exigido para seleção, períodos noturnos, em área de fácil acesso devidamente equipadas, sem nenhuma vinculação com as atuais estruturas curriculares do Conselho Federal de Educação. Um curso de especialização de legitimidade exclusivamente estadual, constituído por uma estrutura curricular amplamente compatívelm com as exigências de um desenvolvimento estadual socialmente solidário e economicamente desenvolvimentista.

A estrutura curricular do inovador CEPCC seria composta de disciplinas ainda não componentes de outras especializações em Educação similares, muito embora devidamente reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação.

Algumas das disciplinas integrantes do currículo do CEPCC: Composição escrita e oral em Língua Portuguesa, Cálculos Matemáticos Básicos, Fundamentos e Aplicações de Logoterapia, História Pernambucana, Empreendedorismo, Filosofia Viva, Espiritualidade Não Religiosa, Comunitarismo, Ética Comportamental, Questões Raciais e Culturais Contemporâneas, entre as que muito ampliariam uma Profissionalidade Magisterial capaz de consolidar uma crescente mentalidade cidadã nos discentes dos dois primeiros graus de ensino.

A seleção dos camdidatos em nenhum momento utilizaria os resultados do Enem, havendo ampla divulgação dos requisitos exigidos para a seleção. E os diplomados pelo CEPCC deveriam ter um regime salarial específico, em legislação aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco.

Sem precipitação nem populismos eleitoreiros, seria instituída uma Comissão Instituconal do CEPCC pelas universidades componentes, coordenada pela dupla UPE/UNICAP, que se encarregaria de implementar o Projeto CEPCC, bem como seus futuros desdobramentos técnico-científico-culturais.

Sonhar só é apenas um sonho, embora sonhar com mais alguns outros pensantes seja um bom começo de realidade, um excelente mote para se dar os primeiros passos, que muito poderiam catapultar Pernambuco para muito além das propagandas televisivas eleitoreiras, consolidando ideários educacionais de personalidades que enobreceram os ontens maurícios predominantemente libertários.

Lamentavelmente, muitos darão um muxoxo diante da proposta acima. Mas continuarei a sonhar, a la Fernando Pessoa: “Isso exige um estudo profundo. Uma aprendizagem de desaprender.” E permanecerei militante da área educacional, a perceber, como Pessoa, que “quanto mais eu abro as asas mais sei que não vou voar.” Entretanto, apesar dos amanhãs negativados, continuarei freicanecamente sonhando até meus últimos dias.

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LEITURAS PROVEITOSAS

Numa das minhas caminhadas esporádicas, cumprida na magnífica área de lazer construída pela gestão do prefeito João Campos nos terrenos do antigo Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamarineira, encontrei o João Silvino da Conceição picniqueando com a mulher e três netas. Após os olás e abraços, indaguei do Silvino como andavam suas atividades e ele me disse que, nos primeiros meses deste ano tinha se dedicado a leituras bastante proveitosas, distanciadas vacinalmente dos programas merdálicos da televisão, também desistindo de assistir as futebostalizações da seleção brasileira, hoje já liberta das idiotices táticas do treinador Dumerval, que recentemente levou um pontapé demissionário na bunda.

Curioso, perguntei quais teriam sido tais leituras. E o Silvino me mostrou seu caderno de notas, onde estavam algumas observações, abaixo transcritas com a devida permissão dele, apenas corrigidas algumas mínimas distrações de concordância e de ortografia:

“Preocupa-me bastante o atual IMP – índice Médio Pensante da sociedade brasileira, hoje muito anestesiada por um irritante IEH Individualismo Exibicionista Hedonista, quase exclusivamente bundolátrico, nada reflexivo, como se os amanhãs futuros dos quatro cantos do país fossem edificados com mínimas leituras reflexivas e muitas enfiâncias irresponsáveis, sem um mínimo compromisso com as lições emanadas do Alto e disseminadas pelos notáveis da história do mundo.

Nos últimos tempos, temos nos orientado com leituras que favorecem históricas binoculizações analíticas das conjunturas próximas nacionais, principalmente as direcionadas para as eleições de 2026, quando o eleitorado brasileiro, menos manada e mais cidadanizado, buscará renovar as atuais estruturas políticas do país, hoje majoritariamente dominadas por sectários, populista, fundamentalistas, ruminantes e cretinos oportunistas, todos amplamente desvinculados de um alerta profético do célebre economista sueco Gunnar Myrdal: O pior subdesenvolvimento é o mental.

As principais leituras rabiscativas por mim efetivadas foram:

– UMA HISTÓRIA DESCOMPLICADA DA FILOSOFIA, Fernando Savater, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2015, 264 p. O autor, um aplaudido intelectual espanhol, demonstra um modo peculiar de ensinar uma disciplina tida e havida como espinhosa pelos ruminantes bípedes que apenas sentem prazer em relinchar e exibir-se da cintura para baixo e de pernas acopladas. Sem jargões, Savater muito contribui para uma consistente BPCC – Base Preliminar Cognitiva Criativa.

– 50 GRANDES IDEIAS DA HUMANIDADE QUE VOCÊ PRECISA CONHECER, Bem Dupré, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2018, 215 p. Ideias básicas, explicitadas em seis áreas: Filosofia, Religião, Política, Economia, Arte e Ciência. Excelente leitura para grupos familiares que buscam novos comportamentos, fortalecendo crenças e defenestrando mitos que abestalham e mumificam mentes e corações.

– FILOSOFIA AO PÉ DO OUVIDO: FELICIDADE, ÉTICA, AMIZADE E OUTROS TEMAS, Clóvis de Barros Filho e Ilan Brenman, Campinas SP, Editora Papirus 7 Mares, 2024, 220 p. Papos inteligentes que desabestalham gregos e troianos, fortificando enxergâncias racionalizantes, antes apenas utilizadas por profissionais solidamente adentrados em Ciências Humanas.

– A PROVA DA VIDA ALÉM DA VIDA, Raymond Moody e Paul Perry, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2025, 240 p. Respostas definitivas para as questões mais intrigantes da humanidade, favorecendo compreensões definitivas para todos aqueles que desconheciam a existências de provas concretas sobre o assunto.

No mais, é continuar seguindo adiante, sem nostalgias nem remorsos, buscando sempre fazer novas horas, sem jamais querer retroceder.

FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

COMO SABER VIVER EM PAZ

Ano passado, numa excursão de pais e filhos, alguns participantes sugeriram ao coordenador do grupo, um humanista culto, que ministrasse algumas noções básicas de Filosofia nos horários noturnos, fortalecendo a harmonia de todo grupo, entre si e entre seus futuros derredores comunitários. E ele prontamen te atendeu, utilizando para tanto um livro que trazia em seus pertences: A FILOSOFIA NA VIDA COTIDIANA: UMA INTRODUÇÃO SIMPLES AOS GRANDES TEMAS FILOSÓFICOS , Scott Samuelson, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 2020, 271 p.

Durante todas as noites restantes da exursão, o grupo ouviu explanações sobre os mais variados assuntos contemporâneos, afastando-se do efeito manada, quando se é influenciado por um ideário único, provocado por uma robotização eletrônica sem uma mínima criticidade questionadora. Algumas respostas causaram debates sinceros nas mentes mais desligadonas dos obstáculos emergentes de uma pós-modernidade, provocadas pela ausência de uma cultura humanística mais consistente, com atividades ultra-especializadas, tais e quais aquelas denunciadas pelo inesquecível Charles Chaplin, com o apertador de parafusos do filme Tempos Modernos, em 1936, que não sabia fazer mais nada além de sua atividade profissional diária. Um filme que já denunciava uma emergente nebulosidade cognitiva nos futuros seres humanos intensamente super-especializados, incapazes de enxergar um milímetro além de meras informações eletrônicas.

Com o livro acima citado servindo de base, o grupo voltou da excursão mais cidadanizado, com pais, filhos e derredores familiares mais conscientes dos seus comprometimentos para com um mundo que urge reestruturar-se social, econômica, militar, política e religiosamente, assimilando mais direitos e deveres individuais e comunitários, apreendendo amplamente algumas questões que ainda necessitam ser amplamente esclarecidas: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Com que propósitos existimos? Como consolidar cada vez melhor nossa existência global, favorecendo gregos e troianos de todos os recantos planetários? Como edificar ambiente onde inexistam belicosidades, odiosidades, sectarismos ideológicos, analfabetismos e CPs – Cretinismos Políticos de todos os calibres?

O grupo todo voltou encarecendo novas excursões futuras com o mesmo Coordenados, integralmente entusiasmados com uma oração final, por ele pronunciada na despedida, de autoria de um evangelizador famoso:

– Rezem pela paz, graça e alimento espiritual. Peçam sabedoria e sadia orientação, pois todas as coisas são boas. Mas não se esqueçam das batatas que estão sendo cozidas!”

Para os estimados amigos do Jornal da Besta Fubana, desejo a efetivação de muitas LCMs – Leituras Cidadãs Meditativas, favorecendo a ampliação de uma sólida PECC – Postura Existencial Crítico-Construtiva em todos aqueles que desejam ver os quatro cantos do Brasil com um porte civilizacional humanizado e com uma sadia pós-modernidade.

Vamos chegar chegando nos finalmentes propostos pelo Criador de Tudo!

FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

APRENDER A VIVER BEM COM TODOS

Detesto mediocridades ditas por gente que se proclama dirigente arretado de setor público ou empresarial, sempre posando de sabichão de tudo, usando muitas vezes o improvisso para PBTs – Posicionamentos Bostálicos Televisivos, ignorando por completo os novos tempos de agora, com as comunicações eletrônicas se expandindo, a IA – Inteligência Artificial cada vez mais evolucionária, o país ainda com um Código de Processo Penal de cócoras, sem mais efetividade punitiva contemporânea capaz de travar o bom combate contra uma marginalidade dotada de palitó, decotaço, farda, macacão e QIs que muito ultrapassam os das atividades fiscalizatórias em vigência.

O filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella, um dos maiores alertadores das inúmeras MEA – Merdalidades Executivas Atuais, que tentam se potencializar nos quatro cantos do país, impossibilitando o desenvolvimento integral de nosso povo, costuma sempre ressaltar: “Faça o teu melhor, nas condições que você tem, enquanto não tem condições melhores para fazer melhor ainda.” E ele ainda recomenda, ao todo pátrio, três iniciativas urgentíssimas: aprimorar a competências em todos os setores da sociedade, defenestrar as mediocridades executivas várias que ainda teimam em permanecer nas regições brasileiras, particularmente na Praça dos Três Poderes, na Capital Federal, de arquitetura linda e ainda de uma proficiência limitada, inúmeras vezes populista e demagógica, alisadoras das elites que já deveriam há muito abandonado os seus ontens machistas e escravocratas, inquisitoriais e comportamentalmente sectários.

O sempre lembrado, embora nunca devidamente seguido, sábio Confúcio (551 a.C. – 470 a.C.) recomendava aos seus derredores discentes que “saber o que é certo e não fazer é falta de coragem”. Na atualidade, uma advertência que deveria estar complementada por uma outra, politicamente atual: “Explicitar a beleza de uma assessora, sem sequer enaltecer sua competência executiva é a maneira mais cretina de praticar um machismo tridentino, típico dos que não estão mais aptos para os exercícios de mando, ainda que portando chapéu de palha.”

Quais as alternativas sobrevivenciais que nos restam? Somente a nossa sociedade civil, em 2026, poderá restaurar nossos projetos desenvolvimentistas, nos pondo novamente entre as nações mais civilizadas do mundo, com um sistema educacional a la Japão, onde se ensine todas a crianças como saber pensar com racionalidade cívica e espiritual, tornando-as capazes de aprender a viver com solidariedade ética, dotada de uma profissionalidade permanentemente evolucionária, ensejando redimentos confortábeis para seus derredores comunitários e familiares, sempre percebendo a diferença entre a humildade de querer saber mais a cada amanhecer e a subserviência de existir rastejando, sempre aplaudindo chefetes oportunistas dotados de nulos níveis éticos.

Nosso amado Brasil só se revestira de grandeza internacional, quando seus filhos executivos de todos os setores, públios empresariais, sindicais, militares e religiosos assimilarem o lema do poeta luso Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.”

Percebamo-nos sempre uma MAE – Metamorfose Ambulante Evolucionária, com um sistema educacional progressista, com uma Educação Básica integralmente gerenciada pelo Poder Público, coordenada por um MEC disseminador de uma gigantesca bagagem logoterápica, capaz de antecipar amanhãs mais promissores para todos os brasileiros, do Oiapoque ao Chuí, respeitadas as etnias, as áreas indígenas e as especificidades de todos os gêneros. Todos imbuídos de um propósito: “Quem sabe faz a hora, nunca espera acontecer.” E cotidianamente enaltecendo a recomendação do Senhor Jesus, nosso Irmão Libertador: “Se tiveres fé, fareis coisas melhores que EU!”

Vamos chegar, chegando, sem nunca politicamente sectarizar!