Nesta época de muitas turbulências nos quatro cantos do mundo, facilmente se encontra seres humanos, inclusive graduados e pós-graduados dos mais variados segmentos sociais, com mentes idênticas aos que foram gerados em pé numa rede, num alpendre de praia em dia de muia ventania. Em pernambuquês, tais pessoas são denominadas de abiloladas, ababacadas, amundiçadas, estropiadas e ininhadas. Nunca pensam corretamente, vivem se portando com grosserias, são mal agradecidas aos que tentaram consertá-las cogntivamente, sempre imaginando que o que vale mais é o que está embaixo da linha de cintura do corpo, jamais o situado acima do pescoço, chamado campo intelectivo.
Outro dia, a amiga Leda Rivas explicitou pelas redes sociais um pensamento do notável Oscar Niemeyer, cuja inexistência bem poderia ser uma das causas primordiais do atual coletivo EMA – Efeito Manada Alucinada: “Toda escola superior deveria oferecer aulas de filosofia e história. Assim fugiríamos da figura do especialista e ganharíamos profissionais capacitados a conversar sobre a vida.” Se tívessemos, no Brasil, uma Educação Fundamental Pensante Libertadora, poderíamos assimilar concretamente a reflexão feita pela Marie Curie (1867-1934), uma cientista polonesa aplaudida, notabilizada pela suas contribuições pioneiras na área da radioatividade: “Na vida não há nada a temer, apenas compreender. É hora de compreender mais e temer menos.”
Em Minas Gerais, o Pastor Leonardo Soares de Matos, da Igreja Batista Central de Belo Horizonte ratifica o pensar dos notáveis Niemeyer e Curie: “Tenho aconselhado pessoas ansiosas e complicadas, que se sente pressionada a alcançar o sucesso a qualquer preço, que acredita nas lentes das redes sociais como sendo o filtro de uma vida ideal e que acaba vivendo debaixo da pressão de um padrão praticamente inalcançável de felicidade. Uma geração que transformou Deus em uma energia e que criou suas próprias teorias a respeito de como se achegar a Ele. Uma geração tão egocêntrica que acaba por transgredir a saúde e a beleza dos relacionamentos. O resultado? Complicado. Aquilo que era para ser simples se torna complexo.”
Convive-se, hoje, em nosso amado Brasil, com uma Elite do Atraso, usando a expressão felicíssima do pesquisador Jessé Souza, PhD em Sociologia pela Universidade de Heidelberg, ex-presidente do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Como reverter tal realidade? Creio que algumas iniciativas pioneiras poderiam ser executadas, a partir da implantação da sugestão feita acima pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Em seguinda, a partir de 2026, com a eleição de um novo Presidente e de um Congresso Nacional que aprovasse históricas reformas sociais não populistas nem procrastinadoras, fortalecendo um PoderJudiciário amparado num novo Código de Processo Penal que reduzisse a idade mínima criminal para 15 anos, com pena de castração integral para os que estupram e assassinam mulheres e crianças, cumprindo penas de prisão em tregme fechado, sem saidinhas nem reduções penais cretinas, como acontecem nos tempos judiciais acocorocados de agora.
Acredito que um novo Sistema Educacional Brasileiro, embasado nos modelos japoneses, chineses e coreanos ensejaria sementeiros balizamentos cognitivos numa sociedade que atualmente vive de eventostas e telenovelostas (o terminal osta é indicativo de bosta), com excelentes bibliotecas, inclusive online, com e-books que potencializassem uma CL – Cidadania Libertadora, que favorecessem todos aqueles que buscam eticamente ter uma vida plena, feliz e abundante, solidária, fraternal e, beneficiada por ampla redistribuição de renda.
Sem esperanças concretizadas, tudo resultará num caos integral, nível apocalíptico, onde ricos e famintos estarão na mais insólita rua da amargura fatal.