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RODRIGO CONSTANTINO

O DESPACHANTE BESSIAS NO SUPREMO?

Jorge Messias STF Lula Barroso

O ministro da AGU, Jorge Messias, é apontado como o favorito de Lula para a vaga no STF

Jorge Messias ficou mais conhecido como “Bessias”, quando a então presidente Dilma disse em conversa telefônica com Lula: “Seguinte, eu tô mandando o ‘Bessias’ junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?”. Dilma se referia ao termo de posse de um ministério, que serviria de blindagem no caso da tentativa de prisão do ex-presidente à época.

Ou seja, Bessias era um despachante de confiança, basicamente isso. O tempo passou, o Lula foi preso e solto, e recolocado na cena do crime, como diria seu atual vice, Geraldo Alckmin. Já Dilma ganhou a presidência do banco dos Brics, e “Bessias” passou a comandar a AGU.

A Advocacia-Geral da União passou, então, a agir como advogacia-geral do Lula, transformada numa extensão do lulismo e ignorando suas funções. A AGU é a instituição responsável pela representação judicial e extrajudicial da União, além de prestar consultoria e assessoramento jurídico ao Poder Executivo. Suas funções incluem defender os interesses do país na Justiça, atuar em casos de dívida ativa e oferecer serviços ao cidadão, como o parcelamento de débitos. Está claro que Messias extrapolou e muito suas prerrogativas.

Agora Lula quer o “Bessias” no STF, na cadeira vaga por Barroso. Lembrando que ele disse, em campanha eleitoral, que não colocaria um amigo no Supremo, dando a entender que Bolsonaro tinha feito isso. Eis as duas indicações até agora: Zanin, seu advogado, e Flávio Dino, seu companheiro de longa jornada comunista.

Com Messias, Lula pretende aparelhar ainda mais o STF. E por ser jovem, Lula teria um “despachante” seu por décadas atuando no Supremo. O grau de politização aumentaria ainda mais. O país aguenta um STF ainda mais partidário, agindo para defender os interesses de um ex-condenado?

A oposição se mobiliza para tentar barrar a indicação na sabatina do Senado. Isso não acontece desde o final do século XIX, mas para tudo há uma primeira vez. O Centrão prefere Rodrigo Pacheco como indicado, e age nos bastidores para garantir o nome do ex-presidente do Senado, num gesto mais “pacificador” com o Congresso.

Diante da alternativa, Pacheco se torna até uma escolha mais razoável, em que pese ter agido como cúmplice do STF ao impedir que todos os pedidos de impeachment de ministros chegassem ao plenário. O Brasil vai mal mesmo, muito mal. Quando torcemos por Pacheco para não termos um “Bessias” no STF é porque a coisa está realmente feia…

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O ESTADISTA BANÂNICO ENCHE NOSSO PEITO DE ORGULHO!!!

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LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

DEU NO JORNAL

METENDO MEDO

Lula xingou o “baixo nível” da Câmara sem esconder o ódio por Bolsonaro, que, mesmo humilhado, inelegível, amordaçado, doente e condenado a 27 anos de prisão, continua metendo medo nessa turma.

* * *

E como ele se declarou “imbroxável”, além de metendo medo, conforme diz a nota aí em cima, deve também estar metendo a pajaraca.

Vixe !!!

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DEU NO JORNAL

PEDRO MALTA - REPENTES, MOTES E GLOSAS

MOTES BEM GLOSADOS

Dedé Monteiro, o Papa da Poesia, nascido em setembro de 1949, no sitio Barro Branco, município de Tabira, Pernambuco

* * *

Dedé Monteiro glosando o mote

Saltei mas de mil cancelas
Na estrada dos desenganos.

Na estrada dos desenganos
Contei mais de mil palhoças,
Pequenas, pobres, singelas,
Passei por mais de mil roças,
Saltei mais de mil cancelas,
Dormi em mais de mil redes,
Saciei mais de mil sedes,
Desmanchei mais de mil planos,
Fiz mais de mil amizades,
Deixei mais de mil saudades,
Na estrada dos desenganos.

Passei por mais de mil cruzes,
Acendi mais de mil velas,
Divisei mais de mil luzes,
Saltei mais de mil cancelas,
Mais de mil vezes chorei,
E o pranto que derramei
Valeu por mais de mil anos…
Desfiz mil sonhos queridos,
Soltei mais de mil gemidos
Na estrada dos desenganos.

Ganhei mil cabelos brancos,
Fiz mais de mil sentinelas,
Venci mais de mil barrancos,
Saltei mais de mil cancelas,
Escutei mil passarinhos,
Pisei mais de mil espinhos,
Padeci por mil ciganos,
Ganhei mais não do que sim,
Deixei mil partes de mim
Na estrada dos desenganos.

* * *

Zé Mariano glosando o mote:

Vejo um quadro pintado de saudade.
Na parede da minha solidão.

Relembrando meus tempos de criança,
Os momentos alegres que passei
Na casinha de barro onde morei,
Muito simples, mas farta de esperança,
O orgulho que tinha a vizinhança
Já me vendo um futuro cidadão,
Quando lembro a ponteira do pião
Enrolando na minha mocidade,
Vejo um quadro pintado de saudade
Na parede da minha solidão.

Se fingir que dos anos me esqueci,
Se por ser vaidoso ou por desgosto,
Sem ter traumas, as rugas do meu rosto
Vão mostrar que de fato envelheci.
Na escola da vida eu consegui
Receber o diploma de ancião,
E na hora da minha conclusão,
No canudo manchado da idade
Vi um quadro pintado de saudade
Na parede da minha solidão.

Ela foi me dizendo que voltava
Eu fiquei aguardando seu regresso
Foi-se um ano, dois anos, sem sucesso
Nem recado, nem carta ela mandava
Quando alguém por capricho perguntava
A esquecesse poeta, sim ou não?
Respondia com a voz do coração
Implorando por sua liberdade
Tenho um quadro pintado de saudade
Na parede da minha solidão.

Pra poder esquecer quem certo dia
Fez morada na sombra do meu peito
Resolvi por em prática meu direito
De viver como um pássaro em harmonia
Dei um laço abraçando a poesia
E depois de tomada a decisão
Coloquei toda a minha inspiração
No lugar de quem era outra metade
E nunca mais vi um quadro de saudade
Na parede da minha solidão.

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