Arquivo diários:5 de outubro de 2025
DEU NO JORNAL
JESUS DE RITINHA DE MIÚDO
DUAS GLOSAS
O poeta Geraldo Amâncio, cearense do Cedro, cantou sobre o saudade de sua mocidade criando de improviso os seguintes versos:
Olho a tela do tempo e me torturo
Vejo o filme do meu inconsciente,
Meu passado maior que o meu presente
Meu presente menor que o meu futuro.
Se a velhice é doença eu não me curo,
Que os três males que atacam um ancião:
São carência, desprezo e solidão,
E é difícil escapar dessa trindade;
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando à prestação.
Este colunista, potiguar e acariense do Seridó, inspirado nos versos do inigualável Geraldo, também falei de minha saudade, nos dez versos que seguem:
Algo grande aperta esse meu peito
Vai fechando a porteira da garganta
Minha voz quer sair, a dor é tanta
Que a fala não sai de nenhum jeito.
Sob o sol do silêncio eu me deito
Esse algo aumenta a sensação
De mudez, de fraqueza e de prisão
Lá num tempo onde tudo é só saudade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando à prestação.
DEU NO X
NUNCA, NUNCA, NUNCA LUXOU!!!
DEU NO JORNAL
NOVA HUMILHAÇÃO INTERNACIONAL?
Deltan Dallagnol
O caso do ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, ganhou o noticiário internacional nos últimos dias e promete trazer mais uma dor de cabeça ao ministro. Tagliaferro, acusado de crimes dos quais o próprio Moraes é “vítima”, foi detido por algumas horas na Itália, o que acabou revelando ao mundo que Moraes encaminhou aos italianos um pedido de prisão e de extradição de Tagliaferro. A grande questão que se coloca é: será extraditado ao Brasil ou Moraes sofrerá mais uma humilhação internacional sem precedentes?
A resposta começa pelo básico: Tagliaferro não foi preso. O tribunal italiano rejeitou o pedido de prisão preventiva feito por Moraes e determinou apenas medidas cautelares alternativas, como a apreensão do passaporte e a proibição de saída da cidade. Para os juízes italianos, não havia risco de fuga: mesmo denunciado pela PGR, ele permaneceu em casa, à disposição das autoridades. A mensagem é clara: não se trata de um foragido perigoso, mas de um cidadão disposto a responder dentro da lei.
Outro detalhe chama a atenção: Moraes não pediu a inclusão de Tagliaferro na difusão vermelha da Interpol. Por quê? Por medo. Medo de ver sua ordem rejeitada pela comunidade internacional — o que já ocorreu em outros casos.
Três fatores pesam contra Moraes: primeiro, a perseguição política evidente, pois, em nenhum país sério, a própria “vítima” dos crimes conduz o processo como juiz; segundo, as sanções internacionais, já que Moraes foi incluído na lista de sancionados da Lei Magnitsky, que pune autoridades por violações de direitos humanos, fazendo com que qualquer decisão sua seja examinada com ceticismo redobrado; e, terceiro, o histórico negativo de Moraes na própria Interpol, que, em casos anteriores, como o de Oswaldo Eustáquio, recusou-se a cumprir ordens do ministro por considerá-las perseguição política.
A situação é ainda mais constrangedora quando especialistas europeus classificam o caso como “altamente inusual”, como fizeram em um levantamento especial aqui para a Gazeta do Povo. Alguns juristas relataram nunca ter visto algo parecido em jurisprudência de extradição: um pedido feito por um juiz que é, ao mesmo tempo, vítima dos crimes do extraditado. A conclusão é inevitável: a Itália pode barrar o pedido alegando falta de imparcialidade e risco à garantia de um julgamento justo. E é exatamente esse o argumento que a defesa de Tagliaferro deve apresentar. O constrangimento não será pequeno. Imagine a cena: tribunais italianos rejeitando oficialmente um pedido brasileiro porque não veem imparcialidade no processo. Será mais uma humilhação internacional para o STF.
Vale lembrar: quando advogados da deputada Carla Zambelli explicaram às autoridades italianas que Moraes era, simultaneamente, juiz e vítima de seus supostos crimes, a reação foi de incredulidade — seguida de risos. Porque, para qualquer pessoa razoável, em qualquer democracia minimamente funcional, isso é absurdo. Só aqui, no Brasil, imprensa e juristas ditos “garantistas” fingem não ver nada de errado e aplaudem de pé os abusos de Moraes. Lá fora, a reação é diferente: perplexidade e, muitas vezes, desprezo. A risada dos magistrados revela: o Brasil não é um país sério.
Há ainda um último ponto devastador para o pedido de extradição: Eduardo Tagliaferro é um whistleblower. Ele denunciou ilegalidades cometidas por Moraes e, por isso, goza de proteção especial prevista em normas internacionais de direitos humanos, tanto no sistema europeu quanto no interamericano. Como lembra o procurador regional da República Vladimir Aras, uma referência em matéria de cooperação internacional, a perseguição a denunciantes é frontalmente contrária às normas internacionais que regem o assunto.
No caso Viteri Ungaretti vs. Equador, decidido em novembro de 2023, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que tem jurisdição sobre o Brasil, garantiu a proteção internacional aos direitos dos whistleblowers, reportantes do bem e denunciantes de crimes. Viteri Ungaretti era um adido militar do Equador em Londres que, após denunciar atos de corrupção que testemunhou, foi vítima de diversas retaliações e punições pelo Estado equatoriano. A corte condenou o Equador a pagar reparações a Ungaretti e sua família. Além disso, a União Europeia também tem diretivas e precedentes consolidados de proteção a reportantes do bem, denunciantes de crimes e whistleblowers.
Por todos esses fatores, tudo indica que a Itália não extraditará Tagliaferro. Se isso se confirmar, Moraes sofrerá uma derrota histórica: será a primeira vez no mundo em que um tribunal nega a extradição porque o juiz que pede é, ao mesmo tempo, a suposta vítima e o algoz do réu. Nada mais simbólico para o Brasil de hoje: um país em que a Justiça se tornou instrumento de perseguição política, desmascarada e rejeitada no exterior. É, realmente, tragicômico. O que, para nós, é tragédia, para o mundo é piada.
DEU NO X
ELA VAI SER A INTÉRPRETE: “FUCK YOU”
CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA
MANÉ MARRETA – ARAGUARI-MG
Que país absurdo, esse nosso.
Isso é postura de um ministro?
Isso é postura de um ministro? pic.twitter.com/pfEwYcwinZ
— Joaquin Teixeira (@JoaquinTeixeira) October 4, 2025
SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO
FEIJÃO DE PORCO
DEU NO X
NOS OVOS
Um homem estava assediando uma mulher no elevador. Veja o que ela fez. pic.twitter.com/VzEOzBkfe3
— Freu Rodrigues (@freu_rodrigues) October 4, 2025
JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO
A “AURORA BOREAL” DE CADA UM
Beleza indescritível com palavras
Qual o segredo da felicidade?
Não é exagero afirmar que, o país mais feliz do mundo pode ser uma boa pista para encontoar essa resposta.
Na Filândia, a “felicidade” (um êxtase psicológico do estado de espírito) se torna algo visível. Vê-se a felicidade!
A Finlândia é um país nórdico, situado no norte da Europa, que faz fronteira com a Suécia a oeste, a Rússia a este, a Noruega a norte e com a Estônia a sul.
Vá algum dia, e sinta a felicidade pululando no horizonte!
Ali, a vida em sintonia com a natureza, com rituais que aquecem corpo e alma e paisagens apaixonantes por todos os lados. Some a tudo isto uma cidade cheia de personalidade e a magia da Aurora Boreal e você começa a entender o que torna a Finlândia tão especial e que a felicidade não é algo “invisível”.
A travessia de ferryboat entre Helsinque e Tallin revela dois lados da Europa: os ares modernos da capital finlandesa em uma ponta, e o charme da capital da Estônia, na outra. As vistas deslumbrantes tornam cada minuto desse trajeto numa preciosidade.
Grupo reunido na Filândia para fotografar a beleza da Aurora Boreal
A melhor época do ano para ver a “Aurora Boreal” na Finlândia é de setembro a abril, um período especialmente mágico, com noites mais longas e escuras, aumentando as chances de uma experiência inesquecível com a aurora.
Visitar a Finlândia durante o Natal é viver em um conto de fadas nórdico. Desde a casa do Papai Noel em Rovaniemi até as tradições culinárias, o salmão e a carne de veado, cada momento é mágico.
Para ver a “Aurora Boreal” na Finlândia, viaje para o norte do país entre setembro e abril, repito. Cidades como Rovaniemi, Ivalo e Saariselkä, na Lapônia Finlandesa, são ideais devido à baixa poluição luminosa e paisagens naturais.
A região, conhecida também como a terra do Papai Noel, oferece atividades como passeios de trenó de renas e a chance de se hospedar em hotéis com vista para o céu. Existem hotéis e iglus com tetos de vidro, que permitem que você assista às auroras sem sair do conforto do seu quarto.
Mas… a “felicidade” não é apenas isso. Ela pode, fora dali, ser vista, tocada e vivida.
Mude o roteiro. Vá conhecer Darfur. Darfur fica no oeste do Sudão, um país localizado no norte da África. Em Darfur você pode ver e conviver com outro tipo de “Aurora Boreal”, se tiver coragem de olhar para sentir a “Aurora Boreal” de uma criança ao receber em mãos, um prato de comida.
A gratidão vem em forma de sorriso – e isso você jamais conseguirá apagar da mente.
A “Aurora Boreal” de uma criança africana faminta
DEU NO X




