DEU NO JORNAL

O AMIGO DOS CORRUPTOS SUL-AMERICANOS

Editorial Gazeta do Povo

Lula Cristina Kirchner

Lula se encontrou com Cristina Kirchner na casa da ex-presidente argentina, que cumpre pena de prisão domiciliar por corrupção

Diante da mensagem do presidente norte-americano, Donald Trump, em defesa do brasileiro Jair Bolsonaro, o presidente Lula foi rápido na resposta, afirmando que “não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja”. Obviamente, só os incautos ou os ideologicamente comprometidos acreditarão no discurso de Lula, um hipócrita que, durante seu processo na Lava Jato, enviou os advogados em turnê pela Europa para desmoralizar o sistema judiciário brasileiro, e chegou a pedir socorro até mesmo à ONU. Não contente em pedir interferência internacional no Brasil quando lhe convém, Lula também é especialista em interferir nos assuntos internos de outros países, quando se trata de defender seus camaradas ideológicos.

No início do mês, Lula foi a Buenos Aires para a transmissão da presidência rotativa do Mercosul – pela ordem alfabética dos países-membros, depois da Argentina, é a vez de o Brasil assumir o posto. O petista, que adora posar sorridente e de mãos dadas para fotos com outros líderes, já havia cumprimentado friamente seu colega Javier Milei em novembro do ano passado, na reunião do G20, e repetiu a dose no Palácio San Martín. Não houve nem mesmo um encontro bilateral entre os dois presidentes, por mais que Argentina e Brasil estejam entre os principais parceiros comerciais uns dos outros. A falta de animação e de empenho em melhorar relações entre os dois países tinha motivo: o coração de Lula estava em outro lugar.

Após as formalidades na reunião do Mercosul, Lula foi se encontrar com a ex-presidente Cristina Kirchner, que cumpre pena em sua residência. Em junho, a Suprema Corte argentina confirmou, de forma unânime, sua condenação a seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua. O conjunto probatório levantado contra a ex-presidente de esquerda é tão avassalador quanto aquele reunido pela Lava Jato brasileira contra Lula: o esquema que a levou à prisão envolvia desvios e superfaturamento de obras públicas em cerca de 50 contratos com o empreiteiro (qualquer semelhança será mera coincidência?) Lázaro Baez, amigo da família Kirchner. O prejuízo para os cofres públicos argentinos é estimado em algo entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão.

Ainda que o público só visse as fotos do encontro, com Lula manifestando reservadamente sua solidariedade, o episódio já seria suficientemente grave. Mas o petista não se conteve. Lula posou para fotos segurando um cartaz de “Cristina livre” durante uma outra visita, ao Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, e pessoas presentes ao encontro relataram à imprensa que Lula disse acreditar na inocência da ex-presidente argentina. A própria Cristina Kirchner, comentando a visita de Lula nas mídias sociais, afirmou que ela “foi muito mais do que um gesto pessoal: foi um ato político de solidariedade”. Se isso não é “interferência ou tutela” – com a agravante de ocorrer dentro do próprio país cujo sistema judicial está sendo criticado de forma nada sutil –, difícil dizer o que mais poderia ser.

Esta é a segunda vez no ano que Lula critica Judiciários de países vizinhos que condenam seus corruptos. Em abril, o petista foi ainda mais longe, usando a embaixada brasileira no Peru e a Força Aérea Brasileira para ajudar a ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia a escapar da Justiça de seu país, que a havia condenado a 15 anos de prisão. Ao conceder asilo político à mulher do ex-presidente (também condenado) Ollanta Humana, Lula e seu Itamaraty deixaram claro que consideram Nadine – condenada por crimes comuns, de corrupção e lavagem de dinheiro – vítima de perseguição política; em outras palavras, Lula promoveu interferência explícita no funcionamento da Justiça de outro país.

Quem não pensa duas vezes antes de prestigiar e ajudar seus camaradas corruptos, criticando os Judiciários que os condenam e até mesmo colaborando para uma fuga disfarçada de asilo político – isso sem falar na profusão de vídeos gravados em apoio a candidatos esquerdistas em eleições por toda a América Latina –, não tem um pingo de moral para repudiar afirmações de governantes estrangeiros em defesa de quem quer que seja. Diante de um corrupto de esquerda sul-americano em apuros, Lula manda às favas qualquer escrúpulo sobre “interferência ou tutela”, pois para ele a lei suprema é “aos amigos, tudo”. Essas e outras escolhas desastrosas desmoralizam cada vez mais o Brasil no cenário internacional.

PENINHA - DICA MUSICAL

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AFRONTA

Lula acusa Trump de “interferir” no STF.

Mas fez um jatinho da FAB “resgatar” a ex-primeira-dama corrupta do Peru e afrontou o judiciário argentino visitando Cristina Kirchner, uma ladra transitada em julgado.

* * *

Quem espera coerência do Descondenado, pode esperar deitado.

Não vai ver nunca.

O cagatório oral luleiro é abundante.

E diário.

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

RODRIGO CONSTANTINO

TRUMP NÃO ESTÁ DE BRINCADEIRA

Donald Trump colocou o Brasil como foco e prioridade, e isso não é pouca coisa. É preciso lembrar que se trata do homem mais poderoso do mundo, que está agindo para conter guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, que acabou de aprovar um enorme projeto de lei no Congresso, que se ocupa dos temas mais delicados, domésticos e geopolíticos. Em meio a essa agenda, Trump dedicou tempo e energia para falar do Brasil e sair em defesa de Jair Bolsonaro.

Trump chamou de “caça às bruxas” o que tem acontecido contra o bolsonarismo, alegou que nenhum crime foi cometido e que é pura “juristocracia” para tentar retirar um candidato popular e favorito do pleito. Trump terminou com uma mensagem bastante direta: “Deixem Bolsonaro em paz”. Depois do que Trump fez no Irã, creio que ninguém deveria apostar em retórica vazia, verborragia ou ameaças tolas de um fanfarrão.

Trump costuma dar alternativas aos seus adversários antes de agir. Ele joga com ameaças críveis para não ter de usá-las, contando com o recuo voluntário do outro lado. Mas se não há tal recuo, ele já deu todas as provas de que está disposto a agir. E, neste caso brasileiro, isso deve significar sanções impostas a ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes, além de eventuais sanções ao próprio país.

Alguns analistas enxergaram uma retaliação americana por conta da reunião dos Brics, mas são temas diferentes. Trump sequer cita Lula, e no caso dos Brics também haverá reação, como tarifas extras, pois o bloco liderado pelo eixo do mal atenta contra os interesses americanos. Só que são coisas não atreladas, repito. A mensagem sobre Bolsonaro já estava pronta e lida com tema distinto: a juristocracia que quer melar eleições livres.

Os americanos conhecem bem o assunto pois Trump foi alvo do mesmo esforço, mas venceu. A reação lulista era previsível: falar em soberania nacional. Mas tanto quanto previsível, ela é hipócrita. O mesmo Lula esteve na Argentina há poucos dias desrespeitando sua justiça e pedindo liberdade para a corrupta Cristina Kirchner, condenada em última instância. Mandou avião da FAB buscar corrupta no Peru. Pediu ajuda ao ditador chinês para censurar o cidadão brasileiro. Lula está sempre se metendo em assuntos de outros países.

No mais, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, confessou que pediu ajuda ao governo americano nas últimas eleições. Biden mandou “recados” aos nossos militares, sem falar de uso das verbas da USAID, agora finalmente com suas atividades encerradas, para influenciar nosso pleito. Ficou claro que não é com a interferência americana que a esquerda se preocupa, mas sim com a lupa que Trump colocou na questão.

E essa lupa vai exercer pressão grande em 2026. Todos viram o que aconteceu na Venezuela, e a ideia é justamente impedir um destino semelhante. Pode ser que o sistema já tenha avançado tanto no controle que seja tarde demais, mas nesse caso terá de escancarar a ditadura e arcar com as consequências. Não será mais viável manter as falsas aparências com discursinho de “instituições sólidas e independentes”. O Brasil terá de arrancar de vez a máscara democrática e expor ao mundo sua carranca feia da ditadura.

Ministros do STF considerando a fala de Trump em defesa de Bolsonaro como “risível” e enaltecendo nosso processo eleitoral e judiciário mostram apenas como perderam o elo com a realidade e o senso do ridículo. Podem brincar o quanto desejarem de retórica vazia, afirmando que o Brasil é um país mais sério do que os Estados Unidos. Não vai colar. Ninguém sério leva isso a sério. E quem ri por último, ri melhor. Resta saber se vão continuar rindo quando sanções pesadas individuais começarem a sair contra eles. Após a mensagem de Trump, essa possibilidade aumentou exponencialmente…

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

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