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RLIPPI CARTOONS

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JACOB FORTES – BRASÍLIA-DF

A ROSA E A ESTRELA

Na noite do último Natal fui ao jardim da minha casa com o propósito de encontrar, no altar de Deus, sinais da Estrela de Belém conforme o Evangelho de Mateus. “Pois, do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo”.

Enquanto fitava a abóbada celestial, aliás, no sossego da sua peculiar placidez (que sugere harmonia), flagrei uma conversa particular e afetuosa entre uma rosa albertine e uma estrela.

Em sussurros de alcova disse a rosa à estrela:

– De onde vem a tua luz resplandecente, estrela?

-Vem da mesma fonte suprema que te concede vida e doce aroma, ó rosa!

– O meu aroma chega até aí, no teu jardim estelar?

– Sim, chega. Assim como inalo o teu doce perfume aqui no céu, do mesmo modo, aí na terra, tu te iluminas com o meu brilho.

– Por que o céu é recamado de candelabros presos às paredes do teto?

– Para afugentar as trevas, para que prevaleça a luz.

– Tu refulges continuamente, estrela?

– Sim, mas há um regime de revezamento: ora as estrelas, ora a lua, ora o sol.

– Por que tanta luminosidade sobre a terra, estrela?

– Porque a luz é vida, ilumina as mentes, guia os corações, permite aos olhos divisar a Deus. É a cintilação estelar que faz realçar, aí na terra, o teu perfume, o teu romantismo, o teu glamour.

– Estrela, apesar de sentires o meu perfume tu nunca vieste beijar-me a fronte, por quê?

– Como assim, rosa?

– Ora, estrela, os beija-flores, as borboletas, inclusive as pessoas, se achegam a mim para beijar-me, inalar o meu perfume. Por que não vens também aspirar a minha fragrância que recende no olfato de todos?

– Não posso, rosa. A cada uma das suas criaturas o Criador destinou um papel e um habitat. O meu habitat é o céu; o teu, a terra. As estrelas e a lua têm a incumbência de, à noite, alumiar a terra e velar os seres que nela habitam. Durante o dia, o Astro-rei se encarrega dessa tarefa. Fomos criadas, rosa, para mundos e papeis distintos: eu para habitar e reluzir nos jardins do céu; tu para residir e exalar nos jardins da terra. Se eu descer me tornarei candente e, portanto, desfalecerei; se tu subires morrerás.

-Tu és perfumada como eu, estrela?

– Não, rosa, sou inodora. Eu não posso perfumar o mundo igualmente a ti, mas posso iluminá-lo.

– Estrela, tu és muito sabida, fazes lembrar aquele professor que vive a explicar o significado e o fundamento das coisas, enquanto eu, tola, pareço uma criança, cheia de curiosidades.

– Julgas-te tola, rosa, porque não tens consciência do teu simbolismo. Em verdade, o teu existir não se destina apenas a ornar paisagens e agradar ao olfato dos viventes, mas, sobremodo, para expressar e espargir o perfume de Deus sobre todas as coisas.

– Obrigada, estrela, feliz Natal!

– Obrigada rosa, feliz Natal para ti também! E repara no detalhe, rosa. Hoje o estelar do firmamento estará mais reluzente para celebrar o nascimento do Aniversariante desta noite, que veio ao mundo, como presente de Deus, embalado na manjedoura da humildade: JESUS!

PENINHA - DICA MUSICAL

TITÃS

Quero dedicar as postagens desta semana a uma mulher guerreira, a nossa querida Schirley.

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É preciso saber viver