RLIPPI CARTOONS

DEU NO TWITTER

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

O BRASIL É DOS HERMANOS

Eles não tem limites.

“PT colocou as cartas todas na mesa” (Ana Paula Henkel) e o povo hipnotizado.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOSÉ ALVES FERREIRA – SÃO PAULO-SP

Elisa Alicia Lynch, foi um marco de mulheres que dominaram um tempo, um momento que a América Latina, ou seja, nós aqui de baixo nos sujeitamos aos do Norte.

Dominou um ditador.

Foi uma pessoa determinante no acontecer da América Latina, ou para a demais esposas, amantes, ou “casos” das excelências.

Escrever, se contra ou a favor dela, pouco importa.

Foi importante ao seu tempo.

Depois muito tempo depois, ainda continuamos como súditos do pessoal de cima.

Quem sabe a Dona Janja não a incorporou?

(Se é quem sabe quem foi).

Hoje o que Janja faz, é manter-se na mídia, com seus “arrojados trajes”, meio ridículos, ou totalmente, pouco importa.

Desconhecendo Elisa Alicia Lynch, pensa em Evita Peron..

Querer se transformar em Evita Peron já é outra história, Janja é Janja, nunca será nada além dela própria.

Talvez domine Lula.

Um Lula que nunca foi um revolucionário, apenas uma pessoa que se aproveitou de momentos do país, se formos sinceros.

Estudando a história, tem um paralelo: Solano Lopez queria se mostrar para sua amada; talvez Lula também queira.

Peron preservou o passado de sua amada…. a transformou em “santa”…coisa mórbida.

Somos ainda o pessoal de baixo, com pouca chance de chegar acima.

Com Janja apenas ficamos menores, ou, ridículos.

Elisa Alicia Lynch, apenas queria continuar sua vida sem sobressaltos, como conseguiu.

Afinal, quando poderemos nos livrar de personagens – masculinos ou femininos – de nossa história?

Inté!

DEU NO TWITTER

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

ÂNGELO E AUGUSTO

Eu tenho buscado, a fim de não parar ante os diários com notícias tétricas da atualidade, agarrar-me nas coisas trazendo alegria e sensação de paz.

Nessa busca encontrei o perfil do Instagram da pedagoga @lucigmaia.

Mãe de autistas, gêmeos, Luci (imagino que os próximos a chamem assim) é uma mulher além do seu tempo. Não se prendeu às dificuldades dos filhos, tampouco aos preconceitos certamente muito mais fortes e latentes na sociedade dos anos oitenta, e criou seus filhos Ângelo e Augusto com o verdadeiro amor e zelo que de uma mãe se espera.

Não se absteve da responsabilidade de mãe, nem parou nos reclames e mi-mi-mis dos que se fazem coitados, quando poderiam se fazer vencedores.

Uma mulher que passei a admirar com toda a minha devoção.

Parece-me que, altruísta social, Luci nos entrega diariamente vídeos dos seus filhos com a finalidade de “educar” e incentivar outros pais. Não sei se ela tem consciência, porém, os vídeos vão além desse papel. Eles alegram, divertem, emocionam demais e trazem paz na alma de quem os assiste, independentemente se temos anjos como os dela.

Ângelo e Augusto nos transmitem algo recheado de muita pureza. Não obstante suas limitações, ensinando-nos uma lição sublime: a felicidade reside no lugar onde a alma é mais simples.

Obrigado, Luci!

Portanto, quero dividir com vocês, queridos leitores deste JornaL da Besta Fubana:

ÂNGELO E AUGUSTO

São dois anjos na terra encarnados
Dois presentes de Deus para este mundo
Que num ato de amor firme e profundo
Nos mandou esse par de abençoados.
Já cresceram por muitos sendo amados
Cada dia despertam mais paixão
No sorrir de um irmão para outro irmão
Aprendemos a arte da bondade,
Inocência, pureza, sem maldade,
Como sermos melhor de coração.

Vão prendendo a nossa atenção
Na inocência, crianças já crescidas
Alegrando decerto outras vidas
Lhes enchendo de paz e emoção.
Nesses gêmeos já vemos a ação
De um Deus muito bom e provedor
Por usar Seu poder de criador
E fazer na candura dois tão belos,
Nos trazendo gigantes tão singelos
Deus mostrou o Seu mais perfeito amor.

Outra vez obrigado, Luci.

DEU NO TWITTER

PERCIVAL PUGGINA

COMO SOBREVIVEM OS TOTALITARISMOS?

Há vinte e dois anos, embarquei num trepidante Tupolev da Cubana de Aviación e fui a Havana conhecer de perto a realidade do país mais declaradamente comunista da América. Naqueles dias, quase tudo que se ouvia a respeito era propaganda feita por dedicados camaradas tagarelas da esquerda patropi. O longo período de relações diplomáticas cortadas fizera de Cuba um destino de difícil acesso para brasileiros entre 1964 e 1986 e, mesmo depois, pouco atraente em meio às muitas alternativas caribenhas. No desconhecimento, a propaganda prosperava.

As experiências dessa viagem e minhas observações deram origem a outras visitas e às duas edições do livro A Tragédia da Utopia (2004 e 2019). Os relatos que fiz foram contundentes e refletem sentimentos que experimentei e testemunhei sendo vigiado e abertamente filmado pelo Estado após contato com dissidentes. Devo reconhecer, porém, que os fatos em nosso país, nos últimos cinco anos, me abrem novos ângulos para compreender a passividade conformista do povo cubano e os caminhos pelos quais andamos aqui no Brasil.

Nunca pensei que isso fosse acontecer! Ao contrário, sempre que embarquei num avião em Cuba para retornar ao Brasil, eu o fiz com alívio e comiseração por aquele povo. Era motivo de alegria voltar à minha terra, onde havia apreço à liberdade dos cidadãos.

Desgraçadamente, observando a realidade nacional, percebo hoje tanta semelhança com aquilo que vi e vivi em Cuba! Aos que temos apreço pela liberdade não nos falta qualquer daquelas sensações que tinha como tipicamente cubanas: medo do Estado e autocensura, descrédito e repulsa às instituições, insegurança em relação aos próprios direitos e garantias, ausência de alternativas. Aqui no Brasil, o Estado deixou de servir a sociedade para estabelecer sobre ela um senhorio que intoxicou a democracia. Bem ou mal tínhamos algo parecido com isso, mas ela foi destruída por hábitos que a corromperam moralmente.

Como em Cuba, nenhum crime real recebe tratamento tão brutal quanto os subjetivos “crimes” políticos. Muito mais do que em Cuba, aqui “o amor venceu” e a vingança está no ar. O parlamento cubano, como se sabe, só tem um partido, o do governo. Já nosso Congresso há muitos partidos, mas para desgraça da sociedade, está encaixado num quadrilátero. De um lado, opera o balcão onde o governo faz bilionárias ofertas públicas para obter votos; de outro, as exclusivas e legítimas competências legislativas do parlamento são ameaçadas pelo STF e pelo governo; de outro, ainda, é marionete dos presidentes das duas casas, que usam e abusam de suas atribuições regimentais para prestígio próprio junto ao governo e ao STF; de outro, por fim, na comunicação com a sociedade, o Congresso convive com uma imprensa que, mediante silêncios e palavras, por vassalagem ou ideologia, serve aos outros dois poderes.

Nunca imaginei que o jornalismo brasileiro, com seus poderosos veículos, fosse ficar, em sua essência, tão parecido com o Granma, o miserável pasquim do governo cubano! Ele e seu filho único, o folheto Juventud Rebelde (que Deus os perdoe pelo cinismo), cumprem a tarefa de dizer à sociedade o que Comitê Central do Partido Comunista quer que ela saiba e pense. Aqui temos muitos veículos de grande porte, mas é como se tivéssemos apenas um. Por isso, as redes sociais são tão importantes e há tal afã em silenciá-las.

Eis, pois, a essência permanente dos totalitarismos: estado impondo medo, punindo com intenção política e transpirando vingança; parlamento corrompido ou assustado (os bons e valentes em franca minoria); comunicação social controlada, comprada ou censurada. Nos totalitarismos, é desnecessário dizer, mas aí vai: sempre há um poder que nunca perde para que a sociedade jamais se imponha.

DEU NO TWITTER

MAURÍCIO ASSUERO - PARE, OLHE E ESCUTE

CALE-SE PARA SEMPRE?

Acho que foi o Pedro Malan quem disse “no Brasil, até o passado é incerto!”. Nada mais assustador se defrontar com uma sentença dessa natureza porque aquilo que foi julgado e transitou em julgado pode voltar a te assombrar. Em 2016, por exemplo, o STF formou maioria em relação à prisão de segunda instância e em 2019, por conta da prisão de inúmeros presos na Lava Jato, a corte máxima da justiça brasileira e voltou atrás. Milhares de presos foram colocados nas ruas, inclusive, André do Rap, que saiu da cadeia numa BMW que o esperava e sumiu no oco do mundo.

O que mais chama a atenção é a capacidade que o STF tem de se colocar contra decisões colegiadas. Quando a prisão em segunda instância prevaleceu, Marco Aurélio mandou soltar o assassino confesso da freira Dorothy Stang. Veja: o cara confessou que matou, relatou como matou, foi preso em segunda instância, mas o ministro entendeu que, juridicamente, ele tinha direito a recursos e enquanto isso não fosse avaliado, não havia trânsito em julgado, afinal “todos são inocentes, até que se prove o contrário”.

Dizer que o STF extrapolou nas suas atribuições é pouco. O impeachment de um presidente é seguido pela perda dos direitos políticos por oito anos. É isso que diz a constituição brasileira, entretanto, Dilma foi candidata a senadora pelo estado de Minas Gerais e, nas pesquisas, liderava as intenções de votos, até que o povo mineiro despertou e mandou Dilma para a puta que a pariu. Foi Lewandowski quem decidiu assim e pronto. Cumpra-se.

A partir de 2018, a coisa degringolou. O STF se colocou como o poder máximo da república e cada ministro rasgou quantas folhas quis dessa combalida constituições. Não vou nem comentar sobre a quantidade de vezes que o STF se colocou contra o governo, ora proibindo, ora pedindo explicações para determinados comentários, mas não custa lembrar que Gilmar Mendes emitiu um voto favorável a recondução de Rodrigo Maia e David Alcolumbre para as presidências da câmara e do senado, quando a constituição proíbe. Segundo Gilmar, “mesmo ao arrepio da lei” era possível tal recondução. Tudo que é feito ao arrepio da lei, é ilegal.

Passando a fita a gente vai encontrar momentos inusitados que vão desde a soltura de Lula às contradições desse país sem moral. Mas, como lembra, nos seus causos, Jessier Quirino, “desmantelo para ser desmantelo só presta se for bem desmantelado” e foi nessa balbúrdia que surgiu o tal inquérito das fakes news, a prisão de um deputado em flagrante delito porque ele gravara um vídeo (repare: ninguém viu o cara gravando o vídeo… e até hoje eu não sei como foi esse flagrante).

O fato é que falar contra o STF tornou-se crime inafiançável. Falar de ministros do STF é idêntico a uma tentativa de homicídio, por telepatia, videoconferência, etc., não importa, mas é. E como se não bastasse tudo isso, com o patrocínio do STF, surge o tal projeto da lei que regula as mídias sociais, ou seja, podemos ser presos caso a gente insista em defender a liberdade de expressão.

A sensação que eu tenho é que, aos poucos, mas sempre cada vez mais, estão limitando meu raio de ação, estão mensurando minhas palavras com uma régua exclusiva da justiça brasileira. O que é mais interessante é ver estas pessoas falando das violações dos direitos humanos. Quer dizer: estão fazendo tudo isso porque os direitos humanos – de alguns manos – foi violado, então vamos violar legalmente os direitos humanos de quem violou, na nossa opinião, os direitos dos nossos manos. Assim, pensa o STF.

Deixamos de ser iguais perante a lei. Somos perdedores (lembram quando Barroso disse “perdeu mané, não enche”?), somos terroristas sem bombas, sem armas químicas ou biológicas, sem treinamento em Cuba, sem apoio da Venezuela, mas somos uma ameaça viva aos interesses difusos de quem se acha dono do Brasil. Eu sempre ouvi dizer que a renda do Brasil estava concentrada em 3% da sua população e agora vejo que o poder soberano da nação está concentrado em nove ministros do STF.

Daqui a pouco, ouviremos: “Se não concordar com o que estamos fazendo, cala-se para sempre”.