A Rainha do Rock, Tina Turner, encantou-se hoje (24) aos 83 anos.
Ela nasceu em 26 de novembro de 1939.
Se o agente James Bond, o 007 do MI6, possui uma licença para matar, o que o PT conseguiu nesta terça na Câmara foi uma licença para gastar. Para a esquerda, todo problema tem uma única solução: mais gasto público. Para quem só tem um martelo, tudo se parece com prego. Lula queria furar o teto de gastos, e conseguiu – com a preciosa ajuda do presidente da Câmara, Arthur Lira. Mas não só ele, claro.
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (23), o novo arcabouço fiscal. Foram 372 votos favoráveis, 108 contrários e 1 abstenção. Os parlamentares aprovaram o substitutivo apresentado pelo relator da proposta, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA). O texto segue agora para análise do Senado. Por ser um projeto de lei complementar, a nova regra fiscal precisava de pelo menos 257 votos para ser aprovada.
Após a aprovação do texto, os deputados passaram analisar as emendas à medida. Apenas uma delas chegou a ser votada na noite de terça-feira. Por 429 votos a 20, os deputados rejeitaram um destaque apresentado pelo Psol para retirar os gatilhos e sanções ao governo colocados pelo relator no texto da regra fiscal. Ufa! Menos mal…
A melhor definição do texto que passou na Câmara foi a que encontrei num grupo de liberais, explicando para leigos em economia: “em 2030 vou entrar em forma; para isso, em 2029 eu vou parar de beber, em 2028 eu começo a ir para a ginástica, em 2027 eu corto o açúcar. Vai dar certo, mas hoje e amanhã me passa a feijoada”. É como a famosa tirada de Santo Agostinho: Deus, dei-me castidade, mas não agora!
Conhecendo o perfil perdulário do governo Brasileiro, e a mentalidade da esquerda no poder, claro que isso não vai funcionar. Na prática, vai representar uma licença para a gastança, como se não houvesse amanhã. A cigarra ganhou na loteria e já está de olho em todas as tentações pela frente. Tantos problemas que justificam mais e mais gastos, ou melhor, “investimentos”…
Leandro Ruschel, especialista em mercado financeiro, comentou: “Passou o ‘calabouço’ fiscal. Deve passar no Senado. O que ele significa: aumento de gastos do governo, aumento de impostos, aumento da dívida pública, menor crescimento econômico. Nos últimos meses, a única coisa a comemorar sobre qualquer assunto é que ‘poderia ser pior’.”
O deputado Mario Frias lamentou: “Hoje é mais um dia triste para o Brasil, a Câmara dos Deputados autorizou (com meu voto contrário): – Aumento de despesa independente de crescimento econômico, – Afrouxamento da Lei de Responsabilidade Fiscal (a que possibilitou o impeachment da Dilma), – Manutenção dos 37 Ministérios do Lula, contra os pouco mais de 20 do Gov Bolsonaro, – Aumento de impostos para manutenção de privilégios, viagens nababescas e intermináveis, pagamentos de emendas sem fim para ter votos no Congresso, – E muito mais mazelas, são mais de 500 bilhões autorizados para gastança nos próximos 3 anos… Engraçado que discutimos mês de cor ‘x’, inclusão de nomes em livros de heróis, dia nacional de sei lá o que, tudo com muita discussão e debate, agora para um tema tão sério como esse que trata do futuro do Brasil e das contas públicas, pouco mais de 3 horas de um não debate, mas imposição de vontades nefastas mediante cargos em Ministérios, pagamento de emendas e por aí vai”.
O deputado Luiz Phillippe de Orleans e Bragança também antecipou problemas à frente: “A maioria da Câmara decidiu por aprovar o calabouço fiscal (372 x 108). Eu votei CONTRA esse absurdo. Deixo claro, mais uma vez, que a medida prejudica E MUITO o país. Mais impostos estão por vir para bancar a farra dos gastos descontrolados do governo.”
Não é preciso ter bola de cristal ou ser um doutor em economia para prever que as novas medidas levarão a uma maior irresponsabilidade fiscal. E o ministro Fernando Haddad já comemora a aprovação de olho na reforma tributária, ou seja, quer aproveitar a adesão do centrão fisiológico para passar a boiada e conseguir aumentar a carga tributária. Não há o menor risco de o Brasil dar certo com essa turma no poder…
Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,
O choro da Energia abandonada!
É a dor da Força desaproveitada,
– O cantochão dos dínamos profundos.
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!
É o soluço da forma ainda imprecisa…
Da transcendência que se não realiza…
Da luz que não chegou a ser lampejo…
E é, em suma, o subconsciente aí formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, Cruz do Espírito Santo, Paraíba (1884-1914)
Sérgio Cabral condenado em 23 ações na Justiça Federal, com pena de 425 anos de prisão, está livre, leve e solto.
Acaba de lançar seu programa
“Rolé pelo Rio” e no 2o episódio fala sobre o que fez pra melhorar a segurança pública.Não é piada, é o retrato da Justiça no 🇧🇷 pic.twitter.com/9D3jEUKvgq
— Marina Helena (@marinahelenabr) May 24, 2023
Marcel van Hattem
Manifestantes se reuniram em ato de apoio a Deltan Dallagnol
O acirramento de ânimos na política brasileira não dá sinais de arrefecimento. Após a vitória da corrupção sobre o seu combate com o enterro da Operação Lava Jato e a posse de Lula como presidente da República, os derrotados do momento seguem perseguidos. O mais novo capítulo se deu com a cassação injusta de Deltan Dallagnol, deputado federal eleito por mais de 344 mil paranaenses e ex-procurador da Lava Jato: a decisão do Tribunal Superior Eleitoral foi completamente ilegal e contrariou todas as decisões da própria Justiça Eleitoral nas suas instâncias inferiores.
Lula disse antes de ser eleito que não descansaria até se vingar de Deltan e, já presidente, garantiu o mesmo a respeito de Sergio Moro, juiz de primeira instância da Lava Jato, que o colocou na cadeia pelos crimes que cometeu, confirmados nas instâncias superiores. Os políticos e empresários delatados e condenados pela Lava Jato não cansam de exalar o mesmo ódio e rancor contra quem fez cumprir a lei no Brasil e recuperou mais de R$ 15 bilhões aos cofres públicos. O Poder Judiciário de última instância, acossado por delações que chegaram às portas de seus mais eminentes ministros até que passassem a ser censuradas como fake news em inquéritos aberrantes no Supremo Tribunal Federal, aliou-se aos anti-Vingadores para restaurar e defender o status quo ante bellum. O recado dos poderosos é claro: a corrupção venceu e a pax brasilis que sempre lhes garantiu impunidade está sendo rapidamente restaurada e consolidada.
Apesar desse péssimo diagnóstico, a reação popular está renascendo das cinzas e dos traumas causados por um desastroso e repudiável 8 de janeiro de 2023. A manifestação pacífica feita por milhares de brasileiros em locais equivocados – diante de quartéis – e sem liderança a conduzi-las, foi presa fácil de oportunistas e arruaceiros, de um lado, e de profissionais da narrativa política e do despotismo estatal, de outro. Os milhares de presos inocentes, grande parte sequer presente na área da Praça dos Três Poderes naquele fatídico domingo à tarde, acabaram demonstrando, a milhões de brasileiros honestos e pacíficos, do que são capazes os poderosos de Brasília em matéria de reação arbitrária, desproporcional e politicamente motivada.
Não é por menos que a volta dos brasileiros às ruas, por receio de que novamente possa ocorrer o pior, ocorreu pela primeira vez apenas em 1º de maio deste ano em poucas capitais, dentre as quais se destacou Porto Alegre, onde estive presente. A pauta principal dos cerca de 5 mil presentes foi o rechaço à Lei da Censura, eufemisticamente apelidado pelos poderosos de PL das Fake News. A iniciativa somou-se a todas as demais formas de pressão popular, inclusive via placares online informando em tempo real o posicionamento de cada parlamentar, e surtiu efeito: por ora, o projeto está fora da pauta.
No último fim de semana, desta vez em Curitiba, mais uma manifestação reuniu um enorme número de brasileiros nas ruas. Entoando “Juntos com Deltan” e clamando por “Justiça”, milhares de brasileiros demonstraram também na capital paranaense que estão dispostos a superar qualquer medo e receio para defender, em paz e respeitosamente, o que entendem ser seu de direito. Também estive presente a este ato e pude então constatar o que tende a ser a tônica em todo o Brasil daqui para a frente: a volta às ruas de forma coordenada, organizada e liderada por movimentos de rua que andaram separados e distantes entre si durante o governo Bolsonaro e se reaglutinam agora com o propósito de defender o que mais deve unir os brasileiros: nossa democracia constitucional, as liberdades individuais e a Justiça com jota maiúsculo, recuperando nosso Estado de Direito fraturado. Porto Alegre e Curitiba, precursoras desse novo momento, já deram ao Brasil o exemplo de que a volta às ruas é não apenas possível, mas absolutamente necessária.
Há desta vez, porém, uma diferença importante em relação aos movimentos organizados contra o governo de Dilma entre os anos de 2014 e 2016. Muitos daqueles que, então, estavam nas ruas, hoje são parlamentares eleitos. Se então os manifestantes na rua davam ao Parlamento o empurrão que faltava para fazer andar o impeachment de Dilma, por exemplo, agora os parlamentares eleitos pela direita brasileira são cobrados a retribuir com suas presenças nas manifestações a fim de conferir a segurança de que o povo necessita para voltar a se manifestar em paz. Por isso, é de se celebrar muito a notícia de que na tarde desta quarta-feira, 24 de maio, movimentos de rua anunciarão em coletiva de imprensa em pleno Salão Verde da Câmara dos Deputados, ladeados por parlamentares, a volta às ruas em todo o Brasil para o próximo dia 4 de junho.
Nada mete mais medo em político e poderoso do que o povo na rua, já dizia Ulysses Guimarães. Não resta, pois, outra alternativa ao povo brasileiro senão voltar às ruas ante a completa falta de sinalização por parte de quem está no poder de que vá ocorrer uma pacificação nacional, conforme Lula prometeu no pós-eleição, mas até aqui só fez o contrário. Diante da vingança plena e irrefreável praticada pelo sistema contra nossa democracia, nossas liberdades e a Justiça brasileira, o povo brasileiro já decidiu por não mais temer e voltar a se manifestar de forma pacífica, organizada e volumosa. E, a exemplo do que já se observou na história recente do país – lembremo-nos das Diretas Já, do impeachment de Fernando Collor e do impeachment de Dilma Rousseff –, dá para botar fé naquilo que vaticinou o Velhinho, do Oiapoque ao Chuí. Nos vemos nas ruas no próximo dia 4 de junho.
São facilmente percebidas as semelhanças entre os governos e administrações petistas no Brasil ao longo dos anos. Algumas dizem respeito a aspectos variados da vida social, como por exemplo: atitude hostil ao combate à criminalidade, desarmamento da população civil, ampliação por tortuosas vias administrativas das hipóteses de aborto, ideologia de gênero, pautas identitárias, aparelhamento das empresas estatais e da administração, leniência com as invasões de propriedade privadas, integração com países socialistas, comunistas e ditaduras.
Na área econômica, as semelhanças também são igualmente lesivas. Incluem políticas contrárias a privatizações, aumento do efetivo do funcionalismo e dos cargos políticos, claro. Tudo gerando aumento da carga tributária. Isso na ponta da demanda. Na ponta da entrega, falam bem as experiências no governo da União e nos estados da Federação que se entregaram ao petismo e às esquerdas.
Ou seja, características nitidamente estatistas. O PT ainda parece acreditar, e tenta fazer crer que o Estado cuida de outra coisa que não de si mesmo.
Para conversar com os parlamentares e convencer a sociedade de que pagar mais imposto é bom e faz bem, o PT e os governos de esquerda esgotam as artimanhas retóricas. A mais comum é aquela bobagem descomunal de que para o bem dos pobres o PT fará os ricos pagarem mais imposto, ou que com a nova regra “quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos”, nunca esclarecendo que esse “paga menos” é, na verdade, “paga menos a mais”.
O governo Olívio Dutra, aqui no Rio Grande do Sul, fez enorme propaganda em torno de uma “Nova Matriz Tributária”. Lembrei-me dela tão logo Lula e Haddad começaram a falar em Arcabouço Fiscal, um nome que se presta para muitas elucubrações. Em síntese, é a mesma coisa, uma forma de diminuir o dinheiro da sociedade e aumentar o do Estado.
Se há experiência resistindo bravamente ao tempo e às investidas dos mais intrépidos economistas da esquerda é a de que dinheiro na mão do Estado é vendaval. O que sai das mãos da sociedade para o governo reduz o consumo e reduz a produção. É uma opção clara pela pobreza, sem os merecimentos e virtudes de São Francisco de Assis e tantos outros. Ao contrário, a gente conhece a trajetória nada dignificante desse dinheiro.
O Congresso Nacional aprovou a investida contra os recursos da sociedade. Se pobreza e o baixo desenvolvimento humano têm uma receita certa, ela passa pelo enriquecimento do Estado à custa da nação; se há fórmula para criar uma sociedade de submissos, ela passa pelo aumento do poder do Estado. Entre as muitas maneiras de isso acontecer, além das que já estão postas em prática no Brasil, inclui-se o aumento da carga tributária, independentemente de para onde se diga que vai seguir o “novo” dinheiro “do Estado”.