DEU NO JORNAL

PICA-NHA PARA TODOS

E já se foram os primeiros sabadão e domingão do governo Lula e nada de picanha e cerveja para a rapaziada que caiu em mais uma lorota contada pelo petista em sua campanha eleitoral.

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Gostei do eufemismo “lorota” contido nessa nota aí em cima.

Substituiu bem a expressão “mentira cabeluda”.

Já anotei aqui.

ALEXANDRE GARCIA

O INTERVENTOR DO DF

Ontem foi um domingo surpreendente. Hoje o Distrito Federal já está sob intervenção federal de um interventor na segurança pública que está subordinado diretamente ao presidente da República, que já está em Brasília. O novo interventor é homem de confiança de Flavio Dino, do mesmo partido a que pertencia Flavio Dino, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Trabalhou com ele no governo do Maranhão, foi presidente da UNE, lá por 1997 e 1998. Foi ele quem trouxe Fidel Castro para o Congresso da UNE. É Ricardo Garcia Cappelli. Esse é o interventor em Brasília. Não sei se ele tem alguma experiência em segurança pública.

Consideraram Anderson Torres, o ex-ministro da Justiça que voltou a ser secretário de Segurança Pública do DF como responsável, só que ele estava de férias, ele nem tinha reassumido ainda. Não tem nada a ver com isso, mas precisavam culpar alguém, e a primeira coisa que fez o governador Ibaneis fez para se dar bem com o governo federal foi entregar numa bandeja a cabeça de Anderson Torres, que recém tinha chegado de férias. Ia reassumir agora, depois de ter substituído Sergio Moro no ministério da Justiça.

É bom lembrar também que Bolsonaro está lá em Orlando. O que aconteceu foi que o pessoal perdeu a paciência. Estavam há mais de dois meses esperando a tutela das Forças Armadas que não veio e aí resolveram agir por conta própria. Em primeiro lugar, por causa dos desrespeitos às liberdades fundamentais de opinião, pela omissão do presidente do Senado Rodrigo Pacheco, pela falta de transparência nas apurações que deixaram dúvidas no ar e por fim sobre o novo ministério que chocou muita gente, esses 37, a maior parte com processos judiciais, alguns até com condenações, como é o caso do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, as ligações com milícia por parte da ministra do Turismo, essas coisas. E aí o pessoal perdeu a paciência e num domingo, surpreendentemente, entraram no Supremo, no Congresso e no Palácio do Planalto.

Cavalarianos da PM chegaram a subir a rampa para tentar expulsar as pessoas, mas tiveram que voltar porque não conseguiram passar. Enfim, houve até pequenos confrontos com a polícia, muita gente estimulou quebra-quebra, que aconteceu e que é muito lamentável.

O presidente Lula disse que foram vândalos, fascistas e stalinistas. Aí ele levou um susto e disse “não, stalinistas não”, nazistas. Mas enfim, os dois extremos se encontram, são iguais, é como uma ferradura em que os dois extremos estão mais próximos entre si do que ambos em relação ao centro. Essa é a verdade.

Agora a gente espera o que vai acontecer daqui para frente, por que tem suas consequências. A Avenida 23 de Maio já estava sendo parada por manifestações em São Paulo, por dois dias. Então, o maior estado, a capital do país e o maior produtor do agro, o Mato Grosso, onde já está havendo bloqueio em estradas. A gente fica pensando se isso é um rastilho, o que mais vai acontecer, o que pode acontecer. Há um movimento latente de caminhoneiros e a reação do presidente da República não foi uma reação para pacificar, foi uma reação forte, contrária, acusou Bolsonaro, acusou a PM do Distrito Federal, e colocou na intervenção alguém do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ex-presidente da UNE, ligado a Fidel Castro. Parece até provocação uma coisa dessas.

O presidente Bolsonaro está nos Estados Unidos. O PL deu uma nota condenando as invasões e agora ninguém sabe o que pode acontecer e que rumo as coisas podem tomar depois dessa tríplice invasão na sede dos Três Poderes.

DEU NO X

DEU NO X

XICO COM X, BIZERRA COM I

A BODEGA DE CHICO PREGUIÇA

Uma sombra insistente e indiscreta me acompanha por onde quer que eu vá, querendo saber de meus passos no meio do mundo. Por isso, prefiro caminhar na neblina, sem sol, sem luz, sem sombra, sem a ela dar satisfação. Me perco às vezes, é verdade, e, quando me acho, me enfurno de novo, fugindo da sombra, com ela arengando, homéricas brigas.

Mas bom mesmo é quando me escondo na bodega de seu Chico Preguiça, ali no Crato, na esquina da Praça da Sé, que, além da cerva sempre gelada, tem cobertura de telhas perfeita, não deixando sobrar sombras para atazanar a vida da gente. De quebra, a bodega do Preguiça ainda oferece o sossego como tira-gosto, gerando inspiração para motes, versos e rimas. É lá que me escondo, quando a sombra me persegue. Aproveito e tomo uma que eu também sou filho de Deus, sem sombra de dúvidas.

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DEU NO JORNAL

LULA E MADURO RETOMAM SEU AFFAIR TOTALITÁRIO

Leonardo Coutinho

Os ditadores venezuelanos Nicolás Maduro e Hugo Chávez em evento em Manaus com Lula, em 2007

Um dos primeiros atos da política externa do governo Lula (talvez o primeiro) foi realizado antes mesmo de sua posse. Para atender o desejo de convidar o ditador Nicolás Maduro para a cerimônia que marcou o início do terceiro mandato de Lula, os petistas convenceram o Itamaraty e o Ministério da Justiça a revogar uma portaria de 2019, que proibia o ditador venezuelano e seus colaboradores mais próximos de entrar no Brasil. Naquele ano, os então ministros da Justiça, Sergio Moro, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, baixaram a norma seguindo os exemplos de Argentina, Chile, Colômbia e Panamá.

A decisão de barrar Maduro e seu bando se baseou em resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) e em declarações do Grupo de Lima, que foi criado em 2017 com a missão de tentar encontrar uma solução para a crise política, institucional, econômica e humanitária da Venezuela.

Para os petistas, se tratava de reverter uma decisão de Jair Bolsonaro que havia se tornado um inconveniente para a vinda de um dos convidados principais. Maduro não apareceu, mas enviou o presidente da Assembleia Nacional, o deputado Jorge Rodriguez, para representar o regime. Rodriguez, por sinal, foi sancionado pelo Tesouro dos Estados em 2018 e era um dos nomes da lista dos membros do regime proibidos de entrar no Brasil.

Maduro herdou o regime fundado por Hugo Chávez e não se constrangeu em mostrar como a Venezuela se transformou em uma ditadura. A tragédia venezuelana se tornou tão explícita, que nem quem se esforçava para fazer vista grossa para os abusos do chavismo conseguiu continuar a fazê-lo. Mesmo com informes cheios de contorcionismos, a ex-presidente do Chile e chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, reconheceu, por mais de uma vez, que o regime liderado por Maduro violava os direitos humanos.

Mas e daí? Maduro ignorou o mundo e, com o suporte da China, Rússia, Turquia e Irã, manteve-se de pé. Prestes a completar dez anos no poder, o ditador soube aguardar pela normalização de seus atos. Ajudado pela crise energética derivada da invasão russa na Ucrânia, que deu músculos ao lobby petroleiro nos Estados Unidos, Maduro tem deixado a condição de pária para se tornar um parceiro repugnante, mas (supostamente) necessário.

A crescente reabilitação de Maduro não significa a anistia de seus crimes ou muito menos a sua absolvição. A lista de violações de Maduro é robusta e está sob investigação na Corte Penal Internacional, o Tribunal de Haia. Diga-se de passagem, é onde são julgados ditadores que cometeram crimes contra humanidade e genocidas.

Mas, para a nova fase da diplomacia brasileira, Maduro voltou a ser um bom companheiro. Um parceiro (supostamente) essencial.

Lula foi eleito prometendo salvar a democracia. Foi e ainda é festejado por isso. Mas a maleabilidade com que Lula, lulistas e assemelhados atribuem ao que chamam de democracia é desconcertante. A tolerância, o suporte e a admiração ao chavismo e seu herdeiro são exemplos da incoerência. Quando criticados, eles recorrem ao fato de que na Venezuela são realizadas eleições. Aliás, talvez nenhum lugar na América Latina ou no mundo todo tenha realizado mais eleições e consultas populares que a Venezuela chavista.

Eleições são superdimensionadas no seu papel como fenômeno democrático. Cuba e Coreia do Norte realizam eleições. E daí? Pensar que democracia se resume a votações é, possivelmente, o equívoco central que é aproveitado por quem quer distorcer o conceito de democracia ou até mesmo desacreditá-la.

Votar é um ato que faz parte da democracia, mas não a resume. Garantias fundamentais como a liberdade de expressão, equilíbrio entre os poderes constituídos, sistemas legais justos e céleres, respeito aos bens públicos e absoluta observância da Constituição são alguns – apenas alguns – dos elementos que ajudam a medir a saúde de uma democracia. Se eles não vão bem, a democracia vai mal.

Ditadores como Vladimir Putin e Xi Jinping sabem muito bem como usar o endeusamento das eleições no Ocidente contra os próprios ocidentais. Em 2016, ao espalhar que havia interferido na eleição dos Estados Unidos, a Rússia – que inegavelmente atuou, mas certamente não na escala e com os resultados que eles fizeram o mundo acreditar – minou a confiança no sistema eleitoral americano. Em 2021, a China se aproveitou da esparrela da campanha de Donald Trump e seus apoiadores sobre fraudes que se mostraram impossíveis de serem comprovadas para vender a tese de que o modelo de democracias que conhecemos não serve e que a “democracia” deles deve ser considerada como opção ou pelo menos aceita como algo normal.

A Venezuela de Hugo Chávez e de Nicolás Maduro não se transformou no que se transformou da noite para o dia. O chavismo não é um acidente, um milagre ou um assalto sobre a pobre população venezuelana. O regime foi construído. Chávez foi eleito em 1998 em uma eleição limpa. Certamente com problemas, mas de acordo com as regras e sem a roubalheira que depois marcaria cada uma das outras disputas eleitorais que viriam nos anos seguintes. O povo o escolheu para resolver a crise e dar respostas sociais que eram ignoradas pelos seus antecessores. Ele já havia se mostrado um golpista ao tentar agarrar o poder à marra, em um golpe frustrado, seis anos antes. Mas mesmo assim, os venezuelanos deram a ele as chaves do Palácio de Miraflores.

Chávez comprou quem podia. Perseguiu quem não conseguiu comprar. Prendeu. Espancou. Matou. Mas nada disso aconteceu de repente. Muitos ainda insistem em acreditar que golpes são atos instantâneos. Chávez tentou esse modelo antigo e deu errado. Então ele transformou o seu golpismo em um ato diário. A democracia na Venezuela foi morrendo dia após dia. Ano após ano. Ato após ato.

Quando morreu, em março de 2013, Chávez legou a Maduro um país dividido. A crise econômica já ameaçava a estabilidade e as instituições já não existiam para nada além de validar as ações do regime. Maduro veio para sedimentar o estrago, aumentando a intensidade e alcance da tragédia. Coube a ele a cara do ditador. Mas a ditadura que ele herdou estava há tempos em gestação.

A América Latina está repleta de exemplos de autocracias que nasceram disfarçadas de democracia. Nicarágua e Bolívia estão entre aquelas que merecem menção. Voltando à Venezuela, vale lembrar que Chávez lutou contra o fascismo. Pelo menos é o que ele dizia. Prometeu igualdade e justiça social. Teve a mão pesada ao fazer valer o que ele vendia ser justiça, mas nada mais era que justiçamento. Amordaçou os críticos. Fechou TVs, jornais e sites. Quebrou o país. Ejetou do território pela perseguição, fome, violência e toda ordem de tragédia mais de 7 milhões de venezuelanos.

Tudo isso já havia acontecido e era devidamente conhecido, mas, mesmo assim, o PT de Lula se manteve fiel. Em uma nota, atualmente possível de ler apenas em um arquivo digital, o PT manifestou sua felicidade pela vitória do regime em eleições regionais. A nota diz, entre outras barbaridades, que “essa vitória adquire ainda mais importância histórica por ter se dado em meio a uma torpe tentativa de cerco e aniquilamento do país liderada pelo governo estadunidense, império que busca derrotar os povos e nações que lutam por justiça social, inclusão social e autodeterminação”.

Nos últimos anos, uma das perguntas que mais ouvi sobre o tema foi sobre a possibilidade ou não de o Brasil virar uma Venezuela. Eu sempre disse que não. Nunca faltou vontade, mas sempre faltaram as condições. Lula voltou e seremos colocados perante um novo teste de resiliência. A questão agora é saber se os freios que existiram no passado serão capazes de serem acionados. O Brasil já está ladeira abaixo. A questão é saber se conseguirá fazer a curva ou se vai despencar no abismo.

ARISTEU BEZERRA - CULTURA POPULAR

FRASES ANÔNIMAS BEM-HUMORADAS

“Se um dia você perder o controle, levante-se e mude de canal manualmente.”

“É uma pena que os homens não podem trocar seus problemas. Todo mundo sabe exatamente como resolver os problemas uns dos outros.”

“A pior coisa que uma pessoa pode fazer na vida é fugir de si mesmo; mais cedo ou mais tarde alcançar-se-á ainda por cima cansado.”

“O primeiro economista do mundo foi Cristóvão Colombo: quando saiu, não sabia para onde ia; quando chegou, não sabia onde estava e tudo por conta do governo.”

“Em certa idade, quer pela astúcia quer por amor próprio, as coisas que mais desejamos são as que fingimos não desejar.”

“Confie no seu eu do futuro, ele é capaz de fazer o que seu eu do passado não conseguiu e aquilo que seu eu do presente não está afim.”

“Considero a televisão uma coisa muito educativa, porque cada vez que alguém a liga na sala vou para o meu quarto ler um livro…”

“Um otimista lhe falará que o copo está meio cheio; o pessimista, meio vazio; e o engenheiro lhe falará que o copo é duas vezes o tamanho que precisa ser.”

“Eu gosto de deixar oportunidade de trabalho aos mais jovens. E tenho essa nobre atitude desde meus 15 anos.”

“Há três etapas na vida: temos que dormir a sesta e não nos apetece; queremos dormir a sesta, mas não temos tempo; queremos dormir a sesta, temos tempo, mas não conseguimos dormir.”

“A insônia te torna bom em matemática porque você passa a noite inteira tentando calcular quanto tempo vai poder dormir.”

“Compartilhe o verbo Facebook: eu posto, tu comentas, ele curte, nós compartilhamos, vós publicais,eles riem, ninguém trabalha.”

“Só não jogo tudo para o alto, porque depois quem vai ter que juntar será eu mesmo.”

“A humildade e a modéstia são virtudes necessárias, e apenas pessoas com a genialidade acima da média, como eu, percebem isso!”

“Dizem que todas as pessoas têm um lado bonito. Então, eu estou começando a achar que sou um círculo!”

“Se as pessoas repetem muitas vezes que voê está errado, você pode até esquecer que está certo.”

“Se passando álcool nas mãos você fica imune a várias bactérias, bebendo então… você fica quase imortal!”

“Estou me afastando de tanta gente que daqui a uns dias a solução vai ser conversar com as plantas.”

“É tão bom encontrar aquela pessoa especial que você quer incomodar pelo resto da vida.”

“Eu queria morrer igual ao meu avô, dormindo bem tranquilo… e não gritando desesperadamente como os 40 passageiros do ônibus que ele dirigia.”

“Já fui dono de várias empresas, tive carros importados, iates, mansões, mas nunca perdi a humildade porque os jogos imobiliários são educativos.”

PENINHA - DICA MUSICAL