DEU NO X

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PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

SONETO DECADENTE – Medeiros e Albuquerque

Morria rubro o sol e mansa, mansamente…
sombras baixando em flocos, lentas, pelo espaço…
Um morrer pungitivo e calmo de inocente:
doces, as ilusões fanadas no regaço.

Passa um cicio leve e suave… Num traço,
ave rápida passa súbita e tremente…
A tristeza, que vem, cinge como um baraço
a garganta: o soluço estaca ali fremente…

Lembranças de pesar… Navio que na curva
do mar, de água pesada e funda e escura e turva,
some-se de vagar das ondas ao rumor…

Ó crepúsculos sós! os exilados sentem
a angústia sem igual de amantes que pressentem
o derradeiro adeus do derradeiro amor!

José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque, Recife-PE (1867-1934)

A PALAVRA DO EDITOR

A MESA DE DEUS, UMA OBRA NOTÁVEL

Esta semana recebi do meu estimado amigo José Paulo Cavalcanti, colunista desta gazeta, grande jurista e Imortal da ABL, um vídeo contendo entrevista de sua esposa, Maria Lectícia Monteiro Cavalcanti, grande intelectual pernambucana, pela qual tenho muita admiração e estima.

Um detalhe curioso: os dois são membros da Academia Pernambucana de Letras.

Na entrevista ao jornalista João Alberto, da TV Tribuna aqui do Recife, Maria Lectícia fala sobre sua última obra, lançada no final do ano passado.

Fruto de ampla pesquisa, o livro A mesa de Deus, que já foi tema de postagem no JBF, analisa os principais alimentos citados na Bíblia e a sua importância para o povo de Deus.

Cuida-se aqui de uma obra-prima que se destaca pelo ineditismo do assunto que trata.

A entrevista está muito interessante mesmo.

Confiram no vídeo abaixo:

DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!

DUAS GLOSAS

Estou falando a verdade
Se não for quero é cegar.

Mote desta colunista

Em duas quengas batendo
Lá de casa ele saiu.
Fez até que nem me viu,
Mas tudo eu estava vendo.
Me arrumei saí correndo
Pra coco também dançar.
Hoje as quengas vou quebrar,
E bati sem piedade:
Estou falando a verdade
Se não for quero é cegar.

Um padeiro distraído
Me deixou comendo mosca
Acabou queimando a rosca
Fiz o maior alarido
Não quero para marido
Quem vive a rosca a queimar
Ele até quis se explicar
Mas fiz uma tempestade.
estou falando a verdade
se não for quero é cegar.

DEU NO X

DEU NO JORNAL

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOÃO FRANCISCO DE MOURA – JOÃO PESSOA-PB

Sr. Editor:

Desligaram as bombas do São Francisco e voltaram com os carros pipas.

Não entendo como ainda tem tanta gente no nordeste que suporta e apoia toda a maldade que Lula e o PT fazem e continuam fazendo a eles.

Não entra na minha cabeça.

Isto é um absurdo!

R. Meu caro, essa sua afirmação sobre o tanto de gente que “suporta e apoia” as maldades do Ladrão Descondenado, me lembrou uma frase de Seu Luiz, meu saudoso pai.

Na sua filosofia sertaneja, ele costumava dizer que “gente besta e mato é o que mais tem no mundo“.

Eu já tô começando a achar que tem muito mais gente besta do que mato neste mundo grandão.

Pra confirmar isto, é só contar a quantidade de descerebrados que ainda acredita no ex-presidiário.

DEU NO X

DEU NO JORNAL

LULA MENTE SOBRE MERCADO FINANCEIRO

Leandro Ruschel

Lula disse que:

1 – Empresários só ganham dinheiro pelo trabalho dos seus empregados.

2 – Banco Central independente é uma bobagem.

3 – Meta de inflação tem que ser maior.

4 – O mercado só está interessado em pagamento de juros e é “desumano”.

Todas afirmações são FALSAS! 👇

1 – Empresários ganham dinheiro pela CAPACIDADE de gerar soluções que produzirão prosperidade para toda sociedade, incluindo aí os seus empregados. Para alcançar o sucesso, é preciso assumir riscos exorbitantes e trabalhar como um cavalo, muitas vezes por décadas a fio.

A visão socialista de mundo é vitimista: se você é um fracassado, deve ser culpa de alguém, não pela sua incapacidade, ou preguiça. Tal proposta é extremamente apelativa, pois retira a responsabilidade das suas costas. Políticos inescrupulosos como Lula exploram tal sentimento.

2 – Há muitas críticas que podem ser feitas ao papel dos Bancos Centrais nas economias modernas, especialmente pelo dirigismo estatal representado por eles. Mas Lula não faz essa crítica, ele quer mais dirigismo ainda!

Especialmente no Brasil, a política monetária acaba sendo a última trava para controle de inflação, já que o descontrole das contas públicas é crônico. Inflação é o mais nefasto dos impostos, pois afeta especialmente os pobres. É uma forma de roubo estatal, e beneficia especialmente a elite burocrática e seus satélites.

Para baixar os juros – e a inflação -, é preciso cortar gastos em busca da responsabilidade fiscal. Se imprimir dinheiro sem lastro gerasse riqueza, a Venezuela seria o país mais próspero do mundo. Lula sabe disso, mas busca o caminho do populismo canhestro.

O Estado NÃO GERA PROSPERIDADE! Quem gera riqueza são as pessoas, é a iniciativa individual. Quando os empreendedores são explorados ao ponto de não conseguirem mais operar, sob desculpas distributivos, a sociedade colapsa, e o Estado serve apenas para reprimir a revolta popular.

3 – Meta de inflação maior significa uma licença para o estado roubar ainda mais a população. Se por um lado maiores gastos do governo geram potenciais maiores benefícios sociais, nominalmente, por outro lado tudo fica mais caro. O saldo final é NEGATIVO.

O aumento de renda da população depende do aumento da eficiência econômica, ou seja, cada trabalhador produzir mais. Quanto mais livre o mercado, maior é a eficiência econômica. Quanto maior é a regulação e os impostos, menor é o incentivo pela busca da eficiência.

4 – O mercado não é “desumano”, ele simplesmente é LÓGICO. Maior risco representado por descontrole fiscal produzirá a exigência de maior retorno (juros).

Desumano é quem usa uma posição de poder para seguir políticas que deixarão todos miseráveis, em benefício próprio.

Num ambiente de juros altos, incerteza e políticas ilógicas, ninguém investirá, ocorrendo desemprego e destruição de riqueza. Esse é o cenário desenhado pelo descondenado. O desastre só não é maior porque muita gente ainda acredita que se trata apenas de discurso.

Enquanto o descondenado fica discursando para os seus eleitores, fazendo o encantamento dos burros, seus ministros seguem prometendo pragmatismo. Por enquanto, a esperança de alguma razoabilidade impediu um derretimento maior do mercado. Até quando?