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CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS

POR UNS DÓLARES A MAIS (2)

Cena icônica de “Por uns Dólares a Mais (1965),” do diretor italiano Sergio Leone

Em seu segundo filme da Trilogia do Homem sem Nome, o diretor Sergio Leone pensou um filme simples, mas engenhoso, com uma temática diferente do primeiro. Enquanto “Por um Punhado de Dólares” ele narra a história de um pistoleiro solitário, “Por uns Dólares a Mais”, vê-se um cenário diferente: desta vez, o homem sem nome, personagem de Clint Eastwood, trabalha como caçador de recompensas, e acaba tendo a concorrência de um desconhecido recém chegado à cidade, o coronel Douglas Mortimer, interpretado magnificamente por Lee Van Cleef. Os dois buscam informações um do outro enquanto um perigoso vilão aparece na história, o pistoleiro conhecido como El índio, interpretado por Gian Maria Volonte, o mesmo que dá vida ao vilão de “Por um Punhado de Dólares”, só que agora vivendo outro personagem cruel.

O vilão desta trama, tal como no filme anterior, tem grande destaque, e novamente Gian Maria Volonte tem uma atuação impecável, na pele do sádico pistoleiro El Indio, que lidera uma quadrilha de assaltantes de banco que não perdoa ninguém que atravessa seu caminho. Clint Eastwood repete seu personagem, o Homem sem Nome, e novamente tem uma atuação brilhante. Tal como o recém chegado Lee Van Cleef, que interpreta um personagem dúbio, e que não nos dá muitas pistas sobre seu caráter, algo que Lee Van Cleef trabalha muito bem em seu personagem, e como era de se esperar, ele tem uma brilhante atuação, guiado pelo talentoso diretor da obra-prima “Era uma Vez no Oeste.”

Nesse filme temos sequências de ação espetaculares, além de uma história globalmente simples, mas coesa, com um roteiro sem furos. A trilha sonora, novamente assinada pelo maestro Ennio Morricone, é simplesmente brilhante, e dá exatamente o clima que a trama requer. Um trabalho magistral.

Sergio Leone conduz seu elenco com mão de mestre, tirando o melhor de cada ator. As cenas dos confrontos, com closes constantes, também são esplêndidas. O cenário reconstrói com louvor o Velho Oeste. Em resumo, “Por uns Dólares a Mais” é mais uma obra-prima da Magna Trilogia dos Dólares do diretor Sergio Leone que merece ser assistida a exaustão porque há sempre uma coisa nova a se descobrir.

A contratação do competente ator Lee Van Cleef por Sergio Leone, que já tinha demonstrado seu talento como ator coadjuvante em inúmeros filmes, inclusive teve uma importante participação no clássico western “Matar ou Morrer” com Gary Cooper, e fez pequenas pontas em vários filmes no início de sua carreira, assim como outros grandes atores hoje reconhecidos por suas atuações memoráveis em vários filmes da época, como Lee Marvin, Jack Elann, e porque não incluir o extraordinário negão, Woody Strode, um dos atores favoritos do diretor “racista” JOHN FORD, prova a competência do diretor e comprova porque a Magna Trilogia dos Dólares é insuperável na história do western spaghetti.

Portanto, não é redundância afirmar: a contratação do ator Lee Van Cleef para fazer um personagem dúbio foi um golpe de mestre do diretor Sergio Leone e o resultado final do produto foi memorável, segundo o crítico de cinema e roteirista norte-americano Roger Ebert. A música pontua do início ao fim, naquela harmonia característica e qualidade insuperável do genial maestro Ennio Morricone. Ao final, temos a certeza de ter desfrutado de mais de duas horas de pura arte cinematográfica westerniana.

a) Trailer Oficial de “POR UNS DÓLARES A MAIS”

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PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

CANTIGA DE AMOR – Manuel Bandeira

Mulheres neste mundo de meu Deus
Tenho visto muitas – grandes, pequenas,
Ruivas, castanhas, brancas e morenas.
E amei-as, por mal dos pecados meus!
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!

Andei por São Paulo e pelo Ceará
(Não falo em Pernambuco, onde nasci)
Bahia, Minas, Belém do Pará…
De muito olhar de mulher já sofri!
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!

Atravessei o mar e, no estrangeiro,
Em Paris, Basiléia e nos Grisões,
Lugano, Gênova por derradeiro,
Vi mulheres de todas as nações.
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, Recife-PE (1886-1968)

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CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

HÉLIO FONTES – VIDEIRA-SC

O comprovante está em anexo.

Nunca me esqueço da Chupicleide, do Polodoro e da Xolinha.

Um fraternal abraço.

R. Sua generosa doação já está na conta desta gazeta escrota, meu caro.

A sua e também a dos leitores Rubens Bianchi e Salatiel Moura.

Gratíssimo a todos vocês que nos ajudam a manter esta gazeta escrota avuando pelos ares.

A alegria aqui foi tão grande que Polodoro rinchou, Xolinha latiu e Chupicleide disse que ficou com calor na bacurinha.

Ô sujeitinha safada!

Quando ela disse isso, eu me lembrei que nossa secretária já dançou no Pastoril do saudoso Velho Faceta, um ícone da cultura popular aqui do Recife.

Pois vamos fechar a postagem com o Velho Faceta e suas pastoras interpretando o tema da Bacurinha para a distinta plateia!!! 

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