ALEXANDRE GARCIA

QUEM ASSUME NO LUGAR DELE? O IRMÃO

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) emprega em seu gabinete, em Macapá, a esposa de Isaac Alcolumbre, primo do parlamentar que foi preso nesta quarta-feira (20) pela PF.

Tem muita gente sugerindo que o senador Davi Alcolumbre (DEM) renuncie, para não ser cassado e ficar inelegível por oito anos. Se ele renunciar, sabe quem assume? O suplente dele é seu irmão, Jose Samuel Alcolumbre Tobelem, como acontece tantas vezes: quando um sai assume o pai, o filho, o irmão, o primo, a mãe. A história de suplente no Senado talvez devesse ser ser mudada. Me parece natural que o suplente seja o vice, o segundo em votação.

A Larissa, a Adriana, a Lilian, a Jéssica, a Érica e a Ana estão confirmando que tinham um contracheque de R$ 14 mil, R$ 12 mil, R$ 10 mil. Elas moram na periferia de Brasília e a proposta é que receberiam R$ 800, R$ 900 ou R$ 1 mil em lugar de nada. Estava fazendo a conta: foi por 63 meses, então essa diferença dá uns R$ 60 mil por mês, o que dá uns bons da R$ 3,7 milhões, de janeiro de 2016 a março de 2021. Ele continua negando e a gente fica se perguntando o que vai fazer o Senado diante disso.

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Sem demissão se não estiver vacinado

O Ministério do Trabalho baixou uma portaria com base na Constituição e na CLT proibindo as empresas de enquadrarem como justa causa o fato de a pessoa não estar vacinado ou não estar com o atestado de vacina. Também proibindo que a pessoa seja impedida de admissão tendo preenchido todas as demais exigências por causa da ausência de vacina. O Ministério do Trabalho pondera que não tem nada nem na Constituição, nem na CLT, que justifique isso. Aliás, na Constituição está escrito que ninguém é obrigado a fazer nada senão em virtude da lei.

Agora, na contramão, o Ministério Público Federal diz em uma portaria que o ingresso nos órgãos do MPF no país inteiro só poderá ser feito tanto para advogados, como as partes, funcionários, terceirizados, todo mundo, com apresentação do atestado de vacina. Já fiquei fora de uma conversa que tinham me consultado se eu poderia ir lá para conversar com o procurador-geral e disse “sim” com a maior boa vontade, só que agora não vou poder entrar lá naquele palácio maravilhoso que nós ajudamos a construir com os nossos impostos.

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Tedros não teve medo de Bolsonaro

Lá em Roma o presidente Bolsonaro se encontrou com o chefão da OMS, Tedros Adhanom, que não ficou com medo dele porque ele não tomou vacina e os dois conversaram sem máscara, inclusive apertaram as mãos, se abraçaram, foi uma conversa bem cordial. Bolsonaro contou que a CPI disse que ele é “genocida”, falou da vacinação no Brasil, um dos países que mais vacina no mundo. Falou dos índices de mortes no Brasil, um número mais baixos em mais de um ano. Inclusive o Bolsonaro colocou o Tedros em uma saia justa perguntando sobre a origem do vírus.

Por fim a visita do presidente à terra natal de seus ancestrais foi muito emotiva, conversou com a rapaziada na rua. Ele estava na prefeitura quando viu a multidão na frente chamando por ele, aí ele foi, se meteu no meio das pessoas, teve gente que gitou “mito” e se emocionou ao ser apresentado a seus parentes. Daqueles, da família dele, que vieram ao Brasil em busca de esperança e de mais oportunidades. Gente que veio nas piores condições, em um navio, provavelmente fizeram uma viagem atravessando a Itália ou fazendo a volta pelo pé da bota para embarcar em Gênova, de onde saíram para vir ao Brasil, onde vieram substituir, em primeiro lugar, a mão de obra pelo término da escravatura no Brasil. Uma odisseia que é bom ser lembrado, porque todos os descendentes de italianos nesse país tem essa bela história de muito trabalho, muito calo nas mãos e muito suor.

DEU NO X

ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

DISCRETISSIMU’S

Maria Luiza chegou possessa, furibunda, prostituta da vida em casa. Suas melhores amigas, a Robertinha e a Renatinha, não podendo suportar o ardor da novidade contaram a ela que viram Carlos Alberto, o seu marido, saindo do motel Discretissimu’s às vinte e três horas com uma loira escultural, usando um tubinho preto que deixava saliente os seus fartos apetrechos superiores. Só ficaram frustradas porque não conseguiram ver o rosto daquela “zinha”, destruidora da paz familiar.

– Cachorro, safado, vigarista, traidor. Eu quero o divórcio, Carlos Alberto e estou saindo desta casa, imediatamente!

– O que foi??? Que aconteceu, mulher? Por que essa ira?

– Seu safado! Então você não sabe, né? Ou está se fingindo de lesado. Minhas grandes amigas, a Robertinha e a Renatinha me contaram hoje, no shopping, que viram você sair do motel, com uma loira com um vestido que mal cobria os seios dela, ontem à noite.

– Tá louca mulher? Esqueceu-se que era você que estava comigo ontem no motel?

– Discretissimu’s! Discretissimu’s! Eu sei que era eu, canalha, mas elas não sabem. Maldita hora em que aceitei ir a esse motel com você. E agora? O que elas vão dizer se souberem que eu aceito ir a um motel com meu marido! Era só o que faltava.

– Que doidera é essa Maria Luiza. Então só por causa de uma convenção feminina você vai jogar nosso casamento fora? Que mal há em suas amigas saberem que eu te levo ao motel?

– Não fale comigo, já disse! Deixa de ser cínico Carlos Alberto! Então você acha que vou deixar elas pensarem isso de mim? Vou pedir o divórcio, mas primeiro vou sair desta casa e ir para a casa da mamãe. Nunca eu vou passar por essa humilhação de deixar os outros saberem que eu vou ao motel com você?

– Bebeu, Maria Luiza? Fumou orégano estragado? Andou tomando chá de cogumelo nesse shopping?

– Olha, Carlos Alberto. Eu só não te jogo esse jarro na sua cara, porque foi um presente dado pela Lucinha e é cristal morávio, se não você ia me pagar.

Nisso subiu para o quarto e foi arrumar a mala. Fungando, socava para dentro de uma bolsa alguns vestidos, umas camisetas, calcinhas, soutiens, alguns sapatos. Tudo em uma balbúrdia sem pé e nem cabeça.

Ao descer a escada que dava para o piso superior encontrou o marido segurando o telefone no ar com uma cara de atoleimado, todo sério.

– Antes de você ir embora quero te dizer uma coisa. Acabei de receber um telefonema do Rui, meu amigo de infância e do Arnaldo. Eles me contaram, com muita relutância, que viram você sair do motel Discretissimu’s ontem à noite com um homem que eles não conseguiram identificar quem era.

– Era você, imbecil, esqueceu?

– Eu sei que era eu, mas como vou ficar diante dos meus amigos se eles souberem que levo minha mulher para o motel. Por isso, Maria Luiza, antes de te botar para fora de casa e mandar você ir procurar um advogado para tratar do divórcio, eu vou te dar uma surra.

E partiu para cima da esposa, já arregaçando as mangas da camisa.

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DEU NO X

COERÊNCIA POLÍTICO-IDEOLÓGICA DAS ZISQUERDAS

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Isto se chama coerência.

Sua Insolência, a deputadosa estadual psolista, ficou solidária com os bandidos e contra os cidadãos de bem que trabalham e dão duro pra ganhar a vida.

E a meta dessa sujeita é punir os policiais que, num gesto de bravura, mandaram os marginais pras profundas dos quintos dos infernos, onde já estão sendo devidamente queimados neste momento, com um ardente fogo no olho do rabo.

Estamos falando de uma quadrilha de grosso calibre, com altíssimo poder de fogo, muito bem organizada e muitíssimo perigosa.

Enfim, um bando de modernos cangaceiros, com todos os requisitos pra ser louvado e aplaudido pela canalha canhota deste país.

E a deputadosa mineira ainda disse que considerou o episódio “muito triste” e ficou solidária com os “afetados”.

É pra arrombar a tabaca de Xolinha!!!

A gente só acredita porque tá escrito e publicado.

E ela não desmentiu!

CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS

A FESTA CONTINUA NO CABARÉ DE MARIA BAGO MOLE

Maria Bago Mole – Imagem da Época da formação do cabaré, início do Século XX

Feliz com o resultado econômico do sucesso do último comes e bebes no cabaré onde dois idiotas se arvoraram a valentões em disputas por mulheres e morreram em duelo, a cafetina mais famosa da Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco, resolveu patrocinar uma nova festa visando alavancar recursos financeiros para ampliar o lupanar e passar uma bucha no passado, pois o progresso estava chegando em vento e popa por causa da inauguração da moderníssima estação da Gretueste, com a participação de grandes artistas da Nação Nordestina, escritores e jornalistas de jornais famosos de diversos Estados da Região, colunistas do Jornal da Besta Fubana, comentaristas, músicos, cantores e repentistas da redondeza que se tornaram lendas.

Para apimentar o furdunço, visando o retorno de um colunista que ausente por ter sofrido um coice de mula nos trololós, depois de ter tomado uma cachaça pesada e ter assediado a jumenta “Mimosa” e esta não ter gostado do assedio, Maria Bago Mole preparou uma festa de arromba visando sua chegada. Mas se recusou a dizer o nome do homenageado para não provocar ciúme no seu amado, o coronel Betônio Coelho.

– Essa curiosidade eu deixo para vocês apostarem na porrinha! – dizia ela aos freqüentadores do bordel quando a abordavam para segredar o colunista misterioso que estava por retornar.

A cafetina patrocinou uma grande festa, talvez a mais arrojada realizada no Cabaré, para ficar na história, com muita cachaça caseira fabricada na Região, uma farta mesa cheia de pratos regionais para serem degustados durante a festa com todos os personagens que se fizerem presentes. Das meninas da vida dura que receberam dignidade da cafetina nos tempos das vacas magras e ficaram independentes financeiramente, aos convidados surpresas, os representantes da ferrovia e os fazendeiros mais afamados da região.

Para homenagear o ilustre convidado, que ela fez questão de manter em segredo, Maria Bago Mole convida diversas personalidades influentes do estado, gente expressiva da cultura, colunista do Jornal da Besta Fubana, sobremaneira aqueles que estão sempre presentes nas crônicas e comentários semanais e que têm certa intimidade com a sua história e os usuais freqüentadores do famoso cabaré desde sua origem.

As personalidades são todas conhecidas do famoso convidado especial e dos colegas de profissão. Para abrilhantar a festa Maria Bago Mole convidou o famoso colunista Sancho Panza, muito conhecido e admirado na confraria por suas belas e longas crônicas semanais, onde despeja, sem economia, sabedoria, intelectualidade e muita simpatia; o biógrafo Brito, um grande intelectual que semanalmente enriquece as páginas democráticas do Jornal da Besta Fubana com seus ensaios bibliográficos sobre gente famosa, mas ignoradas da história oficial; o grande cronista de filmes de faroestes e crônicas diversas, Cícero Tavares, muito louvado pelos outros cronistas e comentaristas, e que dispensa adjetivos, o comentarista de filmes de faroeste, d.Matt., conhecido por seus longos e um tanto críticos comentários sobre todos os assuntos que aborda; Adônis Oliveira, o defensor intransigente da guilhotina contra políticos corruptos e ladrões; o famoso editor Luiz Berto, autor de inúmeros livros internacionalmente famosos, entre ele o consagrado e sempre aclamado pela crítica especializada, O Romance da Besta Fubana, que já lhe poderia ter rendido o prêmio máximo da Academia – o Nobel de Literatura – por ter universalizado sua aldeia; A Prisão de São Benedito e Outras Histórias, um punhado de crônicas antológicas narrando as peripécias de um pretim muito conhecido e que foi pego na Coreia da cidade de Palmares, contrariando às determinações eclesiásticas; e a dama das crônicas domingueiras, a talentosa cronista Violante Pimentel, tocando no seu piano mágico para proporcionar mais alegria aos convidados, dentre todos os que fazem parte da Gazeta Escrota.

A festa no cabaré foi até o sol iluminar o amanhã com uma curiosidade: não ter havido nenhum incidente desagradável e a cafetina prometer só revelar o nome do colunista misterioso na próxima festa quando estiverem presentes todos os colunistas, comentaristas e demais colaboradores avulsos que fazem do Jornal da Besta Fubana essa obra-prima cercada de gente talentosa por todos os lados que, quando da interrupção dos serviços por falha na internet alguns fanáticos já tentaram se suicidar cortando o pulso com cerol.

PENINHA - DICA MUSICAL