CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MAGNOVALDO SANTOS – PALM COAST – ESTADOS UNIDOS

Caro Luiz Berto, Papa de todas as horas:

É interessante recordar o passado, principalmente quando ele é mais presente do que nunca.

Quando o ladrão de nove dedos estava em seu primeiro mandato circulou na internet uma imaginária entrevista com dito energúmeno falando com a Luciana Gimenez.

Interessante é que após tantos anos isso ainda esteja válido.

Abaixo, dita “entrevista”:

Luciana Gimenez entrevista Lula

Luciana Gimenez – Presidente, como você perdeu o dedo?
Lula – Foi numa prensa mecânica.

L.G. – O que é isso, prensa mecânica?
Lula – É uma máquina assim que serve pra prensar e que funciona de maneira mecânica.

L.G. – Ah, tá. Agora entendi. E doeu?
Lula – Menina, eu tava com tanta cachaça na cabeça nesse dia que eu nem senti nada. Só quando eu olhei pra minha mão esquerda e vi que só tinha oito dedos que eu pensei: Ué, cadê os outros dois?

L.G. – E você ficou muito abalado?
Lula – Eu tive que repensar minha vida. Não dava mais pra conciliar o trabalho com o goró. Aí eu larguei o trabalho.

L.G. – Foi aí que você decidiu virar sindicalista?
Lula – Foi. Eu tava um dia jogando sinuca e o Biriba, um compadre nosso, falou que a polícia tava metendo tudo que é sindicalista em cana. Como cana é comigo mesmo eu fui lá.

L.G. – E como é assim sair do nada e de repente virar ídolo nacional?
Lula – Olha, Luciana, eu acho que nós dois temo experiências parecidas. Eu comecei montando num jegue, e você começou montando num Jagger.

L.G. – E como é ser presidente? É legal?
Lula – Deixa eu dizer uma coisa pra você. Tem hora que eu fico sozinho lá no meu gabinete, olho praquelas parede, olho o jardim lá fora e penso: rapaz, esqueci de comprar os produto de limpeza que a Marisa me pediu.

L.G. – Pra terminar eu queria que você dissesse uma palavra de esperança pra quem tá assistindo a gente.
Lula – Vou dizer mais de uma. Eu estou convencido de que esse país tem jeito. A gente pode tá jogando futebol e de repente toma um gol, toma dois, toma cinco, tem dois jogador expulso, o goleiro é míope, o centroavante é perneta, o juiz é ladrão, o gandula demora pra trazer a bola, e a gente toma mais dois gol e mesmo assim a esperança de que tudo vai dar certo continua lá.

L.G. – Nossa, que profundo.
Lula – Eu acredito, Luciana. Eu estou convicto de que aconteça o que acontecer o amanhã sempre vai chegar.

L.G. – Bom, muitíssimo obrigada por ter vindo aqui. É o máximo falar com o homem que governa o país.
Lula – Não tem de quê. Eu é que gostei muito de fazer o programa com você.

L.G. – Opa, peraí. Eu não faço programa.
Lula – Então tamo empatado. Eu também não governo o país…

PENINHA - DICA MUSICAL

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ALEXANDRE GARCIA

JUSCELINO FILHO GANHOU O PERDÃO DE LULA

Juscelino Filho foi recebido pelo presidente Lula e pelo ministro Alexandre Padilha no Palácio do Planalto.

Juscelino Filho foi recebido pelo presidente Lula e pelo ministro Alexandre Padilha no Palácio do Planalto

Juscelino Filho, depois de ter asfaltado uma estrada que dá acesso à sua fazenda, quando era deputado federal, com verba dos nossos impostos; depois de ter posto, segundo o Estadão, seu patrimônio equino não declarado à Justiça Eleitoral em nome de laranjas; e depois de ter, como ministro, usado um jatinho da Força Aérea para passar por Anatel e empresas de telecomunicações e ir a um leilão no interior de São Paulo; depois de tudo isso, está tudo bem com o presidente Lula. Com 65 dias de ministro, ele teve seu primeiro encontro com o presidente da República para absolvê-lo de qualquer culpa.

O presidente Lula aceitou tudo em nome do apoio do partido de Juscelino, o União Brasil, que tem 11 senadores e 59 deputados, sendo a terceira bancada no Congresso Nacional. O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento, disse que o partido está independente do governo. Ora, não dá para acreditar, porque o União Brasil tem dois ministros – além do ministro das Comunicações, a ministra do Turismo –; então, não é independente.

* * *

Lula precisa do União Brasil para enterrar a CPI do 8 de janeiro

Lula fez vista grossa para os escândalos de Juscelino Filho, uma porque talvez ele ache mesmo que não há problema nenhum, e duas porque ele precisa dos votos do União Brasil na Câmara e no Senado. Inclusive, foi um deputado do União Brasil, representando o Rio de Janeiro, que retirou sua assinatura junto com um outro, do MDB de Goiás, da CPI para investigar os atos de 8 de janeiro. Não entendo por que o governo não quer apurar, quer que isso continue a ser um mero caso de delegacia de polícia. Mas não é: foi um grande acontecimento político em que turbas de vândalos invadiram as sedes dos três poderes de uma vez só, numa mesma tarde. Foi um acontecimento político noticiado no mundo inteiro; superou a simples invasão do Capitólio, foi como se nos Estados Unidos tivessem invadido ao mesmo tempo a Casa Branca, o Capitólio e a Suprema Corte.

Este não é só um caso de polícia; é um caso político em que é preciso investigar as causas, as raízes, quem financiou, quem transportou, o que houve, que ideias, o que aconteceu, o que motivou, como é que entraram, quem entrou, por que quebraram… pedir informações, convocar as pessoas para explicar os motivos, para que isso não aconteça de novo. E o governo não quer por quê? Temos de ouvir quem devia defender o Congresso, o Supremo, o Palácio do Planalto, quem é responsável pela segurança, como é que a porta abriu sozinha, quem são aquelas pessoas que entraram lá e saíram, onde moram, o que fazem.

E saber também sobre as pessoas que foram presas lá no acampamento, embarcadas em ônibus. Conversei na terça-feira com uma pessoa que estava presa lá no ginásio da Polícia Federal; ela me disse que uma senhora morreu nos braços dela, mas não tem prova disso; dizem que três pessoas teriam morrido. Isso é muito grave, é preciso apurar e desmentir caso não seja verdade, deixar muito claro que ninguém morreu. Então tem de haver, sim, a CPI de deputados e senadores.

A PALAVRA DO EDITOR

DIA DA FÊMEA

Nessa nação de gente denominada “gênero humano” só existem dois tipos de animais: a fêmea e o macho.

O resto é invenção de descerebrados zisquerdóides, sapatonas do suvaco cabeludo e baitolas doadores do orifício corrugado.

Acho uma tolice esse negócio de terem criado o “Dia da Mulher”. Pra mim, todo dia é dia do animal fêmeo. 

Como dizia Seu Luiz, meu saudoso pai, se Deus criou um bicho melhor do que mulher, deixou guardado lá no céu.

Mulher é a melhor coisa que existe sobre a face da terra.

Sem mulher o homem não é nada. Nem corno!!!

Aproveito esta data para republicar um texto que escrevi há 18 anos, e que já foi postado aqui no JBF.

Este que está a seguir.

* * *

Nesse Dia Internacional da Mulher, 8 de Março (por uma feliz coincidência, o dia do aniversário de Patrícia, minha primogênita), venha a público lançar o seguinte

MANIFESTO AOS HOMENS BRASILEIROS

1) Conclamo todos os homens brasileiros para nos unirmos e reivindicarmos a aplicação real do princípio da igualdade e da isonomia que está contido na nossa Carta Magna. Vamos lutar pela criação da Delegacia do Homem em todas as cidades do país, nos mesmos moldes das já existentes delegacias da Mulher, do Idoso e da Criança e do Adolescente.

2) Na Delegacia do Homem poderemos nos queixar das agressões que sofremos das nossas mulheres, das pragas de sogras, das malcriações das filhas e dos ataques e xingamentos das vizinhas. A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco tem estatísticas incríveis sobre a quantidade de homens que são agredidos por suas mulheres, sobretudo nos bairros da periferia. Essas agressões geralmente acontecem com os companheiros exercendo seu saudável estado de embriaguês e são espancados bêbados, numa covardia inominável.

3) Briguemos pelo direito de sermos chamados de “Gostoso!” nas ruas, de termos a ventura de sentirmos uma mulher passar a mão na bunda da gente e de sermos estuprados por um trio de garotas jovens, num mato, num quarto ou numa beira de praia, assumindo de público o compromisso de não nos queixarmos quanto a isso.

4) Batalhemos pela ascensão profissional das nossas mulheres, a fim de que elas passem a ter renda superior à nossa, de tal modo que possamos requerer pensão alimentícia em caso de separação.

5) E, no caso de ter a companheira uma renda de alto nível, batalhemos pelo direito de ficarmos no sagrado recesso do lar, exercendo as tarefas de dono-de-casa, com a competente assessoria de uma boa empregada.

6) Que façamos brotar um tempo onde a mulher abra a porta do carro, pague a conta no restaurante, escolha o motel, insista na cantada quando estivermos hesitando, tome a iniciativa de nos garanhar no carro e nos diga com os olhos brilhando: “Já estou molhada e de grelo duro...”.

7) Por fim, companheiros, nos unamos pelo sagrado direito de brocharmos e termos ejaculação precoce sem sermos alvos de chacotas, estatísticas, cobranças ou ameaças. Briguemos pela manutenção com altivez do lema “Enquanto eu tiver língua e dedo, mulher não me bota medo”.

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