DEU NO JORNAL

DEU NO X

RODRIGO CONSTANTINO

A FALÁCIA DA DESIGUALDADE SALARIAL ENTRE SEXOS

Hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher, uma data ligada historicamente ao movimento socialista. Uma coisa é homenagear as mulheres, algo que, cá entre nós, deveria ser exercício diário dada a importância delas para a humanidade; outra, bem diferente, é aproveitar a comoção para destilar feminismo tacanho. Infelizmente, é isso que costuma acontecer.

Você não vê, nesta data, muita gente enaltecendo uma mulher empoderada como Margaret Thatcher, não é mesmo? A ex-primeira ministra britânica rompeu barreiras, foi uma das grandes estadistas da história numa época cuja política era dominada pelos homens, entregou excelentes resultados e, não obstante, segue ignorada pelas feministas. É porque Thatcher era conservadora…

Outra coisa que não vemos nesta data é movimento feminista pedindo mais igualdade em profissões como mineração de carvão, bombeiros ou estivadores. São funções quase totalmente exercidas por homens, e nunca vemos feministas reclamarem dessa hegemonia, ao contrário do que fazem na política ou nos comandos de grandes corporações.

Mineiros de carvão

Bombeiros do 9 de setembro

Estivadores brasileiros

Mas lá está a ladainha de que homens ganham mais do que mulheres. O Estadão estampou: Diferença de remuneração entre homens e mulheres chega a 22%. Logo depois vem a campanha petista: “Lula deve apresentar hoje projeto de lei para garantir remuneração igual entre gêneros”. Diz a “reportagem”:

A diferença de remuneração entre homens e mulheres, que vinha em tendência de queda até 2020, voltou a subir no País e atingiu 22% no fim de 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem.

Hoje, Dia Internacional da Mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve apresentar um projeto de lei para garantir remuneração igual entre homens e mulheres que exercem a mesma função. Na teoria, a diferença já é proibida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas faltam mecanismos que garantam que a lei seja cumprida.

Mesma função, mesmo salário: parece razoável, não? Em primeiro lugar, temos que falar de produtividade, ou seja, o salário deve ser ligado ao que se produz, ao valor gerado. Em segundo lugar, o grande truque feminista, ou seja, da esquerda, é comparar alhos com bugalhos. Quando a manchete fala de diferença salarial, ela não está comparando a mesma função, e sim a média geral.

Mas nada disso importa para esquerdistas e oportunistas em geral. “Vai doer no bolso”, avisa Simone Tebet a quem pagar salário menor a mulher na mesma função. Segundo ministra do Planejamento, além de projeto de lei que iguala remunerações, governo deve investir em fiscalização e campanhas informativas. Essa gente finge não compreender nada do funcionamento do mercado e da biologia!

Quando se compara a média geral, deixa-se de lado o básico: as escolhas diferentes entre os sexos. A maior razão para médias distintas está nas diferenças de escolhas na carreira. De acordo com a OCDE, se por um lado as mulheres estão significativamente hiper-representadas nos campos de educação e ciências sociais, jornalismo e informação, os homens são hiper-representados em campos como tecnologia da informação, engenharia e construção. Em resumo, homens escolhem profissões que pagam mais.

Outro fator importante é a gravidez, que deveria ser uma dádiva, mas para as feministas é um fardo que, por razões biológicas, recai sobre o sexo feminino. Thomas Sowell explica que, ao se afastar do mercado de trabalho para cuidar das crianças, as mulheres acabam por ter menos experiência que os homens, o que dificulta promoções. Nos EUA, mulheres sem filhos tendem a ganhar mais do que mães. Mas nem tudo é dinheiro na vida, não é mesmo?

Homens, na média, estão dispostos a assumir cargos que demandam mais tempo de trabalho, fins de semana, viagens longas, enquanto mulheres, na média, optam por funções mais flexíveis, pois via de regra priorizam, ainda bem!, a família. Feministas acham isso terrível, mas os filhos e a humanidade agradecem.

No mundo mais competitivo dos homens, há mais violência (quase 90% da população carcerária é masculina, dado sempre ignorado pelas feministas), e também mais disposição para assumir funções perigosas e desafiadoras, que normalmente pagam maiores salários. Enquanto o mundo das relações públicas é dominado por mulheres, o mundo da pesca e da pilotagem de aviões é predominantemente masculino.

Será que esse dado teria alguma ligação com salários maiores, na média, para os homens? A resposta é óbvia para qualquer um que não perdeu o juízo, que tem um pingo de inteligência e honestidade intelectual. Isso, aparentemente, exclui 99,9% das feministas…

By the way, Feliz Dia da Mulher! Em especial para aquelas empoderadas como Thatcher!

COMENTÁRIO DO LEITOR

ELAS DÃO DURO E LEVAM DURO

Comentário sobre a postagem CABARÉ

Magnovaldo:

Fico ofendido por chamarem esse governo de cafajestes de “cabaré”.

O nosso Cabaré do Berto é uma instituição digna e honrada.

Os demais cabarés de luz vermelha, à beira da estrada, são locais de trabalho duro e prazenteiro, produzidos por profissionais de alto gabarito.

Nada que ver com essa putaria esculhambosa desse governo de merda.

Deve ser inventado um outro nome em nossa língua portuguesa.

Bom dia a todos!

DEU NO JORNAL

A GAZETA ESTAVA CERTA: LULA APOIA O DITADOR ORTEGA

Marcel van Hattem

Nicarágua retira nacionalidade de bispo, escritores e outras 90 pessoas

Ditador Daniel Ortega apresenta lista de presos políticos em pronunciamento nacional

Não foi necessário completar os primeiros 100 dias de PT no governo para ficar comprovado que Lula mentia e a Gazeta do Povo falava a verdade: a ditadura da Nicarágua conta com o vergonhoso apoio do agora presidente da República. Recordando: um tweet da Gazeta publicado em 22 setembro de 2022 informava que o sinal da CNN havia sido cortado no país da América Central e relembrava o apoio de Lula a Daniel Ortega em sua “reeleição” fraudulenta. A pedido do PT, a postagem foi censurada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A publicação supostamente tratava-se de “reiterada campanha difamatória” contra Lula por publicar “informação evidentemente inverídica e prejudicial à honra e à imagem de candidato ao cargo de presidente da República nas eleições 2022”. Agora, diante do que especialistas da ONU classificam como violações sistemáticas dos direitos humanos praticados pelo regime de Ortega e que constituem “crimes contra a humanidade”, o governo Lula preferiu se calar em reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU em que foi apresentado documento estarrecedor com violações praticadas pelo regime de Ortega.

O silêncio da delegação brasileira contrastou com o repúdio de dezenas de países, governados por líderes de diferentes espectros ideológicos. Já o tweet da Gazeta deletado pelo TSE comprovou-se alvo daquilo que a diretora do periódico, Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, definira ainda em outubro passado bastante objetivamente como “censura pura e simples”.

Daniel Ortega é ditador em um país que não vê outro presidente da República desde o ano de 2006 (está há mais tempo no poder do que Maduro, na Venezuela, que assumiu a ditadura bolivariana em 2013). Na Nicarágua, prisões políticas são normais, a manifestação de opinião contrária é duramente reprimida e até mesmo a Igreja Católica é perseguida: em julho de 2022, dezoito freiras da ordem fundada por Madre Teresa de Calcutá foram conduzidas até a fronteira da Costa Rica e fizeram-nas atravessá-la a pé. O grupo estava na Nicarágua desde 1988 e mantinha uma creche, um lar para meninas abandonadas e vítimas de abuso e um lar para idosos. Seus crimes? Criticar os abusos do governo ditatorial e dar abrigo às vítimas do regime. Mais de duzentas ONGs já foram fechadas no país por Ortega. Ex-candidatos a presidente, jornalistas e diplomatas expulsos do país e com seus passaportes cancelados. Onde está a crítica da esquerda brasileira a esses abusos?

Execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura contra dissidentes políticos na Nicarágua foram mencionadas pelo próprio governo brasileiro em declaração recente, mas não foram o suficiente para que Lula decidisse seguir o exemplo de Chile e Colômbia, governados pela esquerda e signatários do manifesto na ONU pelo fim dos crimes contra a humanidade cometidos por Ortega. Enquanto França, Alemanha, Estados Unidos e Austrália condenaram fortemente a tortura e o arbítrio, o Brasil de Lula quer uma “saída construtiva” para a crise. Sugeriu que pode receber os dissidentes no nosso país mas, na verdade, o que qualquer cidadão quer é o direito de poder se opor democraticamente ao governo em seu próprio país.

Sejamos francos: essa postura esconde a verdadeira face do presidente Lula, o autoritarismo de quem claramente inveja a capacidade de um aliado de praticar a opressão sobre seus opositores. Não fosse assim, Lula não seria condescendente com a violação aos direitos humanos também no Irã, ao permitir o provocativo atracamento de navios de guerra daquele país na nossa costa há poucos dias. Aliados históricos do Brasil, como Estados Unidos e Israel, manifestaram seu desconforto com veemência. Lula fez que não ouviu. No Conselho de Segurança da ONU, nossa honrosa diplomacia tropeçou na semana que passou de forma vexatória ao isolar-se com os representantes de Gabão e China quando não aderiu imediatamente à manifestação de pesar pelas vítimas da invasão russa à Ucrânia. São sinais cruéis, mas contundentes de que o governo de extrema-esquerda do PT prefere buscar aliados em ditadores em vez de defender a autodeterminação dos povos que consta, inclusive, da Carta das Nações Unidas de 1945.

Em 2004, ainda no auge da popularidade de seu primeiro mandato como presidente da República, Lula declarou que havia visitado precisamente o Gabão para aprender com seu presidente, Omar Bongo, como ficar 37 anos no poder e ainda concorrer à reeleição. Após passar mais de 40 anos no poder, Bongo faleceu em 2009. Quem o sucedeu? Rei morto, rei posto. Quem dá as cartas hoje no país é seu filho Ali, o novo ditador de uma nação que ostenta índices de repressão e opressão ao seu povo semelhantes ao da Nicarágua de Ortega, conforme o respeitadíssimo Instituto Freedom House.

Eis as fontes de inspiração e exemplo de Lula: ditadores sanguinários, que submetem seus povos à miséria física, política e intelectual. É com ardente orgulho que o presidente e seus seguidores apoiam o regime cubano, por exemplo, que há 64 anos domina a ferro, fogo e muita tortura e privação o povo de uma ilha subjugada a um regime de partido único, onde não há democracia nem a menor chance de oposição.

A Gazeta do Povo, portanto, sempre esteve certa ao publicar única e tão somente a verdade: Lula apoiou a reeleição de Ortega e a recusa do Brasil em apoiar o manifesto de 54 países contra seu regime demonstra conivência com os cruéis métodos de repressão na Nicarágua. O Tribunal Superior Eleitoral censurou o jornal (algo que por si só já é inconstitucional, independentemente do teor do seu conteúdo) e sonegou ao cidadão brasileiro no período eleitoral importantes elementos para decidir seu voto, algo profundamente antidemocrático.

Pior do que isso: ao censurar o jornal e, em sua decisão, chamar o conteúdo do tweet da Gazeta de “fato sabidamente inverídico”, o Tribunal Eleitoral contrariou explicitamente o teor da matéria afirmando que “as publicações transmitem de forma intencional e maliciosa mensagem de que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva é aliado político do ditador da Nicarágua Daniel Ortega”.

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, portanto, reforçou e acabou por legitimar a fake news petista de que Lula é um democrata. Além dos discursos públicos e dos fatos passados dos mandatos petistas, os discursos e fatos de agora, sempre eles, teimosos e renitentes, demonstram novamente o exato oposto. Mais um motivo para repudiarmos o ativismo político da Corte Eleitoral que, em vez de significar um permanente respaldo à nossa democracia, tem tomado, com infeliz e preocupante frequência, decisões que a atacam e infringem as normas constitucionais. A Gazeta estava certa e o TSE errado: Lula apoia o ditador Ortega e é conivente com suas ações criminosas.

DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!

O VOO DA RETIRANTE!

Eu sou mulher sertaneja!
Feminina e singular
O agreste me batizou
Mas fiz do mundo meu lar
Açoites patriarcais
Não me podaram jamais
Lutei pra me libertar.

Nunca fui igual a tantas
Aceitando imposição
Tinha o olhar aguçado
Tinha rumo e direção
Do meu jeito nordestino
Sem drama sem desatino
Segui cheia de razão.

Não fui mulher de ficar
Debruçada na janela
Eu queria muito mais
Vi que a vida dava trela
Na janela não fiquei
A porta eu escancarei
E joguei fora a tramela.

Uma estrada desenhei
Do jeitinho que eu queria
Nela pisei com firmeza
Distribuindo alegria
As veredas da tristeza
Enfrentei sem ter moleza
Recorrendo a rebeldia

Receio de ser feliz
Não provei no meu caminho
Fui ave de ribaçã
Trocando às vezes de ninho
longe do velho rincão
Eu desbravei novo chão
Sem sumir no torvelinho.

As pragas que me jogaram
Voltaram pra quem jogou
Eram tantas profecias
Nenhuma se confirmou
E hoje vou lhes dizer
Não parti pra me perder
Quem me viu depois notou.

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PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

O GONDOLEIRO DO AMOR – Castro Alves

Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar…
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;

Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.

Tua voz é cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento.

E como em noites de Itália
Ama um canto o pescador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.

Antônio Frederico de Castro Alves, Bahia (1847-1871)

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CABARÉ

O presidente Lula ouviu ministros próximos para aferir o desgaste de manter Juscelino Filho no Ministério das Comunicações, mas, segundo fonte do Planalto, teve peso maior a posição de Janja, para quem o pior caminho seria validar a interferência de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, nas decisões.

A influente madame cultiva verdadeiro horror a Gleisi e manda muito.

No fim de tudo, a cobrança pública da dirigente petista, que defendia a demissão, garantiu o emprego do enroladíssimo ministro.

Ela é reincidente.

* * *

A expressão “o governo Lula virou um cabaré” era simbólica.

Agora tornou-se literal.

É a mais pura realidade.

São ótimas essas trocas de tapas entre as duas fêmeas petralhas.

Radicalização cresce com volta de Lula à cena política - 14/12/2019 - Revista - Revista sãopaulo

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO