DEU NO JORNAL

SORRINDO PARA RATOS: O ARRISCADO FLERTE COM O TERROR

Roberto Motta

Ato na Avenida Paulista, em 12 de novembro, em São Paulo, teve manifestações de apoio ao Hamas.

Ato na Avenida Paulista, em 12 de novembro, em São Paulo, teve manifestações de apoio ao Hamas

Há poucos meses assistimos a grupos de esquerda e de extrema esquerda – junto com algumas autoridades – acusando cidadãos de terrorismo apenas por exercer direitos legítimos de manifestação. Hoje, vários dos mesmos acusadores sorriem para o terror fundamentalista. Esse é um ato de gravidade incalculável.

O sorriso pode ser interpretado como uma permissão, um convite ou uma licença para atividades abomináveis. O sorriso para terroristas é uma manifestação marxista, embora a maioria das marionetes que vestiram a camiseta do terror provavelmente não tenha consciência disso. A simpatia com o terrorismo consta da cartilha marxista há muito tempo. Ela faz parte da filosofia infernal de conflito, ódio e destruição que ainda hoje infecta milhões de mentes em todo mundo sob seus diversos nomes: marxismo, socialismo, comunismo ou progressismo.

Quando essa infecção se combina com fundamentalismo, o potencial de dano se aproxima do infinito. Os neomarxistas que flertam com o terror foram nutridos e embalados em um berço capitalista. Sua leitura da realidade é a mistura raivosa de luta de classes com uma pauta identitária que nem eles mesmos compreendem – por isso usam todes em uma frase, presidenta em outra. Perdidos em sua adolescência intelectual e moral, são incapazes de entender o perigo ao qual estão expondo todo o Ocidente. Os idiotas comunistas (pleonasmo, eu sei) que defendem assassinos de bebês são, eles próprios, bebês indefesos que aplaudem seus algozes.

Depois do 7 de outubro, os ratos finalmente saíram do esgoto. Mas é preciso nomear os ratos. Eles representam a aliança entre o marxismo tradicional, impotente e carcomido, e o fundamentalismo que foi semeado nas melhores instituições ocidentais. Os instrumentos da semeadura foram uma política de imigração sem critério e um multiculturalismo insensato que exige a aceitação de “culturas” tóxicas cujo objetivo é destruir nossa cultura – a cultura ocidental.

Os cretinos marxistas que embarcaram na canoa fundamentalista são efebos, guerreiros de escritório, combatentes de verbas públicas e mestres em retórica etílica, incapazes de se defender quando o mal que eles invocam realmente aparecer.

Embriagados por teses bizarras e estimulados por “pensadores” cuja mercadoria é a denúncia de tudo o que seja normal e ocidental, eles são como patinhos em um estande de tiro ao alvo, alinhados à espera do terrorista – ou seria melhor dizer “combatente”? – que um dia aceitará o convite para reduzir a desigualdade e acabar com a colonização, seguindo o modelo do massacre de 7 de outubro. É preciso denunciar esses ratos.

Nenhuma palavra será dura o suficiente para descrever traidores que, na calada da noite, e abusando de nossa compaixão e inocência, abrem as portas do Ocidente aos seus piores inimigos.

DEU NO X

XICO COM X, BIZERRA COM I

UM ASTRONAUTA, UM GOLEIRO E UM CANTOR

Meu neto do meio, Vinicius, 3 aninhos, surpreendeu ao revelar ao pai três dos seus grandes desejos: ter um cachorro para levá-lo à escola, passear de foguete e pisar na neve. Inobstante não haja notícias de cachorros, por mais doces que sejam, frequentando salas de aula, tampouco de agências de viagem promovendo passeios em foguetes e muito menos da existência de chuva de neve em tórridas terras nordestinas, encantou-me, sobremaneira, a qualidade surreal dos sonhos do menino Vina, que estuda bateria aos sábados, pela manhã. Diferentemente dos homens com cabelo na cara, que apenas sonham sonhos materiais (riqueza, aquisição de bens, sucesso na vida social e empresarial), as crianças pensam diferente e sonham sonhos revestidos de pureza, tal qual são suas almas.

O GOLEIRO NA HORA DO GOL

O mais velho deles, Bernardo, solitário sob as traves do PSG aqui em Recife, resolveu ser goleiro. Para o mês estará viajando para Porto Alegre participar de um torneio interestadual defendendo as cores do ex-time de Messi. Teimo em ir aos treinos vê-lo defender bolas totalmente indefensáveis aos meus olhos. Mais angustiado que o goleiro a que se referia Belchior, fica o avô do goleiro na hora do gol.

O LEONARDO QUE NÃO QUER SER LÉO

O caçula, Leonardo (detesta ser chamado de Léo e insiste em ter 1 ano, quando na verdade tem 2), pelo jeito vai ser cantor. Vive cantarolando, é afinado (na medida do possível para uma criança de sua idade). Sabendo das dificuldades dos artistas de canto por essas bandas, já fico a temer por seu futuro artístico. Que não abandone a escola é o que posso aconselhar. O consolo é saber que seu repertório atual é muito bom, Luiz Gonzaga incluído. Por enquanto, pelo menos não há o que temer quanto ao seu enveredar pelos cantos dos sertanejos sem sertão, pagodeiros impostores ou forrozeiros de plástico.

A UTOPIA DOS NETOS

E a gente, já graúdo na vida e não mais desejoso de passeios intergalácticos, ou de criar bonecos de neve ou, ainda, de descobrir escolas que aceitem cachorros como alunos, seguimos a vida admirando e sonhando junto as utopias dos netos. Mas a verdade é que nada é mais saboroso que ser avô de três crianças tão diferentes nos sonhos e tão iguais na benquerença do avô.

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

PENINHA - DICA MUSICAL