A PALAVRA DO EDITOR

FECHANDO O ANO

Domingo, 31 de dezembro.

Hoje termina a semana, o mês e o ano.

Chupicleide, secretária de redação, já está pronta para, como ela mesmo falou, “romper o ano e as pregas” na beira da praia, na zona sul aqui do Recife, celebrando a chegada do novo ano e enchendo a cara.

Ô sujetinha inxirida que só a peste!

Isso graças à generosidade dos nossos leitores, que ajudam a pagar as cachaças que ela toma e também a manter essa gazeta escrota avuando pelos ares.

Ela manda um xêro especial para os fubânicos Fernando GE, Boaventura Bonfim, Agenor Pedrosa, João Heraldo, Maria Elisa, Maria Clara e João dos Reis.

E também um caloroso abraço para todos que acessam o JBF, mantendo em alta as nossas estatísticas nas 24 horas do dia.

Ano que vem, melhor dizendo, amanhã, como acontece todos os dias, este jornaleco safado será atualizado com novas postagens, contando com a audiência e a participação de todos vocês, essa turma boa que tanta alegria proporciona a este Editor.

Gratíssimo a todos do fundo do coração, meus queridos amigos!!!

Tenham certeza que 2024 vai ser um ano arretado pra todos nós!

Vou fechar a postagem e o ano com Louis Armstrong interpretando a belíssima canção “What a Wonderful World” (Que mundo maravilhoso).

Este maravilhoso mundo da comunidade fuânica!!!

* * *

Que Mundo Maravilhoso

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também
Eu as vejo florescer para mim e para você
E penso comigo: Que mundo maravilhoso

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite
E eu penso comigo: Que mundo maravilhoso

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu
Estão também nos rostos das pessoas que passam
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: Como vai você?
Eles realmente dizem: Eu te amo!

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer
Eles vão aprender muito mais que eu jamais vou saber
E eu penso comigo: Que mundo maravilhoso
Sim, eu penso comigo: Que mundo maravilhoso

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

RECEITA DE ANO NOVO – Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade, Itabira-MG, (1902-1987)

DEU NO JORNAL

DEU NO X

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

DEU NO JORNAL

2023: O ANO-OSTENTAÇÃO COM DINHEIRO PÚBLICO

Ao subirem a rampa do Palácio do Planalto, Lula e Janja deixaram na calçada a simplicidade apresentada na campanha.

Logo na estreia internacional, nos Estados Unidos, a bolsa de R$ 21,4 mil da primeira-dama roubou os holofotes.

Na estreia na TV, já inquilina do Alvorada, Janja ostentou camisa de quase R$ 2,6 mil.

Logo no início do governo, Janja revelou seu gosto nada modesto.

Em Portugal, a primeira-dama perambulou por lojas de luxo, ganhou até o apelido de “esbanja’, e pagou mais de R$ 1 mil por uma gravata para Lula.

* * *

E o desperdício do dinheiro público não vai parar, tenham certeza.

A partir de amanhã, já no ano de 2024, Esbanjanja vai continuar a gastança às nossa custas.

Palmas pra quem fez o “L”!!!

Charge da semana (35) - Revista Oeste

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

D. ELI

Eu quero dividir com vocês uma experiência que vivi ontem, não tão singular assim, mas, que envolveu o meu espírito e me trouxe algumas reflexões.

Não sei se por estarmos nesse período dito como das Boas-Festas, ou porque há dias eu quis desacreditar no futuro e na idoneidade da natureza humana quando vi perdoados R$ 10bi de um “réu confesso”; dinheiro que anda faltando em tantos lares e projetos neste Brasil de corruptos ricos e de honestos paupérrimos.

Minha narrativa começa em agosto quando minha mulher precisou passar por uma cirurgia, e tivemos que contratar alguém para nos auxiliar nas tarefas domésticas por um mês.

Nós fomos apresentados por uma nossa comadre à Sra. Eli (aqui revelo apenas o começo do seu nome).

Embora da minha idade, mais velha apenas dois anos que minha mulher, D. Eli é bem baixinha e traz no corpo as marcas da dureza de sua existência e no rosto as linhas deixando-a como se tivesse a idade de uma década a mais.

Há anos desempregada, D. Eli vive em uma casa sem reboco no subúrbio de uma cidade vizinha à nossa capital. Para vir trabalhar em nossa casa, anda dois quilômetros, pega duas conduções.

O marido desempregado há quatro anos, depois de haver perdido os movimentos da mão direita num acidente doméstico, vive em luta com o INSS tentando receber algum auxílio. Em vão.

Na casa moram mais uma filha do casal – a única carteira assinada, como garçonete num restaurante – e duas netas menores de idade.

Além do dinheiro da filha o capital que entra no lar deles são dos bicos do homem e das faxinas de D. Eli.

Depois do mês aqui em casa, com algumas limitações cognitivas, ainda assim nos afeiçoamos a D. Eli. Nossos filhos criaram carinho por ela também. Tenho certeza que pela simplicidade da pessoa que ela é.

Então resolvemos que D. Eli ficaria vindo de vez em quando fazer um trabalho aqui.

Ontem ela veio.

Muito calada, D. Eli às vezes fala e desabafa em sua voz baixinha. Mas, ontem, com extrema alegria ela embalou em uma conversa para nos contar do orgulho de haver participado de uma homenagem na escola da neta mais velha: a menina foi a melhor aluna do ano.

À tardinha, serviço concluído, agradecemos a D. Eli por sua ajuda e seu cuidado.

Desejamos um Ano-Novo melhor e a abraçamos com carinho.

Fiz o PIX.

Coloquei o dobro do acertado. O que foi passando sendo uma espécie de bônus.

Não lhe falei nada.

Mais tarde a filha de D. Eli ligou para minha esposa.

Educadamente perguntou como estávamos e prosseguiu quase sem deixá-la falar:

– É que eu vim com mãe aqui no banco sacar o dinheiro, e seu marido errou quando fez o PIX. Ele botou “X” – e sem esperar qualquer resposta, ela emendou: – a senhora me dê sua chave PIX que eu quero lhe devolver o que passou.

Minha mulher lhe pediu desculpas por eu não haver falado, e lhe revelou que era um bônus de Boas-Festas.

Então ouvimos a voz de D. Eli nos agradecendo e pedindo a Deus por nossas vidas.

De ontem para cá pensei muito sobre muitas coisas. Entre elas do quanto o nosso povo mais simples carrega em si o preceito do que é correto. Do que é direito.

E chego à conclusão que honestidade não é uma questão de direito. É de caráter.

Muitas vezes onde mais sobra riqueza é justamente onde mais falta caráter.

Pelo ato de D. Eli, ontem, eu vi que há esperança para o nosso povo. E eu não posso desacreditar nele.

Feliz Ano Novo para vocês todos.

DEU NO X

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

A DEVASTAÇÃO – ACABANDO O QUE ERA DOCE

A insanidade dos que destroem o próprio lar

Afinal, o que querem as ONGs?

Por que, de um momento para outro, resolveram lutar pela existência e estabilidade (além de muito dinheiro que conseguem dos governantes) no solo brasileiro, preferencialmente da região amazônica?

Por que essas ONGs não “tentam salvar” o Saara ou o Atacama?

Essas ONGs são todas compostas por “estrangeiros”?

Estudei Ciências Naturais no Curso Primário. Ao chegar no Curso Ginasial, ainda que fosse o mesmo assunto, Ciências Naturais recebia o nome de Botânica. Conheci, ali, ainda que superficialmente, itens da fauna e da flora. Pela primeira vez ouvi falar na Papua Guiné, onde, dizem, teria começado tudo. Ou, começado a terminar quase tudo.

Nos dias atuais, esquecemos as referências passadas e, além do tal “carbono” dominar todos os assuntos, falamos mais de biomas, etc., etc.

Por que isso?

Alguém que ler este reles texto, terá liberdade para dizer que, “Zé, o mundo mudou, e, com ele, os valores que se assomaram às descobertas”. Mas, não terá o meu “de acordo”.

Continuarei insistindo que o mundo não mudou. As pessoas, sim. E isso, para mim, jamais será a mesma coisa. Num passado nem tão distante, mundo à fora, sem excluir o Brasil, a quantidade de idiotas e imbecis era menos da décima porcentagem. Nelson Rodrigues tinha razão quando vaticinou: “o mundo será dominado pelos idiotas”.

Qual o mal que uma abelha faz para a humanidade?

Nos dias atuais, vira e mexe, conseguimos ver nas poucas árvores do perímetro urbano parasitas que nasceram a partir das sementes mal digeridas pelos pássaros que, literalmente expulsos pela devastação das florestas, procuram e acham abrigos para crescer e se multiplicar. As fezes, com a umidade, nascem, formando um visual nada agradável.

Também vemos, vez por outra, casas-ninhos de João-de-Barro construídos em engenharia magnífica em postes de iluminação elétrica ou em outros locais onde eles (os pássaros) se adequem.

E, por que isso?

Por enquanto, apenas pequenas aves tentam conseguir viver fora da floresta devastada. Mas, o que acontecerá, quando tivermos que dividir nossos espaços domésticos com jacarés, cobras, javalis e outros integrantes da fauna, considerados ferozes?

Em resumo: por enquanto estamos apenas sob ameaças. Mas, quase que diariamente, ao tomar o café matinal, tenho recebido a visita de abelhas – provavelmente por conta do cheiro que o açúcar orgânico (é o que uso, mais caro, mas o valor adicional me poupará de gastar mais com medicamentos) – ainda sem ferrão.

Isso significa para mim, que, em breve, além da “jandaíra”, espécie mais conhecida desde o meu sertão, poderemos ter a visita da “arapuá”, uma espécie difícil de ser domesticada para produção de mel. É violenta e a picada incomoda tanto quanto a picada do marimbondo.

E o mel que consumimos para fins medicinais, quem produzirá?

Mel de abelha tem importante percentual positivo na economia

EM TEMPO: Desejo aos amigos leitores e seguidores neste JBF, o mais venturoso Rèveillon, que 2024 traga saúde, Paz, prosperidade e entendimento, principalmente entre os familiares.

DEU NO JORNAL