DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

MONOPÓLIOS

Existem muitas palavras que foram despidas do seu significado, e transformaram-se em meras exclamações. São como palavras mágicas, que não precisam ser explicadas; basta segurar a varinha com força e enunciar a palavra dramaticamente, e o feitiço acontece. Uma destas palavras de que as pessoas têm medo, mesmo sem entender o que significam de verdade, é “monopólio”.

Todo mundo ouviu na escola que um empresário malvado chamado Rockefeller tinha o monopólio do petróleo, mas o bondoso governo agiu para “proteger o povo” e quebrou o monopólio. Pouca gente se interessa em saber mais do que isso. A verdade, como sempre, é mais complicada.

Nos anos 1860, o óleo de baleia, o produto preferido para alimentar lampiões, estava subindo de preço por causa da super-exploração: as baleias estavam acabando. Isso abriu o mercado para o petróleo que havia sido descoberto na Pensilvânia. Isso, somado a um subsídio do governo, fez com que empresas de petróleo surgissem uma após a outra, muitas sem a menor estrutura técnica e financeira para funcionar.

A maioria das empresas refinava o petróleo para extrair querosene, que era usado nos lampiões, e jogava o restante fora, muitas vezes no rio mais próximo. Rockefeller, ao contrário, buscava a máxima eficiência e procurava mercado para todos os produtos da refinaria: a gasolina era transformada em gás, o piche usado para pavimentar ruas. Rockefeller também buscava eficiência na verticalização, integrando todos as etapas da cadeia produtiva, desde a contrução de oleodutos até a distribuição por ferrovias. No processo, seus custos eram menores e muitos concorrentes não tiveram opção a não ser fechar ou vender suas empresas para Rockefeller.

O povo foi prejudicado? Muito pelo contrário. Em 1870, quando Rockefeller começou a vender querosene, o preço era de 30 centavos o galão. Trinta anos depois, quando sua empresa era a maior do país, o preço havia caído para 6 centavos. Além disso, as suas empresas vendiam mais de cem produtos diferentes obtidos do petróleo – nem uma gota era desperdiçada. Não é de se admirar que os concorrentes reclamassem: eles simplesmente não conseguiam acompanhar os preços da Standard Oil. (se você acha que os consumidores devem ser obrigados a pagar mais caro para proteger os produtores menos eficientes, aí é outra história).

O governo, que costuma decretar monopólio para si mesmo em tudo que faz, não gosta de empresas ricas e bem sucedidas que possam desafiar seu poder. Também não faltaram concorrentes e ex-concorrentes invejosos para articular lobbies contra Rockefeller. Da união dos dois, nasceu uma batalha jurídica que acabou determinando que a corporação de Rockefeller fosse dividida em 34 empresas separadas. Uma aparente vitória para os invejosos da fortuna alheia, mas o que realmente aconteceu foi: Rockefeller continuou sendo o sócio majoritário de todas elas, e sua fortuna aumentou 500% nos dez anos seguintes. Por outro lado, o preço do querosene nunca mais diminuiu para os consumidores da forma como acontecia nos tempos do “malvado monopólio” de Rockefeller.

Um outro caso, mais antigo: Em 1798, o governo estadual de Nova Iorque concedeu o monopólio do transporte fluvial a Robert Livingstone e Robert Fulton. Em 1824 o empresário Cornelius Vanderbilt (que é normalmente citado junto com Rockefeller como exemplo de “capitalista malvado”) conseguiu na justiça a quebra do monopólio. O resultado foi que a passagem Nova Iorque – Albany caiu de sete para três dólares, e a Nova Iorque – Filadélfia caiu de três para um dólar. Quando conseguiu operar navios entre Nova Iorque e a Califórnia, Vanderbilt começou a cobrar 150 dólares, enquanto os concorrentes cobravam 600.

Novamente, Vanderbilt é apresentado como vilão monopolista nos livros de história, enquanto seus concorrentes ineficientes, que cobravam muito mais caro, são mostrados como vítimas que mereciam ser protegidos pelo estado.

O Brasil é um país sem memória, então é difícil encontrar exemplos parecidos aqui; mas eles existem – por exemplo, este excelente trabalho de pesquisa do professor Alexandre Macchione Saes, da UNIFAL. Recomendo a leitura. Basta clicar aqui

Um pequeno resumo: em 1899 uma empresa canadense conhecida como Light obteve a concessão para fornecer eletricidade e iluminação pública na cidade de São Paulo. Cinco anos depois, o empresário Eduardo Guinle, que era dono da concessão do porto de Santos, pediu ao prefeito para também atuar no ramo “no sistema de livre-concorrência”. O prefeito assinou um decreto autorizando, mas isso foi só o início de uma longa guerra travada na câmara de vereadores e na imprensa (um pequeno exemplo, publicado como editorial no jornal A Platéia: “Nunca chegamos a compreender como um serviço público indispensável [..] pudesse ser entregue aos azares da livre-concorrência [..] Pareceu-nos sempre mais conforme a boa razão e conveniente ao interesse público, que fosse esse serviço confiado a uma empresa que o executasse em condições estabelecidas por contratos, com obrigações de todos servir nos termos estipulados.”)

Guinle prometia oferecer os serviços a preços mais baixos. A Light, dona do monopólio, alegava que isso era uma demagogia impossível, e que seus preços eram os mínimos viáveis, em função dos “vultosos investimentos” que o serviço implicava.

Em 1909, a Light anunciou uma redução de preços, o que deu argumentos a Guinle para acusá-la de mentirosa, já que até então ela dizia que os preços não podiam diminuuir. O preço residencial da Light caiu de 800 para 500 réis, mas Guinle prometia cobrar 200. Para empresas, a Light reduziu o preço de 700 para 300 réis, e Guinle prometia cobrar 70.

A batalha durou vários anos, com vereadores discutindo minúcias das leis e decretos para descobrir (ou inventar) a interpretação “correta”. Sem nenhuma surpresa, a maioria dos políticos era favorável à empresa que detinha o monopólio e cobrava mais caro. Quem mora em São Paulo sabe que, de uma forma ou outra, a Light está aí até hoje.

O resumo da história é que somos todos ensinados a ter medo de um bicho-papão. Não existem monopólios sob o livre mercado. Os monopólios que existem, e nos exploram, são concedidos e garantidos pelo estado, esse mesmo que muita gente acredita que é necessário para nos defender deles.

A PALAVRA DO EDITOR

DRAGÃO CHINÊS MOSTRA SUAS GARRAS E GLOBALISTAS VIBRAM

O líder da China, Xi Jinping, previu que “o mundo não voltará a ser o que foi no passado” e defendeu ações coordenadas da comunidade internacional para combater o coronavírus e se adaptar à realidade pós-pandemia. “O problema do mundo pode ser resolvido, mas não por países isoladamente”, disse ele nesta segunda-feira durante pronunciamento no primeiro dia da versão online do Fórum Econômico Mundial de Davos.

O líder da ditadura comunista chinesa recordou que 2020 foi tomado pelo surto e que a economia de todo o globo entrou em recessão profunda. O ano também foi marcado, de acordo com ele, pela coragem das pessoas em todo o mundo. Apesar disso, fez um prognóstico negativo: “A pandemia está longe do fim”.

Xi Jinping comentou que os problemas enfrentados pelo mundo hoje são complexos e novamente criticou ações isolacionistas. “A História está mudando rapidamente. Cada escolha, cada movimento feito hoje moldará o futuro do mundo”, previu. Por isso, segundo ele, a humanidade não pode aprender da “maneira mais dura”. “Não podemos dividir o mundo”, defendeu.

Depois do pronunciamento de Xi Jinping, o fundador do Fórum, Klaus Schwab, exaltou a decisão da China de ser parte ativa no combate à Covid-19 e também elogiou o viés do presidente voltado para a ciência e a tecnologia, além de aplaudir sua fala sobre a necessidade de “leis internacionais”. “Só um mundo e só um futuro em comum”, frisou o alemão. Schwab é autor de um livro chamado “The Great Reset”, que tem dado a tônica dos globalistas.

Trata-se do velho sonho de um governo mundial, controlado por tecnocratas sem voto, impondo regras de cima para baixo. Seria o fim da soberania nacional dos países. Para esses globalistas, fazer uma aliança com o imperialismo chinês para cumprir esse objetivo é um preço aceitável a ser pago. Eles acreditam que é possível “domar” o dragão chinês, extrair frutos econômicos de uma globalização controlada. Mas é um pacto com o diabo. O regime chinês tem outras intenções.

O apreço dessa turma pela democracia e pelas liberdades individuais é quase inexistente, nulo. Desde que os bilionários possam ficar ainda mais ricos e concentrar mais poder, tudo bem. Por que deveriam escutar o que esses “deploráveis” que votam em Trump, Bolsonaro e no Brexit pensam? Por que se importar com suas opiniões? Melhor usar logo as Big Techs para calar essa gente “tosca”, “obscurantista”.

Por isso vemos jornalistas aplaudindo a censura e passando pano para o regime chinês. É um misto de grana e ideologia. No curto prazo enxergam uma estratégia para barrar a concorrência e resgatar a velha hegemonia da imprensa, antes de a bolha estourar com as redes sociais. Mas no longo prazo estão alimentando um monstro. “É uma estratégia incrivelmente destrutiva para uma profissão que depende da liberdade de expressão, mas os jornalistas que hoje dominam as redações não pensam no longo prazo — e não se imaginam censores”, resume John Tierney, do City Journal.

Com essa postura, a mídia segue perdendo credibilidade e falando apenas para a patota da bolha. Guzzo, falando sobre o caso brasileiro, em que as redações decidiram ser os “centros de resistência” ao governo “fascista”, comentou: “A consequência inevitável dessa postura é a progressiva transformação da mídia num produto de baixa utilidade. Como nas seitas religiosas dedicadas a pregar para os convertidos, sua matéria prima é a fé. Satisfaz o ‘público interno’, mas fica nisso”.

A “luta de classes” nunca esteve tão escancarada. De um lado temos o PCC, os globalistas e seus simpatizantes na imprensa; do outro lado temos os líderes nacional-populistas oferecendo um foco de resistência ao governo mundial. Será que os nacionalistas vão conseguir resistir, com a China exercendo tanta influência, tentando comprar todo mundo ou intimidar quem não ceder? O Brasil mesmo foi feito de refém na questão dos insumos da vacina, e o presidente precisou elogiar a “sensibilidade” do regime:

Sabemos não se tratar de sensibilidade, mas também sabemos que Bolsonaro deve ser pragmático com nosso maior parceiro comercial. Curiosamente, era o que a mídia cobrava dele, mas agora reclama da nova postura. “Então o Bolsonaro está errado quando se afasta da China, ou quando ele negocia com a China. É isso?”, perguntou Leandro Ruschel. É isso! Ele, por ser um nacionalista, estará sempre errado, pois os globalistas não aceitam outra postura além da subserviência plena, a bajulação, aquela que podemos notar em João Doria e Rodrigo Maia, que mais parecem despachantes do regime chinês no Brasil.

A agenda da ONU 2030 segue a todo vapor. O Great Reset vai em frente, usando como pretexto a pandemia, o “aquecimento global”, qualquer problema, real ou inventado, que afete o mundo todo e sirva para uma “solução global”. Não consigo ser otimista ao ver esse embate de ideias. São contraditórias demais, inconciliáveis.

Como acredito num ímpeto humano natural pela liberdade, acho que se os globalistas forçarem demais a barra, haverá uma reação firme. Se os chineses e os globalistas vencerem essa guerra, seremos todos uma província chinesa, sem liberdade. Mas antes disso, duvido que os nacionalistas entreguem suas liberdades de bandeja…

DEU NO X

DEU NO JORNAL

FILA DOS SEM CARÁTER

Alexandre Garcia

Recém começada a vacinação e já são muitas denúncias de fura-filas, gente sem caráter, sem cidadania, sem princípios, egoísta sem ter aprendido a conviver. Assim foi no alistamento de 68 milhões de brasileiros para o auxílio emergencial. Com base no TCU, dos 273 bilhões pagos, é possível que 45 bilhões tenham sido destinados a quem não precisava, tinha emprego, renda, patrimônio e até cargo público.

Fazem parte dessa turma de oportunistas que se aproveitam-se até de tragédias. A Polícia Federal já está lotada de investigações sobre desvios de dinheiro para hospitais de campanha, respiradores, material de proteção, facilitados a estados e municípios pela emergência que dispensa licitação. Comprou-se até respirador em adega, que vende aerador para vinho. Contratos superfaturados somam bilhões. Usam a morte para ganhar dinheiro.

Recém havíamos saído da corrupção institucionalizada – um período em que estatais como Petrobras e Caixa Econômica eram usadas pelos partidos no governo para levar dinheiro para bolsos particulares e cofres de partidos, estes com o intuito de financiar campanhas para permanecer no poder e continuar usufruindo do que é do povo brasileiro pagador de impostos. Houve condenações – do maior empreiteiro, de presidente da Câmara, de Presidente da República – mas mesmo assim elas não foram suficientes para um ajuste de conduta dos contumazes dilapidadores do que é de todos.

No escândalo anterior, o do Mensalão, embora com condenações de mais de 30 anos de prisão, ninguém está atrás das grades. Essa fila de sem-caráter não acaba nunca. Leis protegem os agressores e não as vítimas. E parte de nossa cultura elogia como esperto o desonesto que fura-fila, tirando o direito de outros. São leis lenientes, mas como evitar fura-filas em 5.570 municípios? Não podemos ficar à espera do estado, porque a primeira responsabilidade é nossa. É antes de tudo uma questão doméstica, responsabilidade dos pais na formação da cidadania, do caráter. Cada pessoa bem formada é o fiscal de si próprio.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOÃO ARAÚJO – MUNIQUE – ALEMANHA

Meu caro Mestre Berto,

tudo certinho por aí?

Gostaria de enviar para esta Gazeta Magnífica a FALA INICIAL do “Cancioneiro da Inconfidência” de Cecília Meireles.

E para os leitores que quiserem acessar o link de inscrição no meu canal é só clicar aqui

Obrigado, muita saúde, um forte abraço a todos e até a próxima.

DEU NO JORNAL

NHONHO PODE DISPOR

Não será fácil a vida do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a partir do dia 2: sem jatinhos da FAB à disposição, terá de encarar voos comerciais e filas de check-in no embarque e desembarque.

Dá calafrio.

* * *

Acabei de enviar mensagem pra Nhonho Botafogo colocando o mascote desta gazeta escrota à disposição dele.

Nosso estimado jumento Polodoro avisa que está às ordens pra carregá-lo no lombo pra onde ele quiser ir.

E protegê-lo de levar ovos, tabefes e vaias da população.

Polodoro só pede uma coisa em troca: a arrebentação das pregas do furico do bochechudo.

Afinal, pra quem tem uma bunda do porte da bunda de Nhonho, a estrovenga de Polodoro é perfeitamente suportável.

“Estou inteira e pajaracalmente às ordens de Nhonho. Disponha”

A PALAVRA DO EDITOR

RECESSÃO

Não é brincadeira, não! Perder fábricas, nos tempos atuais, é de fazer chorar. Só em pensar que a recessão, durante o período de 2015 a 2018, foi a responsável pelo fechamento de mais de 20 mil plantas industriais no Brasil, é de cortar o coração.

Quem divulga esta dolorosa informação é a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O desaparecimento das unidades industriais, em virtude da cacetada recessiva, é resultado das perdas que o setor acumulou seguidamente entre os anos de 2014 e 2016.

As consequências para o Produto Interno Bruto foram devastadoras. O PIB caiu por onze trimestres. Fato anormal. O longo tempo de retração acabou classificado como a mais demorada fase de contração que o país enfrentou, desde 1992.

O caso foi tão feio que o Brasil só percebeu ter se livrado da recessão no mês de outubro de 2017. O baque foi generalizado. Da queda, só quem escapou foi o setor agropecuário. O restante entrou pelo cano. Não teve escapatória.

A área produtiva mais atingida foi justamente a das indústrias de transformação. Sem defesa, o jeito foi recuar na produção. Permanecer quase paralisada, aceitar o padrão de estagnada, sem respirar direito, operar abaixo do ritmo apresentado no ano de 2011.

Então, como não houve crescimento no tempo em foco, a única solução foi diversas fábricas encerrarem as atividades, senão o tombo seria bem maior.

Das 384.721 indústrias de transformação instaladas no país no ano de 2018, só restaram 359.345 unidades no ano seguinte. As 2.535 plantas encerraram as atividades. Sem a mínima condição de sobrevivência. São Paulo, foi o estado mais atingindo pela tormenta de fechamento, no espaço de quatro anos.

Ainda bem que nem tudo está perdido. Ainda resta um fio de esperança para o setor de transformação dar a volta por cima. As expectativas de mercado são boas. A economia dava sinais de recuperação. Mas, a pandemia só fez atrapalhar a jornada.

Pelo menos se vislumbrava a possibilidade da abertura de novas fábricas. O parque fabril demonstrava sinais de fortalecimento, mediante a redução da capacidade ociosa, algumas indústrias estão dando tempo ao tempo para cair em campo. Outras, se encontravam preparando o terreno para festejar a inauguração.

Na verdade, recessão é a cara de uma série de fatores negativos numa economia. Basta falar em recessão para surgir a imagem de muita coisa que não presta. Depressão, crise, estagnação, paralisação, retrocesso e atraso econômico.

Quando se constata a economia estar sob a bandeira da recessão é porque a atividade econômica entrou em parafuso. Retraiu-se. Desacelerou o ritmo de produção. A oferta de produtos cai, reduzindo automaticamente a demanda. O resultado é desemprego, redução da renda familiar, diminuição do lucro das empresas, popularização do quadro de falências e concordatas.

O ramo industrial mais atingido pela recessão geralmente é o de bens de capital. São as indústrias produtoras de ferramentas e as fornecedoras de matérias primas que perdem a movimentação por causa da escassez de pedidos.

Todavia, as que se dedicam a fabricar bens de consumo, é comum acontecer algumas escaparem pela tangente. O motivo é simples. O consumo cai, mais não some.

Nestas condições, o quadro que se apresenta é deflacionário que reacende a chama de reformas fiscais e estruturas, sem mais delongas.

Os primeiros sintomas de recessão surgiram nos Estados Unidos, no ano de 1974. Então, para reverter a situação, o governo, que reduz seus gastos com a indústria, recorre à política macroeconômica de efeito expansivo. Reduz tributos, volta a expandir os gastos para incentivar a produção e o parque industrial.

Em 2008, a crise econômica derrubou o PIB dos Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental. Consequência repercutida também nas economias capitalistas desenvolvidas.

Entre abril e junho de 2019, a recessão fez o PIB do Brasil tomar na jaca, novamente. A economia nacional anda tão fragilizada que está difícil o país acionar a chave da recuperação. Quando liga, a chave dá sinal de fraqueza. Se desliga automaticamente.

Daí os registros de baixo índice de crescimento para tristeza da sociedade que, sem defesa, apenas se lamenta.

A arrecadação de impostos não cresce, os investimentos do Estados não correspondem à expectativa. O desânimo esmorece a geração de empregos, que enfraquece o consumo, perturba a confiança do cidadão que, desiludido, começa a bombardear a incompetência política do país.

De imediato, o investidor, pessoa física, também fica preocupado quanto a proteção que dá ao seu patrimônio, construído à base de muito sacrifício. O sobe e desce da Bolsa é outro fator que incomoda barbaridade. De repente, o investidor espera acender a luz para os investimentos de longo prazo, cujos preços de compra possam baixar.

A confusão de 2019 se generalizou. A repentina desaceleração atacou fortes economias. A China e a Alemanha estremeceram nas bases. Os Estados Unidos tiveram de baixar a taxa de juros, fato, que não acontecia há 12 anos.

A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos plantou incertezas. Alimentou o temor de uma recessão global. No Brasil, dois registros impacientam. O consumo anda estagnado, o desemprego cresce e a capacidade ociosa permanece altíssima.

O que favorece o país é possuir um mercado consumidor imenso e uma abertura para investimentos e parcerias internacionais. O que está segurando a corrida para sair dessa, é a falta de ação travada pela pandemia e o legislativo ajudar o país a escapar dessa perigosa armadilha, que só entristece a sociedade, entristecida com a embaralhada e terrível onda de desarrumação.

PENINHA - DICA MUSICAL