CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS

OAB: CABIDE DE EMPREGOS E OSTENTAÇÃO!

Não sou do ramo da advocacia, mas, a pedido de seis bacharéis em Direito que não conseguiram obter êxitos em três Exames da Ordem, pagando uma taxa absurda pela inscrição, resolvi elaborar esse (PL), que encaminho aos auspiciosos deputados e senadores federais através do Jornal da Besta Fubana para tentar amenizar a dor do gosto amargo da reprovação de muitos examinandos que chegam à segunda fase do Exame da OAB e são reprovados por míseros 0,15, ou 0,10 na prova subjetiva!

FLEXIBILIZAR A 2.ª DO EXAME DA OAB É PRECISO!

Projeto de Lei N.º___de 2019

(Do Sr.º Deputado Federal Irineu Boa Ventura)

Esta lei altera o inciso IV do art. 8 da Lei 8.906, de 04 de julho de 1994, para acrescentar as alíneas “a”, “b” e “c”.

O Congresso Nacional decreta

Art. 1.º Esta lei institui a obrigatoriedade de a OAB determinar que o examinando que passar na primeira fase do Exame de Ordem possa fazer a prova da segunda fase por dois triênios sem submeter ao crivo da primeira, acrescentando ao inciso IV do art. 8 da Lei n.º 8.906, de 04 de julho de 1994 as alíneas “a”, “b” e “c”.

Art. 2.º O inciso IV do art. 8 da Lei 8.906, de 04 de julho de 1994, passa a ser acrescido das seguintes alíneas.

a) O examinando que passar na primeira fase do Exame da OAB, ficará habilitado a realizar a segunda fase por dois triênios, 06 (seis) tentativas, sem se submeter ao crivo da primeira fase da prova objetiva, ficando somente obrigado a pagar a taxa correspondente a metade do valor da inscrição, conforme disciplinará o Regulamento Geral.

b) Se o examinado se inscrever em uma das 06 (seis) provas subjetivas e não comparecer para realizá-la, qualquer que seja o motivo sem justificativa fundamentada, perderá a oportunidade de fazer as provas subsequentes, sendo obrigado a retornar à fase inicial do exame.

c) O examinando que for isento da taxa de inscrição da primeira fase do Exame da OAB ficará livre do pagamento da mesma da segunda fase até passar, dentro do prazo estabelecido nesta lei.

Art. 3 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação

JUSTIFICATIVA

É do conhecimento de todos os estudantes e bacharéis em Direito que se submetem à prova do Exame da OAB que a primeira fase possui um índice de reprovação absurdo e, pior, não testa os conhecimentos técnicos do examinando, daí porque exigir-se dos senhores legisladores um exame de consciência no sentido de aprovar esta lei, tornando-se mais consentânea à facilitação do examinando para a obtenção da carteira da OAB a fim de que possa exercer a profissão de advogado e ganhar seu sustento com dignidade.

Não resta dúvida de que o Exame da OAB é essencial para testar a capacidade técnica do examinando uma vez que vai lidar com causas que requerem alta responsabilidade. Também se faz necessário o Exame de Ordem tendo em vista a grande quantidade de faculdade de direito espalhadas por todo o Brasil, autorizadas a funcionar pelo MEC na era petista, sem nenhum critério qualificativo. Daí porque ser necessário a OAB fazer um filtro para jogar no mercado os profissionais mais capacitados.

Segundo o Blog. Exame da Ordem, na primeira fase do XXIII exame da OAB houve 15.352 aprovados, sem anulações. No XXIV foram 47.693 aprovados, número bem discrepante da prova do XXIII. Já no exame XXV 29.892 examinando foram aprovados, sendo que o número dos inscritos ficou na ordem dos 126 mil com cada um pagando uma taxa de inscrição de R$.260,00! É dinheiro pra caralho arrecadado!

Ou seja, as provas da 1ª fase do XXV e do XXIV Exames foram muito parecidas quanto ao grau de dificuldades se balizados apenas pelo viés estatístico.

Há que se concluir na análise feita pelo Blog Exame da Ordem que a primeira fase do Exame da OAB funciona como “um filtro quase inflexível para testar o examinando que estão aptos, assimilaram o conteúdo das matérias jurídicas ensinadas durante o período do curso, mas o testador de conhecimento técnico mesmo é a 2.ª fase, que merece uma especial atenção por parte da OAB.”

Ante os fatos apresentados, espera-se dos senhores deputados e senadores o acolhimento, apreciação e votação da matéria para que seja aprovada na íntegra, tornando mais justo o Exame da OAB.

Câmara dos Deputados,________ de junho de 2019.

Presidente.

P:S: A OAB, sem nenhuma definição jurídica estabelecida em lei: se “autarquia”, se “entidade sui generis”, é uma das maiores arrecadadoras de grana dos pobres e fudidos do Brasil que ousam se habilitar para passar no Exame da OAB e entrar nesse mercado nefasto que a cada dia se torna mais desumano devido à quantidade de advogados com o certificado de conclusão de bacharel em direito numa mão e a Carteira da OAB na outra, mas morrendo de fome por não terem espaço no mercado para exercerem a profissão. O sonho da carteira para advogar se tornar um pesadelo de ante dum mercado sem cliente. E os que existem, muitas vezes pessoas de ótimos poder aquisitivos, recorrem à Defensoria Pública “como pobre na forma da lei!” O Brasil é o paraíso da filantropia com o dinheiro dos impostos do contribuinte!

O PT saturou o mercado com a abertura indiscriminada de cursos jurídicos e fechou a porta para o curso de Medicina, tão essencial para a população! O famigerado Mais Médicos é fruto dessa ignomínia perpetrada pelo MEC na era petista.

Decididamente, o PT foi o maior câncer que infestou esse País, matando sua população de inanição!

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JACOB FORTES – BRASÍLIA-DF

CONVERSA TEDIOSA

Quem já não pulou o capítulo de um livrou, ou mudou o canal da TV, por achá-lo enfadonho?

Isso também ocorre em relação às emissoras de rádio. Aliás, é de justiça reconhecer que algumas emissoras são dignas de todos os aplausos, todos os louvores porque, donas de um time de ouro, brilham naquilo que fazem. Mas, há momentos em que é preciso mudar de sintonia. É quando lá vem eles: os invariáveis maldizentes, travestidos de comentaristas políticos que, garganteando perfeccionismo põem a boca a serviço unicamente da censura, da desaprovação, do desmerecimento da desconstrução sobre toda e qualquer ação de governo, ou dos políticos, incluídas as mais comezinhas. Com a ajuda do fermento as mais irrisórias ações governamentais são avultadas e desfiguradas para, assim, legitimar a publicidade estridulante do apocalipse a que tanto se devotam, circunstância que excita os ânimos e o temor nos desavisados.

Outra característica inconfundível desses censores de plantão (que se julgam donos de verdade maior que a dos outros) refere-se ao seu propósito vitalício de consertar o mundo por encontrar-se este arrevesado, fora das suas réguas.

É saudável, é instrutivo ouvir uma análise, uma crítica pedagógica, imparcial, sobre quaisquer temas, ainda que de modo ácido, sem afagos maternais, desde que sustida na plausibilidade, na congruência, tal qual fazem alguns comentaristas esportivos. Porém, escutar as mesmas e perpétuas litanias, brotadas do vezo mórbido de alfinetar por alfinetar, reprochar por reprochar, é cardápio indigesto para quem anda em busca de um repelente contra o tédio. Não existe elocução mais monótona do que a exprobração repetitiva, a falação fastidiosa que pisa e repisa queixas contra a mesma coisa, a mesma pessoa, o mesmo governo. Mas o pior é a compenetração desses contestantes em fazer crer que estão oferecendo, plausivelmente, estudos pormenorizados acerca dos instantâneos governamentais quando, na verdade, não fazem senão exteriorizar sentimentos, flagrantemente repassados de rancor, que atestam suas posições antípodas em relação ao governo, aos políticos.

Os ouvidores, salvantes os acometidos de alguma demência ou desorganização psíquica, não são tão sáfaros ou tão apedeutas, como possam aparentar, que não saibam discriminar o tinto do destinto, a análise política judiciosa da increpação; manifestamente oponível.

ARISTEU BEZERRA - CULTURA POPULAR

O SANTO CASAMENTEIRO

Batizado de Fernando Bulhões, Santo Antônio era um frade franciscano, nascido em 1195, em Portugal, mas viveu a maior parte de sua vida em Pádua, na Itália. Apesar de não ter em seus sermões nada específico sobre casamento, Santo Antônio ficou conhecido como o santo casamenteiro por conta da ajuda que dava a moças humildes a fim de conseguirem um dote e um enxoval para o casamento. Ele é uma figura histórica que superou várias adversidades para encontrar sua vocação. Dedicou a vida na busca incessante pela paz e pelo amor entre os seres humanos, inspirando assim milhões de devotos em todo o planeta.

No Brasil, Santo Antônio, o milagreiro, protetor dos pobres e das causas perdidas é geralmente invocado para auxiliar moças com a finalidade de encontrar maridos. É necessário um ritual a fim de agilizar o pedido que consiste em colocar sua imagem de cabeça para baixo ou tirar do seu braço o menino Jesus. Quando o pedido é atendido, o santo volta à posição normal, ou recebe de volta a imagem do menino que lhe foi tirada.

Luís da Câmara Cascudo, um dos mais respeitados pesquisadores do folclore e da etnografia no Brasil, no seu Dicionário do Folclore Brasileiro, ajuda às mulheres que desejem chegar mais rápido ao matrimônio com a descrição da reza do dia 13 de junho, dia de Santo Antônio:

“Meu Santo Antônio querido
Eu vos peço, por quem sois:
Dai-me o primeiro marido,
Que o outro eu arranjo depois.”

MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

O QUE FALTA?

Não existem cassinos no Brasil porque o brasileiro não tem maturidade para isso.

Não podemos descriminalizar a maconha porque o brasileiro não tem maturidade para isso.

O governo precisa regulamentar a quantidade de sal, de açúcar, de gordura e de calorias na comida porque o brasileiro não tem maturidade para isso.

Precisamos de uma lei que diga o que pode e o que não pode passar na TV porque o brasileiro não tem maturidade para decidir isso sozinho.

Não podemos permitir que cada brasileiro poupe para bancar sua própria aposentadoria: não temos maturidade para isso.

O governo precisa dizer se bagagem no avião é paga em separado ou é embutida no preço porque o brasileiro não tem maturidade para isso.

Precisamos aumentar a quantidade de radares e de lombadas porque o brasileiro não tem maturidade para dirigir veículos.

Precisamos do estatuto do desarmamento porque o brasileiro não tem maturidade para ter uma arma.

O governo não pode deixar de cobrar multa para quem não usa cadeirinha porque o brasileiro não tem maturidade para cuidar de seus próprios filhos.

O que falta para cancelar a maioridade deste povo sem maturidade?

O que falta para declarar de uma vez por todas que todo brasileiro é “de menor”, e pedir para algum país adulto tomar conta de nós?

XICO COM X, BIZERRA COM I

CÃES E SONHOS

Joviais senhoras, jovens senhoritas e alguns mancebos, quase sempre malhados, desfilam nas calçadas alheias, com seus cãezinhos, nem sempre cãezinhos. Alguns mais lembram ferozes leões acorrentados ao pescoço e puxados por suas donas e donos, domadores cuidadosos. Meu último cão foi Tupã, quando ainda garoto. Morava e passeava solto no quintal de minha casa. Gosto de cães, mas não mais os tenho e, por isso, com eles não passeio. Prefiro passear com meus sonhos e desejos: melhor companhia não há. Nos ajudam a encarar a vida e os percalços, quando seguram nossas mãos e nos desviam da crua realidade. Outras vezes nos fazem adormecer com a esperança refeita de um dia melhor no dia seguinte. Dobram as esquinas, mudam de calçada, ao pressentir perigo e nos embala, às vezes com carinho, outras, com sofreguidão, antes de nos abandonar até o próximo encontro, até o próximo sonho, até que o desejo se encante. Além do que, não precisam de coleiras, podem conosco subir e descer pelo elevador social. E com a grande vantagem de que não fazem cocô nas ruas.

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PENINHA - DICA MUSICAL