DEU NO JORNAL

DEU NO X

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

ÚLTIMO ADEUS – Raymundo Asfóra

Tenho bem viva, na lembrança, aquela
tarde estival do derradeiro adeus,
o sol poente, com frágil vela,
cedia à noite as amplidões dos céus.

Pálida e triste, mas de face bela,
tendo o crepúsculo nos olhares seus,
por entre as brumas da distância, ela,
partiu saudosa entre um saudoso adeus.

E, a relembrá-la, estou no meu caminho,
arquitetando, em sonho, o nosso ninho
na frondosa palmeira da ilusão.

Mas ela, ingrata, não voltou mais nunca…
E o pesadelo que o meu sonho trunca,
É atroz ironia da desilusão.

Raimundo Yasbeck Asfora, Fortaleza-CE, (1930-1987)

DEU NO JORNAL

BOLÍVIA: GOLPE OU JOGADA ENSAIADA?

Daniel Lopez

O presidente da Bolívia, Luis Arce, cumprimenta apoiadores com o vice-presidente, David Choquehuanca, na Plaza Murillo

O presidente da Bolívia, Luis Arce, cumprimenta apoiadores com o vice-presidente, David Choquehuanca, na Plaza Murillo

Nesta quarta-feira (26), o noticiário ficou impregnado com a informação sobre uma tentativa frustrada de golpe na Bolívia. O evento, porém, chamou a atenção do observador mais atento por aspectos exóticos que envolveram o ocorrido. Em primeiro lugar, o líder da rebelião, o general Juan José Zúñiga, seguiu até a sede do governo e, para a surpresa de todos, parou para conversar com o presidente do país, que ordenou a retirada das tropas, mas não foi atendido.

Todos imaginavam que, neste momento, o general prenderia o chefe do Executivo da Bolívia e tomaria o poder por meio de um golpe de Estado. Mas não foi isso que aconteceu. O presidente foi tranquilamente para a internet gravar um vídeo conclamando o povo a sair às ruas em sua defesa. E assim aconteceu. Então, o presidente anunciou uma nova equipe do exército, que ordenou que as tropas voltassem para casa.

Muitos analistas estranharam o evento, afirmando que parecia se tratar de uma espécie de “jogada ensaiada”, com o objetivo de aumentar a popularidade do presidente e angariar poderes excepcionais para fortalecer-se no poder contra os “rebeldes”. No final do dia, este cenário foi ficando mais estranho. As tropas rebeldes foram se desmobilizando e o general que liderou o movimento foi preso. Mas, antes de ser detido, o militar deu uma declaração estranhíssima, na presença do presidente. Utilizando, inclusive, palavras de baixo calão, o general afirmou que, no último domingo, reuniu-se com o presidente Luís Arce, na escola La Salle, que lhe teria dito: “A situação está f*dida (…) é necessário preparar algo para levantar a minha popularidade”. O general seguiu afirmando que teria recebido autorização do próprio presidente para levar blindados às ruas. Tudo muito estranho. O vídeo dessa declaração pode ser assistido aqui.

Não sabemos se o que o general disse realmente aconteceu. O estranho é que o presidente não contestou as declarações, que foram ditas em sua presença. O jornalista Leonardo Coutinho fez uma análise muito interessante em sua conta no X sobre essas estranhezas. Ele escreveu: “Minha leitura é que muito possivelmente se trata de uma jogada ensaiada de Luís Alberto Arce. A Bolívia está quebrada e à beira de uma crise de grande magnitude. Um golpezinho de fachada dará a Arce pretexto para sobreviver, radicalizar e muitas coisas mais”. Em seguida, quando o movimento se mostrou fracassado, Coutinho complementou: “Pronto. O golpe de fachada acabou. O que verdadeiramente importa está por vir. Luís Alberto Arce conseguiu um bom argumento para suas medidas em um país que está falido e prestes a explodir. Minha próxima aposta. Ele vai criar mecanismos ‘antigolpe’ para proteger seu ‘governo’ de uma rebelião popular iminente”.

Outro pano de fundo que torna o evento ainda mais estranho é o enorme interesse que China e Rússia têm mostrado recentemente nas reservas bolivianas de lítio. Desde o início do ano passado, temos lido matérias como: “Plano de industrialização do lítio boliviano é retomado em parceria com China. Bolívia faz acordo com consórcio chinês para aumentar produção de lítio e fabricar baterias elétricas”; “China se une à Rússia e amplia acesso à matéria-prima de baterias na Bolívia. Em um golpe para os EUA, país andino aprofunda parceria na exploração de lítio com Pequim”; “Bolívia assina acordo com consórcio chinês para extração direta de lítio no Salar de Uyuni. O acordo prevê a exploração de até 2.500 toneladas de carbonato de lítio por ano, em um processo de duas fases que terá início com uma planta piloto”; “De olho no principal mineral para baterias, China e Rússia se aproximam da Bolívia. China afirma que está disposta a elevar parceria estratégica com Bolívia a um novo patamar”.

Parece que há interesses poderosos em jogo na Bolívia. Resta saber se um eventual retorno de Donald Trump levaria os EUA a brigar para impedir que China e Rússia consolidem seu controle sobre o lítio boliviano. O tempo dirá.

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

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DECLARAÇÕES

A cada dia, meticulosamente, o presidente da República cuida de fazer declaração ou vazar ameaça que derruba a bolsa, afugenta investidores e faz o dólar explodir, piorando a situação da economia brasileira.

* * *

Diz a nota aí de cima que o Ladrão Descondenado faz declarações meticulosamente.

Na verdade, ele faz declarações bostiferosamente, irresponsavelmente, petisticamente.

Uma a cada minuto.

COMENTÁRIO DO LEITOR

DENGUE

Comentário sobre a postagem HÉBER – JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE

João Francisco:

Quatro mil mortes está sendo muito subnotificado.

Se alguém que me lê já pegou dengue como eu, sabe que os sintomas são terríveis.

É uma semana sem sair da cama, tudo dói.

Pensa quantas pessoas morreram sem saber que estavam com a doença?

Eu não peguei uma vez só, da segunda vez em diante, já nem ia na UPA, pois a fila era imensa e no máximo davam um soro na veia e mais nada.

Então era melhor ficar em casa e se hidratar muito e esperar.

DEU NO JORNAL

VAMOS PARAR DE LOROTA EM RELAÇÃO À DESCRIMINALIZAÇÃO DA POSSE DE MACONHA

Leandro Ruschel

Com a liberação da posse de maconha, foi dado mais um passo em direção à liberação total das drogas, seguindo o projeto globalista de desestruturação da sociedade, bancada por tipos como George Soros.

Não tem nada a ver com a proteção dos ‘inocentes’ usuários de maconha, mas sim com um forte incentivo ao consumo.

É certo que a diminuição dos riscos do uso aumentará a demanda, favorecendo o tráfico, que também utilizará os atuais limites de posse para escapar de punições.

Diferentemente do que é dito por aí, a maconha é uma droga muito perigosa, especialmente para os mais jovens, e funciona como uma porta de entrada para outros entorpecentes mais potentes.

Esse caminho da legalização já foi trilhado em muitas cidades e estados dos EUA, e os resultados catastróficos estão aí, com mais de cem mil mortes por overdose ao ano e a criação de um exército de zumbis nas ruas de São Francisco, Filadélfia, Baltimore e Seattle, que observam um crescimento exponencial da criminalidade.

Recentemente, o estado do Oregon mudou de curso e recriminalizou o uso de drogas mais pesadas, que haviam sido liberadas, após uma explosão de overdoses e crimes.

O que está acontecendo no Brasil é a aceleração do projeto extremista da esquerda: liberação do aborto e das drogas, desencarceramento em massa e imposição da ideologia de gênero, rasgando profundamente o tecido social.