Extremistas de direita comemorando o fim da democracia na França. Lembrando que lá não tem urna eletrônica, ou seja, as eleições não são 100% seguras. pic.twitter.com/3orKT0lPaX
— Joaquin Teixeira (@JoaquinTeixeira) June 9, 2024
Ai, há quantos anos que eu parti chorando Deste meu saudoso, carinhoso lar!… Foi há vinte?…há trinta? Nem eu sei já quando!… Minha velha ama, que me estás fitando, Canta-me cantigas para eu me lembrar!…
Dei a volta ao mundo, dei a volta à Vida… Só achei enganos, decepções, pesar… Oh! a ingénua alma tão desiludida!… Minha velha ama, com a voz dorida, Canta-me cantigas de me adormentar!…
Trago d’amargura o coração desfeito… Vê que fundas mágoas no embaciado olhar! Nunca eu saíra do meu ninho estreito!… Minha velha ama que me deste o peito, Canta-me cantigas para me embalar!…
Pôs-me Deus outrora no frouxel do ninho Pedrarias d’astros, gemas de luar… Tudo me roubaram, vê, pelo caminho!… Minha velha ama, sou um pobrezinho… Canta-me cantigas de fazer chorar!
Como antigamente, no regaço amado, (Venho morto, morto!…) deixa-me deitar! Ai, o teu menino como está mudado! Minha velha ama, como está mudado! Canta-lhe cantigas de dormir, sonhar!…
Cante-me cantigas, manso, muito manso… Tristes, muito tristes, como à noite o mar… Canta-me cantigas para ver se alcanço Que a minh’alma durma, tenha paz, descanso, Quando a Morte, em breve, ma vier buscar!…
Abílio Manuel Guerra Junqueiro, Portugal, (1850-1923)
“Para surpresa de zero pessoas”, diz Fabio Wajngarten, ex-ministro de Jair Bolsonaro, sobre a revelação de que o maior vencedor do suspeitíssimo leilão do arroz é um empresário que já confessou propina.
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Propinista confesso vencer licitação nesse gunverno luleiro não é motivo pra espanto.
Passei toda a infância e adolescência sem Wi-Fi, Facebook e Netflix. Não me fizeram falta. Twitter, sequer tinha notícias do que se tratava, tampouco esse tal de Youtube. E cheguei à idade que hoje tenho, sem traumas, complexos e, mais importante, feliz da vida. Talvez porque tinha (e tenho) amigos de verdade e não virtuais, filhos e netos que moram muito próximos para valorizarmos a relação familiar, independentemente do Instagram. Não tenho do que reclamar. Criança, ligava pra minha avó, de um orelhão da esquina de minha casa. Isso quando tinha fichas. À época, tecnologia de ponta. Logo depois, instalaram uma linha telefônica em minha casa e eu passei a fazer uso daquele aparelho preto e grande que ficava sobre a mesinha. Era bom. Não tenho mais avó e não mais existem os orelhões. Nem os ‘monstrengos’ pretos que ficavam sobre a mesinha. Hoje minha paciência está indisponível, fora de área de cobertura. É muita ‘modernagem’ para meu HD incapaz. Melhor quando eu era menino. Depois da escola, fazíamos o dever de casa – que hoje chamam de tarefa, e depois saíamos para brincar. Costumávamos criar nossos próprios brinquedos e brincar com eles. Jogar bola de meia com amigos reais era muito mais divertido que jogar os joguinhos que os meninos jogam com amigos virtuais da internet. Vou parar por aqui. Preciso mandar uns WattSapp para amigos, escrever uma croniqueta no meu Laptop, comprar uma bateria nova para o meu Smartphone e dar uma passadinha no Facebook. Volto semana que vem. Qualquer coisa, mandem MSG.