A obsessão do governo petista de Lula e do seu ministro da Fazenda de inventar novos impostos e aumentar os existentes fez pegar fogo nas redes sociais o meme “Rombo: programado para taxar”.
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Essa aí deu ontem aqui no JBF.
Vamos repetir:
Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.
Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.
Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas…
Talvez um dia entenda o teu mistério…
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!
Florbela Espanca, Portugal (1894-1930)
Leandro Ruschel
Em 2003, Liana Friedenbach, de 16 anos, foi estuprada por dias, torturada e assassinada, junto com seu namorado, Flipe Caffé (19).
Um dos estupradores foi o Paulo César da Silva Marques, conhecido como “Champinha”, que à época tinha 16 anos.
O crime brutal levou a uma campanha pela diminuição da maioridade penal para 16 anos, capitaneada pelo então deputado Jair Bolsonaro. A esquerda foi contra, impedindo a implementação da medida.
Infelizmente, não é um caso isolado.
A esquerda promove, de forma sistemática, a flexibilização do sistema criminal, como leis mais brandas, e a promoção da liberdade para criminosos.
Uma das medidas apoiadas com unhas e dentes pela esquerda é a “saidinha” de presos, que foi encerrada pelo Congresso, derrubando um veto de Lula. Mesmo assim, há agora uma operação para reverter a medida no Supremo.
Mas não é só isso.
A esquerda luta pelo direito de homens frequentarem banheiros femininos, e cumprirem penas em prisões de mulheres, facilitando o cometimento de abusos, como tem acontecido em alguns estados americanos, onde a medida foi implementada.
Quando foi proposta a castração química compulsória de estupradores, novamente a esquerda foi contra.
Recentemente, o Ministério da Saúde de Lula suspendeu uma portaria que obrigava médicos a comunicarem a polícia em caso de pedido de aborto por estupro. A mesma portaria exigia a coleta de material que poderia ser usado pelas autoridades para condenar agressores.
Alguém poderia me explicar como a esquerda protege as mulheres?
Não sei se com esta opinião irão me classificar como gado, bolsominion, extremista, terrorista ou se corro risco de ver a PF batendo na minha porta por ordem de Alexandre de Morais, mas na última quinta-feira dei uma entrevista na rádio Metropolitana de Caruaru para falar sobre a taxa de compras de US$ 50,00, que são enquadradas no Programa Remessa Conforme. A proposta ficou conhecida como “taxa das blusinhas” e, como é do conhecimento de todos, a proposta foi aprovada pelo Congresso e aí a gente começa a pensar em algumas coisas.
Primeiro, as importações da remessa conforme importavam em algo da ordem de 0,5% das importações nacionais e o valor de compra, R$ 270,00, considerando o dólar em R$ 5,40, é irrisório para uma taxa tão alta. Portanto, se você fizer uma compra de R$ 270,00, seu custo final será R$ 369,90, quase R$ 100,00 a mais. Vamos insistir: o volume de compras nesse limite é significativo para uma taxa tão alta? Quem compra produtos importados até US$ 50,00 está em que faixa de renda? Talvez, o governo queira ganhar em escala, ou seja, aquela situação na qual o preço do produto não é tão alto, mas o volume de vendas, sim.
A taxação de um produto tem diversos objetivos. Quando você taxa uma empresa que lança detritos num rio, então existe uma política pública envolvida. A taxação sobre a comercialização de cigarros, por exemplo, tem um importante efeito na redução dos custos com recursos públicos na área de saúde. A taxa tem, também, a finalidade de proteger o mercado interno. Natural: se uma pessoa vai ter um custo de R$ 369,90 por um produto que custa R$ 270,00, é mais barato compra aqui que não precisa pagar os 20%. Lógico.
Vamos para a terceira pergunta: o governo fez isso no sentido de proteger a indústria local? Não. Isso é efeito indireto e não garante que haverá aumento de vendas internas por isso. Na verdade, o governo lembra muito uma marchinha dos antigos carnavais que dizia: “ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí”. O que existe é uma sanha arrecadatória para cobrir rombos criados pelo próprio governo. Estou errado? Vejamos.
Medida Provisória 1227/2024 foi devolvida pelo senado com a argumentação de que, por ser tributária, deveria observar o período de 90 dias para entrar em vigência. Questão técnica, bem observada. No entanto, qual o propósito dessa “pobre menina”? Acabar a compensação do PIS/CONFINS que as empresas usam para honrar outros tributos.
Vamos fazer uma analogia: todo mês você recebe seu salário descontado do Imposto de Renda. No ano seguinte, entre abril e maio, salvo exceções, você faz os ajustes da declaração de renda anual, ou seja, você vai dizer, quanto ganhou no ano, incluindo férias e 13º salário, quanto pagou de impostos e com base nas despesas realizadas, prevista na lei, o sistema da receita federal calcula quanto, de fato, você deveria pagar de impostos e aí faz um encontro de contas: se o que foi debitado mensalmente do seu salário for inferior a este cálculo, você tem imposto a pagar, caso contrário você tem imposto a ser restituído.
De forma simples, o propósito da MP 1227/2024, fazendo uma analogia, era SIMPLESMENTE não devolver o excesso de imposto que você pagou. Agora, veja o seguinte: o ICMS como um imposto estadual, tem lá as suas diferenças. Por exemplo, em Pernambuco o ICMS é 17%, em São Paulo é 12%, entre as compras realizadas entre esses dois estados, gerava um crédito de ICMS. No caso do PIS/COFINS é análogo: as empresas pagam esse imposto sobre faturamento e aí quando se consideram descontos, devoluções, etc. acaba-se gerando um saldo que pode ser usado para quitar os impostos da mesma esfera. Cabe lembrar que isso deve ficar mais complicado que esse novo regime fiscal proposto.
Vamos avançar: no fim de maio, o governo declarou que iria taxar a previdência privada no caso de herança, ou seja, se o titular do benefício morrer, os herdeiros do título pagariam impostos. Diante da reação, o governo voltou atrás. Então, se a gente for olhar as ações que são impetradas pelo governo, vai ver que o objetivo é aumentar a receita. Só isso, mas depois de 18 meses, o ministro da fazenda – que só conhece economia porque estudou dois meses para passar no teste da ANPEC – e a ministra do planejamento – que dizia que o presidente era corrupto – declararam que o governo vai avançar na política de contenção de gastos. Seja sensato, imparcial, honesto com sua consciência e diga se você acredita nisso.
Falou-se em cortar gastos e o presidente já disse que “gastos sociais” não serão cortados e eu fiquei sem entender como foi que cortaram gastos do programa Farmácia Popular que dava remédio de graça e os preços desses remédios era como uma “blusinha” no programa remessa conforme. Pergunte-se: um governo 38 ministérios, com ministros envolvidos em corrupção como ministro JUCESLINO CU DE CHEQUE – que não foi demitido, mas foi defendido publicamente pelo chefe – com escândalo na tal licitação para importar arroz, não cortar gastos desnecessários… o governo contingenciou R$ 5 bilhões de reais de educação – as universidades federais estão em greve a 72 dias – cortou gastos da saúde, cortou gastos da Farmácia Popular. Acrescente-se: o orçamento de algumas universidades só chega até setembro, próximo.
Agora, Pare, Pense e Olhe: se o governo quer proteger a indústria doméstica taxando compras de produtos importados de até US$ 50,00, POR QUE VAI IMPORTAR ARROZ? Esse governo tem capacidade de implantar controle de custos? Vejam que uma diária no hotel onde o casal se hospedou, na Itália, custou R$ 71 mil aos cofres públicos.
Esperem chegar janeiro/2025 e vejam o tamanho da merda que vai ser quando Roberto Campos Neto sair do Banco Central. A dívida pública atingiu 76% do PIB. Imagina você ganhar R$ 1.000,00 e dever R$ 760,00. Vai fazer o que para se sustentar no mês seguinte? O governo faz assim: toma dinheiro emprestado, aumenta impostos etc. mas, se recusa a reduzir os seus gastos. Depois, seus partidários se queixam porque a taxa de juros está alta e ainda aparece uma Miriam Leitão da vida para dizer que a inflação tá caindo (em maio foi 0,46%, maior do que em abril, 0,38%) e no acumulado de 5 meses temos 2,72% o que projeta uma inflação anual de 6,65% quando a meta do governo é 3%.
Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, evita abraço de Lula pic.twitter.com/ZaExITZh3v
— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) June 15, 2024
Confesso sem qualquer porém: não nutro simpatia alguma pelos fanáticos, sejam eles fundamentalistas religiosos, esportivos, políticos e ideológicos, entre outros. E ainda defino como tal um tipo camuflado de fanatismo; o dos moralistas.
A minha antipatia se manifesta primeiramente diante dos fanatismos jumentálicos, aqueles que se explicitam despidos de argumentos racionais mínimos, sem os quais não se principia um diálogo consequente, ainda que jamais convergente.
Ratifico o pensar da vovó Neuza, 82 primaveras tinindo de muita pensação: “perdi completamente o pouco preconceito que porventura tinha. Preto, branco, amarelo, rico, pobre, famoso, desconhecido, todas os gêneros, são todos iguais. Só não tolero burrice e ignorância. Perco logo um pouco da minha paciência”.
Há, no campo religioso, um transtorno mental denominado “síndrome de Jerusalém”: pessoas que, visitando a Cidade Santa, de repente se inflamam, pondo fogo em mesquitas, igrejas e sinagogas. Ou, se comportando de uma outra maneira, tirando as roupas, subindo num elevado qualquer e começando a profetizar para três ou quatro apenas curiosos. E os pronunciamentos são os mais diferenciados, indo de política, poluição, fim próximo do mundo, nudismo, bem e mal, sexo, homofobias, meio ambiente e excesso de silicone nos peitos e nas bundas.
Acredito que somente os moderados de cada tipo de sociedade poderão estancar as fúrias dos fanáticos, desde que o debate seja explicitado efetivamente através de manifestações racionalmente constituídas de esperança na efetivação das soluções para os principais problemas apresentados. Restaurando alegrias, fascinações, entusiasmos e os “desmedos” (não-medos) indispensáveis.
Um estudioso de fanatismo, Amós Oz, judeu militante do Movimento Paz Agora, diz que “o fanatismo está em todos os lugares, e suas formas mais silenciosas, mais civilizadas, estão presentes em nosso entorno”. E enfatiza: “a semente do fanatismo sempre brota ao se adotar uma atitude de superioridade moral”.
Qual a melhor arma para se combater o fanatismo? O senso de humor é a indicação eleita em todos os quadrantes, psiquiátricos, psicológicos e comportamentais. E a prova é cabal: nunca se viu um fanático com senso de humor, a recíproca também sendo muito verdadeira, nunca se viu uma pessoa dotada de senso de humor tornar-se fanática. Resultado: quem tiver senso de humor fica como que imune ao fanatismo. É sempre bom reparar o comportamento de uma pessoa fanática, civil, militar, política ou religiosa, diante de uma outra muito bem humorada, que sabe contar uma boa história, algumas até bem apimentadas, sem resvalar para mediocridades: geralmente olhando de soslaio, de cara meio amuada, externando risinhos mínimos para não ser identificado como um que não compreendeu devidamente o “espírito da coisa”. E geralmente não tolera que o bem-humorado esteja no centro das atenções, quando ele deveria ter para ele todos os holofotes, dada sua superioridade auto classificada.
Tenho um amigo-irmão que me relembra, vez em quando, como sua avó querida explicava aos netos a diferença entre judeu e cristão. Dizia ela: “Vejam só: os cristãos acreditam que o Messias já esteve aqui e que certamente voltará algum dia. Os judeus sustentam que o Messias ainda está por vir. Já houve tanta raiva, perseguição, derramamento de sangue, ódio a respeito disso. Por quê? Por que as pessoas não podem simplesmente esperar e ver? Se o Messias vier e disser “oi, é bom revê-los”, os judeus vão ter que reconhecer seu engano. Se, de outro modo, o Messias chegar dizendo “muito prazer, é um prazer conhecê-los”, todo o mundo cristão terá que pedir desculpas aos irmãos judeus. Entre o dia de hoje e aquele momento futuro, apenas vivam e deixem viver”.
Não se deve ser pacifista sob motes sentimentalóides, muitos delas camuflando covardias e frouxidões. Acredito que toda guerra é trágica, embora considere que o pior de tudo é a agressão planejada entre povos vizinhos.
E o poeta Robert Froes estava recheado de razão: “Uma boa cerca faz bons vizinhos”.
PS. Sou contra aborto, salvo as exceções previstas em lei. Mas a atual PL deve ser amplamente discutida, sem açodamentos nem preconceitos. Muito infeliz a posição de apoio da CNBB à atual PL.