RODRIGO CONSTANTINO

VENTOS DE MUDANÇA

O retorno do ex-presidente republicano Donald Trump à Casa Branca acontece em janeiro

O retorno do ex-presidente republicano Donald Trump à Casa Branca acontece em janeiro

Quanto mais analisamos os resultados eleitorais nos Estados Unidos que levaram à vitória de Donald Trump, mais clara fica a onda vermelha que tomou conta do país. Mesmo em locais bastante democratas, Trump conseguiu reduzir muito a margem. Estamos falando de New Jersey, do democrata Bon Jovi, ou mesmo da Califórnia, capital nacional da ideologia woke.

O fenômeno é evidente demais para ser ignorado. A vitória de Trump mostra que ele seduziu os latinos, que estão divididos e quase metade votou no republicano. Em condados próximos das fronteiras, como no Texas, Trump levou larga vantagem. A Flórida, estado de imigrantes, consolidou-se como republicana. O recado veio em alto e bom som.

A América deu autorização em peso para a agenda do MAGA, o movimento trumpista que pretende reforçar o controle nas fronteiras, combater a criminalidade com mais vigor, reduzir a burocracia estatal e resgatar o orgulho nacional, liderando pela força o mundo ocidental.

Diante desta emblemática e acachapante vitória de Trump, apesar de todo o massacre midiático sofrido, há duas reações possíveis do lado democrata: dobrar a aposta em negação da realidade, ou fazer um doloroso mea culpa. Estamos vendo exemplos dos dois lados.

Há esquerdistas desolados falando em era de fascismo, como AOC e o Jimmy Kimmel. Mas há quem reconheça a perda de contato com o trabalhador comum e do bom senso, como a estrategista Julie Roginsky e o socialista Bernie Sanders. O Partido Democrata, dominado pela histeria ambiental, a pauta identitária e a ideologia de gênero, perdeu o elo com o cidadão normal, que não quer saber de nada disso.

A imprensa manipuladora e militante foi a grande derrotada nesta eleição. O Partido Republicano, dominado pelo movimento de Trump, tem agora a faca e o queijo na mão para implementar uma grande agenda de mudança. O simples fato de vencer um linha dura como Trump já fez alguns inimigos do Ocidente falarem mais manso: é a dissuasão pela força.

Vem aí um árduo trabalho de limpar a burocracia corrupta que controla a máquina estatal, drenar o pântano de Washington, declarar guerra ao Deep State. Trump já deixou claro que este será seu legado, e ele não está de brincadeira. E tem um legítimo mandato popular para seguir com essa agenda, focada nas questões realmente relevantes para o cidadão comum. Trump tem tudo para ser um novo Reagan. Os ventos de mudança batem forte na América…

PENINHA - DICA MUSICAL

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DEU NO X

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

PEDRO MALTA - REPENTES, MOTES E GLOSAS

UM MOTE BEM GLOSADO E UM CORDEL DE ABC

Adalberto Pereira glosando o mote:

Acordei para ver a madrugada
Abraçar com carinho o novo dia.

Fui dormir com meu coração contente
Por um dia cheio de felicidade;
Sem rancor, sem angústia e sem maldade,
Consegui ter um sono diferente,
Esquecendo as tristezas que na gente
Faz morada pra tirar nossa alegria.
Tive um sonho parecendo fantasia.
Pra fugir dessa noite agitada,
Acordei para ver a madrugada
Receber com carinho o novo dia.

No jardim, vi os belos beija-flores
Misturados com ousados bem-te-vis;
Bons exemplos de uma vida mais feliz.
Passarinhos misturando suas cores;
Para eles não existem dissabores.
Seus cantares nos transmitem alegria
Em perfeitas e sonoras melodias.
Num sussurro sutil da minha amada,
Acordei para ver a madrugada
Receber com carinho o novo dia.

A cidade trabalhava normalmente,
Pra buscar o progresso desejado.
Na floresta, o barulho do machado,
Maltratava nossa mata inocente.
Quem espera um futuro mais decente,
Com certeza não terá tanta alegria.
Maltratar inocente é covardia
Dessa gente de moral atrofiada.
Acordei para ver a madrugada
Receber com carinho o novo dia.

As estrelas enfeitavam o infinito
E a lua se escondia no horizonte;
A manhã com seu jeito elegante
Alegrava cada coração aflito.
Tudo isso vem de Deus e é bonito
Mais parece uma orquestra em harmonia,
Deleitando com sonora melodia
Os ouvidos da plateia apaixonada.
Acordei para ver a madrugada
Receber com carinho o novo dia.

Anoitece e um sonoro violão
Acompanha o cantar do seresteiro,
A donzela abandona o travesseiro
Pra fugir da terrível solidão.
Da janela sob a luz do lampião
Ela sente o sabor da melodia;
E naquele sentimento de alegria
Não esconde que está apaixonada.
Acordei para ver a madrugada
Receber com carinho o novo dia.

Contemplando a beleza do oceano
Vi as ondas com seu barulho feroz.
Eu achei que aquela era a voz
Vinda de um animal serrano.
Descobri como Deus é soberano
E perfeita a sua sabedoria.
A beleza do infinito eu sentia,
Quando a face pelo vento era tocada.
Acordei para ver a madrugada
Receber com carinho o novo dia.

Sorridente deixei meu leito quente
Pra sentir o sabor da natureza.
No jardim descobri toda beleza
Pra mudar o vazio que há na gente.
É aí que o nosso corpo sente
O valor de estar em alegria.
Mas é bom ter em nossa companhia
A presença de uma pessoa amada.
Acordei para ver a madrugada
Receber com carinho o novo dia.

* * *

ABC DO CASAMENTO – Antonio Sena Alencar

A – Amor é um sentimento
Que nasce no coração
E quando um casal o tem
Com firmeza e devoção
Não existe falsidade
Que fira a fidelidade
De sua doce união.

B – Bela e bacana é a vida
De um casal que se ama,
Porque em qualquer evento
Nenhum do outro reclama;
E de maneira geral
Na vivência conjugal
Não há lugar para trama.

C – Casamento eclesiástico
Ou civil é cerimônia
Que deve ser respeitada
Por qualquer pessoa idônea,
Mas no foro conjugal
O que mais pesa afinal
É um casal de vergonha.

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ALEXANDRE GARCIA

ESQUERDA USA FAKE NEWS PARA CRITICAR A ALTA NOS JUROS

Banco Central aumentou juros para 11,25% ao ano

Copom elevou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual na reunião de novembro

Político tem mania de achar que todo mundo é burro, ingênuo. Hoje todos se informam pelo celular, ficam sabendo de tudo. Não existe mais aquele monopólio da informação. Antes, o político tinha certeza de que o povo só estava recebendo determinada informação. Agora as pessoas recebem todas as informações, inclusive alguns absurdos, algumas idiotices. Recebe também mentiras, dessas que dão raiva, que sabemos ser mentira – mas quem sabe que é mentira não vai curtir nem compartilhar. Vejam essa: “o Banco Central é o carrasco do povo que está devendo, porque aumentou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros”. Como se isso fosse onerar o pobre. Não, é para evitar o ônus da inflação, que é muito pior. A inflação, sim, cobra do pobre, daquele que não tem dinheiro aplicado.

Nesta quinta um gerente de banco me ligou: “vamos aproveitar que está aumentando o juro e você pode ganhar mais”. Ganha mais em quê? Livrando-se da inflação! Quem tem dinheiro aplicado não paga a inflação, ganha com ela. Quem não tem dinheiro aplicado é que vai sofrer com a inflação. A inflação é um imposto que se cobra do pobre, um imposto sobre os gastos excessivos do governo. O governo está anunciando que vai cortar gastos, mas de que jeito? Depois de ter anunciado com triunfalismo que ia praticamente duplicar o número de ministérios sem criar gastos? Como assim, que milagre é esse?

O Banco Central tem o dever de preservar a moeda e o crédito para evitar que as pessoas percam com a moeda que está no bolso, e para que haja crédito suficiente para bancar o crescimento. Eu lembro de Delfim Netto, que era tratado como guru da economia e dizia que dívida não é para ser paga, é para ser enrolada. Que péssimo exemplo! Imaginem se todos pensassem assim; o que aconteceria com a economia? Acabaria, porque o crédito está baseado na confiança, que só se tem com pagamento.

* * *

Temos de dar um desconto para quem está surtado com a vitória de Trump 

Quarta-feira foi dia de passar recibo. Não foi apenas o choro das pessoas desesperadas com o resultado nos Estados Unidos, que se comportaram como criança mimada que é contrariada e se joga no chão, bate a cabeça, bate o pé, joga tudo longe. Muita gente fez isso. Mas houve também quem perdeu na eleição municipal aqui e, depois, perdeu na eleição lá. Não houve nem sequer o mecanismo da compensação. Então, estão compensando por outras coisas. Temos de dar um desconto para as agressões, para os exibicionismos que não sabemos de onde vem. Já disseram até que “o nosso presidente é mais bonito que o Milei”. Eu sei que fica ridículo, mas temos de dar um desconto porque a pessoa está descarregando ali a sua frustração.

* * *

Com Trump no poder, vamos finalmente saber tudo sobre as vacinas que nos empurraram? 

Nos Estados Unidos, agora, o bilionário que está no topo, praticamente companheiro do presidente na Casa Branca, é o Elon Musk. Outro bilionário que está embaixo, bem quietinho, é o Bill Gates. Trump escreveu na internet que Gates precisa ser processado pela campanha que ele fez pela vacina, porque agora estão aparecendo as consequências. A discussão sobre a saúde nos Estados Unidos se tornou muito importante; finalmente vão investigar essas doenças que surgiram nas pessoas, inclusive em crianças, para saber a causa. Estão aparecendo estudos que estavam escondidos. A mídia, uma voz única, parece que combinada, proibiu o contraponto. Teria sido saudável darem espaço para quem afirmava “isso que vocês estão dizendo não é bem assim, é assado”, mas não houve isso: meteram na cabeça das pessoas uma única verdade, e agora estão aparecendo as consequências. O pior é que essas consequências são irrecuperáveis: as mortes.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

RODRIGO CONSTANTINO

SLOGANS X RESULTADOS: A MAIOR VITÓRIA DE TODAS!

Donald Trump, durante comício em Reading, na Pensilvânia, um dos estados decisivos na eleição americana

Donald Trump, durante comício em Reading, na Pensilvânia, um dos estados decisivos na eleição americana

A volta de Donald Trump à Casa Branca já está sendo chamada da maior vitória da história política americana. De fato, o republicano lutou contra tudo e todos, sobreviveu milagrosamente a duas tentativas de assassinato, e enfrentou todo o aparato da mídia e Hollywood, sendo acusado de “nazista” por levianos irresponsáveis. Como Stephen Miller, assessor de Trump, resumiu:

A vitória eleitoral esmagadora alcançada por Trump não é apenas a maior vitória da história política americana, mas também da história moderna da civilização. Nada mais chega perto. Isso é incomparável. Ele derrotou a dinastia Bush, a dinastia Clinton, a dinastia Cheney, a dinastia Obama, a dinastia Biden e toda a máquina corrupta por trás de Kamala Harris. Ele derrotou todos os sinistros promotores marxistas, todas as fraudes vis, todas as caças às bruxas do DOJ, todas as perseguições comunistas, todos os atos ilegais de censura e vigilância, e o sistema de justiça implacavelmente politizado e instrumentalizado. Ele derrotou a mídia corrupta, a classe política, a classe dos doadores, a classe dos especialistas. Ele derrotou não um, mas DOIS indicados democratas e suas primárias fraudulentas. Ele derrotou o corrupto Congresso Democrata. Ele desafiou a própria morte e sobreviveu a múltiplas tentativas de assassinato. Trump fez o impossível repetidas vezes. A MAIOR VITÓRIA JÁ VISTA. Sem comparação.

E como a vitória de Trump aconteceu? Observando a divisão de eleitores por gênero, fica claro que o grande trunfo democrata foram as mulheres solteiras. A campanha de Kamala Harris focou muito na questão do aborto. Fora isso, sobraram apenas slogans vazios, frases de efeito, a demonização do próprio Trump. Já o republicano focou em políticas e seus resultados, fez uma campanha mais estratégica e moderada, e isso fez toda a diferença. David Sacks resumiu bem:

Esta eleição é um lembrete de que, depois de todo o drama fabricado e da retórica exagerada, a política ainda envolve questões concretas. Quer você concorde com ele ou não, Trump conduziu uma campanha substantiva baseada em questões como fronteira, inflação, crime e guerra. Harris baseou-se em “vibes”, endossos de celebridades, xingamentos (“criminoso condenado”, “fascista”), boatos desmascarados (“gente muito boa”) e banalidades (“democracia”). Ela não defenderia o histórico Biden-Harris nem diria o que faria de diferente. Quando ela falava sobre questões específicas, elas eram frequentemente roubadas de Trump (crédito fiscal para crianças; nenhum imposto sobre gorjetas; financiamento fronteiriço). Na única questão em que os Democratas tinham vantagem, o aborto, Trump habilmente avançou na questão ao rejeitar uma proibição nacional e ao remover a linguagem problemática da plataforma do Partido Republicano. Harris desgastou a questão ao mentir descaradamente sobre a posição de Trump e ao exibir o extremismo do seu próprio partido (ninguém precisava ver um caminhão de aborto no DNC).

A escolha do vice foi outro tiro pela culatra na campanha de Harris. Tim Walz é um sujeito esquisitão, com ideias bizarras. Seria uma escolha bem melhor o governador Josh Shapiro, mas ele tem um “defeito” incurável: é judeu. E Harris não queria desagradar sua base radical pró-palestinos (o pior é que a maioria dos judeus ainda votou nela).

Por outro lado, Trump soube construir uma coalizão mais ampla, atrair RFK Jr. com sua bandeira de fazer a América saudável novamente, sempre focando em propostas propositivas, resgatando o otimismo dos americanos. Kamala preferia demonizar seu oponente, tentar atiçar o medo dos eleitores. Mas o americano é um povo otimista por natureza, e isso pesou. Sacks explica:

Os eleitores querem saber como um candidato lhes proporcionará uma vida melhor e, cada vez mais, aprenderam a ignorar o resto como ruído. Embora a mídia tradicional crie desculpas e impugne os motivos dos eleitores para explicar por que Trump venceu, a razão é simples: Trump é o candidato que falou diretamente às preocupações dos eleitores. São os problemas, estúpido.

Pode ter Oprah, Byonce, Taylor Swift e Robert De Niro endossando Kamala e fazendo alarmismo com a possibilidade da vitória de Trump: isso não importa tanto assim. Tirando alguns jovens alienados, algumas mulheres perturbadas e uns homens confusos, o grosso da população quer saber mesmo do seu dia a dia e quem tem melhores condições de aprimorar esse cotidiano. Trump fez sua campanha voltada para essa multidão. E venceu. De lavada!