DEU NO X

DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!

GLOSAS

Mote desta colunista:

Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.

Já cansei de repetir
Essa história que hoje conto
Não aumento nem um ponto
Isso posso garantir
Se você quiser ouvir
A Deus peço muita luz
E nos versos que compus
Repito o que diz Raquel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.

Esse caso aconteceu
Pras bandas do Ceará
Com Raquel que é de lá
E um sujeito conheceu
Do cuscuz dela comeu
E já gritou: Ai Jesus!
Da comida que seduz
Virou um freguês fiel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.

Aqui na minha pensão
Ele vinha todo dia
E demonstrando alegria
Fazia sua refeição
E fez a propagação
Do jeito que lhe propus
Botou foto no capuz
Do seu antigo corcel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.

O negócio foi crescendo
Eu ganhava, ele ganhava
A freguesia aumentava
E a propaganda comendo
Porém eu fui percebendo
E não apenas supus
Com ele já me indispus
Após provar do seu fel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.

Traída covardemente
Eu fui e ele nem negou
Disse que se apaixonou
Por um menu diferente
Arroz com carne presente
Que a cozinheira introduz
A minha raiva eu expus
Diante do seu papel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.

Quem comeu na minha mão
Sabe que sei cozinhar
Pois tenho bom paladar
E sou boa de fogão
Agora preste atenção
No peso da minha cruz
Foi pior do que supus
A minha saga cruel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MARCOS MAIRTON – BRASÍLIA-DF

PASSANDO O DEDO

Caros leitores do Jornal da Besta Fubana, temos um novo clipe no ar.

A música vocês já conhecem.

Acontece que juntamos à nossa interpretação os personagens da história, interpretados pelo ator Rodolfo Cordón, da Companhia de Comédia G7, e a atriz Kelly Costty, do Grupo de Teatro Celeiro das Antas.

O próprio Rodolfo Cordón fez o roteiro. Mariano Jr. do Hertz Studio, que já havia feito a produção musical, entrou com a produção e a direção do clipe.

A mim só resta agradecer a essa turma, que fez da minha canção um verdadeiro curta metragem de comédia.

Espero que vocês gostem.

DEU NO JORNAL

RECLAMAÇÃO QUE NÃO ATINGE O JBF

A safra 2019/20 superou 257,8 milhões de toneladas, recorde histórico, liderada por soja, milho e algodão.

Foram 11 milhões de toneladas a mais que a safra anterior.

* * *

Apenas 11 milhões de toneladas a mais???!!!

Só isso? Apenas isso?

Notícia horrível, notícia péssima.

A safra 2019/2020 poderia ter sido bem melhor que esta, segundo afirmou Gleisi Hoffmann em declaração feita ao Jornal da Besta Fubana.

O culpado por este aumento insignificante e inexpressivo precisa ser encontrado e punido com rigor, acrescentou Lula em telefonema pra Chupicleide, nossa secretária de redação.

Aliás, em falando de Gleisi, reproduzo a seguir postagem que ela fez no Twitter esta semana.

Ela reclamou que não foi dada a merecida divulgação ao mais recente cagatório do seu ídolo, perpetrado por ocasião da celebração do Dia de Independência. 

Muito justa e cabível a reclamação da Amante.

Reclamação que não atinge esta gazeta escrota, pois aqui nós botamos no ar um trecho da bostosidade que o ex-presidiário escreveu no Twitter.

Foi numa publicação feita no último dia 8 e que está reproduzida a seguir, para fecharmos com chave de ouro esta postagem.

Vejam:

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

BOAVENTURA BONFIM – FORTALEZA-CE

Meu caro amigo Berto,

No vídeo abaixo, o grande poeta cearense, Luiz Ademar Lopes Muniz, da Academia de Letras do Brasil – Ceará (ALB-CE), declama uns versos de autoria dele.

Versos nos quais ele refuta a fala equivocada, preconceituosa e generalizada de uma vereadora, de uma cidade gaúcha, contra os nordestinos.

Um forte abraço.

R. Meu estimado leitor, todos sabem que aqui neste espaço aberto e democrático cabem cidadãos e cidadãs de todos os recantos deste país, sem qualquer restrição ou preconceito.

Temos leitores em todos os estados do Brasil, de norte a sul, de leste a oeste.

De maneira que, como Editor, não aprovo, de modo algum, qualquer restrição ou preconceito relativamente à origem, ao lugar de nascença de qualquer brasileiro.

Somos todos irmãos e habitamos o mesmo chão.

Eu mesmo tenho grandes amigos do peito com sotaques totalmente diferentes.

Isto posto, quero dizer que, antes de botar no ar o vídeo que você nos mandou, o de Luiz Ademar Lopes Muniz, vou postar um outro vídeo, contendo o pronunciamento da vereadora gaúcha que motivou a resposta daquele poeta cearense.

Um pronunciamento feito há mais de três anos, em maio de 2017, pela vereadora Eleonora Broilo, da cidade de Farroupilhas, do Rio Grande do Sul.

Depois da repercussão do caso, a vereadora se defendeu alegando que sua fala foi descontextualizada e que falava sobre políticos nordestinos, “não sobre o povo nordestino”.

Quero deixar bem claro que a intenção não é provocar brigas entre regiões nesta nossa gazeta escrota que, como já disse, tem gente de todos os brasis.

É apenas para que os nossos leitores se situem e entendam direitinho a situação.

Já sabemos que  políticos ladrões, safados e canalhas existem em todos os níveis – municipal, estadual e federal -, e também em todos os cantos deste nosso país continental.

E vamos lá:

DEU NO JORNAL

UM TRIO MALIGNO

A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 1º de setembro, um projeto de lei que dobra a pena para pessoas condenadas por casos de corrupção envolvendo recursos destinados ao enfrentamento da pandemia. 

Apesar de ter sido aprovado com ampla maioria, por 421 a 64, o Projeto de Lei sofreu resistências.

Os parlamentares do PT, PSOL e PCdoB votaram em bloco contra a medida.

* * *

A notícia aí de cima diz que os tabacudos zisquerdóides “votaram em bloco”.

Deve ser um tipo de bloco de concreto, em volta da cabeça, que impede o desinfeliz de pensar e de enxergar a realidade.

Muito embora, em se tratando dessa gente, mesmo sem o bloco de concreto eles não conseguiriam raciocinar, eis que são totalmente descerebrados.

No lugar dos miolos, só existe bosta na cabeça deles.

Peço aos nobres leitores que, antes de ficarem indignados com esses porras, aguardem só mais um pouquinho.

O fubânico lulo-zisquerdista Ceguinho Teimoso vai explicar, tim-tim por tim-pim, as razões que levaram este bravo trio de partidos a votar contra uma lei que dobra a pena de ladrões do dinheiro público.

Como vocês já sabem, o contorcionista Ceguinho explica tudo que não tem explicação.

A nossa área de comentários demonstra isto com fartura e abundância de palavras.

Esperem e tenham certeza que o nosso sábado será divertido.

Uma trinca de siglas merdíferas: tá um fedor da porra aqui embaixo da postagem

CARLOS EDUARDO SANTOS - CRÔNICAS CHEIAS DE GRAÇA

UM FRANGO CHAMADO LOLITA

Lolita – Arquivo de Jair Gomes Trindade

Ainda na década de 1970 os pederastas eram muito mal vistos e desrespeitados como cidadãos. Tanto que a maioria dos “tendenciosos” se ocultava, evitando dar a entender que fossem invertidos; ou seja: Veados, Boiolas, Uranistas, Maricas, Afeminados, Baitolas, Bundeiros, Frangos, Frescos, Queimadores do Carretel e mais uma dezena de denominações pouco republicanas.

Qualquer homem solteirão poderia ser enquadrado como “duvidoso” ou “pedreiro de meia colher”. Mesmo que não ostentasse qualquer trejeito, segundo os estudos do “especialista em viadagem”, meu amigo Jair Gomes Trindade.

No Banco do Brasil, por detrás dos balcões, havia funcionários que se assemelhavam a crianças em férias. Fora do expediente valia tudo. Inventavam-se apelidos e fazia-se presepadas incríveis.

O frango Lolita foi personagem de várias situações pitorescas com a turma do Banco. Mas tudo era armação. Certo dia chegou no balcão procurando Marco Aurélio, na véspera do casamento com Consuelo. Imaginem!

Tratava-se de um senhor de uns 40 anos que não tinha endereço nem atividade profissional definida. Era parrudo e brigão. Capaz de enfrentar até três policiais de cada vez. Mas quando atacava a viadagem se requebrava mais do que porta-bandeira de escola de samba:

Cantava pelas ruas, músicas de dor-de-cotovelo citando nomes de algum colega com o objeto de desmoralizá-lo. Tudo armação.

Ia para a porta do Banco, em pleno expediente e gritava:

– Lula, meu fio, venha logo! Tô lhe esperando na Rua da Guia.

Lolita era seu apelido. Seu nome, desconhecido. Vivia de limpeza dos locais onde se estabeleciam os puteiros do bairro do Rio Branco. Às vezes criava casos com as locatárias, motivando brigas homéricas. Havia cacetada geral, porque a Rádio Patrulha entrava em cena.

Mas a presepada maior foi armada em dias de 1964, em plena gestão da “Redentora”. Um ex-gerente de agência do interior – comunista todo – que havia sido destituído pelo Inspetor, voltou para o posto efetivo, trabalhando na Agência Centro do Recife. Mas preparou sua “vingança saramaligna”.

Gratificou Lolita para fazer a cena. Não se esqueceu que o Inspetor mastigava alho para não deixar transparecer o bafo de onça, pois bebia todos os dias uma boa dose de Pitu. Por isso sabia que recebera o apelido de “Bico Doce”.

O frango vestiu-se como gente e chegou ao setor de Câmbio, já em final de expediente, procurando Seu “Bico Doce”, colega que estava investido de alta cargo na Inspetoria e sabia ser possuidor do infame apelido.

Atendido no balcão por José Tavares e indagado sobre quem Lolita desejava falar com o Inspetor, saiu com esta, em alta voz:

– Diga a ele que é Lolita, a futura noiva dele.

Foi um arrazo! Antes de ser conhecido como “Bico Doce”, o Inspetor Meneguetti recebera a alcunha de: “ Inspetor So-lhe-mete”, porque por onde passava o gerente caia.

Mas o apelido de “Bico Doce” era uma facada na alma dele. Tinha horror. Logo que chegou para atender o suposto cliente, citado como “um senhor que estava procurando o Inspetor”, começou o fuzuê, quando Lolita disse bem alto:

– Meu “amô”, vim buscar o leite de nossas crianças!

Nessas alturas, os funcionários que de nada sabiam quanto à presepada, imaginaram que algo forte iria acontecer. A coisa ficaria feia e foram saindo sorrateiramente de suas mesas para não testemunhar.

O gerente que fora destituído da Agência de Palmares se vingaria.

O Inspetor arrodeou o balcão, já arretado, e foi atender Lolita perto do elevador. O frango armou um espetáculo. Partiu para os beijos e gritos histéricos. Solimete, depois do empurra-empurra, não teve outra alternativa senão lhe mandar um murro nas ventas.

Aí danou-se: o frango passou a se sacudir e gritar:

– Bate “Bico Doce”, bate Inspetor de merda. Bate nesse amor que já foi teu!!!…

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ROQUE NUNES – CAMPO GRANDE-MT

Bom dia a todos.

Anteontem, quinta-feira, em nossa reunião fubânica, Goiano Braga Horta, El-Akhbar (O Grande) sugestionou a coletânea de poemas de banheiro público e banheiro de rodoviária.

Eu resolvi encampar essa empreitada, visando publicar uma antologia fubânica de Poemas e Poetas de Banheiros Brasileiros.

Então, vou abrir meu e-mail para a colaboração, não somente dos colunistas fubânicos, mas de todos aqueles que gostam de uma boa brincadeira, mas com profundidade.

Assim me mandem no e-mail juanto71@hotmail.com as seguintes informações:

Poema:
Local de coleta:
Data:
Nome do colaborador:

Agradeço antecipadamente.

DEU NO X

PENINHA - DICA MUSICAL