Arquivo diários:22 de setembro de 2020
DEU NO X
A PALAVRA DO EDITOR
TEM DIA PRA TUDO
Tenho aqui ao lado do computador uma folhinha que me serve de agenda.
É nela que anoto tudo.
Tanto as colunas e o material a ser publicado no JBF, quanto os meus compromissos pessoais.
Esta folhinha é o calendário anual da Editora Vozes, uma entidade católica, em cuja livraria eu vou todo final de ano pra adquirir o calendário do ano seguinte.
Aqui no Recife, a livraria da Vozes fica na Rua do Príncipe, no centro da cidade.
A cada dia, quando arranco mais uma página, aparecem várias informações, como as cores e os santos do dia.
Os santos de hoje são Focas, Santino e Emerano.
Além de sugestões de leituras bíblicas para aquele dia, um pensamento religioso e a citação de um versículo da Bíblia.
Também é dada a informação de quantos dias do ano já se passaram e quantos ainda faltam pro ano acabar.
No dia de hoje, 22 de setembro, está lá o registro:
– 266 / + 100
Ou seja: já se passaram 266 dias e faltam exatamente 100 dias pra terminar 2020.
Além disso, a folhinha também informa a quem o dia é dedicado.
Tem dia pra tudo e pra todos.
No dia de hoje, por exemplo, entre vários outros itens, está registrado que deve ser celebrado o Dia da Banana!!!
Pois eu vou celebrar condignamente este dia.
O Dia da Banana!!!
Vou celebrar dando uma banana bem vigorosa e sonora pra um tolôte fedorento que está instalado na Praça dos 3 Poderes, em Brasília.
A sede da suprema indecência federal.
E tome banana!!!
BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
ATLETA USA PREMIAÇÃO PARA FAZER MILITÂNCIA ANTI-BOLSONARO
CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA
MERCEDITA – PELOTAS-RS
Oiiiiiii!!!!!
Berto, meu Zoiudinho querido.
É Mercedita de Pelotas.
Estou tão feliz que estou escrevendo esta Carta para compartilhar com todos os velhos tarados deste mafuá.
Eu, Mercedita de Léon, pesquisadora a frente (e atrás) do Departamento de Ciências Boiolísticas da Universidade Federal de Pelotas (o mesmo Departamento que sugeriu, cientificamente, a Lula que Pelotas tinha futuro como Polo exportador de Viados) confirmamos a existências de cinco novas espécies de aves.
Aves raras, raríssimas. Endêmicas de microrregiões do mundo.
Estas cinco aves dão apenas em Pelotas, Campinas, Petrópolis e Paris (a bem da verdade podem ‘dar’ em outros lugares, mas aí só dentro do armário).
Agora que as identificamos, vamos poder preservá-las e fazê-las procriar. Algumas Mercedita já conhecia, agora comprovou sua existência.
Elas são o PAPACÚ DA CABEÇA ROXA, o PIÇUDÃO AZUL NIGERIANO, o CARALINHO BELGA, a NUCUTUTINHA.
Aiiiii! Já ia esquecendo do LAMBECÚ FRANCÊS, este a MARGOT criava em uma gaiola em Paris. Ela me disse que tinha um viveiro deles em Petrópolis.
Aí vão as imagens de nossas aves raras.
Um beijo no ombro e uma fungada no cangote seus Velhos Tarados.
BESOS! De MERCEDITA.
R. Me digam mesmo: tem um lugar mais escroto e imundo do que este jornaleco???!!!
É pra arrombar a tabaca de Xolinha!!!
Dona Mercedita, a senhora consegue uma proeza que parecia impossível: abaixar mais ainda o nível desse recanto imundo.
Vôte!!!
A PALAVRA DO EDITOR
CRESCE A PANDEMIA FUBÂNICA
Ontem, começo de semana, tivemos um pico no número de acessos a este jornaleco desqualificado.
Foram 5.881 acessos, conforme registrado no nosso Departamento de Estatísticas e Fuxicagens Fubânicas.
Um departamento que é devidamente fiscalizado e atestado pelo IBGE, o órgão oficial de estatísticas do governo federal.
Podes crer!
Tiramos um fino e quase chegamos aos 6.000 !!!
Num é nada, num é nada, e, no fim das contas, num é porra nenhuma mesmo.
Mas, pra um jornaleco artesanal, caseiro e safado, sem dispor de qualquer patrocínio público ou privado, é coisa que só a porra.
Esta gazeta escrota é mantida nos ares graças à presença e à força dos seus leitores e colunistas que, com suas generosas doações, cobrem a despesa mensal de hospedagem.
Despesa de hospedagem e de apoio técnico dado pela empresa do Bartolomeu, nosso competente assessor internético, de plantão durante as 24 horas do dia para nos atender.
Agradeço demais a todos vocês, meus caros amigos.
Vocês são a razão de ser deste jornaleco imundo.
E aproveito pra pedir que divulguem o nosso endereço para todos os seus amigos.
E também pros inimigos, pra fazer raiva pra eles.
Utilizem Instagram, Facebook, WhattSapp, e-mail, enfim, espelhem pelo mundo todo e ajudem a aumentar ainda mais a nossa audiência.
PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA
OS BEIJA-FLORES – Quintino da Cunha
Dizem que os colibris são beija-flores,
que as flores beijam cariciosamente!
Aqui os vejo, nesta árvore frondente,
a mais florida desses arredores.
Fingem que as beijam, mas de enganadores,
nesse adejar sutil e permanente,
furtam-lhes, sábia e cautelosamente,
o néctar, como a luz lhes furta as cores.
A falarmos diríamos: é triste
a vida de quem vive porque existe…
Mas as flores diriam, se falassem:
– Inda estamos por ver, sem que outros vissem,
lábios que de beijar não se iludissem,
nem olhos que de olhar não se enganassem.
Quintino da Cunha, Itapagé-CE, (1875-1943)
BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
BAÚ DOS PINGOS: DILMA ROUSSEFF ELOGIA HUGO CHÁVEZ
DEU NO JORNAL
TÁ PEGANDO FOGO NO BRASIL TODO
* * *
De fato, a mídia incendiária tem toda razão.
Queimadas no Pantanal aumentam a temperatura no Rio de Janeiro.
No Rio, no Brasil e na América do Sul.
Tá de lascar.
Aqui mesmo no Recife, por conta das labaredas no Centro Oeste, a temperatura subiu bastante.
Tem gente fritando ovo só com o calor que faz na cozinha: não precisa nem ligar o fogão.
Hoje cedo entrei no banheiro pra dar a rotineira obrada matinal e tive que ligar o ventilador enquanto estava sentado no vaso.
Mesmo assim, ainda fiquei com a bunda assando e as partes pegando fogo.
De tão vermêio, fiquei até parecendo um petralha.
Essas queimadas no Pantanal são mesmo de lascar.
Vôte!!!
MARCOS MAIRTON - CONTOS, CRÔNICAS E CORDEIS
A ESTÁTUA DE ARIANO
É difícil até de crer
Não ter sido por engano
Que alguém veio a cometer
Esse ato vil e insano,
Que foi o de derrubar,
Jogar no chão e quebrar
A estátua de Ariano.
O Mestre Ariano estava
Conosco até outro dia.
E a todos nós encantava
Com a arte da poesia.
Ter sua estátua quebrada,
Covardemente atacada,
O Mestre não merecia.
O seu nome está gravado
Na memória nacional,
Em um lugar destacado
Do cenário cultural.
Pois misturou, sem conflito,
Popular com erudito
Na expressão Armorial.
Mestre Ariano, é bem triste
Ver tua estátua caída.
Mas a cultura resiste
E não se dá por vencida.
Derrubar o monumento
Não apaga o teu talento
Nem tua história de vida.