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COMENTÁRIOS SELECIONADOS

HONESTIDADE, HONRADEZ, VERGONHA NA CARA

Comentário sobre a postagem E SE FOSSE NUM AMONTOADO PETRALHA?

João Francisco:

Isso que a moça acima relatou é normal nas manifestações a favor do Mito.

No ano passado eu fui à Paulista no 7 de setembro (este ano eu não pude ir).

Vi várias vezes nos diversos carros de som anúncios de carteiras, chaves e celulares achados para os donos irem buscar.

Até crianças separadas dos pais iam aos carros de som para se reunirem de novo a estes.

Isso se chama decência, palavra que a esquerda desconhece.

* * *

Maurino Júnior

Isso se chama honestidade, honradez, bom senso, vergonha na cara, polidez.

São palavras desconhecidas de uma raça desgraçada, cujo único objetivo na vida é mentir, roubar e prejudicar as pessoas de bem.

Nem entre eles, se respeitam.

JESSIER QUIRINO - DE CUMPADE PRA CUMPADE

DEU NO JORNAL

RODRIGO CONSTANTINO

DEVE O COMENTARISTA REVELAR SEU VOTO?

Decidi divulgar alguns candidatos que têm meu apoio, nomes em quem eu poderia votar se fosse eleitor daquele estado.

Os militantes disfarçados de jornalistas aproveitaram para me chamar de “marqueteiro de políticos”. Eu ignoraria, mas como alguns parentes que me amam questionaram se era algo adequado a se fazer, creio que cabe uma explicação.

Talvez duas “causas” marquem a minha trajetória de comentarista político: a defesa dos valores liberais e conservadores nos quais acredito; e a crítica dura à postura militante de uma imprensa que se finge imparcial.

Jamais escondi minha visão de mundo, e tenho vários livros sobre o assunto. Sou um comentarista político que faz análise de cenário, mas sempre com transparência para o público saber o que defendo.

Aqui é importante traçar uma diferença entre repórter e comentarista. O jornalista que faz reportagem deve se ater aos fatos, deixar adjetivos de fora, tomar o máximo cuidado para não emitir suas opiniões como se fossem fatos. Já o comentarista está lá para emitir sua opinião mesmo.

Minha maior implicância com a velha imprensa, portanto, não é ela ser de esquerda, mas sim ela ser dissimulada, fingir-se isenta. Nos Estados Unidos há o mesmo problema, mas o público passou a separar e os próprios veículos de comunicação (quase) não escondem mais seu lado. CNN, MSNBC e CBS são democratas, e a Fox News é mais republicana.

Portanto, minha maior crítica é o fingimento, não tomar partido ou defender com coerência certos valores – conservadores ou “progressistas”. Prezo a honestidade, a transparência. Dando nome aos bois, prefiro um Piperno que se assume de esquerda e declara seu voto em Ciro Gomes do que vários outros que repetem ser JOR-NA-LIS-TAS imparciais enquanto fazem militância escancarada para o PT.

Ou alguém tem alguma dúvida de quem será a escolha entre Lula e Bolsonaro nos casos de Miriam Leitão, Merval Pereira, Ricardo Noblat, Amanda Klein, Guga Chacra, Guga Noblat, e tantos outros?! Não é melhor, então, admitir que defende o esquerdismo em vez de se vender como imparcial?

Todos percebem que Folha de SP, Globo e Estadão possuem viés esquerdista e agem como partidos de oposição ao governo Bolsonaro. Acho melhor, portanto, a transparência, sempre. A Gazeta do Povo, por exemplo, publicou seus valores e suas diretrizes editoriais em defesa do conservadorismo, e nem por isso deixa de ter pluralidade – muito mais do que os concorrentes. Mas o leitor sabe quais valores o jornal defende. Mais honesto.

Dito isso, vem a questão: mas deve o comentarista, além de se declarar de esquerda ou de direita, apoiar candidatos específicos? Há sempre um risco aqui, sem dúvida. Políticos podem nos decepcionar, trair seus valores, mudar de “time”. Já tive minha cota de decepção, pois apoiei MBL, Joice Hasselmann, João Amoedo. É sempre um perigo associar sua imagem a de políticos.

Mas como estamos num momento bastante delicado, com risco de o Brasil degringolar de vez rumo ao modelo venezuelano, acho que não é hora de ser excessivamente cauteloso. Prefiro pecar por ingenuidade, não por omissão. E por isso decidi mencionar nomes específicos que me parecem bons candidatos, alinhados aos meus valores.

Se um dia eles, eleitos, abandonarem tais valores, será um problema maior deles, não meu. Eu sempre manterei minha coerência na defesa desses valores, que estão acima de quaisquer partidos. Por isso mesmo defendo o voto em candidatos, não em partidos. Sem uma reforma política, esses nossos partidos não dizem muita coisa, e é melhor confiar nos indivíduos.

Faço minhas escolhas diante do conhecimento que desfruto no momento. Mas cada eleitor é totalmente livre para escolher, e depois, claro, cobrar de seu representante!

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PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

A CIGARRA MORTA – Olegário Mariano

Ontem, Cigarra, quando veio a aurora,
acordei a vibrar com a tua vinda.
A tua voz tinha, de espaço fora,
notas tão claras que eu a escuto ainda.

Glorificando a luz consoladora,
cantaste, e enfim tua cantiga é finda.
Tenho nas minhas mãos, inerte agora,
teu corpo cor de mel. Cigarra linda.

Foste feliz, porque te deram esta
garganta de ouro. Assim, de palma em palma,
passou, num sonho, a tua Vida honesta…

Vendo-te, os meus sentidos se levantam,
esperando a cantiga de tua alma,
que as almas das Cigarras também cantam…

Olegário Mariano Carneiro da Cunha, Recife-PE, (1889-1958)

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DEU NO JORNAL

ROSA WEBER NA PRESIDÊNCIA DO STF

Editorial Gazeta do Povo

A ministra Rosa Weber tomou posse nesta segunda-feira, dia 12, no cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal, substituindo Luiz Fux. Seu mandato não durará o biênio habitual, pois ela completa 75 anos em outubro de 2023, ocasião em que se aposentará compulsoriamente. Rosa Weber assume o comando do Supremo em um momento delicado para a instituição, cujas decisões estão fazendo da corte um elemento desestabilizador da República: os dois anos agora encerrados foram marcados por algumas das mais escandalosas derrotas que o STF infligiu ao combate à corrupção – incluindo a anulação dos processos do ex-presidente Lula e a suspeição do ex-juiz Sergio Moro – e pela intensificação das medidas tomadas dentro dos inquéritos abusivos das fake news, dos “atos antidemocráticos” e das “milícias digitais”, em flagrante violação das garantias e liberdades individuais.

Liberdade, aliás, foi um tema muito presente no discurso de posse de Rosa Weber, mas, apesar de toda a exaltação não apenas da liberdade, mas também da democracia e da tripartição de poderes, o discurso de Rosa Weber não permite esperar que, sob sua liderança, o Supremo se torne mais comedido em sua atuação. Vejamos, por exemplo, este trecho, em que a ministra afirma que o STF “tem sido alvo de ataques injustos e reiterados, inclusive sob a pecha de um mal compreendido ativismo judicial, por parte de quem, a mais das vezes, desconhece o texto constitucional e ignora as atribuições cometidas a esta suprema corte pela Constituição, Constituição que nós juízes e juízas juramos obedecer”. Rosa Weber, assim, se recusa a reconhecer que o Supremo pratica, sim, ativismo judicial, classificando as críticas como “ataques injustos e reiterados” de quem “desconhece o texto constitucional”.

Na verdade, quem desconhece o texto constitucional é quem cria regras que não estão na Carta Magna, como o Supremo fez ao dificultar privatizações; quem inventa crimes sem legislação que os defina, como o Supremo fez ao equiparar a homofobia ao racismo; quem toma o lugar do Executivo para definir política sanitária ou tributária, como fez o Supremo ao exigir passaporte vacinal de quem chega ao Brasil e ao anular decretos presidenciais sobre cobrança de IPI. Estes são apenas alguns poucos exemplos de verdadeiro ativismo judicial da corte nos últimos anos – e Rosa Weber votou favoravelmente à interferência nos casos da homofobia, do passaporte vacinal e das privatizações (o caso do IPI ainda não foi a plenário).

Da mesma forma, é preciso lembrar que Rosa Weber também endossou a abertura do inquérito das fake news, apesar da notória concentração, nas mãos do Supremo, de papéis de vítima, investigador, acusador e julgador; apesar de a Procuradoria-Geral da República ter pedido seu arquivamento; e apesar de todas as evidências de que o inquérito estava dando margem a arbitrariedades como a censura de publicações jornalísticas. A prática, assim, vai ao encontro de afirmações feitas pela ministra em seu discurso, como a de que “o Poder Judiciário não age de ofício”; ou sobre a necessidade de assegurar “a todos os cidadãos, sem qualquer exclusão, um núcleo essencial de direitos e garantias que não podem ser transgredidos nem ignorados”; ou, ainda, citando o ex-ministro Cezar Peluso, sobre a missão do Supremo de “repelir condutas governamentais abusivas (…), neutralizar qualquer ensaio de opressão estatal e de nulificar os excessos do poder”.

“Gostaria que todos vissem nesta solenidade uma celebração da democracia e a reverência ao primado das liberdades”, afirmou a nova presidente do Supremo quase ao fim de sua fala. Mas a solenidade, neste caso, é o de menos; é a atuação de Rosa Weber ao longo do próximo ano que mostrará se a democracia será mesmo celebrada e se o primado das liberdades será reverenciado por uma corte que, até o momento, tem se destacado mais por restringir liberdades e prejudicar a democracia – ainda que seus integrantes creiam sinceramente que a estão defendendo – que por guardar a Constituição e preservar os direitos e garantias nela inscritos.

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