PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

RENÚNCIA – Olegário Mariano

Renunciar. Todo o bem que a vida trouxe,
toda a expressão do humano sofrimento.
A gente esquece assim como se fosse
um voo de andorinha em céu nevoento.

Anoiteceu de súbito. Acabou-se
tudo… A miragem do deslumbramento…
Se a vida que rolou no esquecimento
era doce, a saudade inda é mais doce.

Sofre de ânimo forte, alma intranquila!
Resume na lembrança de um momento
teu amor. Olha a noite: ele cintila.

Que o grande amor, quando a renúncia o invade
fica mais puro porque é pensamento,
fica muito maior porque é saudade.

Olegário Mariano Carneiro da Cunha, Recife-PE, (1889-1958)

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PERCIVAL PUGGINA

RECORDAÇÕES DE CERTO DIA DE ABRIL

Era o dia 7 de abril e o sol se aninhava no horizonte quando Lula entrou no veículo da Polícia Federal estacionado junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Momentos antes, aquela alma serena e genuflexa, espírito de peregrino, com a pureza da “purinha”, falara à militância ali reunida.

Naquela mesma noite, registrei em breve texto meus sentimentos a respeito daquele instante. Imaginei que havíamos assistido ao ápice de um evento apocalíptico. No entanto, o sol não se fizera mais escuro, a terra não tremera e o véu do templo permanecera incólume. “O sol, a terra e o véu devem ser três incuráveis fascistas”, escrevi, ironizando minhas divagações. E acrescentei: “Enfim presenciamos o fracasso dos falsos profetas e a perda de força dos tutores da História”.

Relendo aquele texto percebo quanto, influenciado pelo clima da hora, fui otimista. Subestimei a força das potências que movem e promovem a impunidade quando digitei, literalmente: “Não há como reescrever – não para esta geração – o que todos testemunhamos. Não há como desgravar, desfilmar, desdizer; e não é possível desmaterializar os fatos”…

Eu estava enganado. A impunidade é uma imposição dos donos do poder para não ficarem amuados, para que se cumpra o anseio de Romero Jucá e a sangria seja estancada. Mais do que isso, aliás: é preciso desmaterializar os fatos, é preciso que alguém como William Bonner afirme: “O senhor nada deve à justiça”.

Sim, tudo isso eles fizeram. No entanto, o maligno plano tem uma falha essencial: os brasileiros sabem que há quatro anos as realizações do governo só têm espaço nas redes sociais, sabem que agem contra Bolsonaro os inconformados donos do poder, as ratazanas habituadas à beira do erário, os signatários de manifestos da USP, os ideólogos da destruição, os ativistas judiciais e os fascinados com os efeitos que a truculência do poder proporciona quando abusado. Os brasileiros sabem que cada conservador e cada liberal deste país é o inimigo que a esquerda mundial quer ver derrotado e destruído nas eleições de outubro.

Esse povo, nos dias que correm, está a dizer a si mesmo: agora isso é comigo; farei minha parte para construir essa vitória. Nós já sabemos do que são capazes.

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O ESGOTO DO EX-PRESIDIÁRIO

Você pode examinar na página a seguir todos os escândalos de corrupção e desmandos protagonizados por Lula e seus sequazes e fanáticos seguidores do lulopetismo.

Ninguém pode alegar que não sabia.

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* * *

Entrem lá.

E se preparem pra ficar putos.

Bom passeio!

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

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RODRIGO CONSTANTINO

DE BOULOS A MEIRELLES: O ESTELIONATO ELEITORAL EM CURSO

Uma frente ampla em defesa da democracia. Eis a narrativa vendida por petistas para unir desde invasores comunistas como Guilherme Boulos até moderados defensores do teto de gastos como Henrique Meirelles. Vai colar?

Ciro Gomes fulminou: se tem Boulos e Meirelles juntos, alguém está sendo enganado. Quem? De fato, podemos pensar no grupo que fechou com Lula como um ajuntamento de oportunistas, cada um com seu projeto pessoal de poder ou enriquecimento (ilícito).

Afinal, todos resolveram ser cúmplices do “ladrão que quer voltar à cena do crime”, como disse o próprio Geraldo Alckmin, agora vice na chapa. Mas mesmo que se trate de um grupo oportunista e amoral (ou imoral), alguma linha econômica o eventual governo terá de adotar. Qual será?

Os economistas petistas, segundo a amiga de Dirceu na Folha, já estariam preocupados com a entrada de Meirelles na campanha. Então quer dizer que o teto de gastos será respeitado? As estatais não serão utilizadas para o “desenvolvimentismo” como nas gestões passadas de Lula e Dilma?

Para quem conhece um pouco do petismo e sua trajetória, fica claro que quem vem sendo feito de trouxa é o “mercado” e todos aqueles que resolveram acreditar (novamente) num Lula “paz e amor” e moderado. O ex-presidiário já deu todos os sinais de que voltaria com rancor, ressentimento e arrependimento – não sobre seus crimes, mas sobre não ter controlado toda a máquina estatal de vez!

O projeto petista é totalitário e corrupto, isso está bem evidente para quem não é otário. Ele mira nos exemplos da Argentina, da Venezuela, e não na social-democracia europeia. Mas para ludibriar a esquerda caviar, pelo visto, basta colocar Alckmin e Meirelles como abre-alas e tudo certo: ninguém mais enxerga o Boulos e o Dirceu lá atrás, no comando dos bastidores.

E tudo isso pois essa elite boboca resolveu cair na ladainha de que Bolsonaro, de fato, representa alguma ameaça à democracia brasileira. A imprensa corrupta tem sua parcela de culpa, sem dúvida. Mas é preciso ser muito alienado mesmo para cair nessa armadilha. E sei que muita gente caiu, não suporta Bolsonaro, quer se livrar dele a todo custo, ainda que trazendo o ladrão autoritário de volta.

Ninguém sério acredita nas pesquisas fajutas, mas a disputa deve estar acirrada. Não podemos jamais subestimar a capacidade de alguns para insistir nos mesmos erros. Aprendemos com a história que poucos aprendem com a história. Não fosse assim, não haveria mais esquerda radical na política – e basta olhar para a América Latina para descartar esse sonho.

Estamos na reta final, faltam poucos dias para a eleição, e é hora de cada brasileiro decente e honesto arregaçar as mangas e trabalhar para conquistar votos de indecisos, mostrar o que realmente está em jogo. Bolsonaro não representa qualquer perigo à democracia, e Lula é um ladrão perigoso cercado de bandidos da pior espécie, com o desejo de transformar o Brasil na próxima Venezuela.

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BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

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“CANSADOS DE PEDIR PERDÃO”, JAMAIS CANSADOS DE MENTIR

Editorial Gazeta do Povo

Lula disse à revista The Economist que “o petista está cansado de pedir perdão” pela corrupção e pela crise de 2015-16

No mesmo dia em que a Justiça Eleitoral ordenou que saísse do ar o site de uma falsa “agência de checagem de notícias” criada pela campanha petista para espalhar fake news favoráveis ao ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula, o império da mentira resolveu se expandir em outra direção. “O petista está cansado de pedir perdão”, disse Lula à revista britânica The Economist, em reportagem publicada na segunda-feira – no caso, perdão pelo petrolão e pela maior recessão da história do país, legada pela “nova matriz econômica” que o petismo impôs ao país no fim do segundo mandato de Lula e durante os dois mandatos de Dilma Rousseff.

Estamos diante de um caso raríssimo em que alguém se cansa daquilo que não fez, como lembrou a própria publicação britânica. Pois nem no caso da recessão, e muito menos no caso da roubalheira nas estatais, houve qualquer tipo de admissão real e sincera de erros ou crimes, muito menos pedidos de desculpas. Na única ocasião recente em que Lula chegou perto disso (o que talvez tenha bastado para deixá-lo exausto), em sua entrevista ao Jornal Nacional, o petista não apontou nomes – “você não pode dizer que não houve corrupção se as pessoas confessaram”, afirmou sobre a Petrobras – ou então culpou terceiros, ao dizer que Eduardo Cunha e Aécio Neves “trabalharam o tempo inteiro para que ela não fizesse mudanças”, em referência a uma suposta tentativa de Dilma Rousseff de reverter “equívocos na questão da gasolina” e nas “desonerações em isenção fiscal”. Os tais “equívocos”, em relação aos combustíveis, foram muito mais que isso: trata-se da decisão irresponsável e populista de segurar artificialmente os preços para que a escalada inflacionária não prejudicasse a reeleição de Dilma em 2014, uma política que contribuiu para deixar a Petrobras na lona.

Em vez da admissão sincera dos crimes e erros e de pedidos de perdão, a história recente registra inúmeros episódios em que o petismo defendeu seu modelo econômico a ponto de voltar a propô-lo em caso de vitória nas eleições de outubro, bem como defendeu também todos os seus integrantes envolvidos em escândalos de corrupção. Em abril, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, apresentou plataformas que lembravam muito a “nova matriz econômica” em um jantar com empresários – “o clima foi cordial, mas o conteúdo foi horroroso”, disse um deles à CNN Brasil na ocasião. Meses antes, o ex-ministro Guido Mantega ganhou a chance de falar em nome do petismo ao publicar artigo no jornal Folha de S.Paulo com ataques à reforma trabalhista e ao teto de gastos, o mesmo que Lula já prometeu derrubar se for eleito.

Em relação aos escândalos de corrupção, uma expressão resume tudo: “guerreiro do povo brasileiro”. É com este bordão que, desde a época do mensalão, os militantes se acostumaram a saudar todos os membros do partido que foram pegos articulando os esquemas que buscaram fraudar a democracia brasileira, comprando apoio parlamentar para garantir a manutenção de seu projeto de poder, em conluio com partidos da base aliada e, no caso do petrolão, também com empreiteiras. Por anos o petismo se acostumou a afirmar que os esquemas jamais existiram e que tudo não passou de histórias inventadas para prejudicar Lula e o PT. Isso é o oposto completo de “estar cansado de pedir perdão”.

O petismo não se desculpou pelo mensalão, não se desculpou pelo petrolão e não se desculpou pela crise de 2015-16 – pelo contrário, sempre negou tudo, alegou perseguição ou defendeu suas políticas. Não se desculpou pelo apoio incondicional a ditaduras carniceiras como a cubana, a venezuelana e a nicaraguense. Não se desculpou pela hostilidade à imprensa livre demonstrada em episódios como o vandalismo na sede da Editora Abril, não se desculpou pela violência política protagonizada por seus membros – pelo contrário: o ex-vereador que atirou um empresário contra um caminhão em movimento em 2018 foi recentemente elogiado por Lula. Ao dizer que “o petista está cansado de pedir perdão”, Lula apenas comprova que ele não se cansa mesmo é de mentir.