DEU NO JORNAL

FAZENDO FUTUROLOGIA

Editorial Gazeta do Povo

Deltan Dallagnol

Deltan Dallagnol, em junho, após a cassação do mandato pelo TSE

Depois do tristemente famoso “direito achado na rua”, temos também o “direito achado na bola de cristal”, a julgar pela mais recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Colocada diante da oportunidade ímpar de retificar um de seus erros mais grotescos cometidos neste ano, a corte insistiu no erro e manteve, em julgamento encerrado nesta quinta-feira no plenário virtual, a cassação do registro de candidatura de Deltan Dallagnol, ex-procurador, ex-coordenador da Lava Jato e o candidato a deputado federal mais votado no Paraná em outubro de 2022. Para isso, o TSE teve de ignorar o bom senso, a lógica, os fatos e a Lei da Ficha Limpa, apoiando-se apenas em suposições e na “vontade política” de prejudicar alguém que ousou estar no caminho do agora presidente Lula.

A Federação Brasil da Esperança, que inclui o PT, foi à Justiça Eleitoral contra Dallagnol alegando que ele seria um ficha-suja por ter contra si a condenação – também absurda – do Tribunal de Contas da União no caso do pagamento de passagens e diárias a membros da força-tarefa da Lava Jato, e por ter pedido sua exoneração do Ministério Público Federal enquanto respondia a processo administrativo disciplinar (PAD). Os petistas alegaram que a Lei da Ficha Limpa considera inelegíveis para qualquer cargo “os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário”, e os “magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar”, como dizem as alíneas “g” e “q”, respectivamente, do inciso I do artigo 1.º da Lei de Inelegibilidades.

As duas alegações eram falsas. A condenação no TCU estava suspensa pela Justiça quando da candidatura, e Dallagnol não tinha nenhum PAD aberto contra si no momento de sua exoneração – os dois processos a que ele havia respondido já estavam concluídos, com resultado desfavorável (em outro caso escandaloso de perseguição política que comentamos exaustivamente neste espaço). A força destes fatos era tão avassaladora que o Tribunal Regional Eleitoral paranaense negou o pedido dos petistas e, quando o caso subiu para o TSE, a Procuradoria-Geral Eleitoral deu parecer contrário à impugnação da candidatura. Deveria bastar para garantir o direito de Dallagnol a ser eleito, mas no meio do caminho havia o ministro relator, Benedito Gonçalves, nacionalmente conhecido pelos episódios dos tapinhas carinhosos de Lula e do “missão dada, missão cumprida” na cerimônia de diplomação do atual presidente.

Gonçalves rejeitou a inelegibilidade com base na condenação pelo TCU, mas aceitou a inelegibilidade com base nos processos disciplinares. Para contornar a realidade óbvia, a de que Dallagnol não havia “pedido exoneração (…) voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar”, o ministro deu asas à imaginação: ainda havia reclamações disciplinares contra o então procurador, e elas poderiam se transformar em PADs. A mera possibilidade de que isso viesse a acontecer no futuro (e nem se cogitou a outra alternativa, a de que as reclamações não prosperassem), no raciocínio de Gonçalves, já bastaria para enquadrar Dallagnol na Lei da Ficha Limpa.

Ninguém precisa ser versado em Direito para saber que se julga com base na lei e nos fatos, jamais com base em ilações, adivinhações, exercícios de futurologia, meras possibilidades não concretizadas por motivos desconhecidos, ou simpatias políticas. O voto de Gonçalves pela cassação do registro de candidatura de Dallagnol já era aberrante se fosse postura isolada; que ele tenha sido seguido por todos os demais ministros do TSE naquele julgamento de maio tornou tudo ainda mais teratológico, um absurdo que se repete agora, no julgamento do recurso de Dallagnol contra a decisão tomada quatro meses atrás.

A Justiça Eleitoral atropelou a lei, os fatos e a doutrina do Direito Eleitoral, segundo a qual as normas precisam ser interpretadas da maneira mais estrita possível para não violar direitos fundamentais de eleitores e eleitos. Tudo isso para inventar uma nova circunstância de inelegibilidade – afinal, agora qualquer um pode apresentar uma reclamação contra um juiz ou membro do MP, mesmo que não tenha o menor fundamento, para inviabilizar qualquer futura pretensão política – feita sob medida para dar sequência à vingança petista contra todos os que se empenharam no combate à roubalheira do petrolão. Enquanto isso, os verdadeiros corruptores e corruptos continuam a ter seus processos anulados na tentativa de não só reescrever, mas inverter a história da Lava Jato.

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

SANCHO PANZA - LAS BIENAVENTURANZAS

“QUEIXUMES DO PASTOR ELMANO CONTRA A FALSIDADE DA PASTORA URSELINA”

¡Esta es la cronica que nadie se atrevió a hacer! Um bar que era puro “chiquê”; verás que mesmo nos mais caros ambientes, é inescapável haver um indesejável, como o bebum dirigindo-se à deusa loira a sua frente:

– Vem cá, “bonitinha”! Quero te dar um beijo!

– Velho idiota, “bonitinha” empobrece a língua portuguesa. É LINDA!

Pelo elevar da voz da bela, dois seguranças tipo rinocerontes (fortes e feios) arrastaram o chumbrega e borracho Sancho para fora. Uns sopapos merecidos e lá se foi o pobre ao pronto socorro em alguma unidade do SUS para consertos diversos, pois bem quebrado e ralado restou.

“Es una mezcla de emociones y dolores difíciles de describir…” O cursinho de kung-fu por correspondência e assistir atentamente Warrior (HBO – série cheia de porradaria kungfuniana do crime desorganizado na Chinatown da San Francisco – USA; no Canadá e nos Estados Unidos “as Chinatowns” foram criadas no século XIX) não foram de nenhuma valia. “Estoporaram” o cabra, tanto foi o capricho nos “carinhos que recebeu dos mastodontes”.

Una pregunta: Nico Robin, ‘¿dónde estás? How do you live? Dijo Jacinto Benavente y Martinez que “entre todas as virgindades, nenhuma é tão sagrada como a de uma página em branco”.

Quel bonheur… “Cada jornaleco tem o Sancho que merece!”. Luces y sombras… “Cada povo tem o governo que merece!”, nos assegurou Guilherme Almeida, ecoando neste JBF o que escreveu, muito patrasmente o Conde Joseph-Marie de Maistre, que de café gostava muito.

Agora em setembro vai entrar o grosso, disse o “Nine”. E vem aí “o grosso”. Que a isto leia o Zé Hinácio…

Talvez diga o hinaciano Zé que o 7 de setembro flopou em virtude da “pobraiada” estar se empanturrando de picanha nas lajes da vida, enquanto outros, como escreveu certo jornalista, estava “a fazê amô dotoso”, deixando entrar o grosso onde bem aprouvesse.

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PENINHA - DICA MUSICAL

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

CLAUDE DEBUSSY – Alceu Wamosy

Chove cinza do céu. Todo o rosal ajoelha,
balbuciando uma suave oração de perfume.
Não há, no firmamento, uma sombra vermelha:
– Tudo é ausente de cor – tudo é viúvo de lume.

A tristeza do instante em teus olhos se espelha,
minha estranha Quimera, ó sacrossanto Nume,
que acendeste em meu sonho a radiosa centelha
na qual todo o esplendor deste amor se resume…

Sob a chuva do espaço o jardim adormece.
E, sobre nós os dois, como um mistério, desce
a carícia da tarde, essa divina viúva.

Andam lábios errando, invisíveis, no ambiente;
e, morrendo de amor, dentro da luz morrente,
os nossos corações são Jardins sob a Chuva…

Alceu de Freitas Wamosy, Uruguaiana-RS (1895-1923)

JESSIER QUIRINO - DE CUMPADE PRA CUMPADE

DEU NO JORNAL

DITADURAS AMIGAS SÃO GRATAS AO LARÁPIO

A chegada de Lula (PT) a Havana, nesta sexta-feira (15), seria excelente oportunidade para o presidente brasileiro cobrar o caminhão de dinheiro – US$ 261 milhões, equivalentes a R$ 1,3 bilhão – que Cuba deve ao BNDES.

Seria uma chance de ouro, caso Cuba tivesse interesse em pagar e o governo Lula interesse em receber.

Mas a ideia era mesmo financiar a ditadura cubana “a fundo perdido” com dinheiro que fez falta a brasileiros. É o segundo maior calote aplicado na história do BNDES.

A Venezuela, outra ditadura amiga do governo Lula, é o maior caloteiro: deve US$ 723 milhões (R$ 3,6 bilhões) ao BNDES. Jamais será cobrada.

O calote ao BNDES será ressarcido com o bolso do pagador de impostos brasileiro, no Fundo de Garantia à Exportação do Ministério da Fazenda.

Contratos a vencer, bancados pelo BNDES para a ditadura cubana, somam US$ 386 milhões (R$ 1,9 bilhão) surrupiados dos brasileiros.

* * *

Tâo vendo?

Somaram tudinho?

Pois é.

É isso mesmo: dinheiro que só a porra!!!

E o Ladrão Descondenado ainda se rir-se na cara da gente.

O jumento Polodoro está ansioso pra enfiar a pajaraca no furico de quem fez o L.

“Vou enrabar um por um todos que votaram nesse cabra safado”

DEU NO JORNAL

CARLITO LIMA - HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA

A HERDEIRA DE BEBEDOURO

Em 17 de junho de 1962 o Brasil tornou-se Bicampeão Mundial de Futebol derrotando a Tchecoslováquia por 3 x 1 no Chile. Nesse mesmo dia, nascia o primeiro filho homem de João Simão. O comerciante tomou um porre homérico e deu-lhe o nome de Amarildo, homenageando o grande jogador da Copa 1962. Afinal um homem, depois de duas meninas. Amarildo foi crescendo e deu preocupação ao pai, era um menino diferente. Não gostava de futebol, nem das brincadeiras de meninos na Praça do Centenário, onde moravam numa bela casa. João Simão proprietário de dois postos de combustível, trabalhador, deu conforto e educação para a família. Ele tinha desgosto em Amarildo não gostar de futebol, comprou camisa do CSA, obrigava ao garoto acompanhá-lo aos jogos. Amarildo nem se incomodava se o time ganhasse ou perdesse. Na verdade João Simão tinha um pavor que o filho fosse “viado”, ficava triste com essa possibilidade. Adolescente, Amarildo andava de bicicleta pelas ruas do Farol com os amigos, contudo, era um rapaz bem comportado, não falava, nem se gabava de namoradas e mulheres. Até que um dia João Simão chegou em casa depois do trabalho e encontrou Laurinha, sua esposa, chorando. Quando ela contou que havia flagrado Luzia, a empregada, transando no quartinho dos fundos com seu jovem filho, Amarildo, João Simão deu um pulo de alegria, disse para mulher que deixasse de besteira e foi comemorar com amigos no botequim da esquina, ganhou alma nova. O fantasma da “viadagem” do filho que o atormentava há anos, desapareceu

Amarildo cresceu, sem fazer alarde era o “come quieto” da turma. Tinha uma namoradinha, que naquele tempo deveria ser virgem, mas gostava era de perambular, conquistando as jovens empregadinhas que vinham do interior atrás de melhorar de vida. Vez em quando frequentava a Boate de Mulheres do Rei da Noite de Maceió, o Mossoró.

Ainda era estudante na Faculdade de Economia quando seu pai morreu. Ele teve que assumir a administração dos Postos de Combustível. Com o tempo tornou-se um excelente comerciante. Comprava pequenos apartamentos na planta, quando terminava a obra, vendia o apartamento pronto pelo dobro. Entrou nesse negócio de compra e venda de imóvel, enriqueceu. Certo dia encontrou-se com Fátima, uma colega da Faculdade, saiu com a amiga algumas vezes, até que veio a notícia, ela estava grávida. Fátima era divorciada com um filho, não quis casar. Nasceu o Amarildinho. O pai fazia visitas esporádicas ao filho, aproveitava dormia com a amiga, sempre discreto, aquilo só interessava a ele. Até que conheceu Elizabeth, uma bela jovem, estagiária no escritório de seu advogado. Com um ano de namoro e muita paixão, se casaram. Amarildo, antes de casar confessou ter um filho de cinco anos, mas não havia relacionamento com a mãe. Elizabeth, muito bonita, trabalhadora e inteligente, ajudava nos negócios do marido. Ele gostava de se gabar que havia ganho dinheiro à custa de seu trabalho honesto, nunca havia feito negociatas com políticos e cofres públicos. Amarildo mesmo depois de casado, continuou com dois vícios: correr pela manhã e, vez em quando, sair com uma jovem, era um irresistível mulherengo, sem alarde, discreto.

Quando o marido completou 60 anos, Elizabeth preparou uma festa com a família e amigos mais íntimos. Amarildo bebeu demais e fumou bastante, contrariando ordens médicas, ele tinha um probleminha no coração. No dia seguinte Amarildo acordou-se com mal estar, vomitando. Para acabar a ressaca vestiu um short frouxo, uma camiseta, calçou o tênis e danou-se a correr em torno da Praça do Centenário. Já estava retornando à sua casa quando sentiu uma dor no peito, a vista escureceu, caiu no chão, infarto fatal. Foi uma choradeira geral no enterro de Amarildo, morte inesperada, tão jovem 60 anos. A família, algumas namoradas anônimas choravam de saudade.

Depois da missa de 30º dia, o filho mais velho entrou em contato com a mãe do seu meio irmão, para iniciar o inventário. Estavam reunidos no escritório do advogado os quatro filhos de Amarildo. Elizabeth, a viúva, não quis participar da reunião. Fátima apareceu acompanhada do filho, Amarildinho, e uma jovem em vestido simplório. O advogado informou que todos os bens iriam ser divididos conforme a lei: metade da viúva e a outra metade dos cinco filhos.

Foi quando Fátima interrompeu.

– Cinco não, são seis, tem um menino no bucho dessa jovem, minha empregada, ela afirma que o filho é de Amarildo. Peço fazer DNA quando a criança nascer para se habilitar à herança. Esclareço que essa jovem é faxineira, não dorme em minha casa e mora pelas bandas de Bebedouro.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

SPOCK LEE – NEW CASTLE, DELAWARE – USA

DIREITO DE RESPOSTA

Bom Dia (gúdi morni)

Dirijo-me respeitosamente, a este Magistrado da Suprema Corte Fubânica S.C.F., requerer, exigir quem sabe, o lídimo direito de resposta (apesar de não haver pergunta)… para divulgar nos Diários Associados do J.B.F. o Curso imperdível de “Formação Política Para Candidatura PTistas 2024”.

Formação do mais alto nível!

Sem formação já roubam imagine com formação!…

E pra concluir, em uma demonstração de apreço pelos Leitores Fubânicos, informo que está disponível 01 (uma) vaga para os inúmeros interessados e simpatizantes de conduta ilibada ou não.

Prezado Berto, capriche na foto do “penico” kkk

Fraterno Abraço

(Besti Régardis)

R. Num precisava nem você pedir, meu caro.

Foi só ler o material que você nos mandou, e já me bateu a ânsia de vômito no mesmo instante.

Tive que sair correndo atrás do meu querido pinico.