UM BOM CONSELHO
Das muitas lendas que povoam o mundo jurídico forense, determinadas demopsicologias se sobressaem perante outras, muitas, pelas peculiaridades de suas retóricas e riqueza sistemática da lógica, sempre inseparáveis do sarcasmo e ironia.
A maledicência popular é impagável. Conta-se que, um sujeito, desconfiado que estava sendo traído pela sua amada, se armou de revolver e voltou para casa, convicto de que, só assim, agiria corretamente pra acertar as contas e lavar a sua honra. (machismo exacerbado).
Ao perceber a aproximação do enfurecido marido, a mulher e o “gajo”, fugiram correndo. Mesmo a curta distancia os tiros não acertou ninguém, restando ao agressor um processo por tentativa de duplo homicídio.
O diligente advogado foi logo dizendo ao seu paciente: Sr., ainda bem que não morreu ninguém. Conversei com o delegado e depois com o promotor e o juiz. Aleguei na defesa que o Sr. Pensou que se tratava de assaltantes que teriam invadido sua casa, e que os tiros foram só pra assustar.
O advogado, matreiro, convenceu o seu cliente com os seguintes argumentos:
– Acompanhe meu raciocínio lógico, pois vou ser bem claro. O Sr. Foi traído, logo, é um corno. Estou certo?
– Sssssim.
Se houvesse alguma morte, seria considerado um assassino. Verdade?
– Concordo.
Certamente que o Sr. procuraria fugir. Seria considerado um fugitivo, correto?
– É o normal.
Se pego pela policia e ido a julgamento, seria então condenado e sentenciado, ok?
– Oook
Daí, o Sr. Se tornaria um prisioneiro, não é mesmo?
– Infelizmente…
Então, meu caro cliente, veja de quantos infortúnios e flagelos eu o livrei:
1º o Sr. é corno;
2º Assassino;
3º Fugitivo;
4º condenado;
5º sentenciado;
6º prisioneiro;
Ainda o livrei do 7º infortúnio, que seria a cereja do bolo. O Sr. se tornaria uma bicha (um gay, um viadão), para ser mais elegante, um homossexual compulsório. Pois assassino de mulheres não são bem quistos no cárcere… o Sr. sabe como é, né?
– PQP…é vero!
Portanto, nobre Sr., fique só como corno, mesmo.
Passar bem!