DEU NO JORNAL

DISCRIMINAÇÃO LULEIRA

Antes mesmo de anunciar os ministros, na sexta, Lula já abriu a coletiva tendo que se justificar pelos nomes escolhidos: nenhum negro, nenhuma mulher.

E nenhum lgbtqia+, como foi prometido na campanha.

* * *

Um governo petralha sem baitola não está completo.

E sem fêmea do suvaco fedorento e cabeludo pior ainda!

Isso sem falar da negralhada: tudo de fora.

Nada de crioulos.

Só tem branquelo dos zois zazuis na quadrilha que vai tomar conta dos cofres públicos.

E aí, a militância canhota vai continuar fazendo o “L”???

DEU NO JORNAL

HADDAD NA FAZENDA APENAS AUMENTA AS INCERTEZAS

Editorial Gazeta do Povo

O futuro ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad.

Entre os economistas que, tanto no primeiro quanto no segundo turno da campanha presidencial, declararam apoio a Lula, não faltavam nomes comprometidos com a defesa da responsabilidade fiscal. Mas o presidente eleito estava realmente empenhado em confirmar as piores expectativas que estavam se desenhando a respeito de quem comandaria a política econômica do próximo governo; em vez de um nome qualificado, capaz de dissipar as incertezas que se avolumam a ponto de merecer menção especial no último relatório do Copom, Lula escolheu aumentar a tensão ao indicar Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda, pasta que será recriada com o desmembramento do atual Ministério da Economia.

O novo ministro rapidamente invocou o “histórico” na esperança de amenizar as reações a seu nome. “É só olhar o histórico e ver que a Prefeitura de São Paulo recebeu grau de investimento pela primeira vez durante minha gestão”, afirmou na sexta-feira. É o que Lula vem fazendo há um bom tempo, recordando resultados de sua primeira passagem pelo Planalto. Mas administrar uma prefeitura, ainda mais de uma das locomotivas do país, é diferente de administrar as finanças de uma nação inteira; e as circunstâncias de 2023 são bem diferentes das de 2003, quando Lula recebeu uma “herança bendita” de Fernando Henrique Cardoso, na forma do tripé macroeconômico. Jair Bolsonaro e Paulo Guedes entregam um Brasil com desemprego e inflação em queda, mas ainda longe dos níveis ideais; a pressão por mais gasto público é enorme e vem de dentro do próprio governo eleito; e a economia global ainda passa por enormes dificuldades que afetarão o Brasil, ao contrário do clima positivo visto nos dois primeiros mandatos de Lula. Histórico, portanto, não significa muito diante da mudança radical no cenário brasileiro e mundial; um guia mais certeiro está nas ideias defendidas pelo futuro ministro.

Analisando publicações de Haddad na imprensa paulista, o colunista da Gazeta do Povo Diogo Schelp levantou um conjunto de plataformas bastante preocupante: crítica a privatizações, ao teto de gastos, à reforma da Previdência e à independência do Banco Central; defesa da fracassada política de “campeões nacionais”; e a repetição da grotesca distorção da verdade que culpa a Operação Lava Jato pela “destruição” de empregos. As falas recentes de Haddad, tanto nos dias que antecederam sua indicação como já na qualidade de futuro ministro, não tentam desfazer a má impressão deixada por esses textos; o petista limitou-se a referências genéricas à necessidade de uma reforma tributária e de um novo marco fiscal para substituir o teto de gastos, sem explicitar alguma linha-mestra que permita concluir se as reformas pretendidas caminhariam na direção correta.

Como a PEC fura-teto deixa claro que o futuro envolve mais gasto público, o bom senso mandaria que o próximo governo já enviasse sinais a respeito de como pretende contrabalançar a pressão gastadora por meio de um ajuste fiscal. Mas isso não tem ocorrido – pelo contrário: membros da equipe de transição e defensores da PEC fura-teto têm argumentado que não há risco inflacionário nem recessivo na elevação súbita da despesa pública e que o caminho está na repetição das políticas expansionistas de Guido Mantega durante o segundo mandato de Lula, entre 2007 e 2010.

É possível que Haddad, em vez de repetir Guido Mantega, acabe seguindo os passos de Antônio Palocci, o primeiro ministro da Fazenda de Lula e que se pautou pela austeridade fiscal, a ponto de ter conseguido aprovar uma reforma da Previdência do setor público em 2003? A chance existe, mas, a julgar pelas convicções demonstradas pelo presidente eleito e pelo futuro ministro, isso só acontecerá se a realidade se impuser à dupla de forma muito contundente. É será péssima notícia para o Brasil se a responsabilidade fiscal só virar política de governo depois que o estrago estiver feito, e não como forma de prevenir mais inflação, juros, desemprego e recessão.

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

VAR DE ANTIGAMENTE E REGRA NOVA

Pela primeira vez nesses meus cinquenta e um ano de vida, eu não estou sentando ao lado de papai ante uma TV para acompanhar os principais jogos de uma Copa do Mundo de Futebol. Minhas obrigações não me permitiram – ainda – correr para o sofá de Dona Ritinha, lá no Acary do meu amor.

Não obstante a distância, fiz uma chamada de vídeo para papai após o jogo do Brasil contra os suíços, a fim de comemorar a nossa vitória. Ele ainda vestido com a camisa da Seleção, já não lembrava, no entanto, que acabara de assistir ao jogo. O alemão que vai derrotando-o lentamente faz um estrago pior que aqueles sete a um de dois mile e quatorze. O Alzheimer é uma falta desleal que nem o mais avançado VAR consegue reverter em favor de quem a sofre.

Bom, como os dias são de futebol, alegria do povo, eu vim aqui hoje foi deixar duas histórias interessantes.

Contaram-me que lá no começo do século passado, dias do Coronel José Bezerra “d’Aba da Serra” (1843-1926) como líder absoluto em Currais Novos, quando o coronelismo arbitrava e os coronéis decidiam até sobre o jogo da vida dos seus conterrâneos, criou-se um time de futebol por aquelas ribeiras. O nome da equipe certamente se perdeu no tempo. Mas não o fato que passarei a narrar.

Organizaram um jogo e convidaram especialmente o Coronel José Bezerra para assistir ao grande evento. A intenção era despertar no comandante político a mesma paixão pelo futebol alcançada Brasil afora e, assim, conseguir dele alguma ajuda para a manutenção da equipe.

Tudo arrumado, equipe visitante em campo, puseram em um lugar alto e de destaque uma cadeira confortável, à beira do campo de terra batida, e nela sentaram o homem. Falaram sobre o objetivo, explicando-lhe sobre o gol e as regras principais, duração da partida, o goleiro, os defensores de linha, os atacantes, o poder do árbitro etc.

O jogo seguiu sem a bola passar por entre os paus, encaminhando-se ao final sem gol, num empate que parecia não estimular a atenção do coronel. Porém, aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, o árbitro marcou um pênalti contra Currais Novos. Houve um verdadeiro alarido. A multidão gritava revoltada. “Por que o jogo está parado”, perguntou o coronel. Alguém lhe respondeu “foi pênalti”. E ele sem entender perguntou “o que é isso?”

Pediram silêncio e calmamente alguém lhe explicou: “Coronel, é um gol certo. Mas, contra Currais Novos!”

O coronel alisou a barba e decretou calmamente: “Então mande bater do outro lado.”

Quase um VAR que arruma a jogada e interfere no resultado do jogo.

O estádio de Currais Novos leva o seu nome.

Tempos depois, já nas terras da Fazenda Soledade, entre as cercas de José Braz Filho (1925-1996), bisneto do Coronel Zé Bezerra d’Aba da Serra, ajeitaram um terreno, jogaram a cal traçando linhas na terra, fincaram quatro madeiras no chão em dois pares, norte e sul, amarraram um travessão em cada par, e estava criado um campo de futebol, no lugar onde a vaquejada era de fato o esporte mais praticado poucos metros à frente.

Obra de dois dos três filhos machos de Zé Braz “Novo”, José Braz Neto (1953), o Dedé de Zé Braz, e Jarbas Braz (1956), o caçula de todos; um se aventurando na linha e o outro debaixo dos paus, no “Campo da Soledade”.

Conta-se que num domingo de clássico o time de Dedé de Zé Braz perdia pelo placar mais magro, e o sol já era um fiozinho de luz quase apagada, quando o árbitro recebeu a ordem “não acabe ainda”.

Descambava o segundo tempo para uma hora e quinze minutos, céu escuro, jogadores de ambas as equipes exaustos, quando houve um escanteio em favor do “time da Soledade”.

Batido na área adversária, novo escanteio se deu. O segundo seguido.

Bola levantada no tumulto outra vez, a zaga cortou jogando pela linha de fundo. O terceiro escanteio consecutivo.

Foi quando Dedé de Zé Braz correu atrás da bola e, segurando-a entre os espinhos das juremas atrás do campo, decretou a décima oitava regra do futebol:

– Três escanteios é pênalti.

Bateu, converteu e a partida terminou empatada.

Nem o emir do Catar tem tanto poder de mudar ou criar regras no futebol. Né não?

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

WELLINGTON VICENTE - GLOSAS AO VENTO

AO POETA NASCIMENTO

Hoje o poeta só tem
É o que agradecer.

Mote do Poeta Nascimento

Nesta minha caminhada
Ganhei mais do que perdi
E até hoje vivi
De forma justa e honrada.
A minha esposa adorada
Soube me compreender
Pra nossa prole crescer
Pelo caminho do bem.
Hoje o poeta só tem
É o que agradecer.

* * *

Poeta Nascimento, que ontem aniversariou, natural de Salgueiro-PE
Escritor e Cordelista

DEU NO X

DEU NO JORNAL

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

NACINHA – CUIABÁ-MT

Minha gente querida!

Esta moça é a líder da mulherada que votou no Lula.

Ela está convocando todas as militantes pra festejar no curral no dia da posse.

DEU NO X

DEU NO JORNAL

A LADROAGEM EM ENTENDIMENTOS TRIBUNALESCOS

Com a soltura de quase todos os condenados por ladroagem no âmbito da Lava Jato e até a anulação de sentenças, como a que levou o petista Lula a cumprir pena em regime fechado por corrupção e lavagem de dinheiro, as empresas corruptoras agora “abriram entendimento” com tribunais superiores para receberem de volta, com juros e correção, os valores roubados que devolveram aos cofres públicos através de acordos de leniência firmados com a Justiça, nos quais confessaram seus crimes.

* * *

Empresas corruptoras “abriram entendimento” com tribunais superiores.

Pra receberem de volta o que roubaram… com juros…

Ah… Não vou repetir.

Tá escrito nessa nota aí de cima.

E a partir de janeiro…

É phoda!!!

É pra arrombar a tabaca de Xolinha!!!

A cachorra Xolinha, mascote do JBF, ficou de tabaca arrombada por conta do esgoto no qual nossos tribunalecos estão atolados