No grupo de zap do Cabaré do Berto (quem não participa não sabe o que está perdendo!) colocaram um vídeo cujo fundo musical diz “companheiro é companheiro, fea da puta é fea da puta”. São “amigos” colocando outros em situações vexatórias, mas achei engraçado o refrão e tenho usado bastante, principalmente quando vejo cenas reais desse Brasil cafajeste.

Eu tenho tentado identificar quem é o maior fea da puta desse país e, francamente, a escolha teria que ser aleatória. Botava os nomes dos fea da puta desse país na roleta de Cu Trancado e girava. Onde parasse estava ali o escolhido. Mas, eu confesso que tenho uma preferência particular por Geraldo Alckmin. Eu espero que esse fea da puta, com a proximidade ao presidente eleito, obtenha a resposta que ele fez no debate de 2006: “Presidente Lula: de onde veio R$ 1.750.000,00 em dinheiro vivo para comprar um dossiê fajuto?”. O presidente nunca respondeu, mas acho que com a convivência atual ele deve confidenciar.

Faltam poucos dias para termos de volta um governo corrupto, irresponsável, perdulário que se notabilizou pela manutenção da pobreza para continuar no poder. Oferecia uma esmola mensal de, em média, R$ 178,00 para uma família e agora, quebrou a trava de segurança do controle fiscal para dar R$ 600,00 e com isso garantir a permanência no poder sob o argumento de que “estamos fazendo pelos pobres”. Na verdade estarão fazendo mais pobres. Devemos agradecer tudo isso a um conjunto de fea da puta plantados nas mais altas cortes de justiça desse país e, cá com meus botões, aguardem o revanchismo.

Em minhas aulas eu tenho suscitado um debate saudável sobre o encaminhamento que tem sido dado à política econômica. Na verdade eu sou até contraditório em falar de “política econômica” porque o governo eleito nunca apresentou uma linha sequer, desde a campanha, sobre este assunto. Ganhou a eleição sem dizer uma linha sobre o que pretende fazer com a economia, embora os sinais estejam claramente definidos: o governo terá 37 ministérios e, com raras exceções, ocupados por políticos, ou seja, nenhum conhecimento técnico na pasta. Fernando Haddad no ministério da fazenda é como botar Mr. Magoo pilotando um carro de fórmula 1.

O presidente Bolsonaro travou uma batalha para zerar impostos (PIS/COFINS) sobre combustível e havia uma medida provisória prorrogando isso por mais 30 dias. No entanto, o ministro Fernando Haddad pediu para que a medida não fosse adiante porque “não queria comprometer” as receitas do governo. Vá pra puta que pariu sr. Ministro. Vocês acabaram com a PEC dos gastos para dar, sem saber de onde vai tirar dinheiro para os pobres, principalmente do nordeste, em gratidão aos 70% de votos e agora vem falar de comprometimento de caixa. Vá tomar na jaca, seu fea da puta.

A partir de janeiro, com o PIS/COFINS sobre o combustível, vamos pagar R$ 0,69 a mais sobre o litro de gasolina, R$ 0,33 a mais sobre o litro de diesel e R$ 0,24 a mais sobre o preço de álcool. É importante lembrar que os estados irão retornar à política de cobrança do ICMS sobre combustível, ou seja, vamos colocar algo entre R$ 1,20 e R$ 1,55 nos preços dependendo do estado e do combustível. O mais engraçado é que vi um comentário de Miriam Leitão dizendo que “não faz sentido subsidiar o preço dos combustíveis”. Companheiro é companheiro, fea da puta é fea da puta.

O interessante é o pensamento de muitas pessoas para votar em Lula. Vamos começar pelos políticos como Simone Tebet e Ciro Gomes: defesa da democracia. Vale salientar que a democracia desse país esteve sob ameaça quando o STF interferiu nos dois poderes, descaradamente. Quando criaram regras para soltar bandidos; quando o ministro Barroso fez mudar as comissões que julgavam o voto impresso. Depois dos políticos vem aqueles que dizem “o PT é canalha, corrupto, mas precisamos acabar com o fascismo”. Fascismo? Ah! Essa denominação é usada para identificar, única e exclusivamente, o presidente Bolsonaro. Eu já rebati um comentário de um lulista mostrando que as condições constantes no Dicionário Político, de Roberto Bobbio, apontam para a inexistência do fascismo no Brasil. Ele respondeu simplesmente que “fascismo” é apenas a referência ao presidente Bolsonaro.

No fundo, os eleitores preferiram um presidente corrupto, cercado de pessoas que passaram a vida em inteira enganando a população com promessas vãs, cheios de processos no rabo por improbidade administrativa, apenas porque não entendeu que governo é um gabinete e como tal o governo Bolsonaro estava fazendo muito mais pelo Brasil do que fez os governos anteriores. Quem tiver ações da petrobras ou do Banco do Brasil, venda logo.

Foi engraçado ver a cara de Renata Vasconcelos informando que o ministro Fernando Haddad pediu pela não prorrogação da desoneração do combustível e não custa lembrar: companheiro é companheiro, fea da puta é fea da puta. Assim sendo, sugiro ao Editor do JBF que se crie um prêmio para o fea da puta da semana, já a partir de janeiro. Como seria: uma pesquisa no JBF no qual o leitor indicaria o nome do fea da puta da semana e quem tivesse maior votação teria sua foto divulgada com um pequeno texto explicando a escolha.