A PALAVRA DO EDITOR

UMA MERECIDA HOMENAGEM

Está fazendo uma semana hoje que tive a grande alegria de receber aqui em casa a visita do querido amigo José Paulo Cavalcanti.

José Paulo, um dos maiores juristas deste país e colunista do JBF, é o mais novo Imortal da Academia Brasileira de Letras, eleito no último mês de novembro.

Domingo último, dia 12 de dezembro, ele e a esposa Maria Lectícia passaram a tarde aqui conosco e foi conversa até umas horas.

Ambos já são membros da Academia Pernambucana de Letras.

Este Editor e Aline com o casal José Paulo e Maria Letícia

Pois hoje pela manhã, saí com Aline para darmos o nosso tradicional passeio dominical pela cidade que tanto amamos.

E nos deparamos com este cartaz que está aí embaixo, no centro do Recife, num avenida às margens do Rio Capibaribe.

Paramos o carro e fizemos a foto.

Uma homenagem dos seus colegas, os advogados aqui da terra, parabenizando-o pelo ingresso na ABL.

O cartaz foi também colocado em outros pontos da cidade.

Parabéns, meu querido amigo!

Você merece isto e muito mais!

DEU NO X

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

DUAS POESIAS SE COMPLETANDO

O poeta tabirense Marcílio Pá Seca Siqueira enviou:

Já dizia o poeta sertanejo
Que no mesmo sertão ainda mora
A saudade é cruel e dolorida
Como a lágrima no rosto de quem chora
Mas também é delgada e passageira
Como o pingo da lágrima que se tora.

Este colunista, seridoense de Acary, no mesmo estilo lhe respondeu:

Se a saudade na gente se demora
As areias do rosto viram um leito
Para as águas correndo das cacimbas
Cada olho vertendo um rio estreito
E esses rios salgados divididos
Lacrimejam enchendo o mar do peito.

DEU NO X

DEU NO JORNAL

ESPIANDO OS PÉS-DE-RABO

A grande notícia do fim de ano é a previsão de alta de 16% nas vendas em shoppings.

Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers, a expectativa é de movimentação de R$ 5,6 bilhões no setor.

* * *

Com certeza, esta notícia não vai sair no Jornal Nacional.

Nem na grande mídia oposicionista e funerária.

Mas sai aqui nesta gazeta escrota.

É bilhão que só a peste movimentando o comércio!

Mesmo assim, ainda é menos bilhão que o fundão eleitoral.

Bom, mas o que eu queria mesmo dizer é o seguinte:

Mais que os lojistas, quem ficou alegre com esta notícia foi este editor.

Os shopis centis vão encher de gente e vai ter pé-de-rabo que só a peste andando pra lá e pra cá pelos imensos corredores.

Um linda visão pra eu ficar espiando enquanto tomo meu capuccino com torradas!

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

NACINHA – CUIABÁ-MT

Meus amigos do coração!!!

Aqui no nosso querido estado a pesca é muito praticada.

Eu mesmo entendo demais de peixes.

Sou doutora no assunto. kkkkk

Vejam alguns tipos de peixes:

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

OS BOIZINHOS DE MAMONA

O mundo, em especial o Brasil, está enlameado. Assim, como gosto de escrever compulsivamente, vou me voltar a partir de agora, para outras coisas: para a infância, para aqueles que ainda não foram contaminados pelas idiotices dos doutores e dos adultos.

Botar a pipa no ar; relancear sem cerol na linha; jogar peteca para uns e bola de gude ou “cabiçulinha” para outros; jogar e aparar pião na mão, e depois na unha; fazer bola de meia ou, ainda, jogar chuço na areia molhada depois da chuva.

É melhor que perder tempo, lendo tanta bobagem dita nas redes sociais por quem frequentou a escola e fez juramento ético. Mas perdeu tempo na vida: nem aprendeu, nem se transformou em profissional. É doente! Não é útil. Nem para si mesmo.

Pois, decidi ligar a máquina do tempo – será melhor, pois nunca fiz nada que me envergonhasse – e voltar a passear na infância vivida no interior, quando ainda banhava nu no açude, e vestia calças de suspensórios. Quando comia (literalmente) com a mão, fazendo capitão de feijão.

A tarde, depois de fazer os deveres escolares – lembro: não havia merenda escolar, bolsa escola, ônibus escolar, uniforme ou livros doados pelo Governo; mas, lembro também, nem nós nem os professores fazíamos greves – as brincadeiras de jogar castelos de castanhas de caju, soltar pião ou cuidar da fazenda imaginária, onde a boiada era toda uma obra de arte feita com sementes de mamona.

E as vacas eram leiteiras, sim senhor. Se alimentavam também, sim senhor. E até cagavam “aqueles pratos de esterco” que, de noite, eram queimados para espantar pragas e muriçocas.

Não, nenhuma vaca holandesa. Nenhum touro de raça – e a manada era aumentada com uma simples volta debaixo do pé de mamona. Apanhadas ainda verdes, as sementes eram postas à secar.

Tempos bons. Tempos de vaca não conhecer bezerro. Mas… nenhuma ia para o brejo.

* * *

Simonal – o irreverente

Enquanto os escorpiões espalham veneno, e aranhas tecem redes nas redes sociais, numa evidente autodestruição, como se “kamikazes” fossem, eu, esperando a água correr por debaixo das pontes, volto ao tema exageradamente descrito, mas nunca solucionado em definitivo.

Falo da relação que sempre existiu entre a negritude e a competência.

Hoje, relembramos a figura diferenciada de um dos maiores show-man dos anos 60/70, com poderes de atrair a atenção, a preferência e em alguns momentos o bem-querer do povo brasileiro.

Cantor, detentor de esmerada técnica e qualidade vocal, Simonal viu sua carreira entrar em declínio, após o episódio no qual teve seu nome associado ao DOPS, envolvendo a tortura de seu contador Raphael Viviani. O cantor acabaria sendo processado e condenado por extorsão mediante sequestro, sendo que, no curso deste processo, redigiu um documento dizendo-se delator, o que acabou levando-o ao ostracismo e a condição de pária da música popular brasileira.

“Percebi que podia dominar o público. Como, nem sei explicar direito. Descobri o valor da entonação e aprendi que há um segredo na maneira de falar, na maneira de olhar, na maneira de se portar. Quando não gritava, me impunha com o olhar, naturalmente.” (Wilson Simonal)

DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

GEORGE MASCENA – TABIRA-PE

A HISTÓRIA DOS CEARENSES QUE SEQUESTRARAM NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

O título da matéria parece estranho, mas aconteceu de verdade. O ano era 1950, a imagem de Nossa Senhora de Fátima saiu de Portugal para visitar algumas paróquias do estado do Ceará, chegando em Crateús, o número de romeiros estava muito além do esperado, e todos queriam chegar perto da Virgem Peregrina. Pessoas de toda a região chegaram na cidade nas primeiras horas do dia para aguardar a imagem. A fila dobrava quarteirões, porém a Santa tinha horário a cumprir, o avião que a levaria para Tauá, também no Ceará, tinha que decolar e pousar antes do sol se pôr. A organização da romaria resolveu retirar Nossa Senhora antes que todos os fieis dela se aproximassem, foi ai que aconteceu o sequestro, fecharam a saída da imagem, que só foi liberada depois que todos os romeiros da fila pudessem toca-la.

O ato contou com o apoio das autoridades locais, até do Padre Palhano Sabóia, que já havia reclamado que a santa chegou atrasada em Crateús, porém o Bispo de Sobral, José Tupinambá da Frota, não gostou do encarceramento de Nossa Senhora e mandou fechar a igreja de Crateús por uma semana.

Esse fato sujou a imagem da cidade de Crateús, que por muito tempo ficou conhecida como “a cidade onde prenderam a santa”. O escritor Flávio Machado conta em seu livro “Crateús – Lembranças que Marcaram História”, que quando criança, ia a outra cidade próxima e fazia qualquer traquinagem, as pessoas reclamavam dizendo: “quem tem coragem de prender uma santa tem coragem de tudo”.

Na época o caso foi divulgado pelas rádios e jornais do Ceará, da capital federal Rio de Janeiro e até pela BBC de Londres, de lá pra cá o sequestro foi sendo esquecido e hoje muitos moradores da cidade desconhecem esse fato. A mesma imagem de Nossa Senhora de Fátima já visitou Crateús outras duas vezes sem intercorrências, em 2003 para comemorar meio século do Arco de Fátima, construção da cidade que homenageia a primeira visita da Peregrina, e em 2005, em uma comemoração antecipada da aparição da Virgem em Fátima, em Portugal, a três pastorinhas em 1917. A violência contra a santa não prejudicou a cidade de Crateús nem a de Tauá, que hoje estão na lista das cidades menos violentas do Nordeste, como descritas no vídeo abaixo do Canal 1a10 Curiosidades .

As 10 cidades menos violentas do Nordeste

DEU NO X