Só pode ser desvio de personalidade ou outro problema psíquico. Não tem explicação. pic.twitter.com/Sh1VvAsYzD
— Tumulto BR (@TumultoBR) October 20, 2024
Arquivo diários:20 de outubro de 2024
DEU NO X
BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
PREOCUPAÇÃO
DEU NO JORNAL
DEU NO ESTADÃO
PROMOÇÕES E EVENTOS
É HOJE! – COLUNISTA FUBÂNICO JESSIER QUIRINO NO RECIFE
LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA
PHILADELPHIA !!!
DEU NO X
XUXU SE DISFARÇA COM MEDO DE ISRAEL
SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO
PENDÃO DA BABOSA
PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA
A NOSSA CASA – Florbela Espanca
A nossa casa, Amor, a nossa casa!
Onde está ela, Amor, que não a vejo?
Na minha doida fantasia em brasa
Constrói-a, num instante, o meu desejo!
Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa?
Sonho… que eu e tu, dois pobrezinhos,
Andamos de mãos dadas, nos caminhos
Duma terra de rosas, num jardim,
Num país de ilusão que nunca vi…
E que eu moro – tão bom! – dentro de ti
E tu, ó meu Amor, dentro de mim…
Florbela Espanca, Vila Viçosa, Portugal (1894-1930)
DEU NO X
DÁ GOSTO OUVIR
– O pai da mentira, das Fakenews e da desinformação em toda a sua arrogância diabólica diária. pic.twitter.com/Rg8Ahn6eQ7
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 19, 2024
MAURÍCIO ASSUERO - PARE, OLHE E ESCUTE
ELEIÇÃO MUNICIPAL: RESULTADO PARCIAL
Passado o primeiro turno das eleições municipais, os resultados indicaram que partidos de esquerda, dentre os quais PT, PSDB e PDT, saíram das eleições menores do que entraram. Os casos do PDT e do PSDB parecem mais emblemáticos, visto que Ciro Gomes sofreu uma derrota acachapante no Ceará, não elegendo quase ninguém que apoiou, principalmente, em Fortaleza. De modo igual, o PSDB e a forma desses partidos continuarem existindo é através da federalização, isto é, um artifício usado para driblar a lei, pois o partido sem representatividade sai de cena.
O PSDB era o partido de esquerda com maior representatividade. Comandou o estado de São Paulo batendo, por ano, no PT que nunca chegou a governar o estado, para o bem dos paulistanos. O MDB, tinha raízes quadro fortes, chamado “históricos” como Pedro Simon, mas depois absorveu algumas indignidades como José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e tornou-se um partido bissexual, ou seja, politicamente dividido com uma ala fazendo oposição e outra participando do governo fosse ele qual fosse.
O PSDB era aristocrático e Fernando Henrique Cardoso foi eleito e reeleito com facilidade para presidência da república. Nitidamente, politicamente, superior ao PT que era extremista e causava temor a organizações como o Fiesp (não custa lembrar que quando Lula se candidatou em 1989, Mário Amanto, então presidente da Fiesp, declarou que se ele fosse eleito, 800 mil empresários sairiam do Brasil). A briga pelo poder era entre PT e PSDB, visto que os outros partidos de esquerda (PDT, PCB, PCdoB etc.) nunca tiveram capacidade de arregimentar eleitores. O PDT vive das cinzas de Leonel Brizola que brigou contra o PTB de Ivete Vargas pelo legado de Getúlio Vargas (briga judicial, com vitória de Leonel Brizola).
Ciro Gomes se candidatou à presidência em três ocasiões e seu melhor resultado, salvo engano, foi 12% dos votos. Ele não entendeu que o Brasil não o quer como presidente e atualmente pode ser visto nas lives da vida pregando bobagem. Um mero canalha que chegou a beijar a mão de Antônio Carlos Magalhães. Hoje, critica o governo tendo, particularmente, votado no presidente atual. Na ausência de capacidade empresarial para trabalhar, continua ganhando dinheiro do PDT para não fazer nada. Dinheiro público, vindo do fundo partidário. Essa vergonha precisa acabar. A saída para o PDT é se juntar, em federação, com o PSDB e o Solidariedade.
No caso do PT, ao que se viu até agora, nenhuma prefeitura em capitais, embora esteja no segundo turno em quatro delas, todas no Nordeste. Duas prefeituras em cidades grandes lá em Minas Gerais e o resto das prefeituras são interioranas, sem muito expressividade no cenário político. Perdeu a prefeitura de Araraquara, não teve um bom desempenho no ABC paulista e tem, em São Paulo, a esperança de ter um aliado extremamente mais radical, o PSOL, na prefeitura. Se Pablo Marçal tivesse sido mais objetivo nos debates e não se pegasse a babaquice (pesquisas mostram que os indecisos deixaram de votar em Marçal por conta daquele laudo falso), o segundo turno paulista poderia ter alijado Boulos da disputa.
Acho que cabe relembrar um fato ocorrido aqui em Pernambuco nos idos de 1980. Jarbas Vasconcelos era o candidato preferido de Arraes para prefeitura do Recife, ambos no PMDB. Ocorre que o partido tinha interesse em lançar Sérgio Murilo e Jarbas sairia derrotada na convenção. Arraes o filiou ao PSB e Jarbas concorreu por esse partido. Faltando dois dias para acabar a propaganda eleitoral, o programa do PSB massacrou Sérgio Murilo acusando de ter cometido um assassinato. De fato, Sérgio se envolveu num problema dessa natureza, no entanto, ficou comprovado que foi por legítima defesa. A viúva do cara que morreu, declarou que foi legítima defesa, mas o povo não deu a mínima importância e Jarbas Vasconcelos foi eleito.
Voltando à questão do primeiro turno, é preciso verificar se essa derrocada da esquerda representa o início da conscientização da população. Eu acho que pode haver um ingrediente de simpatia com os candidatos, ou seja, lançam um candidato que não é opção da maioria. Lula foi vaiado aqui em Pernambuco porque não abraçou a candidatura de Marília Arraes e ela saiu do PT para concorrer pelo Solidariedade.
Sobre o PSB, partido do vice-presidente que dizia que Lula queria voltar à cena do crime, foi eleito, com folga, o candidato do Recife que colocou como vice uma figura controlável pela família Campos. Lula insistiu para que o vice fosse do PT por motivos óbvios: daqui a dois anos João Campos vai se candidatar a governador de Pernambuco e com isso o PT assumiria uma prefeitura estratégica.
Diante de tudo isso, a única certeza que me resta é que o presidente atual continua centralizando as decisões de esquerda nesse país e quando ele morrer, dificilmente o PT existirá porque não ninguém com capacidade de agregar votos. Basta ver o seguinte: o PT foi reconhecido com partido em 1980, mas só chegou ao poder 22 anos depois. Esse foi, de fato, o tempo necessário para o partido se organizar, mudar a cara de reacionário, se aproximar do mercado, dos empresários etc. Quando o presidente atual morrer, qualquer outro nome do partido vai precisar de 20 anos para ser reconhecido no cenário nacional.