Me da vontade de Vomitar, essa escória será eliminada da politica aos poucos, reparem os olhos verdes do🦑. pic.twitter.com/EpOGBNHqR0
— SIDNEY VARELA01 (@SIDNEYVARELA5) October 29, 2024
Me da vontade de Vomitar, essa escória será eliminada da politica aos poucos, reparem os olhos verdes do🦑. pic.twitter.com/EpOGBNHqR0
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A candidata do PMB à prefeitura de Curitiba Cristina Graeml, que chegou ao segundo turno
Consolidou-se no segundo turno a força da centro-direita que se espalhou pelos municípios brasileiros no primeiro. A esquerda encolhe; o símbolo do PT se torna uma estrela cadente. O mais significativo é que o partido não teve nem sequer candidato para a prefeitura de São Paulo, onde foi criado, tendo de apoiar o candidato do PSol, que não elegeu prefeito algum. Dos 39 municípios da Grande São Paulo, região de operários e berço de sindicatos, a esquerda ficou com apenas três prefeituras, com PDT, PSB e PT. Lula nem foi a São Bernardo votar e a alegação oficial foi a de que já não é obrigado, pelos 78 anos de idade; seria melhor ter assumido o motivo real: o risco de voar com hematoma intracraniano.
O segundo turno mostrou quase empate em Fortaleza (CE), Pelotas (RS) e Ribeirão Preto (SP) – onde a diferença foi de 687 votos. Casos para recontagem manual, se isso fosse possível. Em Camaçari (BA), Campo Grande (MS), Olinda (PE) e Caxias do Sul (RS) o resultado foi um apertado 51% a 49%. No primeiro turno, todos os eleitos já eram prefeitos; no segundo, repetiu-se o favoritismo de quem já detinha o poder municipal em Palmas (TO), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). Partidos mais à esquerda, como PSTU, PCB e PCO, além do PSol, não elegeram prefeito algum, assim como ficaram fora de prefeituras de capitais o PSDB, o PDT, o PCO e o Cidadania (ex-PCB). O PT ficou só com Fortaleza e está em nono lugar em prefeituras.
Curitiba mostrou que é possível uma pessoa sem Fundo Partidário, sem dinheiro, boicotada pela mídia e, na prática, candidata avulsa, poder chegar ao segundo turno com 43% dos votos válidos. Cristina Graeml decidiu disputar com o vice-prefeito, apoiado pelo prefeito, pelo governador e por ex-governador, e chamou a atenção do país inteiro pela determinação e coragem, como candidata saída das aspirações populares e não de diretórios partidários e acertos e interesses políticos. Sua presença na eleição mostra que é possível sair do povo e não da estrutura política tradicional. Não foi eleita, mas é vitoriosa.
Na principal eleição também surgiu um personagem sem biografia partidária, Pablo Marçal, que quase foi para o segundo turno, mas insistiu em participar da decisão e se perdeu. Acabou dando palanque a um dos candidatos, e deixou à mostra o objetivo de se promover; com erros de tática e estratégia, acabou perdendo o que conquistara. Em Goiânia (GO), o governador Ronaldo Caiado mostrou sua força para 2026, derrotando o candidato de Jair Bolsonaro e do deputado Gustavo Gayer – que, abalado pela visita da Polícia Federal, atribuiu a derrota a Caiado e o chamou de “canalha” nas redes. A reação emocional esquece que, se a centro-direita se dividir, abre espaço para a esquerda em 2026. É preciso ser pragmático como Tarcísio de Freitas e guardar as emoções para os prazeres e não para a guerra eleitoral. Dividir a centro-direita será a estratégia da esquerda neste pré-2026.
Puxadinho do PT, o Psol de Boulos lidera a lista de partidos de esquerda que não elegeram um só prefeito, dos 5.565 cargos em disputa.
Entre os partidos que ficaram no ora-veja estão PSTU, PCB, PCO e UP.
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Uma verdadeira federação de rejeitados.
Exterminados pelas urnas.
Merecem uma pomposa cerimônia fúnebre.
Ser Poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda gente!

Florbela Espanca, Vila Viçosa, Portugal (1894-1930)

Torcedores do Peñarol são detidos após vandalismo no Rio de Janeiro
Não acompanho futebol, mas um amigo que acompanha me falou da agressividade dos ataques de torcidas organizadas. Eu vi no Rio de Janeiro porque me hospedei no mesmo hotel onde estava o Peñarol. Os torcedores do Botafogo passaram a noite toda jogando rojões para não deixar os jogadores do Peñarol dormirem. No dia seguinte, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a torcida do Peñarol revidou, atacando ônibus e quiosques, fazendo quebra-quebra. Houve 200 prisões. Na Rodovia Fernão Dias, a torcida organizada do Palmeiras atacou um ônibus da torcida organizada do Cruzeiro. Trancou as portas do ônibus para que todo mundo morresse queimado. Morreu um, houve uma violência incrível.
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O crime organizado vai se espalhando por tudo
Contam-me que já existe vínculo de torcida organizada com o crime. Então o crime está metido em tudo: na política, nos transportes, em postos de gasolina. E eu me pergunto: será que os três poderes estão atentos a isso? Ou o crime já entrou por lá também? Vi agora um desembargador recém-aposentado no Mato Grosso do Sul que tinha R$ 2,7 milhões guardados em casa. Não é possível que a pessoa guarde dinheiro em casa. Existe banco para quê? Aplique esse dinheiro! Claro que é dinheiro de venda de sentença. Então sim, o crime chegou ao Judiciário, chegou ao Geddel Vieira Lima, chegou ao pessoal com dinheiro na cueca.
E aí, três poderes? Essa é uma obrigação dos três poderes, porque isso golpeia as instituições democráticas, que se enfraquecem, se entregam ao crime. Não se combate o crime perseguindo agricultor e pecuarista pobre na Amazônia, garimpeiro que vem do interior do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, do Maranhão, do Piauí, resolver a vida na Amazônia, ver se descobre alguma esperança, alguma luz no fim do túnel, e que é escorraçado como se fosse criminoso. No entanto, existem territórios liderados pelo crime em grandes cidades, onde a autoridade não entra. Isso, sim, devia ser o assunto principal da campanha política, da campanha eleitoral.
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Entidade quer reduzir letalidade da polícia. Que tal reduzir a letalidade do bandido?
Agora se reúne no Rio de Janeiro uma entidade chamada Fórum Brasileiro de Segurança Pública para recomendar que a polícia baixe a letalidade. Tinham de recomendar ao bandido baixar a letalidade, a não usar mais fuzil, nem granadas. Mas não, parece que o bandido está apoiado até por decisões do Judiciário. É uma coisa incrível. Fora o combate às pessoas de bem por armas: houve um esquizofrênico lá em Novo Hamburgo (RS) que matou o pai, o irmão, um policial e feriu dez pessoas. Ele erradamente obteve registro de arma. Como foi possível? Ele passa por um exame para saber se tem equilíbrio psicológico. E passou, como é que pode?
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Em Nova York, nada de arma em local com aglomeração, mas aqui não querem ninguém com arma
Em Nova York, está passando uma lei que pode proibir portar armas em escolas, cinemas, teatros, bares, parques e na Times Square. Isso já está nas recomendações para quem tem porte de arma: não frequentar bares, casas noturnas, cinema, teatro, aglomeração. Portar arma nesses lugares é proibido em Nova York, mas jamais a legislação americana vai impedir que o cidadão exerça o seu direito de defesa de vida e propriedade. Isso é tradição na cultura americana. Mas aqui desarma-se a pessoa e, mais incrível ainda, querem desarmar a polícia também, ou fazer com que a polícia baixe as armas. Aí a polícia vai ser morta, e não teremos mais a polícia para nos proteger. Será que é isso que as pessoas querem?