ALEXANDRE GARCIA

SOMOS CONDUZIDOS

Brasil vai para mais uma eleição sem comprovante impresso do voto.

Brasil vai para mais uma eleição sem comprovante impresso do voto

Domingo é dia de eleição municipal. Teoricamente, é a eleição mais importante de uma república federativa, porque o município é a célula da nação, onde as pessoas trabalham, se divertem, comem, dormem – e votam nos seus representantes mais próximos, prefeito e vereadores. Eu escrevi teoricamente porque, na prática, somos uma república unitária, concentrando tudo na União quando, ao contrário, deveria estar tudo nos 5.569 municípios. Imagine um corpo que só tenha coração forte, mas sejam fracos seus membros e células. Pois bem, a pergunta é: estamos preparados para receber, sem dúvidas, os resultados do próximo domingo? Estamos nós seguros de que o que será anunciado pela contagem oficial refletirá a verdade, a realidade dos votos que foram digitados? Ou restarão dúvidas, como restaram nas eleições anteriores? O fato é que não se entende como é a apuração, que deveria ser transparente, como indica o artigo 37 da Constituição.

Há pouco tivemos uma demonstração clara de um sistema mais claro que o nosso, na Venezuela. Não foi possível Nicolás Maduro convencer pessoas e países de que ganhara a eleição, pois o sistema tem fácil consulta digital. Tudo indica que Maduro mandou interromper a contagem quando percebeu que perdia por larga margem, mas o fez tardiamente, já com a apuração em eloquentes 83,5%. Um episódio inesperado aconteceu na tevê de maior audiência, a Globovisión, quando o entrevistado deu um exemplo de transparência, pedindo o número do título de eleitor do apresentador. Consultou o celular, confirmou a seção eleitoral e disse que, onde seu entrevistador votara, Maduro teve 94 votos e Edmundo González, 394. Ali, na hora, ao vivo, sem chance de cortar.

Aqui, vamos para as urnas mesmo sem comprovante físico dos mistérios digitais. E vamos, aos trambolhões. A falta disso gerou o 8 de janeiro. Os paulistanos, que vão para uma eleição cuja campanha destoa da importância de São Paulo, têm na bandeira um dístico em latim que diz: Não sou conduzido, mas conduzo. Fico me perguntando o quanto permitimos que nos conduzam. Será por conforto, porque não queremos nos incomodar? Ou por medo de um arbítrio censor que contraria sem pejo a Constituição? Em 1932, os paulistas deram sangue para exigir que Vargas aceitasse uma Constituição. Ele aceitou, mas depois impôs o Estado Novo, repetindo o que fizera Salazar em Portugal. E fomos, aos trambolhões, até 1946.

Agora temos a ágora digital, que deu mais voz a cada um; mas também a usamos como um desabafo: postamos, nos aliviamos, e vamos em frente. Perigoso manter suspenso o X, porque pode acumular pressões. Há 14 anos, Lula, Dilma, Edison Lobão e a governadora Roseane Sarney estiveram em Bacabeira, Maranhão, anunciando com festa e ufanismo a refinaria Premium, da Petrobras. Tiraram quem estava sobre a área de 200 hectares e criaram a expectativa de 132 mil empregos e muita renda para o município. Não aconteceu nada. Na última eleição presidencial, Lula, da promessa não cumprida, recebeu 81% no segundo turno naquela cidade.

Quando a Lava Jato descobriu as propinas de empreiteiras para políticos e seus partidos, proibiram que pessoas jurídicas, isto é, empresas, doassem para partidos. Será que acreditavam que iria valer? Agora se noticia que o dono da Cosan, Rubens Ometo, que doou R$ 7,5 milhões na última campanha eleitoral, principalmente para Lula, agora dobrou a doação, com R$ 15,4 milhões para 160 candidatos e partidos; empreiteiras não podem, mas empreiteiros sim: Ricardo Gontijo, da Construtora Direcional, doou R$ 250 mil para o PSD; Antônio Setin, da incorporadora Setin, deu R$ 1 milhão para o partido de Kassab e Pacheco, noticiou o Metrópoles. Isso sem contar o dinheiro de nossos impostos que vai para o fundo eleitoral, ainda que não gostemos do partido agraciado. Tudo nos é empurrado goela abaixo. Todo poder emana do povo se o povo souber exercê-lo. Aprender a conduzir, para não ser conduzido.

RLIPPI CARTOONS

COMENTÁRIO DO LEITOR

A FUMAÇA

Comentário sobre a postagem A FUMAÇA DO MAU DIREITO: POSITIVISMO JURÍDICO SAIU DO CONTROLE

Roosevelt Bessoni e Silva:

Eu uso suas palavras para me contextualizar como cidadão, apenas acrescento que sou um avô que sente que os netos, daqui a 60 anos, estarão ainda vivendo uma realidade política sem ética e moral semelhante a atual.

E de direito entendo tanto quanto muitos entendem de liberdade. Mas sei ler e interpretar e comentarei a partir de um fato: excluir alguém das redes sociais.

Ora, o pressuposto básico é que não existe prisão perpétua em nosso país. Isso até o criminoso mais iletrado sabe.

Proibir o uso das redes sob risco de punições (qual seria o crime? Igual a punição de um pai por desobediência?) é de tamanho absurdo que é o mesmo que proibir para sempre alguém de escrever cartas porque escreveu uma carta falando da corrupção de uma pessoa ou porque propagou uma fofoca que corre solta na praça da Matriz. E pior, vir junto a proibição de os correios receberem qualquer carta desta pessoa.

Banir alguém das redes sociais é o mesmo que proibir alguém de beber a partir de algum dia porque cometeu algum ilícito sob efeito do álcool.

É como se o juiz estivesse decretando sentenças para todos os futuros crimes, quando eu penso que um processo deve sempre ser sobre um fato consumado. Hoje, está normalizado que tentativa já é crime, ou seja, basta pensar para ser punido.

Fico a pensar na aplicação das normas atuais de certos juizes supremos a artistas famosos que defendem ditaduras, proibindo-os de escrever ou publicar suas obras.

Que bom seria se a fumaça que cobre o Brasil fosse de fogo que gerasse árvores fortes e flores viçosas, mas parece ser de madeira podre. E quando passar, nada haverá mudado.

Fico a pensar como se estabelece o valor monetário de uma punição, existe uma tabela no Código Civil?

A fumaça perturba a respiração e pode esconder muitos podres.

DEU NO JORNAL

INTERESSE

Vem caindo o interesse pelo presidente Lula na internet, diz a plataforma Google Trends.

Talvez em razão do discurso xoxo na ONU ou pelas mentiras em coletiva, ao atacar Israel e passar pano para terroristas.

* * *

Bom, queda de interesse pode ser apenas na internet.

Domesticamente o interesse pelo descondenado não vem caindo de modo algum.

É só ver o interesse que sua cuidadora e primeira mandatária tem por ele.

Nada de queda, sempre em ascensão.

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

SONETO DO AMIGO – Vinicius de Moraes

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica…

Vinicius de Moraes - entrevistado por Clarice Lispector ...

Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes, Rio de Janeiro (1913-1980)

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

I LOVE ARARAQUARA !

O Brasil nunca esteve tão bem, em todas as áreas.

É o governo do amor.

Sem inflação, sem desemprego, sem violência nem fogo.

Obrigado Janjo & Janja!

Obrigado Pokémon!

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ALEXANDRE GARCIA

ISRAEL ESTÁ DANDO LIÇÃO DE GUERRA CIRÚRGICA AO MUNDO

Escombros deixados pelo ataque de Israel em Beirute contra o Hezbollah, realizado no dia 20 de setembro de 2024.

Escombros deixados pelo ataque de Israel em Beirute contra o Hezbollah, realizado no dia 20 de setembro de 2024

Quando atacaram as Torres Gêmeas, eu disse que estava começando um novo tipo de guerra, em que uns poucos põem em pânico uma nação inteira. Depois, veio um outro tipo de guerra, em que uns poucos matam muitos: em 7 de outubro do ano passado, o pessoal do Hamas entrou em Israel e foi matando jovens, mulheres, idosos, crianças, violentando e sequestrando. Nunca em Israel foram mortos tantos civis israelenses em um único dia. E reparem que nas guerras árabes-israelenses de 1967, de 1973, morreu muita gente, mas nunca haviam sido tantos.

Agora é Israel que está inaugurando e ensinando como fazer um novo tipo de guerra: a guerra cirúrgica. Pegam os líderes, não os soldados – apenas se os soldados estiverem junto dos líderes. Israel acabou com o líder máximo do Hezbollah, um braço armado do Irã; o substituto dele sobreviveu duas horas. Acabou com um chefe do Hamas, fora de Gaza, no Líbano. Está cortando todas as cabeças do Hamas e do Hezbollah. E Benjamin Netanyahu já deu a ordem para atacar cirurgicamente todos os alvos houthis no Iêmen: refinarias, depósitos, aeroportos. Os houthis são aquelas milícias que atacam navios e aviões no Mar Vermelho.

Netanyahu avisou o Irã para que não queira uma guerra, que Israel não quer guerrear com o povo persa. São duas grandes civilizações milenares, os persas e os judeus. Havia um avião carregado de mísseis do Irã, e avisaram: se entrar no espaço aéreo do Líbano, será abatido. Netanyahu lembrou que, se houver paz, se não gastarem dinheiro com programa nuclear, o Irã vai ter mais esgoto, mais hospitais, mais escolas, melhor água potável, mais bem-estar.

É um novo tipo de guerra, e o governo brasileiro, como sempre é o caso de Lula e do PT, toma partido de ditaduras contra Israel, a única democracia do Oriente Médio, o nascedouro da cultura judaico-cristã. Nesta segunda-feira foi dia de São Jerônimo, era da Dalmácia, na atual Croácia, e morreu em Belém, aonde ele tinha ido para aprender o hebraico e traduzir o Velho Testamento – os Evangelhos ele traduziu do grego. Ao traduzir os livros hebraicos para o latim, ele expandiu o cristianismo e a cultura judaica, por isso falamos de “civilização judaico-cristã”. Somos parte dessa civilização, mas o governo brasileiro está contra a nossa cultura e nossa civilização. No México, agora, por exemplo, Lula voltou a falar contra Israel.

* * *

Mercado prevê novos aumentos da Selic e inflação acima da meta

O boletim Focus, que faz uma avaliação com uma centena de agentes do mercado, está mostrando piora nas estimativas: o mercado prevê taxa Selic de 11,75% até o fim do ano – hoje está 10,75%. E uma inflação de 4,37% em 2024 – a meta é 3,5%, mas a previsão ainda está dentro do intervalo de tolerância.

DEU NO JORNAL

LOROTAS, LOROTAS

Diplomatas brasileiros têm sido constrangidos a explicar o que alguns governos ainda chamam de “desinformação” de Lula, como afirmar que o premier israelense Benjamin Netanyahu teria sido condenado à “prisão” pelo Tribunal Penal Internacional.

Maior lorota, nunca foi decretada.

* * *

O estoque de lorotas do descondenado é inesgotável.

Tem mais. Muito mais.

Outras mentiras do idoso cuidado por Esbanjanja, sempre frequentes em viagens internacionais, foram documentadas em vídeo, como quando ele contou ao bilionário Bill Gates já haver “tirado da fome” 24 milhões de pessoas no atual governo.