DEU NO X

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ALEXANDRE GARCIA

BIDEN E LULA

Desde que foi convencido a dar entrevistas todos os dias para ocupar lugar na mídia, o presidente Lula só se desgasta, com declarações no mínimo estranhas, como esta última, de que o MST não tira terra de ninguém; quem tira terra do agricultor são os bancos. Para quem teve apoio de banqueiros, a declaração só o faz perder apoio e dinheiro de campanha. Erros simples de avaliação, cometidos por quem sempre teve a fama de intuitivo, revelam um certo cansaço, neste ano e meio de terceiro mandato. Nesses últimos dias negou, chamou de “cretinos” os que registraram o fato de que, à medida que fala sobre contas públicas, juros e Banco Central, Lula faz o dólar disparar. Chegou até a imitar Bolsonaro na crítica ao Supremo: “A suprema corte não tem de se meter em tudo”.

Aliás, o falar demais atribuído a Bolsonaro parece estar sendo superado por Lula, reclamando de mães que têm filhos demais, anunciando que não vai financiar os arrozeiros que saíram de secas para enchente recordista, e acusando o presidente do Banco Central de trabalhar para os banqueiros; mas sempre elogiando o MST, que, por sua vez, critica Lula por frustrar as expectativas dos sem-terra. Na polêmica da droga, lavou as mãos como Pilatos. Empurrou para a “ciência”, esquecendo que as famílias esperam a ação social e sanitária do Estado para evitar, tratar, reprimir e pegar o traficante – e diminuir a desgraça.

Até hoje o país lembra do presidente Itamar Franco, que afastou o ministro Henrique Hargreaves até que ele demonstrasse inocência de uma suspeita, pois um ministro precisa estar acima de qualquer suspeita. Lula não considerou o bom exemplo e mantém o ministro Juscelino Filho, mesmo indiciado por corrupção pela Polícia Federal. O que esperar de quem encara um indiciamento por corrupção como algo com que pode conviver? Quando perde no Congresso e derrubam seus vetos, culpa as lideranças, os ministros e, agora, os jornalistas e, provavelmente, seus marqueteiros. Como no Rio Grande do Sul cheio d’água o discurso ficou esvaziado pela falta de ações efetivas, um gigantesco encontro do agro gaúcho está marcado para esta quinta-feira, para tentar despertar o governo federal.

Em política externa não é diferente. Está perto de Nicolás Maduro, de Cuba, de Daniel Ortega, do Irã, do Hamas, e longe de Israel, com quem temos contratos, e da Argentina, com quem temos vizinhança. Nos Estados Unidos, está cada vez mais palpável a volta de Donald Trump, e o Brasil poderá ficar só com os amigos de Lula, já meio distanciado de Gabriel Boric, do Chile, e sem afinidade com os presidentes do Paraguai e Uruguai. Javier Milei vai estar no fim de semana em Balneário Camboriú, com Jair Bolsonaro, e não vai estar com Lula na segunda-feira, na reunião do Mercosul em Assunção. Enfim, o presidente do Brasil fala mais que Joe Biden, mas o resultado é parecido.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

HÉLIO CRISANTO – SANTA CRUZ-RN

Mote:

“Mala de pobre só presta
Pra guardar conta vencida”.

Revirando a minha mala
Achei alguns amuletos
Mais de setenta boletos
Vencidos do meu opala.
Uma catinga que exala
De uma camisa encardida
Uma calça descosida
Que não serve mais pra festa;
“Mala de pobre só presta
Pra guardar conta vencida”.

Hélio Crisanto

Eu vi um maço de contas
Da nossa antiga *CERON
Contracheques do *BERON,
Um trevo de cinco pontas.
Duas músicas quase prontas
Sobre o tema despedida,
Uma foto colorida
Da derradeira seresta.
“Mala de pobre só presta
Pra guardar conta vencida”.

Wellington Vicente

*CERON – Centrais Elétricas de Rondônia.
*BERON – Banco do Estado de Rondônia.

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

A INDIFERENÇA – Luciano Dídimo

Alastra-se no mundo a indiferença,
Um fruto que não vem da ingenuidade,
Que tanto prejudica a humanidade,
De forma, nestes tempos, mais intensa.

Alastra-se no mundo qual doença,
Um fruto da total insanidade,
No incauto, uma voraz comorbidade,
Contagiosa como ninguém pensa.

Esposa do desprezo, descarada,
Em pobres e sofridos corações
Craveja a sua lâmina gelada.

Olhemos para a dor do ser humano,
Livremo-nos da teia de omissões
E ajamos como o “bom samaritano”!

Luciano Dídimo Camurça Vieira, Fortaleza-CE, 1971

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CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

NACINHA – CUIABÁ-MT

Gente amada e querida!!!

Só compartilho porque o livro está em promoção!!!

De R$ 39,90 por R$ 2,99.

Eu não acho que quem comprar ou quem perder de comprar, nem quem comprar nem perder de comprar, vai comprar ou perder de comprar.

Vai todo mundo perder se comprar!

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

COITADO DO BIDEN !

O que importa para esses canalhas egoístas, não é o futuro de suas nações, para eles só importa a sua imagem, o seu êxito pessoal e depois, o do seu partido.

Esses demagogos corruptos precisam ser expurgados da vida pública mundial.

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COMENTÁRIO DO LEITOR

TEMPOS DE CRIANÇA

Comentário sobre a postagem TARDES DE SÁBADOS DE ANTIGAMENTE

Jesus de Ritinha de Miúdo:

Zé Ramos, todas as suas colunas trazem um lirismo tão bom que transformam sua prosa numa espécie de poema corrido.

A velha radiola Philips, vermelha, duas tampas que na verdade eram as caixas de som, que papai comprou com a ajuda financeira do meu irmão mais velho (menino que começou a trabalhar aos oito anos e ainda hoje, aos sessenta e um, continua sem morrer por isso), pois bem, a velha radiola todas as manhãs dos domingos, depois da missa e do Som Brasil, me dava a oportunidade de virar “di-djei“.

Aí, nessa reminiscência que você nos trouxe, a minha saudade vem de Ataulfo Alves cantando “eu daria tudo que eu tivesse pra voltar aos dias de criança, eu nem sei pra quê que a gente cresce, se não sai da gente essa lembrança”.

E de papai, sentado saudável em sua cadeira de balanço em fios azuis, dando-me as ordens para trocar o LP confiando que eu sabia agradar seu gosto.

* * *