DEU NO X

DEU NO X

DIA HISTÓRICO

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

HISTÓRIA DE UM ÁTOMO (ETERNIDADE DA MATÉRIA) – Rodolfo Teófilo

Fui átomo de rocha, fui granito,
Fui lava de vulcão, fui flor mimosa,
Sutil perfume, nuvem borrascosa
Manchando a transparência do infinito.

Vaguei no espaço… errante aerolito
Transpus mundos de essência vaporosa.
De santos fui artéria vigorosa,
O coração formei a ser maldito.

Nasci com a Terra; gás eu fui com ela,
Estive de princípio na procela,
Fui nebulosa, sol, planeta agora.

Há cem mil séculos vivo m’encarnando,
Águia n’altura, verme rastejando,
Pólen voando pelo espaço a fora.

Rodolfo Marcos Theóphilo, Salvador-BA (1863-1932)

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

DEU NO X

JOSÉ DOMINGOS BRITO - MEMORIAL

OS BRASILEIROS: João Cândido

João Cândido Felisberto nasceu em Encruzilhada do Sul, RS, em 24/6/1880. Militar da Marinha e líder da “Revolta da Chibata”, em 1910, ficou conhecido como “Almirante Negro”. Filho de ex-escravos, entrou na Escola de Aprendizes Marinheiros de Porto Alegre, em 1895. Ao contrário da maioria dos marinheiros, que eram recrutados à força pela polícia, alistou-se como grumete em 10/12/1895, aos 14 anos, no Rio de Janeiro.

Viajou bastante pelo Brasil e vários países do mundo nos 15 anos que esteve na ativa da Marinha. Boa parte das viagens eram de instrução em navios de guerra. A partir de 1908, alguns marinheiros foram enviados à Inglaterra para acompanhar o final da construção de navios encomendados pelo governo. Lá ficou sabendo do motim feito pelos marinheiros russos, em 1905, numa luta por melhores condições de trabalho. Trata-se da revolta do Encouraçado Potemkin, que virou filme do diretor Sergei Einsenstein em 1925. Era um marinheiro competente, admirado pelos colegas e elogiado pelo comandante, devido ao bom comportamento e por ser um bom timoneiro. Era a pessoa talhada para liderar a “Revolta da Chibata”. O uso da chibata na Marinha foi abolido, por lei, em 1889. Porém o castigo continuou a ser aplicado, a critério dos oficiais, no contingente de 90% de marujos negros e mulatos. O clima de revolta contra esse abuso crescia na tripulação.

Num clima de revolta, os marinheiros, liderados por João Cândido, tiveram audiência com o Governo na presença do Ministro da Marinha, Alexandrino de Alencar, reivindicando o fim dos castigos físicos. Mas nada foi providenciado e os marinheiros decidiram fazer uma sublevação pelo fim do uso da chibata em 25/11/1910. Antes porém, ocorre um fato que precipitou a revolta. 3 dias antes, o marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes foi punido com 250 chibatadas, que não foram interrompidas mesmo após desmaiado, diante de toda a tripulação do navio Minas Gerais. A punição se devia ao fato de o marinheiro ter sido flagrado com uma garrafa de cachaça a bordo.

Á noite do dia 22/11/1910, sabendo que o comandante, João Batista das Neves, dormiria fora do navio, os marinheiros planejaram a tomada de posse das armas, domínio dos oficiais em seus camarotes e o controle do navio, bem como dos demais ancorados na baia da Guanabara. No entanto, o comandante voltou mais cedo do que previsto e surpreendeu os marinheiros no início da revolta. Os ânimos acirrados de ambas as partes resultou no ferimento de um dos marinheiros pelo comandante. Um deles mais exaltado retrucou o ferimento com um tiro na cabeça do comandante e dá-se o combate nos navios Minas Gerais, Bahia e São Paulo com mais 2 oficiais e 3 marinheiros mortos.

João Cândido foi indicado pelos demais líderes como o comandante-em-chefe de toda a esquadra em revolta, composta por 6 navios. Acalmados os ânimos, o “Almirante Negro”, assim chamado pela imprensa, declarou ao Correio da Manhã: “As carnes de um servidor da pátria só serão cortadas pelas armas dos inimigos, mas nunca pela chibata de seus irmãos. A chibata avilta”. Por 4 dias os navios de guerra Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro apontaram seus canhões para a Capital Federal e mandaram um recado: “Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, não podemos mais suportar a escravidão na Marinha brasileira”. A rebelião, envolvendo 2379 homens, terminou com o compromisso do governo em acabar com o uso da chibata e conceder anistia aos revoltosos. A anistia foi aprovada no dia 25 e publicada no Diário Oficial, mas não foi cumprida pelo governo. No dia 28 foi publicado um decreto permitindo a expulsão de marinheiros que representassem algum risco para a Marinha.

Pouco depois correu o boato que o Exército iria se vingar da humilhação sofrida pelos marinheiros e deu-se a eclosão de um novo motim entre os fuzileiros navais, na Ilha das Cobras, em 9/12/1910. Não tinha ligação com a Revolta da Chibata, mas lá se encontravam presos muitos marinheiros participantes da revolta. O novo motim foi reprimido com um bombardeio sobre pouco mais de 200 amotinados e serviu de justificativa para o governo implantar a lei marcial. João Cândido chegou a ordenar tiro de canhão sobre os marinheiros-fuzileiros amotinados para provar sua lealdade ao governo. Mas, não adiantou. Com a lei marcial, centenas de marinheiros foram dados como mortos ou desaparecidos e 2000 marinheiros foram expulsos da Marinha. Onze foram fuzilados a bordo do Navio Satélite, que levava 105 marinheiros rebeldes para serem jogados nos seringais do Acre.

Apesar de não ter participado deste 2º levante (se é que houve), João Cândido foi expulso da Marinha e preso em 13/12/1910. Foi encarcerado num cubículo, onde 16 dos 17 companheiros de cela morreram asfixiados. No mês seguinte foi transferido para o Hospital dos Alienados, como louco, mas logo retornou à prisão. Foi solto em 1912, contando com a defesa do rábula Evaristo de Moraes, que atuou de graça. A partir daí passou a viver precariamente, trabalhando como estivador na Praça XV. Em 1930, em meio a efervescência política com o “Estado Novo”, foi preso acusado de subversão, mas logo foi solto. Em 1959 voltou à sua cidade natal para ser homenageado, mas a interferência da Marinha proibiu a cerimônia. No mesmo ano sua memória foi resgatada pelo jornalista Edmar Morel, no livro A Revolta da Chibata. O livro teve 5 edições e praticamente ressuscitou o líder da Revolta que voltou a ser notícia meio século após o acontecimento. Em seguida o velho marinheiro recolheu-se em São João de Meriti, onde levou uma vida pacata, adoeceu e morreu de câncer em 6/12/1969, aos 89 anos. Na década seguinte, os compositores Aldir Blanc e João Bosco prestaram-lhe homenagem com a música “O mestre-sala dos mares”, mas a censura não gostou e seu apelido “Almirante Negro” teve que ser mudado para “Navegante Negro”. Em 1982, o historiador Marcos Antônio da Silva publicou o livro Contra a chibata: marinheiros brasileiros em 1910, lançado pela editora Braziliense. Por esta época, a “Revolta da Chibata” ainda era tema de interessa geral, fazendo com que o livro de Edmar Morel fosse reeditado pela quarta vez, em 1986.

Tantas lembranças da Revolta e o heroísmo de seu líder, levaram o historiador e almirante Helio Leoncio Martins a publicar o livro A revolta dos marinheiros 1910, em 1988, que se constituiu na versão oficial da Marinha. O livro foi incluído na “Coleção Brasiliana”, vol. 384, e destaca os problemas gerais de interpretação histórica. Seu relato pretende adotar uma posição neutra quanto ao movimento e refuta o reconhecimento de João Cândido como seu líder maior e como herói. Em 2005, seu nome foi apresentado como projeto de lei nº 5874/05, inscrevendo-o no “Livro dos Heróis da Pátria”. Porém, foi arquivado porque tal homenagem só poderia se dar após 50 anos da morte da pessoa. Este requisito foi adquirido em 2019, mas até agora nenhum projeto de lei foi reapresentado.

Em novembro de 2007, o “Almirante Negro” foi homenageado com uma estátua nos jardins do Museu da República (antigo Palacio do Catete). Na ocasião foi exibido o filme “Memórias da Chibata”, de Marcos Manhães Marins e uma exposição fotográfica. No ano seguinte, na comemoração da “Abolição da Escravatura”, foi publicada a Lei nº 11.756, concedendo anistia “post mortem” ao líder da Revolta e seus companheiros. No entanto, a Lei foi vetada pelo governo na parte em que determinava a reintegração de João Cândido à Marinha. Tal ato imporia à União concessão de aposentadoria e pensão aos seus dependentes, bem como uma possível corrida de outras famílias em busca de reparação financeira. A Lei foi vetada por não apresentar a necessária fonte de custeio. Na realidade, apenas 2 famílias se apresentaram como descendentes destes marinheiros.

Em novembro de 2008, a estátua do “Almirante” foi transferida para a Praça XV de Novembro, no centro do Rio, num evento contando com a presença do presidente Lula, familiares do marinheiro etc. A Marinha não compareceu alegando não poder comemorar, pois prezava a disciplina e a hierarquia. Em 2010 foi dado o nome “João Cândido” ao navio petroleiro da Transpetro, a pedido do presidente da República. A última homenagem que se tem notícia ocorreu em 2018 com a peça Turmalina 18-50: os últimos dias do Almirante Negro em terra, do dramaturgo Vinicius Baião.

DEU NO JORNAL

DÚVIDA

A disparada da vacinação em julho fez desabar a média de casos de Covid no Brasil ao menor patamar do ano.

Segundo dados do conselho dos Secretários de Saúde (Conass) – que costuma omitir o número de recuperados da doença -, foram cerca de 35 mil casos registrados por dia na última semana, o que só foi visto em dezembro de 2020.

A média de mortes também despencou e deve ficar abaixo de mil, nos próximos dias.

* * *

Esta nota aí de cima eu peguei na página do bem informado jornalista Cláudio Humberto.

Fiquei curioso quando ele disse que o Conass costumam “omitir o número de recuperados da doença”.

Pesquisei a sigla Conass no Google e vi que se tratava do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

Secretários de saúde de todos os estados do Brasil e mais o Distrito Federal.

Por que as secretarias estaduais de saúde omitem o número de recuperados do covid?

Que coisa estranha…

Qual a intenção por trás desta atitude?

Estariam os secretários estaduais engajados na campanha do “quanto pior, melhor” da Rede Globo e da mídia funerária?

Fiquei em dúvida.

Os bem informados leitores desta gazeta bem que poderiam me ajudar.

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

PEDINDO DESCULPAS

Amigos, bom dia.

Quero pedir desculpas aos que cultivam o hábito de vir aqui para ler.

Estou “repetindo” essas duas crônicas (ambas fazem parte de um livro de minha autoria – que espero poder publicar tão logo a condição financeira permita) escritas anos atrás, e também já publicadas aqui neste JBF.

E, só estou repetindo por que estou me sentindo fisicamente cansado. Provavelmente por não estar fazendo nada. Comecei a trabalhar desde os 10 anos (na roça, com meus avós) e hoje tenho 78. Estou cansado. Apenas fisicamente cansado, repito.

Que eu saiba, não estou indisposto por alguma doença. Graças à Deus, estou lúcido.

Já tomei as duas doses da vacina (Coronavac) e, pelo menos psicologicamente estou imune.

É só “cansaço” mesmo!

Quando me sinto assim, tenho meu próprio antídoto: viajar!

E é o que vou fazer nesses próximos dias: vou ao interior e, quando retornar, pretendo ir à Fortaleza abraçar os parentes.

* * *

1 – PINTANDO BORBOLETAS

A borboleta que voou após ser “pintada” em tela

Manhã de um dia comum, de mais uma semana de trabalho, com ares de domingo. Mas, domingo foi ontem, ou será amanhã? – mas pode ser hoje, em obediência à nossa intenção. Ou será que, uma coisa ou outra terá alguma importância?

Que diferença pode fazer ou que importância tem um domingo – se esse é um dos sete dias da semana?

O forte vento causava a impressão de querer nos trazer ou tanger para o outono, num redemoinho que nos fará passar, também, pelo verão. Mas, não há explicação plausível para tantas folhas ressequidas formando o tapete no qual pretendíamos trabalhar, pintando borboletas.

A beleza e a tranquilidade do lugar, que nos permite contar os iguanas passeando nos galhos ressequidos, momentaneamente parece nos transformar num Van Gogh escrevendo a Natureza com suas tintas e seus pincéis.

Pincéis à mão!

Tela preparada – e o vento continua aumentando em rodopios espalhando as folhas ressequidas, ora tecendo, ora destruindo um tapete para deuses invisíveis, abrindo espaços com mãos de fada.

Um poema, com versos metricamente perfeitos e rimas que não deixam margens para críticas.

A Natureza põe e retira o vento da forma que bem lhe convém. Na direção que quer. Levando e trazendo de volta o que ajuda compor a paisagem. O atelier.

A Natureza faz da vida um poema. E nos ensina a viver as estações do ano com suas cores vivas, e mutantes. Um arco-íris!

Cada mudança é mais um passo a caminho da perfeição. A Natureza é um poeta.

Às mãos, tela e pincéis.

Os olhos escrevem o poema, selecionando as cores do arco-íris e a tela ainda branca começa sugar a tinta, como se uma força estranha pintasse por nós. Cada traço um novo tom que vai formando uma imagem que o cérebro ainda não define.

Seria a “Natureza”?

A borboleta está no pano da tela ainda inconclusa. Falta terminar de pintar uma das asas, e o vento avisa que está voltando. Agora mais forte. Últimos retoques. Pronto. A borboleta está pintada. Quase perfeita.

O vento chega rodopiando as folhas secas, quase quebrando os galhos ainda nas árvores. Empurra para longe o cavalete com tela e tudo. Nos apressamos em desvirar a tela para garantir a secagem da tinta, e a ação nos surpreende e nos faz sentir a presença d´Ele.

A borboleta não está na tela. Voou!

* * *

2 – TINHA ASAS – MAS NUM “AVUAVA”

Pintada – a galinha comida pela raposa por que não aprendeu voar

O quintal era grande – como grande também era a área onde estava fincada a moradia dos Buretamas, um pedaço de terra recebido como meeiros. O patrão, que não impunha nem dirigia as escolhas dos moradores, queria apenas a sua parte: metade de tudo que fosse criado e produzido a partir da “posse”. Era uma decisão razoavelmente justa para quem não tinha nada de si, nem aonde cair morto.

Valores morais dos anos 40 e/ou 50 não enxergavam maldades. Muitos confiavam em quase todos, e era verdade que, um simples cabelo dos bigodes significava uma fiança. Infelizmente, vieram os “Tempos modernos” (lembram Charles Chaplin?) e tudo pegou a bifurcação equivocada.

Consciente dos compromissos assumidos com os patrões, Vovó Raimunda costumava dizer que, “para quem tem vergonha na cara e respeita o assumido, até a cabaça deve ser partida em duas bandas”. E era assim que ela fazia.

Uma cabaça, duas bandas. Nessas duas bandas da cabaça, todos os ovos das posturas das galinhas eram meticulosamente divididos. Quando uma banda da cabaça ficava cheia, os ovos eram entregues ao patrão, e a parte do meeiro recebia seu destino.

Da mesma forma, havia uma terceira vasilha: e era nela que eram separados e guardados os ovos para “deitar” e postos para procriação. “Tirados” os ovos, os pintos eram “marcados com os olhos” – e sempre que o patrão queria comer uma galinha, mandava buscar na casa da Comadre Doca. E sempre eram enviadas aquelas “marcadas com os olhos”. Questão de respeito e honradez. Era assim que se vivia na roça naqueles tempos. Esperteza, no mau sentido, era algo desconhecido.

Vovó, vivida e esperta, também tinha seus parâmetros – suas leis concebidas, votadas e aprovadas por ela mesma, sem qualquer contestação do “plenário” (no caso, meu Avô, galos, patos, perus e galinhas), que tinham a obrigação de “permanecer como estavam” para a necessária aprovação.
E uma dessas leis era: aqui, ninguém come galinha – a não ser os galos, claro. Galinha era para “reprodução”, o que ensejava o cumprimento do acordo meeiro estabelecido com o patrão.

Milho bom, quintal limpo e sempre varrido com “vassourinhas”, boas sombras e quintal de areia para ciscar, água trocada duas vezes por dia nas terrinas apropriadas, isso tudo sem contar os “confortáveis” ninhos de palhas e garranchos para postura e chôco.

Vovó, como vocês já sabem, tinha o saudável hábito de “conversar” com as aves e alguns animais domésticos, como um jumento preto que ela chamava de “Biné” – se era preto, entendo que não preciso dar maiores explicações, certo?

Pois, certa manhã, quando jogava milho para as penosas, sentiu pela falta de uma galinha poedeira – a quem ela chamava de “Morena”, por conta de ter sabido, anos atrás, que uma certa “Morena” mantivera uma amizade íntima com meu Avô.

Minha Avó, acreditem, teria lugar cativo como “Ministra” do Itamaraty de qualquer governante brasileiro. Era uma verdadeira “madame” – e o fato de mijar em pé, jamais pesaria contra ela.

E foi só conversando com as outras bichinhas, que minha Avó descobriu o desaparecimento de “Morena”.

– Cadê “Morena”? Perguntava ela para as companheiras de quintal.

Como nenhuma respondeu, e todas continuavam bicando o chão para pegar o milho jogado, ela resolveu terminar o serviço, enchendo a terrina d´água. Pegou uma foice e caminhou para o mato e aproveitou para chamar seu companheiro desses momentos, o cachorro Corisco, que tinha as mesmas cores e pintas de um dálmata, mas era vira-lata mesmo.

Antes de passar pela porteira do quintal da casa, disse, falando de si para si:

– “Morena” tem duas asas, mais nenhuma seuve para avuar, ô diacho!

Não demorou muito, e perto dali, por detrás de uma crescida moita de mofumbo, Vovó encontrou penas de galinha. Penas pretas que, provavelmente seriam de “Morena”. Falou alto para que o mundo inteiro escutasse:

– Miserave, tu divia ter au meno aprendido a avuar! Assim essa peste de raposa num teria te comido!

No domingo seguinte, Biné, o jumento preto de estimação fazia aniversário. Vovó resolveu matar um frango (galinha, nem pensar em matar. Galinha é pra por ovos e aumentar a prole) e dele fazer cabidela.

O presente de Biné, foi um bom banho com a água guardada da chuva e colhida nas biqueiras feitas com o pau sabiá – de noite, ganhou um demorado e favorável encontro com a jumentinha Dalmira em pleno cio. Biné, relinchava e gemia sem sentir dor.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MARCOS MAIRTON – BRASÍLIA-DF

Berto, querido amigo, tenho estado ausente de manifestações no JBF, por variados motivos, mas saiba que continuo leitor assíduo da nossa gazeta, da qual também sou colunista.

Quanto às minhas produções artísticas, tenho me dedicado a um projeto literário um pouco mais de longo prazo. Qualquer hora sai uma coisa nova.

E também tenho me dedicado à música.

A partir de 2 de agosto, estará disponível nas plataformas de streaming o meu novo EP, que corresponde ao antigo compacto duplo, intitulado LEVADA ROMÂNTICA.

Assim que tiver o link para o disco e o clipe de lançamento eu lhe envio para postar na minha coluna.

Abraços!

R. Ótimo ter notícias suas, meu caro amigo e colunista fubânico.

E só notícias boas!

Seu espaço como colunista aqui nesta gazeta escrota continua firme e aguardando seus inspirados textos.

Eu e os leitores entendemos perfeitamente a trabalhadeira em que você está metido.

E ficamos no aguardo do novo disco.

Abraços e muito sucesso!

DEU NO X

TORCENDO PRA SER ALVO

* * *

Quando li esta nota do Leandro Ruschel, fiquei aqui sonhando de olhos abertos…

Quem me dera que a CPI do Circo, comandada por notórios fanfarrões e corruptos, inventasse de combater a “desinformação” do JBF.

As publicações que vierem a ser acossadas e perseguidas por estes felas-da-puta (sem qualquer ofensa às putas…) receberão um verdadeiro atestado de  honradez e dignidade.

Vem combater esta gazeta escrota, seu bando de canalhas safados!!!