Ex-primeira-dama condenada por lavagem de dinheiro no Peru, resgatada pela FAB e acolhida no Brasil. Mesma corrupção, mesmos comparsas. Enquanto isso, o povo mal compra pé de frango para comer. pic.twitter.com/ccHVC8i5ab
Don Corleone acordou irritado. Lera no jornal que aquele mesmo jornalista o criticava novamente. O sujeito tinha até criado um apelido depreciativo para Corleone! O capo chamou em seu gabinete um dos capangas e ordenou: “Pega logo esse jornalista!”.
Sem saber como fazê-lo, o capanga conversou com seu comparsa: “Quando o chefe cisma… e agora? Não encontrei absolutamente nada contra o jornalista”. Seu colega, que conhecia bem os métodos do chefe, principalmente quando cismado, disse: “Ora, use a criatividade! E capricha no trabalho, para montar uma narrativa comprometedora desse jornalista”.
Mas não adiantou. O jornalista tinha coragem e “costas quentes”. Ele conseguiu asilo num país sério, e se Corleone mandasse seus jagunços para pegá-lo na marra, poderia gerar um incidente diplomático internacional e afetar seus negócios.
Não que Corleone ligasse tanto para isso. Certa vez, ele peitou até o rei da Espanha! E sobre o presidente americano, ele disse, com soberba: “Que mande um porta-aviões me buscar se for homem!”. Acostumado a se cercar de súditos bajuladores, que disputavam para ver quem dava mais beijos em sua mão, o capo não tinha qualquer paciência com desafetos.
Coisa rara na máfia, em especial na organização comandada por Corleone, um capanga resolveu se rebelar ao ser preso por outro crime que cometera, sem ligação ao grupo, de caráter passional. Essa prisão, por si só, já irritara bastante Don Corleone: “Que tipo de imbecil não consegue se controlar e tenta dar um tiro na própria mulher, em vez de planejar com calma e frieza seu assassinato sem deixar rastros?”.
Mas a raiva de Corleone chegaria ao ápice quando o capanga, ao que tudo indica, entregou seu telefone com seis gigabites de conversas entre os capangas. A vontade de Corleone era eliminar o traidor ali mesmo, mas era preciso ser cuidadoso, não se expor. Havia muito em jogo, o império construído pelo capo.
O capanga, porém, sabia que tinha mexido com a turma errada, conhecia bem o modus operandi do chefe. “Se eu falar algo, ele me mata”, desabafou numa mensagem com sua nova esposa. “Minha vontade é chutar o pau da barraca, jogar tudo para o alto”, confessou. Mas o capanga sabia o que isso significava: buscar um programa de proteção a testemunhas e viver eternamente com medo, olhando para trás, desconfiando inclusive da polícia. E tinha ainda que pensar nas meninas, nas filhas. “Parece que a vida é boa para quem é ruim”, concluiu soturno.
Quando leu essa troca de mensagens pela imprensa, Corleone não foi capaz de controlar um sorriso mefistofélico. Ele ainda estava com raiva do ex-capanga, claro, e no dia certo ajustaria as contas com ele. Mas o reconhecimento de que a vida é boa para quem é ruim deu satisfação ao capo. Ele pensou em tudo que tinha, nos esquemas que montava incluindo a própria esposa, no controle que exercia sobre boa parte da mídia, os policiais que tinha na coleira, o medo que despertava em muitos, e essa sensação de poder era melhor do que qualquer droga ou riqueza. Corleone se olhou no espelho, lustrou sua careca brilhante, e partiu para mais um dia de trabalho. Havia uma fila de covardes interesseiros prontos para iniciar o processo de beija-mão já tão tradicional…
Felizmente a democracia voltou e venceu a ditadura no Brasil. Ninguém suportaria um regime de conluios a céu aberto entre figuras poderosas da elite e os donos do poder – tudo para beneficiar um extrato de privilegiados em detrimento do povo.
Não, nada disso é possível nos dias de hoje. Imagine, por exemplo, se um cantor famoso desse apoio político ao governo e recebesse um patrocínio milionário de uma estatal? Nem dá para imaginar.
Hoje a classe artística é 100% consciente e jamais entraria em toma lá, dá cá. A poética da defesa dos menos favorecidos, presente em obras famosas da cultura nacional, não seria compatível com atitudes mesquinhas e obscuras em relação à coisa pública.
Já vai longe o tempo em que personalidades famosas aceitariam apagar o passado de políticos comprometidos para auferir vantagens pecuniárias.
Não dá nem para cogitar uma estatal dando prejuízo bilionário e patrocinando amigo do rei – muito menos patrocínio na veia, sem isenção fiscal. Hoje a produção cultural no Brasil é um dos grandes sustentáculos da democracia, e todos sabem que democracia vampirizando o povo não é democracia.
Já pensou se você é um trabalhador simples, com um plano de atendimento hospitalar provido por uma empresa pública, e de repente fica sabendo que o plano parou de atender por inadimplência estatal? Ao mesmo tempo em que a empresa inadimplente está bancando projeto cultural milionário de simpatizantes do governo?
Ufa! Que bom que isso não é possível hoje no Brasil. Seria de revirar o estômago – ainda mais se as apresentações do beneficiário da verba servissem para proselitismo contra os opositores do governo; e se essas apresentações custeadas com dinheiro público de estatal falida só fossem acessíveis a quem pudesse pagar ingressos caros, reforçando o caixa do felizardo amigo do rei. Gente estúpida, gente hipócrita – que felizmente não existe mais.
O tempo passa, o ser humano evolui e a sociedade fica mais justa. O petismo ser um grande investimento hoje para os que dizem defender a democracia, apenas uma década depois de estourar a carnificina da Lava Jato, é a prova de que tudo passa (até o que não passa). Tempo rei.
A eterna primeira dama cuidando do nosso eterno presidente!
A mulher sendo esposa.
Tenho certeza que todos nós estamos orando para que Bolsonaro se recupere o quanto antes.
NA ALEGRIA, NA DOENÇA E NA TRISTEZA
MICHELLE BOLSONARO É UMA MULHER VIRTUOSA.
UMA MULHER DE VALOR; FELIZ QUE VOCÊS SE ENCONTRARAM !
OS DIAMANTES SÃO PARA SEMPRE.
DEUS ABENÇOE!
EMOCIONANTE!
🙏❤️🙏 pic.twitter.com/V8I4WhsnZy