PENINHA - DICA MUSICAL

DEU NO X

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOSÉ ALVES FERREIRA – SÃO PAULO-SP

Quando saiu a notícia da “liberdade” da Sra. Debora, famosa por vias tortas, já que ser notícia por crime já por si é um enorme problema, imagine por ser considerada uma ameaça ao “estado democrático de direito”, fiz comentário em alguma notícia do JBF, palpitando que sempre tem um, mas na história.

Na ocasião, encuquei com tal benevolência de quem sempre se mostrou implacável com o ocorrido.

Muito se falou na infelicidade dessa senhora, que por motivos que desconheço estava na tal derrubada do poder – no entender de nossas autoridades de plantão – armada com seu batom e, escreveu tomando emprestado de um ministro a frase “perdeu mané”.

Cometeu crime primário – apropriar-se de do direito autoral – em cima da famosa estátua em frente ao nosso tribunal maior.

Depois, se falou em outros.

Agora, infelizmente minhas dúvidas ficaram mais fortes, pois é latente que nesse gesto de “liberdade” está guardado um futuro ainda preocupante para a referida senhora, liberta ou presa em casa, pois tamanha são as exigências que talvez até sua ida ao banheiro tem que ser autorizada.

Espero sinceramente estar enganado e, quando posso elevo ao Criador meus pensamentos e peço por ela e aos todos injustiçados, mas o histórico do seu julgador e atual dono de nosso destino é tenebroso.

Deu-se apenas um hiato, para mostrar quem manda e, voltar a atormenta-la assim que o “processo” tiver continuidade.

A bondade as vezes esconde uma perversidade maior….

Oremos!

HÉLIO CRISANTO - UMA LUA, UM CAFÉ E UM BATENTE

NO SÍTIO DE JOÃO BEZERRA

No dia da mentira, um cordel da minha lavra

Eu quero pedir licença
Pra fazer a narração
De um sítio muito famoso
Daqui do nosso sertão
Seu valor não é medido
E assim é reconhecido
O maior da região

O seu dono é João Bezerra
Desse lugar de fartura
Cabra rico e poderoso
Homem de muita bravura
Por ser muito inteligente
Virou o mais influente
No ramo da agricultura

João Bezerra nesse sítio
Tem zelo e muito cuidado
Se for num ano de inverno
Nasce tudo avantajado
Um certo dia eu não minto
Tirou o bico de um pinto
Pra fazer cocho pro gado

Jerimum de trinta quilos
Pra ele é coisa pequena
Batata de três arrobas
Não tem a pesagem plena
Mandioca de dez braças
Manda jogar para as traças
Arrancar nem vale a pena

Cento e trinta garnisés
João engorda num chiqueiro
Cuidando diariamente
Pra lucrar muito dinheiro
Com xerém e fruta pêca
Mesmo num ano de seca
Ele exporta pro estrangeiro

As frangas do seu terreiro
Ninguém acreditaria
Quando estão aborrecidas
Botam três ovos por dia
Isso lá não é problema
Cheio de clara e de gema
Tem forma de melancia

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DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DEU NO X

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

SUPREMO ANSEIO – Cruz e Souza

Esta profunda e intérmina esperança
Na qual eu tenho o espírito seguro,
A tão profunda imensidade avança
Como é profunda a ideia do futuro.

Abre-se em mim esse clarão, mais puro
Que o céu preclaro em matinal bonança:
Esse clarão, em que eu melhor fulguro,
Em que esta vida uma outra vida alcança.

Sim! Inda espero que no fim da estrada
Desta existência de ilusões cravada
Eu veja sempre refulgir bem perto

Esse clarão esplendoroso e louro
Do amor de mãe – que é como um fruto de ouro,
Da alma de um filho no eternal deserto.

João da Cruz e Sousa, Florianópolis-SC (1861-1898)

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