
Arquivo diários:3 de junho de 2023
DEU NO X

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

NEM TEMPORAL, NEM GAROA
BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

SILÊNCIO DO LULA É ENSURDECEDOR
ALEXANDRE GARCIA

A ACOLHIDA DO MADURO
Nicolás Maduro, chega ao Palácio do Itamaraty para encontro com Lula
Minha candidata ao Prêmio Nobel da Paz é a Operação Acolhida, que desde junho de 2018 já recebeu mais de 800 mil venezuelanos, que deixaram seu país natal por causa da fome e perseguições políticas. Segundo o órgão de refugiados da ONU, já deixaram a Venezuela 7 milhões de pessoas, a maioria indo para a Colômbia, porque é vizinha e tem a mesma língua. Os que vieram para o Brasil, pela Operação Acolhida, em geral chegaram famintos, subnutridos, doentes e foram alimentados, tratados e encaminhados, do extremo norte do Brasil, para os estados brasileiros, para terem vida digna para si e família. O Exército Brasileiro cumpriu uma honrada missão humanitária nessa operação. Por isso, dói ver os gloriosos Dragões da Independência, do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, formados em alas para honras militares ao causador da tragédia dos venezuelanos, Nicolás Maduro, enquanto subia a rampa do Palácio do Planalto.
O povo venezuelano já foi feliz. Tinha a maior renda per capita da América Latina; eram os “sauditas” sulamericanos do petróleo; o combustível, lá, era quase de graça; só dirigiam carrões americanos; abarrotados de divisas, importavam o que de melhor havia no mundo. Mas veio Hugo Chaves e seu bolivarianismo, uma versão disfarçada de marxismo. Se o marxismo não deu certo na União Soviética, em mais de 70 anos de poderes divinos sobre as pessoas, por que daria certo na América Latina, onde a memória do povo não tem Tolstói para contar a história? Quem sabe um Bolívar revisado por um reescrevedor dos fatos? Com isso, destruíram a Venezuela. Chaves morreu há dez anos e Maduro é seu sucessor, com esse Bolívar de propaganda, que contraria o Bolívar libertador.
Hugo Chavez inventou uma união de países sulamericanos para ver se por aqui viceja o marxismo. A UNASUL foi criada em 2008 por Chaves, com o apoio de Lula. Não sobreviveu ao estatuto do Mercosul, que exige democracia de seus integrantes. Como Lula não exige isso de Evo, de Ortega e nem de Maduro, quer recriar a UNASUL, com outro nome. Doutor Goebbels fazia isso, tal como antes fizeram os bolcheviques. Troca o nome e faz o mesmo. É o que pretende fazer hoje, com os presidentes visitantes, depois da recepção especial com que celebrou Maduro ontem, no Palácio do Planalto e no Itamaraty.
O Doutor Freud estudou o mecanismo de fuga, com seus pacientes em Viena. Lula foge das questões internas que não consegue resolver, viajando. China, Japão, Europa, Estados Unidos… e agora Brasília, reunindo vizinhos para propor a paz no mundo e a bem-aventurança na América Latina. Não consegue se impor, como gostaria, ao Congresso Nacional, porque ainda vive na primeira década do milênio. Mas vai produzir notícia com essa reunião em Brasília. Áulico não falta para aplaudir. Só que a realidade não está em Brasília, mas em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela.
BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“NÃO SABE NEM FALAR A LÍNGUA PORTUGUESA”
RLIPPI CARTOONS

BEM CASADO
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ESTÁ NAS MÃOS DE LULA
DEU NO X

TOMANDO NO FURICO
O que ele disse mesmo?
Veja o comentário preciso da Andreia Matias. pic.twitter.com/9QNqMT0JjR
— Rafael Fontana (@RafaelFontana) June 2, 2023
CARLITO LIMA - HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA

TOROCA
Walter Pitombo Laranjeiras, Toroca, figura de destaque no Estado de Alagoas, conhecido nas altas e baixas rodas, peça insubstituível no mundo dos esportes. Jogou bem voleibol, inclusive na seleção alagoana e brasileira. Entretanto, sua vocação foi ser técnico de voleibol feminino. Há mais de 50 anos treina as equipes do CRB. Inúmeras vezes campeão como treinador da seleção, muitas de suas pupilas chegaram a titular da seleção brasileira. Nesses últimos 50 anos, Alagoas esteve no topo do voleibol nacional graças ao treinador Toroca. Severo, considerado durão na condução do time em campo, porém, no voleibol não pode haver relaxamento, as atletas têm que estar sempre em momento de tensão.
Outra paixão de Toroca é o Clube de Regatas Brasil, o CRB. Ele foi presidente várias vezes. No final da década de 1960, eleito presidente do clube, convidou-me a participar de sua diretoria, não me fiz de rogado, tomei posse como Diretor Social. Juntos, fizemos um bonito trabalho, organizando festas e atividades sociais. Contudo, o grande sucesso de nossa gestão foi a boate do CRB aos sábados à noite. A moçada e a coroada dançavam esbaldando-se ao som do afinado conjunto LSD. Os componentes do conjunto afirmavam ser Luz, Som e Dimensão, para não confundir com o ácido lisérgico, droga altamente consumida naquela época. A afinadíssima Leureny Barbosa era vocal, Lino outro componente, na guitarra, um jovem tocava um som moderno e arrasava também cantando, de nome incomum, Djavan.
No intervalo, descanso dos músicos, havia alguma atração. Certa vez, Toroca contratou um mágico. O cara era bom, muito aplaudido com suas fantasias mágicas no escurinho da boate. Estranho apenas, que em vez de tirar coelho da cartola, o mágico tirava um pato branco, bonito e lustroso. Com muito aplauso o “Mandrake” terminou o espetáculo.
Ao iniciar o segundo tempo da boate, fui procurado pelo mágico, estava desesperado, havia sumido seu querido e lustroso pato branco. Fomos em busca, todos procurando, em cada canto da sede do CRB havia um funcionário vasculhando, até cheirando, nenhuma pista do pato. O mágico se aborreceu quando um funcionário, por ignorância ou gozação, perguntou: – O senhor não é mágico? Faça o pato aparecer!
Chegamos à conclusão de que o pato havia fugido, só assim poderia ter sumido. Iniciamos busca pela rua, pela praia; nenhum indício, ninguém viu algum pato passar, que dirá um pato branco.
O mágico, inconformado, aborrecido, tinha compromisso no dia seguinte pela manhã, espetáculo em Caruaru. Recebeu o cachê, despediu-se, agradecendo nossos préstimos. Irado, junto à sua gostosa ajudante, deu arranque no carro, pensando no trabalho de amestrar outro pato, chorava, não sei se de raiva ou saudade do querido pato branco.
A boate continuou animada, namorados dançando lentamente na escuridão da luz vermelha, na leveza da música afinada e sensual do LSD. Ninguém àquela altura imaginaria que estava dançando ao som de um dos músicos mais importantes da história da música brasileira, Djavan.
Ao terminar a boate, cerca de duas horas da manhã, um garçom procurou a mim e ao Toroca, tinha um recado de amigos que estavam à nossa espera no Restaurante Galo de Campina, anexo à sede do CRB, onde se comia o melhor galeto assado da cidade.
Eu e Toroca descemos e entramos no restaurante lotado e logo percebemos em uma animada mesa, felizes, risonhos, tomando cerveja, os amigos Hélio Miranda, Betuca, Clailton, Lelé, Frazão, Quico e Beto Prazeres. Hélio, gentil, reverente, ofereceu cadeira: “Senhores diretores, sentem-se, são nossos convidados”. Agradecemos tomando uma cerveja geladinha comentando o sucesso da boate e do espetáculo do mágico. Pena o pato ensinado, tão branquinho, ter fugido, alguém deve ter achado pela praia de Pajuçara.
Não demorou e para nossa surpresa apareceu o garçom “Pescoço” equilibrando uma vistosa travessa de metal. Acolchoado de farofa, laranjas, maçãs; deitado em decúbito ventral, majestosamente, um suculento, dourado e apetitoso pato assado.
Obs – Essa história contei a algum tempo em minha coluna. No último dia 31 de maio, meu querido Toroca, amigo e parceiro foi embora. Alagoas está de luto, nunca mais aparecerá um esportista igual ao grande Toroca. Se eu fosse prefeito mandava esculpir sua estátua e a colocava no calçadão da praia de Pajuçara, em frente onde foi um dia a sede do CRB.
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