BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DEU NO JORNAL

CUMPRIU O REGULAMENTO

Lula voltou a mentir, desta vez ao Jornal da Band, repetindo que não teve direito de defesa, ao ser condenado por ladroagem na Lava Jato.

Teve, sim.

Ao contrário de Bolsonaro, que não tem a quem recorrer, ele teve quatro instâncias, até ser descondenado no STF.

* * *

Sua Insolência Presidencial “Voltou a mentir”, diz a nota aí de cima.

Não há motivos pra espanto.

Ele apenas cumpriu o regulamento comportamental e perpetrou sua excreção diária.

Normal, normal, normal.

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

COMENTÁRIO DO LEITOR

INQUISIÇÃO

Coomentário sobre a postagem A INQUISIÇÃO NO BRASIL

Pablo Lopes:

Mestre José Paulo:

Aprendi mais sobre a Inquisição, a portuguesa, em vossos textos do que havia aprendido em muitos anos lendo sobre o assunto. O que mais me espanta é ver como a história se repete.

Parece que as perseguições, abusos e injustiças são parte fundamentais dos poderosos destas bandas. Os investidos nos poderes dos Tribunais do Santo Ofício; Tribunais Supremos ou Serventias de comarcas só precisam de um pretexto para exercerem seus piores instintos.

O pior é com isso contamina a todos. Delações; colaboracionismo e locupletamento são largamente exercidos por aproveitadores, seja pelas migalhas que acabam recebendo seja pelo simples sentimento do pequeno poder que pensam possuir.

Basta postar uma simples crítica aos inquisidores modernos nas redes sociais para que uma matilha apareça te denunciando para os visitadores. Já aconteceu comigo, várias vezes.

Imagino o que aconteceria com Voltaire, se nos dias de hoje, fizesse com os visitadores do STF uma gozação do tipo que fez em ‘Cândido’, narrando o terremoto de Lisboa de 1755…

Já vivemos situação semelhante a dos judeus brasileiros que, em 1645, fugiram de Pernambuco para aquilo que viriam a ser os Estados Unidos. A história se repete. Só nos resta pedir a Deus vossa fé, inabalável, de que tudo passa, e um dia tenhamos nosso Marques do Pombal moderno.

Ah, e antes que me esqueça, para ficar no campo literário, Visitadores (as) só desejo aquelas do Pantaleão. (Vargas Llosa).

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DEU NO JORNAL

A MORTE DE CHARLIE KIRK E O PREÇO DA DESUMANIZAÇÃO

Editorial Gazeta do Povo

Charlie Kirk, jovem e destemido, inspirou uma geração. Seu assassinato é tragédia para a América e alerta sobre a onda de violência política

A trágica e brutal morte de Charlie Kirk, jovem pai de família americano, abatido a tiros durante uma palestra universitária em Utah – ao que tudo indica, em razão de seu posicionamento e ativismo em defesa de valores conservadores – transcende a singularidade de um ato criminoso. Representa um eco sombrio das profundas fissuras que a violência política tem aberto no mundo contemporâneo, com cruel reincidência.

Aliado próximo do presidente Donald Trump e fundador da Turning Point USA, organização que desde 2012 mobiliza milhares de jovens em prol do livre mercado, do governo limitado e das liberdades individuais, Charlie Kirk personificava uma voz que, embora por vezes incisiva e provocadora, demonstrava abertura ao debate – como indicava a própria tenda onde foi baleado, marcada pela inscrição eloquente: “Prove que estou errado”.

Uma vez confirmado que a motivação do crime foi política, Charlie Kirk se tornará mais uma vítima de uma tendência nefasta que mina os pilares da civilidade: a desumanização do outro. O que permite que a rivalidade de ideias se transfigure em violência letal é, fundamentalmente, deixar de ver o adversário político como um ser humano. Exemplo eloquente são as gravações feitas na Universidade de Utah, onde Kirk foi morto. Tão chocantes quanto as imagens do próprio assassinato são os gestos de júbilo e comemoração de alguns universitários, registrados logo após os disparos. Jovens que riam e celebravam diante da cena macabra revelaram o ponto em que o ódio político suplanta qualquer senso de humanidade.

Quando um indivíduo, por suas convicções, ideias ou valores, deixa de ser percebido como um ser humano merecedor de respeito, com sua própria esfera de família e afetos, e passa a ser rotulado como “lixo”, “verme” ou “praga”, abre-se um precedente perigoso. Essa retórica incendiária pavimenta o caminho para a ideia de que tais “não-pessoas”, por pensarem diferente, podem – ou até devem – ser eliminadas.

A história fornece exemplos: foi assim que regimes totalitários do século 20 abriram caminho para massacres, reduzindo pessoas a caricaturas infames, indignas de existir. Foi o que fez a propaganda nazista ao despojar os judeus de sua dignidade; o mesmo se repete, em escala diversa, na retórica que demoniza conservadores – não como cidadãos com ideias discordantes, mas como inimigos a serem eliminados, seja fisicamente, através da violência, ou virtualmente, pois as infames campanhas de cancelamento nada mais são do que a tentativa de exterminar a existência de uma pessoa no campo virtual, algo comparável com a “morte civil” dos tempos medievais.

Os Estados Unidos já contabilizam outros casos além de Kirk: o tiroteio contra congressistas republicanos em 2017, o ataque à casa da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e, mais recentemente, a tentativa de assassinato contra Donald Trump. No Brasil, o quadro não é menos perturbador. A facada contra Jair Bolsonaro em 2018, a morte do guarda municipal Marcelo Arruda, apoiador de Lula, em Foz do Iguaçu e tantos outros episódios ilustram a gravidade da situação.

A tentação de justificar a violência com raciocínios como “ele colheu o que plantou” – ainda um reflexo de ver no outro não um ser humano, mas um ser abjeto – é moralmente abjeta e civilizacionalmente suicida. A democracia pressupõe o embate de ideias, não a eliminação física de quem as sustenta. Mesmo o adversário mais radical ou desonesto permanece uma pessoa, dotada de dignidade intrínseca. Negar esse princípio é abrir as portas da barbárie.

A morte de Kirk deve servir como ponto de inflexão. É urgente que líderes de todas as tendências condenem não apenas a violência física, mas também a retórica que a alimenta. Nos EUA, tanto líderes democratas quanto republicanos lamentaram a morte de Kirk, condenaram a violência e se solidarizaram com a família do jovem assassinado – além da esposa, Charlie Kirk deixou duas filhas pequenas. Tolerância e respeito mútuo não são concessões, mas pilares da vida em comum. A política civilizada nasce do reconhecimento de que a divergência é constitutiva da democracia, e não uma guerra de aniquilação.

O governador de Utah, Spencer Cox, perguntou após o crime: “É isso que 250 anos nos trouxeram?”. A mesma pergunta cabe ao Brasil, prestes a completar seu bicentenário de independência, e que no próximo ano viverá uma eleição presidencial que deverá ser marcada por forte polarização. Uma sociedade que aceita a desumanização do adversário está sempre a um passo de novas tragédias. Reafirmar a dignidade da pessoa humana, mesmo na discordância mais profunda, é o único caminho para impedir que a política se degrade em carnificina.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

BOAVENTURA BONFIM- FORTALEZA -CE

Caro Editor Berto,

Aposentei-me do trabalho, porém jamais me aposentarei da vida, por isso continuo produzindo.

(Me jubilé del trabajo pero me jubilaré de la vida jamás, así que sigo produciendo.)

Envio-lhe um vídeo no qual estou cantando, no verdor dos meus 74 anos, a bela canção italiana “Al di là“, acompanhado ao piano pelo grande maestro Adelson Viana.

Abraços para meus diletos fãs Carlos Eduardo Santos, Dalinha Catunda, Violante Pimentel, Luiz Berto, Sancho Pança, Cícero Tavares, Velho Fulô e outros.

Forte abraço,

R. Cabra arrretado, esse querido amigo, tão setentão quanto eu!

Nessa patota fubânica só tem gente especial.

É um privilégio editar uma página que conta com leitores do porte de vocês.

Abraços e um maravilhoso final de semana!

E vamos ao excelente vídeo que você nos mandou.

CARLOS EDUARDO SANTOS - CRÔNICAS CHEIAS DE GRAÇA

O PALAVRÃO E O DEDO DO CÃO

Ministro reage à vaia

O etnógrafo Mário Souto Maior, ao ouvir comentários sobre a naturalidade com que os palavrões estavam proliferando soltos, até na alta sociedade, complementou sob a ótica científica:

Quando bem dito, desejando expressar algo quase nobre, é de certo modo, aceitável, tanto que já está nos verbetes dos dicionários da Língua Portuguesa do Brasil.

Sendo homem de ciência, Mário pesquisou e catalogou o assunto, trazendo aos leitores do seu Dicionário de Palavrões e termos afins, informações ligadas a essas palavras e também a certos gestos obscenos que se tornaram comuns em várias partes do mundo.

Sabe-se que interjeições são palavras invariáveis ou sintagmas que formam ou abreviam frases capazes de exprimir emoções fortes.

Diz-se também que se trata de uma sensação, ou um meio, a fim de se forçar um interlocutor a ser mais rapidamente ouvido. Em suma para representar veemência.

Em meus tempos de Assessor do Presidente, Dr. José Paes de Andrade, no Clube Internacional do Recife, presenciei pequeno incidente em que um garçom descuidado derramou whisky no vestido de uma senhora, ilustre dama, esposa de um usineiro e dela ouvi, com espanto:

– Puta que pariu!… Oh, meu caro!… O senhor acaba de me dar um banho da bebida preferida do Churchill! Ainda bem que foi whisky.

Nesse caso Mário tinha razão. Havia de ser aplicada uma interjeição forte, a fim de exprimir a indignação da magnânima senhora, coitada, que havia deixado em casa, toda a sua classe de tempos coloniais dos engenhos banguês.

O tema veio à tona porque está em moda, nova maneira de se transmitir palavras e imagens, a fim de estruturar o sistema linguístico de natureza visual e motora, beneficiando as comunidades de pessoas surdas.

Professora de Libras salientando a ação de dois dedos

O idioma Libras caracteriza a beleza de uma nova linguagem. E não, a maneira de um certo alguém, supostamente cultor do Direito, mandar todas as pessoas que superlotavam um estádio de futebol em São Paulo, para o “Fodam-se!”

Bem mais inteligente teria sido agradecer à vaia, soltando baixinho um “Puta que partiu, não agradei!” Porém, erguer seu dedão para os alegres espectadores, foi divulgar para o mundo seu comportamento anti social, acionando seu “Dedo do Cão”.