Dia 25/08, aos 99 anos, morre Carlos Gonzaga, um dos pioneiros do rock brasileiro.
No vídeo, em apresentação na TV Tupi em 1976, cantando “Diana”.
Olha só a cabeça dos manda-chuvas de Brasília. Está proibido aproximar-se do prédio do STF com roupas nas cores da bandeira brasileira, ainda que o traje seja um uniforme de trabalho. Não está longe o dia em que será proibido usar verde e amarelo… 🤬 pic.twitter.com/0qRDtvsH6Z
— João Luiz Mauad (@mauad_joao) August 27, 2023
O paraibano de Paulista, Derosse Júnior, vaqueiro dos bons por gosto e livre escolha profissional, também poeta por descanso da alma, escreveu em um grupo de WhatsApp os versos que seguem:
A vida segue em frente
Mas o que é bom vai ficando
A imagem a mente grava
E o coração vai guardando
A emoção a saudade
Que inunda que invade
E nele vai se alojando.
Este colunista, seridoense do Acary potiguar, inspirado nos versos do amigo paraibano, assim que os leu, lhe respondeu no mesmo estilo:
A vida é como um galope
Que a gente vai controlando
Pelas rédeas do destino,
No acaso cavalgando…
Às vezes vira um trote
Nem precisa de chicote
Pra vida seguir andando.
Muitas vezes esporando
O passo da vida altera…
Puxar rédeas, dar um freio,
E a carreira modera
Trazendo à marcha – a vida –
Controlando com a brida
Mas, ela teima e acelera.
E assim seguimos nós.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, não se faz de rogado na hora de usar uma das mordomias de quem tem cadeira na Esplanada dos Ministérios: usar jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) sem dó e nem piedade.
Até semana passada, Dino desfrutou ao menos de 64 voos, segundo números de registros de voo da própria FAB.
* * *
Segundo apurou o Departamento Avionístico do JBF, os aviões usados pelo Buchudo são especiais.
Aeronaves específicas pra transportes de grandes volumes e pesos piramidais.
Ele é sempre o único passageiro por medida de segurança.
A poltrona destinada ao ministro é um modelo que absorve gases intestinais toxicos, que podem infestar o interior da aeronave se não forem contidos.
Narcisa Amália de Campos nasceu em 3/4/1852, em São João da Barra, RJ. Escritora, poeta, jornalista e tradutora, foi pioneira na luta pela emancipação da mulher. Foi a primeira mulher a trabalhar como jornalista profissional. Atuou com desenvoltura no movimento republicano e combate ao regime escravista. Uma das primeiras a falar em “identidade nacional” e ressaltar a identidade feminina nesse contexto.
Filha da professora Narcisa Inácia de Campos e do poeta Jácome de Campos, teve os primeiros estudos em sua cidade natal e aos 11 anos mudou-se com a família para Resende. Aos 14 anos se casou com um artista ambulante, de quem se separou poucos anos depois. Em 1880, aos 28 anos, contraiu novo casamento com Francisco Cleto da Rocha, que também durou pouco, separando-se mais uma vez.
A dupla separação causou certo estigma social, fazendo-a mudar de cidade. O sucesso de sua poesia incomodava o marido, que após a separação, passou a difamá-la dizendo que seus versos não eram de sua autoria e sim de poetas com os quais manteve casos de amor. Segundo o historiador Júlio Cesar Fidelis Soares, tal difamação teve ajuda do escritor Múcio Teixeira, dizendo que sua coletânea de poesias Nebulosas tinha sido escrita por um homem com pseudônimo feminino. Em 1884, enquanto lecionava, criou um pequeno encarte quinzenal – O Gazetinha – um suplemento do jornal Tymburitá, trazendo como subtítulo “Folha dedicada ao belo sexo”.
Iniciou a carreira como tradutora de contos e ensaios de autores franceses e publicou apenas o livro Nebulosas, em 1872, pela Editora Garnier e foi bem recebido pela crítica da época, recebendo elogios de Machado de Assis e Dom Pedro II. Em 1873, o livro recebeu o prêmio “Lira de Ouro” e no ano seguinte recebeu o prêmio da Mocidade Acadêmica do Rio de Janeiro, uma pena de ouro entregue pelo conselheiro Saldanha Marinho. O livro foi republicado pela Gradiva Editorial em parceria com a Biblioteca Nacional, em 2017.
Publicou diversos artigos na revista A Leitura, no período 1894-96 e manteve por longo tempo colaboração no Novo Almanaque de Lembranças, de grande circulação em Portugal e no Brasil. Quando saiu de Resende, em 1889, foi para um exílio voluntário em São Cristóvão; abandonou toda atividade literária e foi lecionar numa escola pública. Faleceu aos 72 anos, em 24/6/1924 vitimada por um diabetes. Encontrava-se cega, pobre, pouca mobilidade e sua obra foi praticamente esquecida.
Pouco antes de falecer deixou um apelo às mulheres: “Eu diria à mulher inteligente […] molha a pena no sangue do teu coração e insufla nas tuas criações a alma enamorada que te anima. Assim deixarás como vestígio ressonância em todos os sentidos”. Sua lembrança está mantida na cidade de Resende com uma rua que leva seu nome e foi homenageada, em 2019, na 5ª FLIR-Feira do Livro de Resende. Como biografia contamos com Narcisa Amália, publicada em 1949 por Antonio Simões do Reis, pela Organização Simões.
Grãos crus de café
O som ainda está gravado na minha mente.
No final da tarde, quando o sol já estava frio, era normal escutar as batidas dos chocalhos dos bodes, cabras e cabritos, sendo “chiqueirados” para o pequeno curral improvisado. Os bodes continuavam ruminando algo comido fora do chiqueiro, enquanto os cabritos saltavam como se estivessem a comemorar alguma coisa.
Mas, os ouvidos captavam outros sons. É o tic-toc no pilão. Meu Avô pila os grãos do café que minha Avó acabara de torrar, após deixá-lo esfriar numa arupemba sobre o girau.
Um quilo de grãos de café cru, virava um quilo e trezentas gramas com o acréscimo da mangirioba.
Tic-toc!
Outras vezes, toc-toc!
Terminada aquela tarefa, o pilão era limpo e lavado. O cheiro e o gosto do café não podiam ficar. O pilão seria usado outras vezes, fazendo xerém para os pintos, ou tirando as cascas do arroz.
Café fumegante torrado no alguidá
Naqueles anos 50 e 60, já existia o moinho manual, mas nem todas as famílias podiam comprar. Era alto o valor, em que pese sua utilidade. Moía carne, moía pimenta e, às vezes moía também o café que alguns compravam já no ponto de moer. Na roça, esse luxo não chegara.
O pilão, esse sim, era usado todo dia. Para pilar várias coisas. Era como se “fosse da família”. Imagine. Um pedaço de pau com um buraco, sendo parte de uma família – apenas pela utilidade, claro.
Para alguns, o pilão era uma obra de arte que precisava ser encomendada, de acordo com as necessidades (e posses) dos usuários.
Pilão sendo usado na “pila” do café
O dia ainda não estava claro de todo. Mas, o galo cantou. E, na roça, quando o galo canta, as cabras e bodes começam a fazer barulho, não há como ficar deitado ou voltar a dormir. É hora de levantar.
Vovó, fazia tempo, estava acordada “apreparando” o café torrado no dia anterior. Café fresquinho – como ela própria falava – mas o dito cujo era quente e forte.
A mesa posta. Cuscuz (que também chamamos de “pão de milho”), tapioca, batata doce cozida, leite de cabra fervido, queijo de coalho de leite de cabra e uma “pratada” de macaxeira colhida no dia anterior. Era o café – e que nenhum idiota viajado, se metesse a chama-lo de “breakfast, petit-déjeuner ou desayuno”.
A Avó já fizera a sua etapa. Agora escolhia o feijão que, cozido, alimentaria a filharada, e os demais trabalhadores. A mistura ou o tempero do feijão era sempre: quiabo, maxixe, abóbora e, quando possível, algum osso da canela do boi, que meu Avô adorava por conta do tatano, que fazia questão de escorrer dentro do prato.
Café no bule mantém tradição sertaneja
O café torrado e pilado em casa era uma tradição entre nós. Os grãos, comprados crus, recebiam uma parcela de uma semente (mangirioba) que nunca vi em outro lugar. Era uma vagem pequena, semelhante a vagem da ervilha que, além de nós, que a colocávamos para aumentar a quantidade do café, era também preferida pelos caprinos. Por isso meu Avô nunca cortava. Pelo contrário. Plantava.
Esperta, minha Avó acrescentava a rapadura que, segundo ela, amenizava o amargo natural do café.
Ainda hoje, na roça ou em qualquer lugar, o café é uma forma de fazer amigos – mas, o café torrado em casa tem outro valor: “esse café foi torrado em casa, que minha comadre me enviou”.
Será que alguma agência de checagem vai se pronunciar? É mentira. O Brasil tem voos regulares para o continente africano.
Fake News!
pic.twitter.com/QcaefQkdoU— Silvio Navarro (@silvionavarro) August 26, 2023