PERCIVAL PUGGINA

DESAPARECIDOS!

Uma das minhas irmãs chamou-me a atenção para o problema do desaparecimento de pessoas no mundo e, em especial, no Brasil. Considerei fantasiosos os dados mencionados por ela, achei que seria uma empreitada difícil buscá-los, mas as informações, quando as procurei, saltavam das páginas de busca. Cerca de 1,2 milhão de pessoas desaparece por ano no mundo, sendo mais ou menos 80 mil no Brasil! Os dados são aproximados porque estima-se uma elevada subnotificação.

Um terço dos casos correspondem a crianças e adolescentes com idades entre 0 e 17 anos, dos quais 15% a 20% não são encontrados. A parte mais perturbadora dessas histórias vem com a informação de que os desaparecimentos se devem a causas que incluem adoção ilegal, prostituição infantil, sequestro para venda de órgãos e, claro, tráfico de pessoas como atividade criminosa a serviço dessas demandas em outros segmentos da mais hedionda bandidagem. Não se desconsidere, também, conflitos familiares e uso de substâncias ilícitas.

Alguns avanços ocorreram na direção de uma política nacional de busca de pessoas desaparecidas, que inclui um cadastro nacional ainda não em operação. Outros, com resultados positivos, foram no sentido da orientação da sociedade sobre como agir nesses casos, incluindo a importância da imediata notificação da autoridade policial e, destas, aos órgãos nacionais. Em São Paulo foi criada, em 1995, a ONG Mães da Sé (12 mil mães já passaram pela organização). Seu trabalho de divulgação inclui um aplicativo de reconhecimento facial que ajuda a identificar se alguém submetido à busca pelo aplicativo pode ser uma pessoa desaparecida.

Certamente muitos leitores destas linhas já assistiram filmes cujas histórias rodam em torno de tais tragédias pessoais e familiares. Impossível, porém, penetrar no sofrimento de uma criança ou adolescente que caiu em mãos de criminosos ou de quem vê extraviar-se um ente querido sem saber porquê, para quem ou para quê.

Escrevo essas linhas porque nada do que li em sites de busca menciona uma atividade policial que vá além da procura pelos desaparecidos. Qual a razão? Em grande proporção, esses eventos que se sucedem em ritmo crescente ano após ano são atribuídos a organizações que precisam de especialíssima e urgentíssima persecução criminal.

É o tipo de bandido que, como ser humano e cidadão, quero ver na cadeia! Imagino ações e varreduras tão amplas e minuciosas em busca dos elos dessa desalmada criminalidade quanto as aplicadas, por exemplo, a quem rezava e cantava à frente dos quartéis. Sim, sim, eu gostaria que desabasse sobre comerciantes de seres humanos o braço do poder de Estado implacável e pesado como esse!

DEU NO X

JESSIER QUIRINO - DE CUMPADE PRA CUMPADE

DEU NO JORNAL

DEU NO X

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

NÃO ESTAMOS NUMA DITADURA

O Brasil passa por um processo de controle total das mídias, com o objetivo de evitar desinformação e prejuízos à democracia. Por isso, já tentando se adequar ao modelo politicamente correto, o humorismo desta coluna passa a ter mais moderação. Ontem vimos o exemplo do que ocorreu com o perfil Joaquin Teixeira e também que um Bolsonaro vai ter que indenizar o Chico Buarque por causa de um meme. Um simples meme. Bem, por precaução, já estamos nos reeducando, como podem ver na charge abaixo, já com as devidas correções.

Talvez, se futuramente o Brasil cair novamente nas garras de um governo de extrema direita, irresponsável e antidemocrático, nossos memes voltem a ser mais perniciosos. O que é ruim, diga-se de passagem.

Salve o STF! Viva a PF e o MPF!

“O mundo não gira…”.

E a exemplo do que faz o UOL para se proteger: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião deste Jornal.

Segue o jogo…

DEU NO JORNAL

FALTOU CAMINHÃO

Lela

Esconder relógio de R$ 80 mil foi mole para Lula 2.

Difícil foi arrumar lugar para o tesouro de presentes e peças do acervo levado do Alvorada em 11 caminhões de mudança.

* * *

Lularápio só cometeu um furo quando deixou o Alvorada:

Contratou apenas 11 caminhões de mudança, levando até a gamela de peroba que usava pra comer mocotó de boi, e também o estoque de aguardente que lá estava armazenado. 

Pra ser coerente com a sua quadrilha, ele deveria ter contratado 13 caminhões.

Suspeita é que Lula levou do Alvorada o que não era dele

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

NACINHA – CUIABÁ-MT

Gente amada!!!

Ótimo rever vocês!

Prestem atenção nesta notícia, neste magnífico exemplo de vida.

Beijos para todos!

* * *

Aos 93 anos de idade, o grande ator e diretor Clint Eastwood continua ativo e trabalhando, ele está dirigindo atualmente o filme Juror No. 2, um filme de suspense escrito por Jonathan Abrams. O filme será estrelado por Nicholas Hoult e Toni Collette.

Clint começou sua carreira em 1955, ou seja, há mais de 68 anos.

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DEU NO X

DEU NO JORNAL

NOVO PAC = VELHOS PROBLEMAS

Luiz Philippe Orleans e Bragança

Lula e Dilma, os “pais do PAC” que nunca deu certo, em junho de 2008.

Lula e Dilma, os “pais do PAC” que nunca deu certo, em junho de 2008

O governo lançou na semana passada um novo PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, e quer investir R$1,7 trilhão até 2026.  A lista de bondades é ampla, com iniciativas em transporte, conectividade, infraestrutura, saneamento e saúde, entre outros. Não é a primeira vez que o governo faz esse tipo de plano central de investimento. O primeiro foi instituído em 2007, no governo Lula, depois apareceu de novo no governo Dilma, em  2011.  Na declaração de intenções e no papel tudo parece positivo, mas não é, e poucos estão percebendo o ciclo nefasto que traz de volta velhos problemas.   

1) O governo não é o “cara”: Governo não faz crescer a economia – ao menos de forma sustentável – é a livre-iniciativa que o faz.  Essa é a premissa básica que está se rompendo com o plano proposto. O governo não tem os incentivos para fazer bons investimentos, na medida certa, no lugar certo, pelo tempo certo. Quem valoriza seus recursos e sofre as consequências dos erros é que sabe investir adequadamente.

Note que investir inclui dar linhas de crédito com volumes e juros totalmente fora do padrão de mercado, o que distorce ainda mais os tomadores de recursos: vê-se o efeito deste último em diversos setores como transportes, agronegócio, automotivo etc.  O ciclo é sempre o mesmo: o governo dá uma linha de crédito ampla e barata para um setor, vários tomam o crédito para comprar seus produtos, cria-se saturação no mercado e preços caem, impedindo que os tomadores de crédito consigam pagar suas dívidas, mesmo com juros baixos.

2) Sempre erra na dose: O governo é péssimo alocador de recursos – lembra dos elefantes brancos das olimpíadas? Ou da copa? Ou dos milhares de projetos abandonados Brasil afora? A lista de obras e projetos inacabados atestam a alta ineficiência e capacidade de sustentabilidade dos projetos. A China é um exemplo extremo de criação de cidades-fantasma, que não encontram mercado para os imóveis. Recentemente, a maior incorporadora da China, Evergrande, pediu falência exatamente por ser influenciada por diretrizes centrais e não pelo mercado.

3) Travar para depois salvar: Em vez de desregulamentar setores e facilitar a vida dos empreendedores, o sistema vive travando. A livre-iniciativa já poderia ter feito esses projetos se não fosse pelo excesso de burocracia e impostos nos setores em questão – perdemos muitas oportunidades de emprego por isso. Ou seja, o constante ambiente de burocracia e impostos inibe permanentemente que a iniciativa privada assuma os riscos e fica inerte todo esse tempo. Isso significa tempo perdido, empregos não criados e benefícios não gerados.

Com o modelo regulatório mais livre, empresas já poderiam ter agido nos setores nos quais agora o governo decide alocar recursos da população. Esse padrão nos segura no atraso de forma permanente. Depois que notamos a necessidade de investir em infraestrutura, o governo aparece como salvador protagonista com suas concessões e financiamentos a empresas amigas.  É óbvio que esses planos de investimento formam a base dos grandes esquemas de corrupção que existiam antes da Lava Jato.

4) Ficha suja:  Parece que ninguém mais vê que o rei está nu. Esse governo tem ficha suja com amplos precedentes de compadrio com empresas em grandes esquemas de corrupção.  Este presidente foi amplamente condenado por chefiar corrupção em larga escala e agora estará chefiando o maior plano de investimentos do Brasil. Isso para não mencionar que está reformando o sistema tributário para centralizar toda a arrecadação junto com seus apadrinhados.  Faz sentido isso?  Mais um PAC significa mais um grande esquema de corrupção acontecendo a olho nu diante de um parlamento inexistente.

5) Quem está de olho? Quem vai monitorar esses investimentos, o centrão? Ou será que vários deles estão sedentos por ver a gastança, pois sairão ganhando de alguma forma? O Governo mal responde requerimento de informação da oposição, evidenciando zero interesse de ser transparente e não temos capacidade mínima necessária para vistoriar em amplitude.  Fato é que estamos diante de possivelmente a pior legislatura deste século (exceto aquelas em que todos os deputados estavam no mensalão).

A ideia de que o gasto público seria o motor do crescimento econômico levou a crise fiscal e aceleração da inflação. Esse modelo se esgotou com a profunda crise gerada pelo último plano durante o governo Dilma. Precisamos desregulamentar setores e criar um ambiente de negócios para que não precisemos investir dinheiro de impostos e comprometer toda a saúde financeira do país. Somos um dos piores países para se fazer negócio e se todos os planos deste governo forem implementados, sem nenhum freio, nossa situação certamente irá piorar ainda mais.