J.R. GUZZO

LULA RESSUSCITA PAC E AMEAÇA PETROBRAS: DE ONDE VIRÁ O DINHEIRO PARA PAGAR A ENCOMENDA?

O “PAC”, três letras ressuscitadas de um passado funesto, está de volta. Em sua versão original, no primeiro governo Lula e no de Dilma Rousseff, fez parte do colapso geral que acabou levando o Brasil à maior recessão econômica da sua história. Na encarnação atual, recém levada ao conhecimento do público pagante, não está claro ainda se o resultado vai ser o mesmo, ou pior. Vai se saber com o tempo, mas os primeiros sinais são ruins; mais uma vez, os barões do governo anunciam verbas imensas para projetos incertos, com fundamentos frouxos ou simplesmente imaginários. É a conversa clássica. Vamos investir tantos trilhões nisso, mais outros trilhões naquilo, e a partir daí seja o que Deus quiser.

O PAC ressuscitado ameaça sobretudo a Petrobras – ou, mais exatamente, o cidadão que paga as contas da Petrobras. De acordo com o que foi anunciado, haverá investimentos jamais vistos em refinarias, plataformas marítimas, estaleiros, exploração de petróleo na Amazônia, sondas de perfuração e sabe-se lá o que mais. O Brasil, sem dúvida, está precisando aumentar a sua capacidade de refino – a produção atual, em boa parte gerada em refinarias de tecnologia superada, não é suficiente para atender o consumo interno de combustíveis. É importante também extrair mais petróleo, e dar impulso à produção em alto mar, área em que a empresa concentra hoje a sua principal competência. Mas ninguém é capaz de explicar de forma coerente a pergunta essencial: de onde virá o dinheiro para pagar a encomenda?

Teria de vir, em qualquer quadro racional, dos resultados da empresa. No caso, a Petrobras estaria em boas condições para investir: fechou o ano de 2022 com lucro de quase R$ 190 bilhões, o maior de toda a sua história. Mas o quadro do Brasil de hoje não é racional. Depois de passar a campanha eleitoral inteira dizendo que a Petrobras estava “quebrada”, quando ela nunca ganhou tanto dinheiro para o Tesouro Nacional, Lula fez com que começasse a perder já a partir do seu primeiro dia de governo. Para isso, aplicou um método infalível: fez a empresa vender combustível por um preço menor do que paga para comprar petróleo no mercado internacional. Só pode dar prejuízo – quanto mais a Petrobras vende, mais dinheiro perde. É a demagogia de sempre: vamos falsificar o preço da gasolina para defender o bolso do “trabalhador brasileiro”. Mas o trabalhador brasileiro é quem vai pagar, na hora do imposto, até o último tostão desse prejuízo.

Aí vem o “PAC”: justo na hora em que a Petrobras começa a perder dinheiro e cortar dividendos, o governo anuncia bilhões de reais em investimentos na empresa. É puro Lula.

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

RODRIGO CONSTANTINO

PODEMOS RIR NUMA DITADURA?

A cada dia que passa acordamos com notícias do avanço da ditadura instalada no Brasil. Hoje a PF prendeu um pastor e uma cantora gospel pelo “crime” de convocar gente para uma manifestação usando a Bíblia e “seus direitos”. Como o simples ato de se manifestar está sendo confundido com invasões golpistas, sem qualquer individualização da pena, então convocar para um protesto garantido por lei já vira o novo crime em si. Estranho…

Aí temos o hacker da Vaza Jato na CPMI dos “atos golpistas”. O responsável por entregar material a petistas que serviram para soltar Lula da cadeia afirma que Bolsonaro participou de reuniões e fez promessas indecorosas. A esquerda trata a afirmação de um criminoso como prova do crime em si, pois contra bolsonaristas não é mais preciso ter evidência alguma, e delação não é tortura.

Está puxado! O Brasil cansa. Esse era o meu bordão de antes. Preciso atualizar isso para “O Brasil deprime”. E, diante da depressão que bate quando acompanhamos as notícias no país, ainda mais sendo alvo da ditadura instalada, o que fazer? Em uma live minha da semana passada lancei mão do sarcasmo. Falei por mais de uma hora só com ironias, brincando que “o amor venceu”, que eles xingam, agridem, perseguem, destroem as instituições, mas tudo com muito amor.

O feedback que recebi foi, em geral, muito bom. A turma gostou do meu desempenho como comediante. Mas um amigo de luta pela liberdade não gostou, e me enviou uma mensagem crítica. Como brincar quando essa corja acaba com o que restou de nossas liberdades e nossa democracia? Eis o que ele escreveu em seu Twitter também:

Conservadores sendo censurados, perseguidos e até presos, e ainda fazendo piadinha chamando essa ditadura comunista de governo “do amor”. É tipo os prisioneiros dos gulags fazendo piada com o Stálin. Parem de se render à linguagem do inimigo. Precisamos chamá-los do que eles são.

Ele tem um ponto. Será que faziam piadas durante o avanço comunista nos países que viraram ditaduras totalitárias? Faziam sim, pois é muitas vezes a única válvula de escape para aguentar o rojão. E também porque pode ser a única saída para não ser enquadrado em novos crimes – se bem que os ditadores brasileiros já miram em humoristas também. O humor sempre foi um instrumento poderoso, e por isso todo “combatente da democracia” demonstra um perfil sisudo e carregado.

Confesso não ter opinião formada aqui. Entendo que fazer uso de ironias num momento em que prendem sem qualquer crime, usam censura, congelam contas bancárias do nada e cancelam passaportes de jornalistas só por perguntas incômodas, pode parecer algo estranho, como rir na beira de um vulcão já em erupção.

Ao mesmo tempo, não descarto a possibilidade de, com ironia, expor ainda mais o ridículo da mensagem de quem se coloca como protetor da democracia ao destruí-la ao lado de bajuladores de tiranos. Talvez haja espaço para as duas estratégias, dependendo do perfil – ou do dia.

É preciso falar sério sim: essa turma está tentando transformar o Brasil na nova Venezuela, e não há qualquer graça nisso. Mas não vou condenar quem, desesperado com a realidade, apela para o humor, para suportar melhor essa situação surreal. Tenho lugar de fala: sou alvo deles e estou pagando um preço alto por defender a liberdade – de forma séria e também com ironias.

DEU NO JORNAL

MARCOS MAIRTON - CONTOS, CRÔNICAS E CORDEIS

DESPERTAR PARA MAIS UM ANO

Acabo de acordar. São seis horas da manhã do dia 17 de agosto de 2023. É cedo, eu sei. Ainda mais considerando que o aplicativo de clima do IPhone marca 15 graus centígrados em Brasília. Aqui, no Lago Norte, deve estar uns 13 graus. É sempre uns dois graus mais frio aqui.

Fato é que acordei. E não foi estimulado por um despertador. Simplesmente despertei. (Essa última afirmação soou para mim como se estivesse carregada de duplo sentido. Talvez esteja mesmo, mas foi acidental)

Retomo: acordei espontaneamente e percebi que eram seis horas da manhã do dia 17 de agosto de 2023. Uma data qualquer para muita gente, mas não para mim. Afinal é o dia do meu aniversário. 57 anos. Ou 57 voltas em torno do sol, como prefiro dizer.

Sempre faço reflexões sobre a vida nos meus dias de aniversário. É como se fosse um réveillon particular: penso em como tenho vivido, nos objetivos alcançados e por alcançar, coisas assim.

Penso em mim e na minha família, e agradeço a Deus por ver que vamos tocando a vida com dignidade, serenidade e até algum conforto. Penso nos amigos e me alegra observar como confraternizamos e colaboramos.

Mas penso também no Brasil e no mundo, e isso me causa algumas preocupações.

Preocupo-me com o mundo porque continua envolvido em conflitos, o que, a meu ver, tem piorado. No mínimo, tem se tornado mais instável, especialmente com a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia, que nos fez voltar a falar em risco de uma nova guerra mundial, desta vez com o uso de armas nucleares.

Também me preocupo com o Brasil, que parece cada vez mais se aprofundar em suas dificuldades políticas, econômicas, sociais… e tantas outras, que deixo de enumerar aqui, para não me alongar demais.

Na verdade, dessas muitas dificuldades do Brasil, hoje tenho especial preocupação com a perda de credibilidade das instituições, das autoridades, da imprensa, dessas coisas que os estudiosos do assunto muitas vezes se referem como pilares de sustentação de uma sociedade.

Não é difícil perceber que o ser humano só chegou onde chegou por causa da sua capacidade de se organizar em grupos e cooperar. Se no princípio, quando esses grupos eram pequenos, bastava a confiança entre seus membros, o aumento desses grupos, em quantidade e complexidade, exigiu toda uma estrutura de princípios e valores destinados a manter a coesão desses grupos.

Acontece que as pessoas precisam acreditar nesses princípios e valores, para que eles gerem essa coesão. E vejo que isso não vai bem no Brasil. Ao contrário, o que vejo hoje são sinais de desagregação.

Não falo de insatisfação das pessoas com o governo, com os políticos ou com a seleção de futebol. Isso sempre houve. É parte do pacote do mundo civilizado. Falo de perda de noção do todo. Do enfraquecimento da ideia de quem cabe na palavra “brasileiros”.

Aliás, a perda da noção do conteúdo de palavras também desagrega. Palavras e expressões como democracia, liberdade, estado de direito, facismo, racismo, e tantas outras, nunca tiveram um conteúdo fixo, aceito por todos. Mas a oscilação a esse respeito precisa acontecer dentro de limites que facilitem a convivência, não que nos afaste ou mesmo isole.

O que tenho observado nos últimos anos é que temos nos fechado em grupos pequenos (as chamadas bolhas) e nos afastado do todo. Percebo ainda que essa tendência atinge não apenas os cidadãos comuns, mas lideranças, autoridades e membros dos poderes do Estado, a quem cabe maior parcela de responsabilidade sobre os destinos de um país.

Tenho minhas impressões sobre as causas disso tudo, mas não tratarei delas agora. Hoje, apenas reconheço que me preocupo com tudo isso.

Preocupo-me, mas não desanimo. Neste 17 de agosto, desperto para mais um dia e desperto para mais um ano. Sigo buscando uma convivência pacífica com todos, aprendendo com todos que estejam dispostos a me ensinar algo novo, mas sem abrir mão dos princípios adquiridos nos anos já percorridos.

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

TOMBOS… – Euclydes da Cunha

Uma águia colossal, possante – um dia
O voo alevantou,
E nas garras torcendo a ventania
A vastidão galgou!…

Subiu – subiu – subiu – e audaz subia
Quando fraca estacou
– U’a corrente de abismos a prendia!… –
Em queda atroz rolou…

Um dia – assim também meu ser se viu…
E a delirar – na febre dos desejos –
Subiu, subiu, subiu…

Afinal sem um arrimo sequer
Rolou, descrente – tropeçando em beijos –
De um seio de mulher!…

Euclydes Rodrigues Pimenta da Cunha, Cantagalo-RJ (1866-1909)

DEU NO JORNAL

A GRAMA SEGUIRÁ SENDO VERDE

Nikolas Ferreira

A grama seguirá sendo verde

Na última semana, a Justiça determinou que fossem removidas 10 publicações minhas, por suposto discurso de ódio e transfobia. Não havia nada além de opiniões, debates e fatos, que em hipótese alguma configuram crime. A cereja do bolo autocrático é que foi solicitado inclusive que eu deletasse a divulgação de um excelente documentário, intitulado What is a Woman? (O que é uma mulher), lançado pelo The Daily Wire em 2022.

Um dia depois, o Conselho de Ética da Câmara arquivou um processo por suposta quebra de decoro movido contra mim por partidos de esquerda. O motivo? A minha fala no dia 8 de Março em defesa das mulheres. A repercussão não poderia ser diferente: histeria coletiva por parte dos progressistas.  

O avanço da tirania rendeu fatos que comprovam que no Brasil já chegou o tempo em que não é mais permitido dizer que a grama é verde. Ataques da velha mídia, multas que vão de R$ 80 mil a R$ 5 milhões, pedidos de cassação, exclusão de postagens e proibição de discursos, até mesmo os respaldados pelo artigo 53 da Constituição, que diz que “os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Aliás, se essa mesma Constituição fosse verdadeiramente respeitada como dizem, não haveria tanta insegurança jurídica. 

Mas por que querem tanto reprimir tudo aquilo que não concordam? Simples. É difícil querer mudar a realidade, principalmente se você estiver carregado de altos níveis de hipocrisia. Os mesmos que me acusam de ser preconceituoso e intolerante, se calam quando acontece algo verdadeiramente hostil vindo de alguém da esquerda. Houve alguma indignação quando Lula afirmou que “Essa história de banheiro unissex só pode ter saído da cabeça de Satanás”? Obviamente, não.

Ao palestrar pelo Brasil e exterior sempre afirmei que mesmo discordando (o que em tese não é crime), a minha luta não diz respeito à opção sexual de cada um, mas sim contra o ativismo que promove a imposição de ideologias. Se você discorda de algo, te julgam como criminoso, enquanto os verdadeiros criminosos comemoram a impunidade no país.

É impossível enxergar lógica no discurso daqueles que defendem tanto a implementação de vagões exclusivos de acordo com o sexo quanto o uso de banheiros compartilhados. O resultado é que casos como o do estudante que foi preso em São Paulo após entrar no banheiro unissex de uma universidade e tirar fotos das estudantes fiquem ainda mais comuns, e quando acontecem, nenhum dos defensores de tamanha bizarrice dá as caras.

Se não se importam com as mulheres na situação citada acima, também não o fazem quando uma mulher discorda do fato de um homem ser o seu oponente dentro da mesma competição, por motivos (que deveriam ser) óbvios. Riley Gaines nos Estados Unidos e Ana Paula Henkel no Brasil, assim como a maioria, são atletas que não concordam. Mais uma vez, deu a lógica: receberam ataques da turma que prega o amor e a tolerância.

O desespero para cassar o meu cargo político é porque no Dia Internacional das Mulheres (comumente usado para exaltar pautas feministas) a “Nikole” apareceu para verdadeiramente defendê-las e até hoje estampa as fotos de quase todas as matérias que postam para me atacar, como se fosse algo capaz de me causar desgaste. Querem censurar minhas publicações porque a grande maioria da população concorda com o que é postado, desejam a exclusão das minhas redes sociais, pois elas seguem crescendo significativamente e impõem multas por eu ousar falar a verdade ou exercer a minha opinião a fim de inibir os que pensam igual a mim. Ademais, querem a minha prisão pelo motivo de que mesmo diante de ataques diários, sigo tendo cada vez mais apoio, inclusive de transexuais que entenderam que são tratados por eles como massa de manobra, totalmente descartáveis. Tudo isso não é mérito meu, e sim dos que estão entendendo como funciona a guerra cultural. Nunca desvirtue seus valores por conta da pressão do coletivo.

JESSIER QUIRINO - DE CUMPADE PRA CUMPADE

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOSÉ CLAUDINO PRIMO – IPIRANGA DO PIAUI-PI

Bom dia Berto,

procurei mas não encontrei o link desta materia.

Que com certeza seria bem apreciada em nossa Gazeta.

R. Meu caro, o texto que você nos mandou é da autoria de Frima Steinberg.

Pode ser encontrado no Linkedin.

Está transcrito a seguir.

Disponha sempre.

* * *

Já viu antes a foto dessa linda moça?

Ela nasceu em 1918. Nasceu mulher, negra e pobre. Batizada Maria do Carmo, ficou conhecida por Carminha. Mal acabou o básico do ensino ofertado aos pobres, migrou de Minas Gerais para o Rio de Janeiro.

Amava cantar, seus grandes olhos castanhos e amendoados se fechavam sempre que ela cantava Ataulfo Alves. Mas cantar era só um sonho, a vida e a fome falavam mais alto.

Em 1939, aos 21 anos, Carminha já lavava roupas para fora e cozinhava em casas de famílias cariocas. Jamais teve medo do serviço. Um dia, conseguiu um trabalho de “carteira assinada”, foi parar na rua Conde de Bomfim, na Tijuca.

Trabalhava numa pensão e a sua patroa se chamava Dona Augusta de Jesus Pitta.

No início de 1942, esperava o bonde na frente da pensão da Dona Augusta, Carminha conheceu um homem chamado João, motorista do bonde da linha Tijuca. Eles se apaixonaram.

Os dois se encontravam todos os dias após o trabalho. Carminha ficou grávida. João não queria casar. Mas, casaram-se! A força da Maria se impôs sobre o machismo da época.

Grávida, Carminha seguiu trabalhando com a Dona Augusta. E numa tarde, enquanto trabalhava na pensão, seu bebê chegou. Nasceu ali, em um quarto da casa de Dona Augusta. Era um menino.Todos na pensão adoravam a criança.Certo dia, Carminha e Dona Augusta se desentenderam, coisas da vida, e Carminha se demitiu do emprego.

Com a criança no colo, foi morar com a família de João, na favela na Baixada de São Cristóvão. Com saudades da criança, Dona Augusta foi visitar Carminha.

Chegando na maloca, Augusta viu uma Carminha magra e uma criança mal nutrida. Pediu que Carminha voltasse com seu filho para Pensão. Ela não quis, orgulhosa.

Aos 25 anos, Carminha contraiu tuberculose. Cada vez mais magra, começou a temer que seu pequeno filho também viesse a se contagiar. Então, por amor, abriu mão do filho, pediu que o menino fosse levado de volta para a pensão. Augusta levou, cuidaria dele até Carminha melhorar.

Carminha estava muito doente e infelizmente morreu aos 26 anos, em 1944. João nunca mais procurou o filho. Que pai era aquele.🤔

Um dia, a filha de Dona Augusta, Lília Silva Campos, estudante de piano, aos 22 anos, disse para toda a família que queria adotar o pequeno. Não podia ir embora e deixar aquela criança ali, sem mãe. Tinha se apaixonado pelo filho de Maria Carmem. Pediu autorização para a avó, mãe de Carminha, que envolta em pobreza era incapaz de cuidar do menino. Pediu ao pai, o João. Lília virou mãe.

A criança foi morar com Lília na cidade mineira de Três Pontas, onde foi amado e cuidado. Cresceu vendo a mãe adotiva tocar piano na sala de casa.

Ele tem os olhos lindos da mãe Maria.Cresceu, tomou o gosto pela música. Começou a cantar em bailes.

O filho da Maria é Milton Nascimento, o Bituca…

E eu duvido que você ouça a canção Maria, Maria da mesma maneira…

Maria é o som, é a cor, é o suor, é a dose mais forte e lenta, de uma gente que ri quando deve chorar.

E não vive, apenas aguenta.

DEU NO JORNAL