CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

BOAVENTURA BONFIM -FORTALEZA-CE

Caro Berto,

Com a descontraída e inerente maneira de ser, Presidente Bolsonaro convoca toda a esquerda do Brasil para fazer um inusitado panelaço…

Vejamos o vídeo:

DEU NO X

PSOL SE EXPANDE E CHEGA À EUROPA

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As zisquerdas deste nosso país estão se expandindo pelo mundo todo.

A fumaça da maconha banânica já cobre vários continentes.

A propósito, clique aqui e veja o vídeo de um candidato a vereador pelo PSol no Rio de Janeiro, na eleição de 2020.

DEU NO X

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

NACINHA – CUIABÁ-MT

Meus amados amigos do coração!!!

Estou de volta aqui para fechar o ano.

Meu lindão Bolsonaro fazendo manobras radiais no Beto Carrero World em Santa Catarina.

Macho destemido da porra!!!!

É ótimo encerrar o ano fazendo raiva para os esquerdistas de canto a canto.

kkkkkkkk

JOSÉ PAULO CAVALCANTI - PENSO, LOGO INSISTO

CONVERSAS DE ½ MINUTO (16)

Meu pai faria 100 anos em 2/2/2022. Para celebrar, segue coluna só com histórias dele, em livro que estou escrevendo (título da coluna).

* * *

1. A brincadeira se repetiu, pelo menos, umas 15 vezes. Na mesa dr. José Paulo, como se fizesse discurso,

– Uma mulher inteligente tem o cérebro de uma galinha. Mas, quando é muito inteligente, o cérebro é de duas galinhas.

E calava. Ficávamos esperando, até que dona Maria Lia

– Lá vem você, de novo, com essa idiotice.

– Calma, Babaia. Calma. O seu cérebro é de três galinhas.

E os filhos ficavam ouvindo suas reclamações, por meia hora, todos rindo.

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2. Concorrência, no BNDES, para modelar a privatização da Rede Ferroviária Nacional. Ganhou o consórcio que integrávamos, liderado pelas maiores ferrovias do mundo – uma do Canadá, outra da Austrália. Era preciso dois currículos de nosso escritório, para o julgamento. Pedi que preparasse o dele. Na hora de enviar, fui conferir. Escreveu

– José Paulo Cavalcanti, advogado no Recife.

– Pai, é uma concorrência, por favor diga mais.

– Meu filho, profissão e destino. É tudo.

E não acrescentou nada. Acrescentei, sem que soubesse, os 34 trabalhos jurídicos que escreveu. E juntei o meu, então com 77 páginas, hoje com apenas 6 linhas. Prova de que ainda não estou no ponto.

* * *

3. Professor de Direito Civil, na Universidade Católica, foi Paraninfo da turma de 1964 (o ano da Redentora). E pronunciou forte discurso, no Teatro Santa Isabel (11/12/1964), em defesa da Liberdade. Ensinar era, para ele, missão. Só que, no ano seguinte, informou à Universidade que não mais. Perguntei

– Mas pai, você gosta de dar aulas, e vai parar?

– Porque, meu filho, não faz sentido ensinar Direito em uma Ditadura. E assim se deu.

* * *

4. Quando fui ministro da Justiça, insisti fosse passar alguns dias conosco. Desejava que conhecesse rotina para ele nova. Assistir as reuniões que fazíamos. Se fosse o caso, iria comigo aos encontros com o presidente da República. E nunca aceitou. Então pedi

– Venha, nem que seja para conhecer Brasilia. É uma bela cidade.

– Vou.

– Quando?

– Quando você não for mais nada, por aí.

* * *

5. Duas frases que vivia repetindo:

– A mão aberta é um tapa, a mão fechada é um murro, e é a mesma mão.

– O homem é barro trágico, rareado de estrelas.

* * *

P.S. Agora os leitores vão descansar, que o mar me espera. Até depois do Carnaval, se Deus quiser.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JOÃO ARAÚJO – MUNIQUE – ALEMANHA

Mestre Berto,

Desejo a você e a todos os Amigos desta Gazeta Natalina muita saúde, felicidades e realizações.

Aqui segue a “Receita de Ano Novo” segundo Carlos Drummond de Andrade.

E para os leitores que quiserem acessar o link de inscrição no meu canal é só clicar aqui.

Obrigado, muita saúde, um forte abraço a todos e até a próxima.

MAGNOVALDO BEZERRA - EXCRESCÊNCIAS

NATAL COM FAFÁ

O Natal, ah, o Natal! Uma data que sempre nos traz lembranças, a grande maioria boas lembranças. Mas, de vez em quando, um excesso de sal no tempero da nossa salada.

Alguns dos momentos inesquecíveis na nossa vida ocorrem em datas especiais ou quando se está na companhia de uma personalidade conhecida no país inteiro. Ou em ambas. Foi o que aconteceu com este velho desocupado que fuxica com vosmecê neste momento.

A G.M. em São José dos Campos promovia, na década de 1970, quando lá labutei (êta língua a nossa!), memoráveis festas de Natal para seus funcionários. Na verdade, a festa era promovida pelo então chamado GMEC (General Motors Esporte Clube), uma associação voltada aos funcionários e suas famílias. Havia sempre uma apresentação de algum artista ou grupo cantante local, e também Papai Noel distribuindo brinquedos aos filhos de funcionários, tudo isso cercado de comes e bebes arretados e um bom clima de confraternização entre nossos colegas.

Em um daqueles saudosos anos no final da década, não me lembro exatamente qual, o GMEC convidou para a festa de Natal a notável e famosa cantora Fafá de Belém, à época uma jovem e requestada artista de fama nacional, na fulô da idade, uma fêmea respeitável, adjetivo este que deve ser entendido em “lato sensu”.

O que se assucedeu é que fui eu o escolhido para buscar a famosa cantora no aeroporto em São José dos Campos, onde desembarcou de um taxi aéreo. Para tal, a G.M. me disponibilizou um Opala do próprio estoque, estralando de novo e com todos os parangolangos que se podem encontrar em um carro de luxo.

E lá estava eu, com o rabo cheio de cisco pela invejável oportunidade, a dar as boas-vindas à nossa querida Fafá. Quando me apresentei, já recebi de pronto dois beijos estralosos, um sorriso imenso e o cheiro de um aroma vegetal por mim desconhecido então. Fafá estava extremamente sacudida, alegre, comunicativa e expansiva, se é que vossuncê me entende. Bem, minha função se resumia em levá-la ao hotel para descansar, no dia seguinte ao GMEC e, depois da festa, ao aeroporto.

A chegada ao hotel foi bastante tumultuada.

Um magote de machos estava ansioso para ver, cheirar e apalpar a Fafá. Quando desci do carro e abri a porta do outro lado para que nossa ilustre convidada saísse, Fafá deu-me o braço toda alegre e caminhou comigo até a porta da entrada do hotel. Não foi bem uma caminhada convencional, como as pessoas normais a definem.

Explico.

Parecia um cardume de piranhas atacando uma capivara.

Fui alvo de empurrões por aqueles meigos e gentis cavalheiros que queriam a todo custo confraternizar com a moçoila, algo ferpeitamente – desculpem-me, queria dizer “perfeitamente” – compreensível, dada a carismática e cobiçada silhueta do “hardware” da Fafá. Os marmanjões olhavam para mim como sendo o panacão que estava atrapalhando o caminho para a diva. Levei umas cinco cotoveladas nas costelas, três pisadas nos pés, um empurrão no pescoço e inúmeros esgares de inveja. E, para piorar, Fafá me ignorou solenemente e passou a distribuir gritinhos e beijinhos a quem estivesse pela frente. Isso sem falar nos jornalistas que estavam de plantão e que sinalizavam claramente que eu devia afastar-me para não poluir as fotos que estavam tirando.

Deixei as malas dela na portaria e fui logo ao GMEC devolver o Opala e renunciar solenemente à missão que me foi imputada. Alguém, de preferência solteiro ou meio doidão, deveria assumir a função.

DEU NO X