Hoje eu estava com um carrapato atrás de minha orelha… incomodando mais que berne em cachorro vira-latas, enquanto acompanhava o noticiário da Taba Nacional nestas terras de Pindorama. Como bom caeté que aprendeu a ler o mundo nos detalhes da natureza, no movimento das folhas, nas pegadas dos caititus – é um tipo de porco selvagem aqui do Centro Oeste e não deve ser confundido com o Queixada que é outro tipo de porco -, bateu-se-me um incômodo com determinadas situações de nossos araribóias.

Sinto no ar um cheiro de queimado, um bodum de traição, um fartum de aleivosia – essa é para você minha amiga Violante Pimentel -, que envolve a ida do Presidente Bolsonaro para o Partido Liberal de Waldemar da Costa Neto. Eu não sou dado a fazer previsões, ou mesmo agouros, ou ainda ler a sorte de indivíduos na areia,, na borra do café, ou mesmo nas entranhas de uma ave. O meu negócio é ler os olhos. Ver parte da alma das pessoas. E, o que vi, nos olhos do Wardemá, não gostei!

A ida de Jair Bolsonaro para o PL de Waldemar Costa Neto é uma coisa que eu ainda não consegui digerir, e olha que já comi as tripas do Sardinha, de noite e mal assada. Digo isso porque Waldemar Costa Neto é uma hiena, uma ave de rapina em assuntos políticos. Não que ela seja atilado, ou mesmo tenha a desenvoltura de um Petrônio Portella, ou mesmo um Thales Ramalho. O vinho de Waldemar Costa Neto vem de outra pipa. A pipa da gatunagem, da sem-vergonhice e da ladroagem. Waldemar Costa Neto está mais para ser sósia do ladrão de nove dedos, do que ser parceiro de eleição de um Jair Bolsonaro.

Como disse, não gosto de fazer previsões, principalmente quando o assunto é política. Nessa cumbuca quero manter minha mão distante, mas há algo de estranho, algo que não se encaixa nesse processo de filiação, principalmente se conhecermos a vida política de Waldemar Costa Neto, as guabirutagem do PL e a extensa folha corrida de seus filiados e representantes.

Lembro certa vez que eu disse que o STF – supremos traidores federais -, estava provocando uma bagunça jurídica para cauterizar a sensibilidade da nação. Uma vez feito isso eles iriam colocar em liberdade, o ladrão que estava engaiolado em Curitiba e reabilitá-lo para o processo eleitoral. Acertei no dez…, mas a situação de agora não tem a ver com o STF – supremo tolete federal -, mas sim com Waldemar e seu PL, pois ele é dono desse partido. Eis o meu exercício de adivinhação.

Feita a filiação de Jair Bolsonaro ao PL, Waldemar faz a festa e cozinha a indicação partidária para o último dia útil em que pessoas que queiram disputar eleição se filiem. Feito isso, e, plena festa, com Jair Bolsonaro tono igual a peru de festa, Waldemar, à noite, de preferência, anuncia que o seu PL não lançará candidato a presidente, mas que buscará apoiar uma “terceira via”. Pronto! Jair Bolsonaro estará fora da eleição, tudo dentro da lei, tudo seguindo os ritos eleitorais normais.

Vai haver grita, evidente, mas Waldemar não estará desrespeitando a lei. Simplesmente dirá que sua propriedade prefere se abster do processo. Com isso, o voto dos descontentes com a situação tenderá migrar para outro candidato. A mídia opositora já estará preparada para massificar a campanha no ladrão de nove dedos. A tal terceira via provará ser o que ela é…. Nada. E Waldemar, todo contente vai correr para o abraço de seu irmão siamês Lula da Silva, eleito, com a ajuda do TSE e das urnas eletrônicas, o novo presidente do Brasil.

Que Bolsonaro se acautele no abraço dado a Waldemar. Eu prefiro um abraço de tamanduá.