CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

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LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

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PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

A UMA AUSÊNCIA – Soror Violante do Céu

Vida que não acaba de acabar-se,
Chegando já de vós a despedir-se,
Ou deixa, por sentida, de sentir-se,
Ou pode de imortal acreditar-se.

Vida que já não chega a terminar-se,
Pois chega já de vós a dividir-se,
Ou procura, vivendo, consumir-se,
Ou pretende, matando, eternizar-se.

O certo é, Senhor, que não fenece,
Antes no que padece se reporta,
Por que não se limite o que padece.

Mas viver entre lágrimas, que importa
Se vida que entre ausência permanece
É só viva ao pesar, ao gosto morta?

Violante do Céu, Lisboa, Portugal (1601-1693)

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BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

COMENTÁRIO DO LEITOR

TALENTO PURO

Comentário sobre a postagem VERSOS DE ORGULHO – Florbela Espanca

João Francisco:

Florbela, que aos vinte e poucos anos já casara e separara, tivera um amante, vivia de forma autônoma; era mal vista pela sociedade hipócrita da época (hoje é a mesma coisa).

No entanto ele tinha consciência de seus poderes e talentos.

“Deus me fez nascer Princesa entre os plebeus”

O mundo era, para ela um jardim para ela jogar seus versos em flor.

Florbela era talento puro.

* * *

VERSOS DE ORGULHO – Florbela Espanca

O mundo quer-me mal porque ninguém
Tem asas como eu tenho! Porque Deus
Me fez nascer Princesa entre plebeus
Numa torre de orgulho e de desdém!

Porque o meu Reino fica para Além!
Porque trago no olhar os vastos céus,
E os oiros e os clarões são todos meus!
Porque Eu sou Eu e porque Eu sou Alguém!

O mundo! O que é o mundo, ó meu amor?!
O jardim dos meus versos todo em flor,
A seara dos teus beijos, pão bendito,

Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços…
São os teus braços dentro dos meus braços:
Via Láctea fechando o Infinito!…

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