NOSSA HOMENAGEM
Das Rosas – Dorival Caymmi e Andy Williams
Prezado Berto,
Estou enviando para publicação no nosso querido Jornal da Besta Fubana, o poema O Homem e a Mulher, de Victor Hugo, muito significativo neste Dia Internacional da Mulher.
Grande abraço e um excelente domingo!
O HOMEM E A MULHER
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher, o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar.
O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo. O gênio é imensurável; o anjo é indefinível;
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema; A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas.
A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu.
É uma decisão praticamente unânime entre os comunicadores, os mestres em assuntos internacionais e as classes culturais que produzem manifestos, mas não produzem cultura: o fenômeno mais apavorante do mundo de hoje, a maior ameaça, acima até da “emergência climática”, é Donald Trump. Na verdade, você já está morto e ainda não sabe. O tsunami vem aí com tudo, e não há como escapar, nem para onde – pelo cheiro da brilhantina, vai pegar até o próprio Trump. Para os analistas, ele é um óbvio psicopata, primitivo, selvagem e solto na praça. Está cometendo um suicídio, e levando o Brasil e o mundo para o saco junto com ele.
É uma visão histérica. Mas a experiência mostra que examinar os fatos, e raciocinar logicamente em cima deles, sempre dá muito mais trabalho do que ter uma crise de nervos. O que Trump e os Estados Unidos, nos 45 dias que se passaram após a sua posse, realmente fizeram? E por que, de um ponto de vista racional, qualquer uma dessas decisões de Trump ameaça a sobrevivência do Brasil e do planeta? Troque-se o facilitário da histeria pelo esforço de pensar – as realidades que sairão daí não têm nada a ver com o fim do mundo que lhe estão apresentando todos os dias.
Antes de mais nada, vale a pena observar, assim en passant, que os cenários de catástrofe universal saem de uma premissa errada: a de que o mundo, tal como se encontra hoje, está muito bem resolvido e que Trump vem aí decidido a ameaçar e detonar o nosso atual paraíso. Até uma criança de dez anos de idade sabe que isso é uma bobagem master. As coisas não vão bem – na guerra Rússia-Ucrânia, no genocídio serial de uma tribo contra outra na África, na importação da miséria e de miseráveis pelo Primeiro Mundo, nos paradoxos da tecnologia, na economia em geral, na falência fiscal das nações, e por aí vamos. Trump quer mudanças pesadas: qual é a prova de que elas estão erradas ou que ameaçam o futuro?
A partir daí, é caso a caso. Trump foi acusado, freneticamente, de ter abandonado a Ucrânia em favor da Rússia. Ele não abandonou nada. Como presidente dos Estados Unidos, Trump tem a obrigação de defender os interesses objetivos dos americanos que o elegeram – e não o interesse da Ucrânia. Trump estima que após terem dado 150 bilhões de dólares para ajudar a Ucrânia na guerra, ou muito mais do que isso, os Estados Unidos têm algum direito de saber para onde vai essa procissão. Estão querendo mais 150 bi? Mais 500? Até quando? A Ucrânia não pode, materialmente, ganhar a guerra; o pagador de impostos americanos, então, tem de ficar pagando pelo resto da vida?
Trump está desmontando também uma aberração chamada USAID – uma caixa preta controlada por burocratas que vem doando dezenas de bilhões de dólares, sem controle efetivo de ninguém, para ONGs que apoiam a causa estranhas ou o Hamas, ou o aborto e mais mil coisas que não tem absolutamente nada a ver com os interesses do americano comum. Crime contra “a humanidade”, isso? Trump pede reciprocidade nas tarifas de importação – se um país cobra 25% de tarifa para os produtos americanos que importa, Trump quer os mesmos 25% sobre os produtos que esse país exporta para os Estados Unidos. Está sendo acusado de destruir a economia mundial. Os Estados Unidos estão deportando imigrantes ilegais. E daí? A lei americana define a imigração ilegal como crime.
A lista continua, e vai mais ou menos nessa direção. A essa altura vale pensar um pouco na situação do Brasil diante disso tudo. Em primeiríssimo lugar, vamos combinar que as chances de o Brasil fazer os Estados Unidos mudarem suas políticas trafegam entre o zero e o zero ao cubo, certo? Isso posto, é preciso definir como a nossa política externa tem de agir para cumprir a sua única finalidade: defender os interesses do povo brasileiro através do mundo.
A questão é essa, e só essa – mas Lula, a esquerda e a estratégia geopolítica Janja-Itamaraty têm certeza de que não é. Para eles, o povo brasileiro que vá para o diabo que o carregue. “Política externa”, a seu ver, é defender as suas crenças ideológicas – que se resumem a ficar contra os Estados Unidos, o capitalismo e a liberdade, e a favor de tudo o que vai no rumo contrário.
Não é preciso ser de direita, de centro ou de esquerda para concluir que o interesse dos brasileiros não é concordar com o Itamaraty, e sim que o Brasil tenha as melhores relações possíveis com os Estados Unidos – com Trump, sem Trump, em qualquer circunstância. É simples. De um lado, o Brasil não disputa realmente nada com os Estados Unidos: todos os choques de interesses que há cabem dentro de negociações. O Brasil não exige, por exemplo, que os Estados Unidos retirem as suas tropas do Ceará, ou aceitem comprar os nossos microchips – porque não há tropas americanas no Ceará e não temos microchip nenhum para vender. O resto se conversa. De outro lado, tem um mundo a ganhar com os Estados Unidos.
O funcionamento da chave, aí, também não exige muita meditação. Os Estados Unidos são a única grande potência de verdade do mundo – e só pode ser do interesse dos brasileiros ficar no melhor dos climas com uma potência desse tamanho. Quantos brasileiros, digamos, querem mudar para a China? E quantos querem mudar para os Estados Unidos? A esquerda fica transtornada quando ouve isso, mas fazer o quê? É assim.
Os Estados Unidos, com Trump ou outro, estão à frente de qualquer nação do mundo em tudo aquilo que realmente define hoje uma potência: é o maior na economia (10 trilhões de dólares na frente da China), em poderio armado, em tecnologia, em autonomia alimentar, na cultura (alguém quer aprender a falar chinês?) e, mais do que tudo, na superioridade moral que vem de uma democracia de 250 anos.
Lula prefere uma aliança com a “Palestina” – na verdade tem ódio de tudo o que os Estados Unidos têm de melhor. Qual é a pior ameaça ao Brasil: Trump ou Alexand.re de Moraes? Onde a democracia funciona? Lá ou aqui? Nosso problema não se chama Donald Trump.
Janja chora e fala “eu não tenho medo, eu não tenho vergonha”.#coroneltadeu #brasil #brasilacimadetudo #politica #segurançapública pic.twitter.com/ItxB3nusRe
— CORONEL TADEU (@CoronelTadeu) March 7, 2025