CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

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PARA INTERPRETAÇÃO DOS JURISTAS FUBÂNICOS

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COMENTÁRIO DO LEITOR

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LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

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A PALAVRA DO EDITOR

HISTÓRIAS QUIRINIANAS

Uma postagem de maio de 2019

Eu costumo dizer que o Poeta Jessier Quirino, colunista desta gazeta escrota e um amigo muito querido, tem um imã especial pra atrair casos pra junto dele.

Como um primoroso contador de causos que é, ele vive sendo perseguido por estes mesmos causos.

As coisas mais improváveis acontecem com ele, na frente dele.

Um fenômeno interessante.

Sempre que se assucede-se um desmantelo, Jessier me liga na mesma hora pra relator o sucedido.

Três exemplos:

* * *

1) Nesta semana foi comemorado o aniversário de Itabaiana, a cidade paraibana onde vive Jessier. Uma equipe de jornalismo de João Pessoa foi contratada pela prefeitura local pra fazer uma matéria sobre a cidade.

Jessier, morador ilustre, foi escolhido pra dar um depoimento. A jornalista encarregada da matéria, ajeitou as coisas, segurou o microfone e começou o serviço dizendo assim:

– Estamos aqui para entrevistar o saudoso poeta Jessier Quirino.

Jessier se assustou-se e quase gritou: “Saudoso um caralho! Eu tô vivo!!!”.

Isto é um retrato cagado e cuspido da formação superior dos jornalistas de hoje em dia.

Não sabem nem empregar corretamente as palavras, ferramentas indispensáveis do seu trabalho.

* * *

2) A outra história assucedeu-se com um fã de Jessier, uma matuto lá do sertão que, entusiasmado após uma apresentação, lhe dirigiu este elogio:

– Jessier, você é um poeta 10%!

Jessier percebeu logo que o coitado estava querendo dizer que ele era um poeta “Nota 10”.

Nervoso de entusiasmo, o cabra rebaixou-o pra 10%.

* * *

3) Dudé é um marceneiro de Itabaina, aquele sujeito que trabalha com pau, com madeira.

Jessier ligou pra Dudé a fim de encomendar um serviço no teto do casarão onde mora.

E Dudé saiu-se com essa história:

– Doutor, eu deixei de trabalhar com pau, montei um bar e me ajuntei com uma neguinha. Fizemos um negócio de sociedade. Pois acredite, doutor, que é ela me botou chifres e ainda me deu prejuízo. Agora eu cheguei a esta conclusão: vou voltar a ser marceneiro. É melhor trabalhar com pau do que trabalhar com buceta.

DEU NO JORNAL

EMPRÉSTIMO CONSIGNADO: LULA VIROU AGIOTA?

Guilherme Macalossi

O lançamento do programa de crédito consignado do governo federal é a primeira grande peça de publicidade na estratégia de comunicação de Sidônio Palmeira visando às eleições de 2026. A medida é mais eleitoreira do que econômica e visa recuperar a imagem de Lula. A reeleição, afinal, depende da melhoria da popularidade do presidente, que vem em queda constante desde final do ano passado. Como a população está estrangulada com dívidas, nada mais apelativo que fazer jorrar crédito consignado, mesmo que com custo fiscal e aumento da inflação futura. O boleto fica para depois da campanha.

Se havia qualquer dúvida em relação ao objetivo marqueteiro do governo com o programa de crédito consignado, a ministra Gleisi Hoffmann tratou de escancarar tudo ao divulgar em suas redes sociais um vídeo chamando o programa de “empréstimo de Lula”. “Apertou o orçamento? O juro tá alto? Pega o empréstimo do Lula”, disse para os seguidores. É uma ilegalidade aberrante, mas não surpreendente.

Gleisi Hoffmann cometeu crime de improbidade administrativa ao violar o princípio da impessoalidade, previsto na Constituição Federal, em seu art 37, parágrafo 1º. A saber: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. Ao contrário do que diz a lei, o que parece que é o presidente é que está emprestando dinheiro do próprio bolso para o cidadão que está negativado. Por acaso Lula virou agiota?

Concebido para dar ao povo um vislumbre de alívio financeiro, o que o “empréstimo do Lula” faz na verdade é atar o FGTS dos trabalhadores como garantia de ressarcimento aos bancos. É uma medida particularmente perniciosa e perigosa, já que o valor virá descontado em folha e, caso a pessoa seja demitida, terá sua indenização de rescisão e saldo FGTS tomados pela instituição credora para pagar o débito do consignado.

Se o acesso dos trabalhadores ao FGTS fosse livre, não haveria necessidade de empréstimo nenhum e nem de novas dívidas a serem roladas. Mas este é o governo que combate até o saque aniversário. Você não pode pegar o dinheiro que já é seu, mas pode contratar um empréstimo consignado que coloque o seu dinheiro guardado como garantia.

Nem o mais radical agente financeiro pensaria num meio tão eloquente de entregar uma garantia dos trabalhadores ao que os esquerdistas chamam de “grande capital”. O progressismo social do governo Lula começa na improbidade administrativa e termina com o celetista enforcado financeiramente nos próprios direitos.