
Arquivo diários:2 de fevereiro de 2025
DEU NO JORNAL

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

TEMPO TESOURA
Quem pensa que a vida é longa
Traz a alma desvalida
Não sabe o custo do tempo
Ou de uma hora corrida
Vive a vida à revelia
Sem saber que num só dia
Se vive toda uma vida.
Desvaloriza a medida
Mais importante do mundo
Não contempla o saber
Do pensamento profundo:
Que o tempo é uma tesoura
E a vida mais duradoura
Ele corta em um segundo.
A foto que ilustra essa postagem é uma criação de IA
DEU NO X

SELEÇÃO DE FRASES PARA ENCANTAR O DOMINGO
Seleção de cortes do maior enrolador e mentiroso que já existiu. pic.twitter.com/QxYUkffUyr
— Tumulto BR (@TumultoBR) February 1, 2025
LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

DESMANTELO EM PROCESSO ACELERADO
DEU NO X

LINDA CENA!!!
Você já vomitou hoje? pic.twitter.com/4y2vtXbkpk
— Julio Schneider 🇧🇷🇺🇸 (@juliovschneider) February 1, 2025
SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

BAOBÁ PERFUMADO
DEU NO X

VAMOS RECORDAR PRA SE RIR-SE-MOS
Da série: recordar é viver.
Vejam o que esta tonta dizia 45 dias depois da posse do Lula. 😂 pic.twitter.com/i4Ef3R3F2p— João Luiz Mauad (@mauad_joao) February 1, 2025
PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

DEBAIXO DO TAMARINDO – Augusto dos Anjos
No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!
Hoje, esta árvore, de amplos agasalhos,
Guarda, como uma caixa derradeira,
O passado da Flora Brasileira
E a paleontologia dos Carvalhos!
Quando pararem todos os relógios
De minha vida, e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,
Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade
A minha sombra há de ficar aqui!
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, Cruz do Espírito Santo, Paraíba (1884-1914)
DEU NO X

CORNO MAGOADO
Mais um caso isolado.
Confia no personal treiner. CONFIA. pic.twitter.com/AW2j1suEI7— Joaquin Teixeira (@JoaquinTeixeira) February 1, 2025
J.R. GUZZO

TRANSFORMAR O BRASIL NUM PAÍS DE “CLASSE MÉDIA”: MAIS UMA MENTIRA
Lula apresentou o último plano de sua ronda no governo: transformar o Brasil num país de “classe média”
Em uma coisa, pelo menos, dá contar com Lula com 100% de certeza: todas as vezes, sem exceção, que sente a sombra de um problema passar por perto, sai dizendo mecanicamente que o responsável não é ele, de jeito nenhum. Mais: delata imediatamente alguém que esteja por perto e joga em cima dele a culpa por tudo que possa acontecer de desagradável em torno da questão. Seu dedo duro apontou direto para a presidente da Petrobras, desta vez. “Eu não tenho nada a ver com o aumento de preço do combustível”, afirmou há pouco. “Quem resolve isso é a Petrobras”.
Pronto: o problema não existe mais. É Lula, mais uma vez, oferecendo o seu X-tudo de mentiras. Na sua cabeça (ou na cabeça do seu novo serviço de propaganda) ninguém vai achar que ele tem alguma coisa a ver com o aumento dos preços. Vão achar que a culpa é dessa Magda que ele fez questão de colocar na presidência da Petrobras.
É assim, simplesmente, que funcionam os circuitos mentais do presidente. A realidade não entra ali dentro. Nem a coragem moral, é claro, de assumir a responsabilidade sobre qualquer coisa. A culpa é sempre do adversário – ou se for preciso, como nesse caso da Petrobras, do aliado mesmo.
Lula, quando lhe interessa, diz o exato contrário do que acaba de dizer – é ele sim, e mais ninguém, que manda na Petrobras. Ele já falou que “não é possível” que a Petrobras, uma empresa mundial, opere com preços mundiais; proclamou à República que iria “abrasileirar” esses preços, para ficarem “mais baratos”. Já disse que a companhia não tem de dar lucro. Já disse que os acionistas privados são aproveitadores gananciosos; não é o que está nos estatutos da empresa, mas e daí? Não é possível isso. Não é possível aquilo. Quem manda sou eu. O mesmo aconteceu agora, com a fala de Lula sobre a classe media.
Resolvido o problema do aumento dos combustíveis (“a presidente da Petrobras não precisa vir me pedir licença para aumentar o preço”, disse ele), Lula apresentou o último plano de sua ronda no governo: transformar o Brasil num país de “classe média”. Mas como assim? A sua filósofa-chefe, a professora Chaui, disse (e nunca desdisse) o seguinte: “Eu odeio a classe média”. O próprio Lula, ainda há não muito tempo, excomungou a classe média por querer ter mais do que uma televisão, ou geladeira. De mais a mais, para onde vai todo o seu socialismo? O socialismo não admite a existência da classe média; só se aceita a classe proletária.
O Brasil de “classe média”, pelo que se imagina, terá cotas reservadas a milionários para abrigar o próprio Lula, os irmãos Batista, os Odebrecht e todos os amigos dos amigos do pai de alguém. Quanto à classe média, propriamente dita, é bom ninguém ficar muito animado com o futuro a ser trazido por Lula.
Depende muito, entre outras coisas, de quem vai mandar no IBGE. Pelas contas que estão fazendo por lá, com 665 reais por mês o sujeito não é mais pobre. Como também não se entra no clube de Lula e seus parceiros milionários com uma renda dessas, a única dedução possível é que quem bater nos 665 já estará na classe média. O duro, daqui a pouco, vai ser encontrar um pobre, um só que seja, no Brasil de Lula.